PPGCHS PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC Telefone/Ramal: Não informado http://propg.ufabc.edu.br/ppgchs

Banca de DEFESA: ALICE QUINTELA LOPES OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ALICE QUINTELA LOPES OLIVEIRA
DATA : 05/06/2024
HORA: 14:00
LOCAL: São Bernardo do Campo
TÍTULO:

Fazendo o sexo falar: uma genealogia da gestão da sexualidade nas prisões femininas


PÁGINAS: 200
RESUMO:

Esta tese expõe pesquisa sobre gênero e sexualidade em prisões femininas. Busca analisar a constituição da identidade sapatão, mulher que performa masculinidade no cárcere.  Chamadas de bofe, caminhoneira; no presídio de São Paulo são referidas como sapatão, em oposição à mulheríssima, e sua constituição enquanto sujeito será objeto de investigação deste trabalho, bem como as relações de poder que a envolvem. A pesquisa possui suporte em observação participante junto ao Grupo de Extensão Educação Liberta e Emancipa da UFABC (2021 e 2022), entrevistas e genealogia. A análise de todo o material de campo, permitiu-me concluir que o dispositivo da sexualidade opera na prisão, desde seu princípio, de modo a vigiar corpos, desejos e prazer e, assim, regular os gêneros autorizados a existir. Assim se dá com a construção da identidade “sapatão”, atravessada pelo dispositivo da sexualidade, atuando como canal de atravessamento do poder; muitas vezes sofrendo seus efeitos e, outras exercendo sua potência. Ademais, a constituição do sujeito "sapatão" acompanha a criação de um conjunto de normas para acessar esta identidade, apresentando-se, portanto, como uma identidade demasiada normativa e excludente. Uma vez que se estabelecem critérios para se alcançar o status de “sapatão”, criam-se também diversas outras identidades que estão excluídas e marginalizadas, como "sapatão foló", "relativa", "entendida", "relativa" e diversos outros termos que implicam perda de legitimidade e poder na prisão. Deste modo, passar a ser reconhecida enquanto “sapatão” confere posições de poder que advêm da lógica sexista estrutural que lhes franqueia, assim como aos homens, a utilização de ferramentas como agressividade, violência, poligamia, mentiras e outras. Se, por um lado, desestabilizam-se modos “heterogêneos” de se vivenciar desejos, prazeres e corporalidades; por outro, vê-se reproduzir uma relação pautada pela heteronormatividade, replicando-se papeis tradicionais nas relações conjugais.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - Interno ao Programa - 2222046 - ALESSANDRA TEIXEIRA
Membro Titular - Examinador(a) Interno ao Programa - 1891496 - CAMILA CALDEIRA NUNES DIAS
Membro Titular - Examinador(a) Externo ao Programa - 3212768 - ALBERTO EDMUNDO FABRICIO CANSECO
Membro Titular - Examinador(a) Externo à Instituição - FERNANDA EMY MATSUDA - UNIFESP
Membro Titular - Examinador(a) Externo à Instituição - FERNANDO AFONSO SALLA - USP
Membro Suplente - Examinador(a) Interno ao Programa - 3065770 - BRUNA MENDES DE VASCONCELLOS
Membro Suplente - Examinador(a) Externo à Instituição - JULIANA VINUTO LIMA - UFF
Membro Suplente - Examinador(a) Externo à Instituição - Maria Gorete Marques de Jesus - USP
Notícia cadastrada em: 11/04/2024 20:57
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