Os limites do desenvolvimento econômico brasileiro de 2007 a 2014 à luz da teoria da dependência: desafios e alternativas
Esta pesquisa visa compreender os limites do desenvolvimento econômico
brasileiro de 2007 a 2014, durante o segundo governo Lula e o primeiro
governo Dilma, à luz das teorias da dependência, com ênfase à teoria marxista,
mas com contribuições dos estruturalistas. Para atingir tal objetivo, será feita
uma revisão bibliográfica das teorias da dependência econômica, investigadas
as características históricas e regionais desse processo a fim de compreender
as possibilidades e as limitações do modelo de desenvolvimento aplicado no
Brasil no período. Serão analisados alguns indicadores socioeconômicos do
país, com o intuito de verificar questões importantes como a financeirização
econômica, a desindustrialização e o neoextrativismo e os investimentos
públicos em ciência e tecnologia. Com base nesses dados, pretende-se avaliar
o desenvolvimento e a dependência econômica brasileira e a hipótese de que
tratou-se de um período neodesenvolvimentista. A partir dessa análise,
também serão investigados possíveis diálogos entre a Teoria da dependência e
as correntes do pensamento que tratam atualmente de questões como
neoextrativismo e financeirização e apontam para horizontes alternativos à
ideia de desenvolvimento pensada no período pós-guerra. Para fundamentar a
investigação, serão acompanhados os principais relatórios e indicadores
socioeconômicos revelados pelo Banco Central (BC), o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
(IPEA), durante o período dos governos estudados, com o intuito de analisar os
resultados das políticas públicas e as orientações de medidas para a política
econômica.