Aprendizados, potências e limites de metodologias participativas mediados por assessorias técnicas e movimentos sociais
Nas práticas de gestão e planejamento urbano, as formas e métodos da participação social compõem um terreno em disputa — variam práticas que buscam emancipação e transformação social e processos meramente informativos; ações baseadas em uma pseudoparticipação ou em processos coletivos de deliberação. A qualidade da participação cidadã é um vetor imprescindível para a configuração de novos modelos de decisão que orientem a relação Estado e sociedade. Ainda que tenha havido um conjunto de avanços na participação institucional na política pública desde a sanção da Constituição (1988) e na urbana desde o Estatuto da Cidade (2001) é importante reconhecer, também, os limites desses processos participativos, sobretudo seus padrões de efetividade. Este projeto de pesquisa se propõe a refletir acerca dos aprendizados, potências e limites de metodologias participativas mediadas por assessorias técnicas e movimentos populares em ocupações e territórios periféricos, considerando o acúmulo de debates, as lacunas existentes e o repertório de experiências do campo.