PPGCHS PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC Telefone/Ramal: Não informado http://propg.ufabc.edu.br/ppgchs

Banca de DEFESA: RICARDO LIMA DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : RICARDO LIMA DA SILVA
DATA : 17/12/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Híbrida
TÍTULO:

MARCADOS PARA MORRER:  A LEGITIMAÇÃO DA VIOLÊNCIA SOBRE OS FILHOS DA MULHER NEGRA-PERIFÉRICA


PÁGINAS: 176
RESUMO:

Esta pesquisa tem como tema a estigmatização que legitima a violência contra os adolescentes negros-periféricos.  Para isso, foi realizada uma pesquisa empírica com adolescentes que cumprem medidas socioeducativas em meio aberto e que são moradores da favela de Heliópolis e região, com o perfil majoritariamente segundo os dados coletados, negros e pobres. Partimos da compreensão de que o Estado possui mecanismos e aparelhos ideológicos racistas e classistas de violência que, mesmo com as críticas dos estudos das ciências sociais em relação ao racismo e às desigualdades, continuam estigmatizando a população negra e periférica, fazendo com que a sociedade aprove tal violência, onde estes sujeitos passam a serem lidos como uma ameaça social que deve ser contida, encarcerada, com a liberdade restrita e/ou assassinada. Portanto, o objetivo principal é apreender a relação do adolescente lido como negro-periférico e a criminalização, bem como a relação entre essas duas categorias de análise para legitimação social da violência que se sustenta por meio do sistema colonial em suas novas dinâmicas na contemporaneidade. Busca também identificar os mecanismos que esse sistema utiliza na atualidade e que se desdobram na estigmatização e privação da liberdade. Logo, esta pesquisa irá discutir a relação do tornar-se negro e periférico com a sujeição criminal como suportes da violência legitimada; Analisar as novas dinâmicas do sistema colonial sustentado pela ideologia/estigmatização que legitima a violência, no qual elabora uma criminologia pautada na seletividade como parte da violência; Relacionar tais produções teóricas com a pesquisa empírica através dos entraves postos pelo sistema colonial na vida da população negra e periférica. Para tal, serão utilizados como procedimentos metodológicos o levantamento bibliográfico, análise dos dados qualitativos e quantitativos, entrevista com jovens moradores da favela do Heliópolis e a aplicação de um grupo focal com os adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas que residem na favela do Heliópolis e região. Portanto, concluísse que com os avanços dos estudos das ciências sociais houve uma ruptura e apagamento das questões ideológicas da racialização/estigmatização, dificultando a compreensão das relações sociais em seus território (favela do Heliópolis) bem como a dinâmica da violência sobre corpos marginalizados, também a impossibilidade de existência do negro–periférico e suas relações socioeconômicas e familiares, no qual são corriqueiramente apagadas nas análises sobre a violência e privação de liberdade à estas  crianças e adolescentes negros-periféricos


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - Interno ao Programa - 1227719 - PAULO SERGIO DA COSTA NEVES
Membro Titular - Examinador(a) Interno ao Programa - 1891496 - CAMILA CALDEIRA NUNES DIAS
Membro Titular - Examinador(a) Externo à Instituição - ALAN DE LOIOLA ALVES - UNESP
Membro Titular - Examinador(a) Externo à Instituição - MÁRCIA CAMPOS EURICO - PUC - SP
Membro Suplente - Examinador(a) Interno ao Programa - 1681342 - CAROLINA BEZERRA MACHADO
Membro Suplente - Examinador(a) Externo ao Programa - 2354087 - RAMATIS JACINO
Notícia cadastrada em: 02/12/2024 16:34
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