Arranjo de Antenas Patch Coplanares integrada a Células Fotovoltáicas para Coleta Híbrida de Energia
O surgimento de redes inteligentes de energia, da rede de sensores sem fio e da Internet das Coisas produziu uma demanda crescente por fontes alternativas de energia. Atualmente, as baterias dominam o mercado de armazenamento de energia para essas tecnologias, mas são fontes perecíveis caracterizadas pela necessidade de substituição em períodos relativamente curtos e pela poluição causada por seus resíduos. Para encontrar novas fontes de energia, muitos estudos de mecanismos de captação associados a ondas térmicas, solares, vibrações ou eletromagnéticas foram realizados. A produção de corrente elétrica usando células fotovoltaicas é uma técnica estudada e desenvolvida há mais de duas décadas. No entanto, ainda é altamente sensível a condições de pouca luz ou durante a noite. Sob essas condições, a energia extraída das ondas eletromagnéticas pode supri, mesmo que parcialmente, a demanda por energia. Essa técnica é conhecida como colheita de radiofrequência e usa rectenas para capturar a energia do ambiente. A colheita por radiofrequência enfrenta problemas como os baixos valores de densidade de potência disponíveis no ambiente, mas não depende dos níveis de luz para produzir energia. A idéia de sistemas híbridos baseados no uso alternado de duas fontes de energia garante a energia toda vez que a carga precisa. A pesquisa apresentada aqui visa desenvolver uma estrutura híbrida de colheita solar e eletromagnética para suportar dispositivos de baixa potência, principalmente para ambientes internos. Este trabalho apresenta o projeto, simulação, análise e prototipagem de duas configurações de antenas coplanares com frequência de ressonância de 2,45 GHz, integradas a células solares. As consequências do processo de integração são avaliadas para os dois componentes: antenas e células solares. Em seguida, são apresentados os principais resultados e conclusões do trabalho. Como resultado deste estudo, ficou provado que as células solares podem ser usadas como elementos radiantes nas antenas sem a necessidade de incorporar outro tipo de metalização. No entanto, variações na área de uma célula solar otimizada resultam em uma diminuição considerável de sua eficiência de conversão de energia, que, dependendo das condições de operação, pode inviabilizar o uso da célula solar. Também é apresentada uma metodologia para caracterizar a interface antena/retificador em função dos parâmetros S e sua influência na eficiência de conversão de energia da rectena.