Estudo da hipericina como fotossensibilizador na terapia fotodinâmica contra Cryptococcus spp.
O surgimento de uma grande variedade de fungos patogênicos resistentes aos antifúngicos convencionais como, por exemplo, as espécies Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii, causadoras da criptococose, tem resultado tanto no aumento do índice de doenças quanto no aumento do índice de mortalidade. Assim, torna-se urgente a necessidade de desenvolver novos procedimentos e buscar novas moléculas a fim de melhorar a terapia contra infecções fúngicas. A Terapia Fotodinâmica (TFD) é altamente utilizada em tratamentos de neoplasias e tratamentos para a degeneração macular relacionada à idade. Além disso, muitos estudos têm demonstrado o uso da TFD em patologias relacionadas a microrganismos, o que a torna uma alternativa promissora no combate a infecções causadas por fungos. Seu mecanismo envolve a combinação sinérgica de um fotossensibilizador, oxigênio e luz visível de comprimento de onda adequado para produzir espécies reativas de oxigênio, que causam oxidação dos componentes da célula, levando-a à morte. O fotossensibilizador utilizado neste trabalho foi a hipericina, encontrada a partir da planta Hypericum perforatum, que difere de outros fotossensibilizadores devido ao seu amplo espectro de absorção na região visível e meia-vida curta. A principal vantagem da TFD é o fato de não selecionar microrganismos resistentes ao tratamento. Este estudo tem o objetivo de analisar a eficiência da hipericina na TFD realizada em diferentes concentrações da molécula e doses de radiação contra C. neoformans e C. gattii. Nos dados analisados até o momento foram observados que a TFD possui uma resposta considerável em relação à inibição do C. neoformans e C. gattii. Além disso, a hipericina apresentou resultados notáveis para aplicação em C. neoformans e C. gatti mesmo sem a presença de luz.