Uso da terapia fotodinâmica para prevenção de complicações em pacientes com Covid-19
Considerando o estágio que a nova doença do coronavírus atingiu no Brasil e relacionando-se com a capacidade do sistema de saúde brasileiro para o tratamento dos pacientes afetados, ainda se fez necessária a adoção de medidas que minimizassem os sintomas da doença ou evitassem o seu agravamento. Neste contexto, a terapia fotodinâmica (PDT, do inglês PhotoDynamic Therapy) poderia ter sido uma alternativa viável, não invasiva e de baixo custo para inativar o vírus que se encontrava nas cavidades oral e nasal, tendo em vista sua eficácia comprovada na geração de espécies reativas de oxigênio que promovem a morte de bactérias, fungos e vírus. Assim, o presente estudo buscou avaliar os efeitos da aplicação oral e nasal da PDT em pacientes diagnosticados com coronavírus e sob internação, buscando-se comprovar se tal estratégia poderia ser efetiva na redução dos sintomas e, consequentemente, do tempo de internação desses pacientes. Para tal, após parceria com o Hospital Geral de São Caetano do Sul, foram selecionados 84 pacientes adultos com diagnóstico positivo para coronavírus. A PDT foi efetuada por meio da aplicação de azul de metileno 200 µM nas cavidades oral e nasal através de bochecho e aspiração, respectivamente, e, após 5 minutos, foi efetuada a irradiação com laser vermelho (l = 660 nm e potência de 100mW) por 12 minutos em cada cavidade. A avaliação dos pacientes foi efetuada por monitoramento da febre e de outros sintomas, bem como exames laboratoriais PCR (SWAB NASAL) associados por 30 dias.