Este trabalho tem como objeto de pesquisa as mulheres que voluntariamente migram de um país para outro. A análise está fundamentada na abordagem de Amartya Sen sobre o desenvolvimento humano e, principalmente, do conceito de liberdade de agência. Então, questiona-se em que medida o desenvolvimento humano é potencializado pela liberdade e pela capacidade das mulheres em migrar é possibilitada a expansão de suas capacidades através da migração. Esta pesquisa também se embasa nos estudos migratórios que observam como o gênero condiciona a vida das mulheres, diferentemente dos homens, em razão das hierarquias, relações e papéis sociais existentes. Assim como, por se tratar de migrações internacionais, também são discutidas questões relacionadas à nacionalidade, raça, classe social e como se interseccionam. A partir dessas referências teóricas e conceituais, discutem-se dois casos de migrações de mulheres e por meio da metodologia do estudo de casos comum a análise comparativa, são destacadas as peculiaridades de cada experiência migratória e se demonstra os avanços e entraves ao desenvolvimento humano das migrantes.