PPGCHS PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC Telefone/Ramal: Não informado http://propg.ufabc.edu.br/ppgchs

Banca de QUALIFICAÇÃO: PEDRO MENDONÇA CASTELO BRANCO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : PEDRO MENDONÇA CASTELO BRANCO
DATA : 10/03/2022
HORA: 14:00
LOCAL: São Bernardo do Campo (remoto)
TÍTULO:

UBERIZADOS MAS ORGANIZADOS: Um estudo sobre o Treta e o Breque dos Apps


PÁGINAS: 156
RESUMO:

Apresenta-se aqui os resultados parciais de uma pesquisa de Mestrado na área da Sociologia do Trabalho, sobremaneira, no estudo das organizações dos trabalhadores uberizados; a pesquisa está sob o guarda-chuva da Linha de Pesquisa “Trabalho, Migrações e Políticas Sociais” do Programa de Pós-Graduação em Ciências Humanas e Sociais (PCHS) da Universidade Federal do ABC (UFABC), bem como, vinculada ao Grupo de Pesquisa “Política, Políticas Públicas e Ação Coletiva (3PAC/CNPQ)” também da UFABC. Para este texto, compreende-se a uberização do trabalho, fenômeno típico do século XXI, como mais uma etapa no processo de reestruturação produtiva que dissolveu  mediações e acordos entre o capital e o trabalho que perduraram durante boa parte do século XX. Essas mediações ficaram conhecidas, pelo lado da produção, como fordismo e, no campo dos Estados nacionais, como os modelos de Estado de Bem-Estar Social. Neste sentido, a uberização do trabalho significa um processo de relações trabalhistas à margem do estofo protetivo da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e, mais ainda, à margem também da própria condição de trabalhadores assalariados, isso porque, essa condição é negada pelo léxico veiculado pelas empresas que se baseiam em valores neoliberais como os de parcerias e de empresas de si. Combinam-se, ainda, a esses elementos subjetivos um aprofundamento brutal do controle desses trabalhadores a partir das tecnologias da informação e da comunicação (TIC’s). Todavia, apesar desse cenário de individualização do trabalho e de controle milimétrico, os uberizados conseguem se organizar coletivamente para uma contra-ofensiva do trabalho em diversas partes do mundo e no Brasil. Diante disso, o objetivo primário desse trabalho é compreender a organização coletiva de uma das principais categorias do trabalho uberizado, os entregadores de aplicativo, à luz de dois conceitos: o de sindicalismo de movimento social e o de experiência histórica. Para isso, a análise se centrou no coletivo Treta, um dos principais grupos com entregadores por aplicativos da região metropolitana de São Paulo. Do ponto de vista metodológico, uilizou-se uma abordagem qualitativa com quatro entrevistas semiestruturadas com entregadores “linha de frente” e observação direta das reuniões de preparação e da própria paralisação nacional organizada pelo Treta no dia 11 de setembro de 2021. Dessa maneira, esta dissertação pretende dar um passo na compreensão do fenômeno da uberização do trabalho pelo ótica das alternativas criadas pelos próprios trabalhadores. Como resultado, apontou um processo, ainda que contraditório, de construção de uma identidade coletiva de classe, a partir da experiências dos trabalhadores no próprio trabalho e nos processos de mobilização, e vinculado a formas de organização mais horizontais, com pautas econômicas e focadas em táticas de conflito capital/trabalho.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - Interno ao Programa - 1544389 - SIDNEY JARD DA SILVA
Membro Titular - Examinador(a) Externo à Instituição - ANA CLAUDIA MOREIRA CARDOSO - UFJF
Membro Titular - Examinador(a) Externo à Instituição - ALEXANDRE SAMPAIO FERRAZ
Membro Suplente - Examinador(a) Interno ao Programa - 1545036 - CLAUDIO LUIS DE CAMARGO PENTEADO
Membro Suplente - Examinador(a) Externo ao Programa - 1545979 - FRANCISCO DE ASSIS COMARU
Notícia cadastrada em: 08/03/2022 10:06
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