ANÁLISE DE MODELOS ENERGÉTICOS EM TRANSPORTE PNEUMÁTICO: UMA REVISÃO SISTEMATICA DA LITERATURA
O transporte pneumático é amplamente utilizado por diversos segmentos industriais. Suas vantagens englobam flexibilidade nas rotas de transporte, transporte em longas distâncias, redução de poluentes, quando comparados com transportes mecânicos. Entre suas desvantagens, é possível destacar seu alto consumo energético devido a utilização de grandes quantidades de ar comprimido. Estudos para melhorar a eficiência dos sistemas de transporte pneumático são realizados constantemente, porém a inexistência de modelos unificados indica a necessidade de analisar diversos modelos. Entre estes estudos, destacam-se os estudos que impactam o consumo energético, a queda de pressão e velocidade do gás. Foi realizado uma revisão sistemática da literatura coletando artigos de três bases acadêmicas e graduando-os de acordo com palavras chave a fim de obter equações experimentais preditivas de velocidade, queda de pressão e o fator de fricção de sólidos. Houve coleta de dados experimentais com um sistema de transporte pneumático com um protótipo de alimentador de sólidos desenvolvido pela empresa Zeppelin Systems Latin America, chamado de ejetor pressurizado Batchpump. Este protótipo é similar a um pequeno vaso de pressão, para transporte de material em bateladas de 100L. A instalação de transporte era composta de uma tubulação de 133m de comprimento e 3 polegadas de diâmetro, 5 curvas de 90º e uma curva de 180º, todas de raio longo, para transporte de calcário calcítico moído. As equações coletadas na bibliografia foram confrontadas, identificando o que cada autor considerava diretamente ou inversamente proporcional, e identificou-se que a maioria das equações convergiam neste quesito, mesmo com alteração da intensidade desta influência, por se tratar de equações experimentais. Calculou-se os coeficientes experimentais de cada equação de fricção de sólidos e constatou-se a inadequação de utilizar este fator de fricção de sólidos como uma constante, sendo necessário utilizar equação de predição de comportamento com base em outras variáveis, como razão de sólidos e velocidade. Esta alteração implicou uma redução do erro médio de 35% para 10%, o que impacta na capacidade de predição de um sistema de transporte e consequentemente na otimização deste sistema, tendo uma maior possibilidade de trabalhar em pontos de maior eficiência energética