PPGCHS PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC Telefone/Ramal: Não informado http://propg.ufabc.edu.br/ppgchs

Banca de DEFESA: EMMANUEL VITOR CLETO DUARTE

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : EMMANUEL VITOR CLETO DUARTE
DATA : 14/08/2019
HORA: 14:00
LOCAL: Sala S17- Bloco Delta - Campus São Bernardo do Campo
TÍTULO:

Reconfigurações do dominante e residual. Um estudo de caso de bandas independentes e bandas contratadas pela Som Livre.


PÁGINAS: 288
RESUMO:

Esta tese de doutorado tem por objetivo averiguar as recentes alterações no mercado da música e seus impactos nas grandes gravadoras e nos artistas independentes, num recorte do mercado brasileiro através de um estudo de caso de artistas participantes dos dois modelos. A avaliação da crescente monetização das plataformas, a consolidação do streaming, as movimentações e estratégias utilizadas pelas grandes gravadoras e uma análise do “cenário independente” no Brasil são os objetivos adicionais aqui apresentados. Para tal, foram escolhidas duas bandas para um estudo de caso: a “Carne Doce”, banda independente de Goiânia e “Plutão Já Foi Planeta”, banda contratada pela Som Livre. As alterações na Internet são fundamentais para essa análise. Desde as propostas de Lévy (1999), Castells (2003) e Jenkins (2008), muitas mudanças aconteceram na rede mundial de computadores. Plataformas como o Google e Facebook reforçam seu papel e moldam o conteúdo produzido na rede, conforme a proposta de Feenberg (2003). O momento mostra modelos que eram “emergentes” e se tornaram “dominantes” em curto espaço de tempo, e uma reconfiguração do “dominante” que se apropria de estratégias da “forma emergente” ocupando um espaço dos artistas independentes. Esta perspectiva se ancora nas bases teóricas de Raymond Williams, Jesús Martin-Barbero, e Manuel Castells. Se por um lado a banda independente alcança a sustentabilidade se utilizando de estratégias já conhecidas, com uma mescla do “residual” do “emergente” e sem negar o contato com elementos da “forma dominante” (WILLIAMS, 1979), a gravadora passa a se utilizar de componentes da “forma emergente” e busca posicionar uma banda contratada como independente. Assim, a trajetória das bandas e suas principais estratégias de produção musical foram analisadas para entender quais são as possibilidades dos artistas que operam fora do circuito das grandes gravadoras, e como se reconfiguram os contratados de um ator “dominante” deste mercado como é a Som Livre. Destacam-se ainda autores que também fundamentam teórica, conceitual e metodologicamente, entre eles: Herschmann, Janotti. Jr, Freire Filho e, na avaliação sobre a produção e o mercado de música; Jenkins, Lévy, Castells, Silveira, Taplin e Snircek na reflexão sobre cultura das redes, interações, participação, desenvolvimento e impactos das plataformas e conteúdos na Internet; Recuero, Fragoso, e Amaral colaboram com a metodologia/pesquisa de campo e na avaliação da produção da banda na Internet e nas redes sociais. A metodologia assume a perspectiva não excludente referente à múltiplas relações como online e offline; "dominante, residual e emergente"; mainstream (grandes gravadoras) e bandas independentes; produção, circulação, apropriação e uso dos produtos culturais. A pesquisa foi realizada ao redor de entrevistas, dados do mercado musical, artigos da imprensa tradicional e coleta da produção da banda no site, blog e redes sociais ao longo de vinte meses. O primeiro capítulo deste trabalho faz um balanço do mercado de música e suas principais alterações e acontecimentos para avaliar o contexto no qual a banda se insere e traça um paralelo entre a "forma dominante" das grandes gravadoras e o que surge como "forma emergente" de bandas independentes que se articulam em redes. A indústria de música foi uma das primeiras a ser afetada por um importante acontecimento: a criação da Internet. Produção e consumo musicais sofrem rápidas transformações. A segunda parte deste trabalho irá abordar o momento recente da produção na Internet, com plataformas de molduras cada vez mais restritas (FEENBERG, 2003) como o Facebook e o Youtube, a mudança na monetização das mesmas, e o crescente papel do streaming que tem agora um espaço importante dentro da relação entre produtores e consumidores dentro do mercado musical. Posteriormente avaliou-se a história das bandas desde as suas formações, a relação com as cidades de origem, suas cenas musicais e culturais, e a articulação a com a rede de músicos independentes com o intuito de compreender o desenvolvimento dos dois grupos musicais, o contexto em qual atuam, como se desenvolveram, como atingem a sustentabilidade e as relações com o “dominante”, “residual” e “emergente”. A quarta parte deste trabalho analisa quantitativamente a forma como as bandas produzem na Internet e a evolução nas principais plataformas para verificar diferenças de competitividade entre independentes, neste momento no qual as plataformas estão monetizadas. Foram avaliados o site, redes sociais e o Spotify, principal plataforma de streaming A última seção deste capítulo faz uma avaliação da principal fonte de receita declarada de muitos artistas, as apresentações ao vivo, que estão também no eixo offline. Será avaliada a performance das duas bandas para verificar se há uma discrepância no número de shows da banda independente e da banda contratada pela gravadora.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - Interno ao Programa - 1369256 - SERGIO AMADEU DA SILVEIRA
Membro Titular - Examinador(a) Interno ao Programa - 1545036 - CLAUDIO LUIS DE CAMARGO PENTEADO
Membro Titular - Examinador(a) Interno ao Programa - 1802140 - JOSE PAULO GUEDES PINTO
Membro Titular - Examinador(a) Externo à Instituição - ROSEMARY SEGURADO - PUC - SP
Membro Titular - Examinador(a) Externo à Instituição - SILVIA HELENA SIMOES BORELLI - PUC - SP
Membro Suplente - Examinador(a) Interno ao Programa - 1847300 - JOSE BLANES SALA
Membro Suplente - Examinador(a) Externo à Instituição - MARIA ISABEL OROFINO - ESPM
Notícia cadastrada em: 16/07/2019 18:08
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