Analise das evidencias cognitivas, comportamentais e de neuroimagem estrutural para a Teoria do Cerebro Maculino Extremo no Autismo
Os Transtornos do Espectro Autista (TEA) apresentam maior prevalência em homens que em mulheres ao redor do mundo, em uma taxa aproximada de 4:1. Algumas teorias se propõem a explicar essa diferença na prevalência, sendo a principal delas a Teoria do Cérebro Masculino Extremo. No entanto, evidências recentes apontam que aspectos da doença vêm sendo negligenciados em mulheres, sugerindo que muitas portadoras não são diagnosticadas. Além disso, evidências relativas à existência de diferenças de gênero no sintomas de TEA emergiram nos últimos anos. Dada essa controversa na literatura e o crescente uso de evidências de neuroimagem para testar hipóteses relativas a etiologia dos transtornos mentais, propomos neste projeto: (1) uma análise conceitual crítica dos pressupostos da Teoria do Cérebro Masculino Extremo (2) a realização de uma revisão sistemática das evidências cognitivas, comportamentais e de neuroimagem que sustentam ou desafiam essa teoria e (3) análises de bases de dados abertas de de neuroimagem estrutural, incluindo ferramentas de teoria dos grafos, adequadas para testar as hipóteses da influência de diferenças sexuais na morfologia e arquitetura de redes neurais nas manifestações de TEA.