Divisão e Espalhamento de Fatias Espectrais como Estratégia de Segurança em Redes Ópticas Elásticas
Há fortes previsões de que a próxima geração de redes corporativas terá como componente indispensável a EON. Isso porque ela fornece recursos de espectro para economizar banda utilizada a cada requisição, sem precisar alocar a demanda em canais fixos, como na tecnologia WDM. Outras pesquisas trouxeram benefícios como o aproveitamento do fato de que na EON os recursos de espectro são geralmente divididos em fatias (slices) de frequência com granularidade mais fina. Cada solicitação de conexão pode, portanto, usar várias fatias de frequência no tamanho adequado, ou seja, de forma que o tamanho da largura da banda solicitada sempre seja atendida mantendo a adjacência das posições (contiguidade) das porções de frequências. Cada uma dessas porções é chamada de slot ou FSU. A composição de múltiplas FSUs dispostas continuamente são aqui tratadas como fatias de espectro (slice). Este trabalho traz como premissa a quebra do rigor da manutenção da contiguidade e continuidade usando a técnica SS na EON. Apesar do uso dessa técnica para a melhoria do desempenho não ser nova, no escopo deste trabalho a SS visa proporcionar criptografia de sinais na camada física usando inclusive a multiplicidade de caminhos proporcionada pelo processo de roteamento. Para o trabalho de doutorado são usados dois diferentes simuladores: OfNetSim e VPI Photonics(M), de modo a estudar a camada de transporte e a camada física. Novas funcionalidades para o OfNetSim foram desenvolvidas, para permitir a operação com SS. A simulação do VPI Photonics(M) permite o estudo da distribuição na camada física de sinais fatiados e criptografados. Os resultados que foram obtidos até agora se referem à camada de transporte, usando o OfNetSim para demonstrar a SS em vários cenários de topologias de rede óptica em termos de desempenho e algumas limitações em termos do número máximo de porções espectrais que um slice poderia ser dividido.