MODELAGEM, INTEGRAÇÃO E AVALIAÇÃO ENERGETICA DE MELHORIAS TECNOLÓGICAS NO PROCESSO DE PRODUÇÃO DE ETANOL CONVENCIONAL E POR HIDRÓLISE ENZIMÁTICA A PARTIR DA CANA-DE-AÇÚCAR
Com a vantagem que oferece a cana-de-açúcar por ser a opção de biomassa energética de maior produtividade por unidade de área e, o desenvolvimento nos últimos anos dos denominados “processos de segunda geração” os quais possibilitam a geração de etanol a partir da hidrólise de materiais lignocelulósicos permitindo um aumento significativo na produção de etanol, um novo cenário energético para a produção de biocombustíveis através do aproveitamento da biomassa residual vem sendo estabelecido recentemente. No entanto, embora a tecnologia de hidrólise enzimática seja integrada ao processo convencional de produção de etanol, como feito em algumas unidades já instaladas no pais, os elevados custos de produção a partir dos processos de segunda geração não permitem uma competitividade com o etanol de primeira geração no mercado energético. Junto com os incentivos econômicos oferecidos pelo governo, uma produção viável e massificada de etanol de segunda geração através do desenvolvimento tecnológico continuo do processo produtivo, é o aspecto mais importante no caminho a ter um biocombustível acessível de baixo custo, com isto, o presente trabalho tem como objetivo gerar um aporte ao desenvolvimento do processo produtivo de segunda geração a traves de: i) a análise e diagnostico das possibilidades de incremento da produção de etanol avaliando possíveis melhorias em processos específicos como a destilação, concentração, fermentação e hidrólise, ii) a elaboração de propostas de integração térmica dos processos e subprocessos de primeira e segunda geração visando a diminuição do consumo energético no processo de produção, e iii) a avaliação das implicações no sistema de cogeração derivadas da integração dos processos de primeira e segunda geração e a introdução do aquecimento regenerativo no mesmo. No desenvolvimento deste trabalho são utilizadas ferramentas de análise como o Aspen Plus, ferramentas de cálculo como o EES (Engineering Equation Solver) e o método de análise Pinch-Point para a integração energética dos diferentes processos.