Estrutura eletrônica de micro/nanotubos de multicamadas de L,L, difenilalanina
Os peptídeos L, L-Difenilalanina (FF) têm sido utilizados para a produção de nanoestruturas devido às suas características estáveis de ampla utilização. Estruturas peptídicas podem ser amplamente aplicadas em áreas biomédicas, em sistemas que podem levar a luz diretamente a células vivas e podem ser usados no enquadramento de sensores e dispositivos biocompatíveis. A ampla utilização das nanoestruturas necessita que suas propriedades eletrônicas sejam bem conhecidas e se possível passíveis de adaptações. Nesse sentido esse trabalho se propõe a estudar as características eletrônicas dos peptídeos de FF e verificar como eles variam com o aumento da espessura dos micro/nanotubos produzidos. Foram preparadas seis amostras seguindo o procedimento descrito a partir da técnica líquido-vapor, utilizando HFIP como solvente. Soluções frescas de FF foram utilizadas para produzir amostras de deposição, camada a camada, inicialmente, com apenas uma película fina, intitulada monocamada, e posterior repetições do procedimento para amostras de cinco, sete, oito, nove e dez camadas. A análise das imagens fornecidas pela microscopia eletrônica de varredura (MEV) indicaram que a monocamada possui tubos menos espessos em comparação com as demais amostras, sendo que a espessura cresce com o aumento do número de camadas. Os espectros eletrônicos obtidos por espectroscopia de absorção UV-VIS foram analisados pelo método de Kubelta-Munk. Fluorescência e Voltametria? Os resultados obtidos indicam que os níveis eletrônicos obedecem uma população de estados eletrônicos do tipo singleto-tripleto. Verificou-se ainda que a separação dos estados degenerados de energia pode ser realizada variando-se o diâmetro do microtubo (1-4 eV), que é uma maneira simples e viável de controlar as propriedades optoeletrônicas das amostras.