INCREMENTO DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA NA PRODUÇÃO DE ETANOL DE CANA-DE-AÇÚCAR DE PRIMEIRA GERAÇÃO COM O USO DE BIOGÁS DE VINHAÇA
A busca por fontes renováveis de energia tem raízes históricas e tem ganhado relevância, impulsionando um movimento global em direção a alternativas sustentáveis. Esse movimento visa promover uma transição energética sólida, reduzir o consumo de combustíveis fósseis e, simultaneamente, possibilitar o aproveitamento eficiente dos resíduos gerados. Neste contexto o problema abordado neste trabalho trata-se de apresentar como incrementar a eficiência energética do etanol de primeira geração (1G) desde a etapa agrícola até o uso final do energético. O Objetivo geral consiste em determinar o ganho de eficiência energética no fluxo de produção do etanol de cana-de-açúcar. Assim, este trabalho sustenta a tese do aproveitamento da vinhaça, resíduo do processo de produção do etanol de cana-de-açúcar, para a produção de biogás promovendo um aumento do Energy Return on Investiment (EROI), desde a etapa agrícola até o uso final do etanol 1G produzido em uma usina autônoma. Este trabalho explora o aproveitamento da vinhaça, para a produção de biogás, visando melhorar o EROI no processo de produção de etanol 1G. Este estudo propõe comparar o cenário denominado linha de base, sem a inclusão de biogás de vinhaça com quatro cenários propostos. Estes cenários propostos se caracterizam da seguinte forma: cenário 1, utilização do biometano, proveniente do biogás da vinhaça, em veículos agrícolas e em caminhões canavieiros; cenário 2, utilização do biogás de vinhaça para geração de eletricidade para ser comercializada; cenário 3, utilização do biometano, proveniente do biogás da vinhaça para ser injetado na rede de gás natural e por fim cenário 4, utilização do etanol em veículos com célula combustível e geração de eletricidade com biogás. Os cenários propostos comparados ao cenário de linha de base apresentaram um crescimento no EROI com a inclusão do biogás de vinhaça no fluxo de produção do etanol de primeira geração em uma usina autônoma. O crescimento do EROI variou entre 6,90% e 10,99% no cenário 1, entre - 0,86% e 1,10% no cenário 2, entre 9,48% e 10,98% no cenário 3 e entre 48,28% e 83,52% no cenário 4.