PPGEPM PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA POLÍTICA MUNDIAL FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC Telefone/Ramal: Não informado http://propg.ufabc.edu.br/ppgepm/
Dissertações/Teses

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2024
Dissertações
1
  • WILLIAN HABERMANN
  • ACESSO A VACINAS DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19: uma análise da tentativa de Suspensão temporária do Acordo TRIPS (TRIPS Waiver)

  • Orientador : JOSE PAULO GUEDES PINTO
  • Data: 29/01/2024

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  • Resumo: A pandemia da COVID-19 se mostrou o maior desafio sanitário mundial de nossa história recente e colocou a discussão sobre a propriedade intelectual e o acesso a vacinas no centro do debate. Devido aos aprendizados com as pandemias anteriores, aos avanços tecnológicos das últimas décadas, ao interesse das grandes empresas farmacêuticas e à uma articulação em prol do combate ao vírus da COVID-19, foi possível produzir tratamentos e performar protocolos sanitários para reduzir os impactos da doença e da pandemia em tempo recorde. Neste contexto o desenvolvimento das vacinas foi crucial e o Acordo TRIPS, que estabelece, através da OMC, padrões mínimos de proteção para todos os campos tecnológicos, incluindo o setor farmacêutico teve um papel importante. O objetivo dessa dissertação é o de analisar o impacto dos direitos de propriedade intelectual no acesso às vacinas contra a COVID-19 e apresentar o debate sobre acesso às vacinas contra a COVID-19 através da tentativa de suspensão temporária do Acordo TRIPS, o chamado TRIPS Waiver. Além disso, esse trabalho também apresentou, através de textos históricos e científicos, assim como baseado no referencial teórico da Saúde Global, a relação entre epidemias, globalização e o caminho trilhado para o fortalecimento do regime internacional de propriedade intelectual, e procurou descrever a forma como os direitos de propriedade intelectual atuaram em emergências de saúde parecidas com as da COVID-19, como por exemplo o caso mais recente da pandemia de Gripe A(H1N1). Nesse sentido, esta dissertação apresenta como os direitos de propriedade intelectual impactaram no acesso e disponibilidade das vacinas contra a COVID-19 durante a pandemia do novo coronavírus. A hipótese deste trabalho se baseia na ideia de que o atual regime de propriedade intelectual, ainda que tenha sido importante para o rápido desenvolvimento das vacinas contra a COVID-19, serviu também como uma barreira aos países mais pobres e em desenvolvimento na garantia do acesso universal às vacinas e suas tecnologias. Dentre as conclusões se apresenta que como essas problemáticas ocorrem em um contexto de profundas desigualdades, toda e qualquer tentativa de ampliar o acesso a medicamentos e vacinas, como o TRIPS Waiver, serão insuficientes na medida em que não conseguem, por si só, alterar as assimetrias de poder entre os países, pois, para além dos direitos de propriedade intelectual é importante que se estabeleçam diretrizes para uma transferência de tecnologia e conhecimento como forma de garantir colaborações de longo prazo e com o intuito de desenvolver plantas de produção de produto farmacêuticos em países em desenvolvimento.


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  • Resumo: A pandemia da COVID-19 se mostrou o maior desafio sanitário mundial de nossa história recente e colocou a discussão sobre a propriedade intelectual e o acesso a vacinas no centro do debate. Devido aos aprendizados com as pandemias anteriores, aos avanços tecnológicos das últimas décadas, ao interesse das grandes empresas farmacêuticas e à uma articulação em prol do combate ao vírus da COVID-19, foi possível produzir tratamentos e performar protocolos sanitários para reduzir os impactos da doença e da pandemia em tempo recorde. Neste contexto o desenvolvimento das vacinas foi crucial e o Acordo TRIPS, que estabelece, através da OMC, padrões mínimos de proteção para todos os campos tecnológicos, incluindo o setor farmacêutico teve um papel importante. O objetivo dessa dissertação é o de analisar o impacto dos direitos de propriedade intelectual no acesso às vacinas contra a COVID-19 e apresentar o debate sobre acesso às vacinas contra a COVID-19 através da tentativa de suspensão temporária do Acordo TRIPS, o chamado TRIPS Waiver. Além disso, esse trabalho também apresentou, através de textos históricos e científicos, assim como baseado no referencial teórico da Saúde Global, a relação entre epidemias, globalização e o caminho trilhado para o fortalecimento do regime internacional de propriedade intelectual, e procurou descrever a forma como os direitos de propriedade intelectual atuaram em emergências de saúde parecidas com as da COVID-19, como por exemplo o caso mais recente da pandemia de Gripe A(H1N1). Nesse sentido, esta dissertação apresenta como os direitos de propriedade intelectual impactaram no acesso e disponibilidade das vacinas contra a COVID-19 durante a pandemia do novo coronavírus. A hipótese deste trabalho se baseia na ideia de que o atual regime de propriedade intelectual, ainda que tenha sido importante para o rápido desenvolvimento das vacinas contra a COVID-19, serviu também como uma barreira aos países mais pobres e em desenvolvimento na garantia do acesso universal às vacinas e suas tecnologias. Dentre as conclusões se apresenta que como essas problemáticas ocorrem em um contexto de profundas desigualdades, toda e qualquer tentativa de ampliar o acesso a medicamentos e vacinas, como o TRIPS Waiver, serão insuficientes na medida em que não conseguem, por si só, alterar as assimetrias de poder entre os países, pois, para além dos direitos de propriedade intelectual é importante que se estabeleçam diretrizes para uma transferência de tecnologia e conhecimento como forma de garantir colaborações de longo prazo e com o intuito de desenvolver plantas de produção de produto farmacêuticos em países em desenvolvimento.

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  • MELINA SOFIA KURIN
  • Os Feminismos ao sul da fronteira e a construção da “primavera das mulheres” latino-americanas

  • Orientador : REGIMEIRE OLIVEIRA MACIEL
  • Data: 08/02/2024

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  • Este trabalho parte da emergência de movimentos de mulheres que se voltam
    contrariamente aos aspectos do avanço neoliberal, constituindo grandes
    manifestações feministas no contexto do sul global. Dada a amplitude do termo
    “Feminismo do Sul”, toma-se, aqui, em específico, o feminismo que se desenvolveu
    na América Latina e Caribe, com enfoque sobre Brasil, Argentina e Chile, países nos
    quais se produziram movimentos síncronos de contestação, muitos de caráter
    altermundialista, influenciando-se mutuamente no desdobrar da denominada
    “primavera das mulheres”, de 2015 a 2019. Busca-se, para tanto, saber como se
    estabelecem as conexões, as especificidades e as pautas de uma parte do
    feminismo latino-americano, que tem sido lida sob o rótulo de “feminismo popular”. A
    análise partiu de organizações influentes na região, como a Marcha Mundial das
    Mulheres e o Ni Una Menos. Do ponto de vista metodológico, foram feitas análises
    de publicações oficiais dos movimentos estudados, encontrados em periódicos,
    portais digitais, além de seus manifestos. Buscou-se a reconstrução de uma história
    feminista do Sul, suas conexões e perspectivas, somando-se à realização de
    entrevistas semi-estruturadas síncronas ou por meio de formulário com integrantes
    de organizações influentes na América Latina. A intenção foi pôr em diálogo
    demandas, posicionamentos e experiências, visando identificar traços em comum e
    especificidades que demarcam os feminismos latino-americanos.


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  • Este trabalho parte da emergência de movimentos de mulheres que se voltam
    contrariamente aos aspectos do avanço neoliberal, constituindo grandes
    manifestações feministas no contexto do sul global. Dada a amplitude do termo
    “Feminismo do Sul”, toma-se, aqui, em específico, o feminismo que se desenvolveu
    na América Latina e Caribe, com enfoque sobre Brasil, Argentina e Chile, países nos
    quais se produziram movimentos síncronos de contestação, muitos de caráter
    altermundialista, influenciando-se mutuamente no desdobrar da denominada
    “primavera das mulheres”, de 2015 a 2019. Busca-se, para tanto, saber como se
    estabelecem as conexões, as especificidades e as pautas de uma parte do
    feminismo latino-americano, que tem sido lida sob o rótulo de “feminismo popular”. A
    análise partiu de organizações influentes na região, como a Marcha Mundial das
    Mulheres e o Ni Una Menos. Do ponto de vista metodológico, foram feitas análises
    de publicações oficiais dos movimentos estudados, encontrados em periódicos,
    portais digitais, além de seus manifestos. Buscou-se a reconstrução de uma história
    feminista do Sul, suas conexões e perspectivas, somando-se à realização de
    entrevistas semi-estruturadas síncronas ou por meio de formulário com integrantes
    de organizações influentes na América Latina. A intenção foi pôr em diálogo
    demandas, posicionamentos e experiências, visando identificar traços em comum e
    especificidades que demarcam os feminismos latino-americanos.

2023
Dissertações
1
  • ANDRÉ DE JESUS TORRES
  • A perspectiva racial de desenvolvimento de Arthur Lewis em The Theory of Economic Growth (1955) e Racial Conflict and Economic Development (1985): reflexões sobre cultura, sociedade e geopolítica a partir das epistemologias do Sul.

  • Orientador : FERNANDA GRAZIELLA CARDOSO
  • Data: 25/04/2023

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  • William Arthur Lewis dedicou sua extensa carreira como Economista, Professor e Conselheiro econômico de países pobres, sobretudo caribenhos e africanos, à superação do subdesenvolvimento, consagrando-se como Pioneiro da Economia do Desenvolvimento e vencedor do Nobel de Economia, sendo o único negro a integrar qualquer um dos grupos. Revisitando seu pensamento econômico por uma ótica epistemológica crítica, capaz de desvelar e evidenciar sua perspectiva racial sobre o desenvolvimento econômico, esta dissertação de Mestrado comparou analiticamente sua obra mais conhecida, “The Theory of Economic Growth” (1955), e sua última, “Racial Conflict and Economic Development” (1985), com o objetivo de responder à pergunta: “houve uma mudança na concepção de raça e desenvolvimento de Arthur Lewis entre 1955 e 1985?”. Metodologicamente, utilizamos revisão bibliográfica e discussão teórica sobre as obras e autores mencionados; adotamos as Epistemologias do Sul, enquanto crítica epistemológica ao eurocentrismo (conforme a sistematização de Boaventura de Sousa Santos), como abordagem teórica; discutimos, como fundamentação teórica, Frantz Fanon, Aníbal Quijano e Walter Rodney, enquanto referências do pensamento anticolonial e antirracista sobre raça, racismo e desenvolvimento (conforme a sistematização de Silvio Almeida); e sistematizamos cultura, sociedade e geopolítica, enquanto elementos centrais da relação entre raça e desenvolvimento, como recortes analíticos. Esse processo resultou na compreensão de que Lewis passou a entender o racismo como uma estrutura desigual que perpetua o subdesenvolvimento a nível local e internacional, cujas raízes econômicas e culturais devem ser combatidas por indivíduos e estados; contudo,a forma civilizatória vislumbrada por ele para as ex-colônias e os ex-colonizados permaneceu a do colonizador, assim como a superação do subdesenvolvimento permaneceu condicionada ao mérito dos negros em fazerem jus (cultural, social e geopoliticamente) ao desenvolvimento que almejam, à despeito das raízes históricas de sua pobreza. Foi possível concluir que, embora socialmente tenha lutado pelo desenvolvimento dos subalternos, epistemologicamente, Arthur Lewis o fez munido da razão dominante, o eurocentrismo, o qual distorceu sua interpretação de aspectos decisivos da realidade; ainda assim, pensar racialmente o desenvolvimento o permitiu reconhecer que a teoria econômica dominante é incapaz de endereçar apropriadamente os conflitos raciais da modernidade, os quais exigiriam uma filosofia política alternativa, a ser construída.


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  • William Arthur Lewis dedicou sua extensa carreira como Economista, Professor e Conselheiro econômico de países pobres, sobretudo caribenhos e africanos, à superação do subdesenvolvimento, consagrando-se como Pioneiro da Economia do Desenvolvimento e vencedor do Nobel de Economia, sendo o único negro a integrar qualquer um dos grupos. Revisitando seu pensamento econômico por uma ótica epistemológica crítica, capaz de desvelar e evidenciar sua perspectiva racial sobre o desenvolvimento econômico, esta dissertação de Mestrado comparou analiticamente sua obra mais conhecida, “The Theory of Economic Growth” (1955), e sua última, “Racial Conflict and Economic Development” (1985), com o objetivo de responder à pergunta: “houve uma mudança na concepção de raça e desenvolvimento de Arthur Lewis entre 1955 e 1985?”. Metodologicamente, utilizamos revisão bibliográfica e discussão teórica sobre as obras e autores mencionados; adotamos as Epistemologias do Sul, enquanto crítica epistemológica ao eurocentrismo (conforme a sistematização de Boaventura de Sousa Santos), como abordagem teórica; discutimos, como fundamentação teórica, Frantz Fanon, Aníbal Quijano e Walter Rodney, enquanto referências do pensamento anticolonial e antirracista sobre raça, racismo e desenvolvimento (conforme a sistematização de Silvio Almeida); e sistematizamos cultura, sociedade e geopolítica, enquanto elementos centrais da relação entre raça e desenvolvimento, como recortes analíticos. Esse processo resultou na compreensão de que Lewis passou a entender o racismo como uma estrutura desigual que perpetua o subdesenvolvimento a nível local e internacional, cujas raízes econômicas e culturais devem ser combatidas por indivíduos e estados; contudo,a forma civilizatória vislumbrada por ele para as ex-colônias e os ex-colonizados permaneceu a do colonizador, assim como a superação do subdesenvolvimento permaneceu condicionada ao mérito dos negros em fazerem jus (cultural, social e geopoliticamente) ao desenvolvimento que almejam, à despeito das raízes históricas de sua pobreza. Foi possível concluir que, embora socialmente tenha lutado pelo desenvolvimento dos subalternos, epistemologicamente, Arthur Lewis o fez munido da razão dominante, o eurocentrismo, o qual distorceu sua interpretação de aspectos decisivos da realidade; ainda assim, pensar racialmente o desenvolvimento o permitiu reconhecer que a teoria econômica dominante é incapaz de endereçar apropriadamente os conflitos raciais da modernidade, os quais exigiriam uma filosofia política alternativa, a ser construída.

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  • LEONA LOPES DOS SANTOS

  • Para além do identitário: as lutas e demandas LGBTQIA+ entre as vulnerabilidades social e econômica

  • Orientador : REGIMEIRE OLIVEIRA MACIEL
  • Data: 04/05/2023

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  • O objetivo deste trabalho é abordar as demandas das lutas LGBTQIA+, campo demarcado como “identitário” e reduzido às lutas articuladas em torno das chamadas demandas por reconhecimento. Busca-se analisar o âmbito de opressões vividas, o contexto de privações econômicas e de exposição à violência na qual o reconhecimento da diversidade, como mecanismo de inclusão e combate à discriminação, aparece como parte da solução do problema, mas que não abarca todas as dimensões enfrentadas por essa população. Enquanto as discussões teóricas das últimas três décadas avançaram na crítica à redução simbólica-identitária em relação aos estudos sobre as mulheres e a população negra, há uma lacuna em relação à dimensão econômica das lutas LGBTQIA+. Nesse sentido, a intenção é responder quais aspectos em relação às opressões vividas pela população LGBTQIA+ apontam para uma relação entre discriminação cultural e exposição à vulnerabilidade econômica, considerando especificamente a sua inserção no mercado de trabalho. A pesquisa foi realizada por meio da discussão dos dados produzidos por entidades governamentais e não governamentais sobre pessoas LGBTQIA+, como os dados  sócio-econômicos provenientes da Pesquisa Nacional do Perfil LGBTI+ 2018 e do projeto Sobreviver, realizado entre 2020 e 2021 em  articulação com movimentos sociais do Grande ABC. Os aspectos tomados para análise são renda, escolaridade e inserção no mercado de trabalho, vistos de maneira interseccional, e tomados para analisar a relação entre exposição à violência e privação material.




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  • O objetivo deste trabalho é abordar as demandas das lutas LGBTQIA+, campo demarcado como “identitário” e reduzido às lutas articuladas em torno das chamadas demandas por reconhecimento. Busca-se analisar o âmbito de opressões vividas, o contexto de privações econômicas e de exposição à violência na qual o reconhecimento da diversidade, como mecanismo de inclusão e combate à discriminação, aparece como parte da solução do problema, mas que não abarca todas as dimensões enfrentadas por essa população. Enquanto as discussões teóricas das últimas três décadas avançaram na crítica à redução simbólica-identitária em relação aos estudos sobre as mulheres e a população negra, há uma lacuna em relação à dimensão econômica das lutas LGBTQIA+. Nesse sentido, a intenção é responder quais aspectos em relação às opressões vividas pela população LGBTQIA+ apontam para uma relação entre discriminação cultural e exposição à vulnerabilidade econômica, considerando especificamente a sua inserção no mercado de trabalho. A pesquisa foi realizada por meio da discussão dos dados produzidos por entidades governamentais e não governamentais sobre pessoas LGBTQIA+, como os dados  sócio-econômicos provenientes da Pesquisa Nacional do Perfil LGBTI+ 2018 e do projeto Sobreviver, realizado entre 2020 e 2021 em  articulação com movimentos sociais do Grande ABC. Os aspectos tomados para análise são renda, escolaridade e inserção no mercado de trabalho, vistos de maneira interseccional, e tomados para analisar a relação entre exposição à violência e privação material.



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  • MAICON MICHEL VASCONCELOS DA SILVA
  • O MACROSSETOR DA INDÚSTRIA NO BRASIL:
    A contribuição da Central Única dos Trabalhadores (CUT) para a criação de uma nova estrutura de representação.

  • Orientador : VALTER VENTURA DA ROCHA POMAR
  • Data: 30/05/2023

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  • Esta dissertação de mestrado propõe analisar o Macrossetor da Indústria da Central Única dos Trabalhadores (MSI-CUT), como uma resposta do movimento sindical aos efeitos da ofensiva neoliberal operada na década de 1990, que reestruturou os processos produtivos e as relações entre trabalho e capital. Desdobramento da crise sistêmica do capitalismo iniciada na década de 1970, que se manifestou novamente em 2008 e dura até os dias atuais, o sistema de produção flexível implementou uma série de mudanças na forma de produzir da indústria. Um número cada vez maior de pequenas empresas ocupavam o espaço das grandes, empregando poucos trabalhadores. A flexibilização das formas de contratação do trabalho e dispersão territorial também foram fenômenos do período. Essas mudanças impactaram fortemente a ação e organização sindical dando origem ao MSI-CUT.
    Para analisar esta hipótese, além de pesquisa em fontes primárias e revisão bibliográfica, realizamos entrevistas com algumas lideranças sindicais que estiveram à frente do processo de construção do MSI-CUT., para ter uma compreensão mais apurada das posições existentes dentro da CUT, além de investigar os posicionamentos entre os vários dirigentes sindicais acerca da política econômica e industrial nacional. Os resultados obtidos confirmam nossa hipótese inicial e revelam um movimento, ainda em curso, de integração das estruturas de representação do setor industrial da CUT, em várias esferas da ação sindical, na busca de uma nova estrutura de representação da classe trabalhadora capaz de enfrentar os desafios atuais do mundo do trabalho.


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  • Esta dissertação de mestrado propõe analisar o Macrossetor da Indústria da Central Única dos Trabalhadores (MSI-CUT), como uma resposta do movimento sindical aos efeitos da ofensiva neoliberal operada na década de 1990, que reestruturou os processos produtivos e as relações entre trabalho e capital. Desdobramento da crise sistêmica do capitalismo iniciada na década de 1970, que se manifestou novamente em 2008 e dura até os dias atuais, o sistema de produção flexível implementou uma série de mudanças na forma de produzir da indústria. Um número cada vez maior de pequenas empresas ocupavam o espaço das grandes, empregando poucos trabalhadores. A flexibilização das formas de contratação do trabalho e dispersão territorial também foram fenômenos do período. Essas mudanças impactaram fortemente a ação e organização sindical dando origem ao MSI-CUT.
    Para analisar esta hipótese, além de pesquisa em fontes primárias e revisão bibliográfica, realizamos entrevistas com algumas lideranças sindicais que estiveram à frente do processo de construção do MSI-CUT., para ter uma compreensão mais apurada das posições existentes dentro da CUT, além de investigar os posicionamentos entre os vários dirigentes sindicais acerca da política econômica e industrial nacional. Os resultados obtidos confirmam nossa hipótese inicial e revelam um movimento, ainda em curso, de integração das estruturas de representação do setor industrial da CUT, em várias esferas da ação sindical, na busca de uma nova estrutura de representação da classe trabalhadora capaz de enfrentar os desafios atuais do mundo do trabalho.

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  • LUCAS GUSTAVO DE SOUZA FERREIRA
  • Empresas estatais multinacionais e o capitalismo contemporâneo

  • Orientador : VALTER VENTURA DA ROCHA POMAR
  • Data: 31/05/2023

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  • Resumo: Organizações intergovernamentais, como a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento – UNCTAD, ou instituições privadas que realizam pesquisas, como a revista Forbes, têm demonstrado a grande relevância das empresas estatais multinacionais na economia mundial. Elas estão não só entre as maiores empresas do mundo, mas atuam em uma grande quantidade de setores, empregam milhões de trabalhadores e várias delas, possuem alta capacidade para financiamentos. Ainda que a quantidade destas empresas varie de país para país, há sinais de que essa importância em termos mundiais cresceu no último período. Isso se deve não só pelo aumento do número de matrizes, resultado da alta injeção de recursos de seus Estados de origem, mas também ao significativo aumento de filiais presentes em todo o globo. Ainda que existam variados motivos para que este crescimento esteja acontecendo, há um aspecto que desperta especial interesse: as empresas estatais multinacionais cresceram num período de hegemonia neoliberal, inclusive nos países capitalistas mais importantes. Assim, o presente estudo debate a importância das empresas estatais multinacionais para o capitalismo contemporâneo. Com uma retrospectiva histórica, busca-se recuperar a evolução das empresas estatais nos Estados Unidos, Alemanha e China. Através da base de dados Orbis, da empresa Bureau Van Dijk, apresenta-se um panorama sobre as empresas estatais multinacionais no ano de 2020. E, por fim, apresenta-se um debate teórico sobre qual a importância das empresas estatais multinacionais para o capitalismo contemporâneo.


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  • Resumo: Organizações intergovernamentais, como a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento – UNCTAD, ou instituições privadas que realizam pesquisas, como a revista Forbes, têm demonstrado a grande relevância das empresas estatais multinacionais na economia mundial. Elas estão não só entre as maiores empresas do mundo, mas atuam em uma grande quantidade de setores, empregam milhões de trabalhadores e várias delas, possuem alta capacidade para financiamentos. Ainda que a quantidade destas empresas varie de país para país, há sinais de que essa importância em termos mundiais cresceu no último período. Isso se deve não só pelo aumento do número de matrizes, resultado da alta injeção de recursos de seus Estados de origem, mas também ao significativo aumento de filiais presentes em todo o globo. Ainda que existam variados motivos para que este crescimento esteja acontecendo, há um aspecto que desperta especial interesse: as empresas estatais multinacionais cresceram num período de hegemonia neoliberal, inclusive nos países capitalistas mais importantes. Assim, o presente estudo debate a importância das empresas estatais multinacionais para o capitalismo contemporâneo. Com uma retrospectiva histórica, busca-se recuperar a evolução das empresas estatais nos Estados Unidos, Alemanha e China. Através da base de dados Orbis, da empresa Bureau Van Dijk, apresenta-se um panorama sobre as empresas estatais multinacionais no ano de 2020. E, por fim, apresenta-se um debate teórico sobre qual a importância das empresas estatais multinacionais para o capitalismo contemporâneo.

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  • ALDO SANTOS LIMA
  • “TEM MAIS IGREJA DO QUE SUPERMERCADO”: Brasil, uma potência religiosa

  • Orientador : LEONARDO FREIRE DE MELLO
  • Data: 01/06/2023

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  • A presente dissertação tem como objetivo analisar como o Brasil se tornou o berço de uma forte indústria religiosa. Para tanto, foi necessário entender a gênese desse processo através das principais concepções sobre o fenômeno religioso, compreendendo como o mesmo se relaciona com o modo de produção capitalista. A ideia de indústria religiosa é desenvolvida a partir da ideia de indústria cultural, que tem no sistema de produção capitalista o seu embasamento. Partimos da hipótese de que a ascensão dos movimentos pentecostais e neopentecostais, juntamente com o desenvolvimento de uma teologia da prosperidade, facilitaram o estabelecimento dessa indústria religiosa no Brasil. Desta forma, o presente  trabalho buscou entender, nos capítulos que se seguem, os elementos centrais para definição de indústria religiosa, as estruturas econômicas, sociais e políticas que cercam este fenômeno no Brasil. Além de finalizar o trabalho com um estudo de caso de uma das mais bem sucedidas  e reconhecidas "empresas religiosas” do mundo, que é a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD).


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  • A presente dissertação tem como objetivo analisar como o Brasil se tornou o berço de uma forte indústria religiosa. Para tanto, foi necessário entender a gênese desse processo através das principais concepções sobre o fenômeno religioso, compreendendo como o mesmo se relaciona com o modo de produção capitalista. A ideia de indústria religiosa é desenvolvida a partir da ideia de indústria cultural, que tem no sistema de produção capitalista o seu embasamento. Partimos da hipótese de que a ascensão dos movimentos pentecostais e neopentecostais, juntamente com o desenvolvimento de uma teologia da prosperidade, facilitaram o estabelecimento dessa indústria religiosa no Brasil. Desta forma, o presente  trabalho buscou entender, nos capítulos que se seguem, os elementos centrais para definição de indústria religiosa, as estruturas econômicas, sociais e políticas que cercam este fenômeno no Brasil. Além de finalizar o trabalho com um estudo de caso de uma das mais bem sucedidas  e reconhecidas "empresas religiosas” do mundo, que é a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD).

6
  • MARCELLO PAGLIARI DE BRAUD
  • ASCENSÃO E DERROCADA DAS GRANDES EMPRESAS DE ENGENHARIA PESADA (2007 - 2019)


  • Orientador : TATIANA BERRINGER DE ASSUMPCAO
  • Data: 18/08/2023

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  • O presente trabalho busca compreender qual foio impacto que a Operação Lava Jato teve para a derrocada das empresas de construção pesada brasileiras. Partimos da hipótese que essas empresas faziam parte da burguesia interna, fração de classe hegemônica nos governos do PT e de que houve uma ofensiva imperialista, através da Operação Lava Jato, que resultou na mudança do bloco no poder no Brasil. Para alcançar nosso objetivo, analisamos o histórico da relação deste setor da burguesia com o Estado brasileiro durante os governos do PT, mostramos elementos que vinculam a Operação Lava Jato com interesses externos, e apresentamos os impactos que a Operação causou no setor. Pretendeu-se, a partir de uma análise marxista, contribuir com  o debate acadêmico e político sobre a natureza dos governos do PT e o papel que as diferentes frações de classe e o imperialismo possuem nos rumos políticos do país.



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  • O presente trabalho busca compreender qual foio impacto que a Operação Lava Jato teve para a derrocada das empresas de construção pesada brasileiras. Partimos da hipótese que essas empresas faziam parte da burguesia interna, fração de classe hegemônica nos governos do PT e de que houve uma ofensiva imperialista, através da Operação Lava Jato, que resultou na mudança do bloco no poder no Brasil. Para alcançar nosso objetivo, analisamos o histórico da relação deste setor da burguesia com o Estado brasileiro durante os governos do PT, mostramos elementos que vinculam a Operação Lava Jato com interesses externos, e apresentamos os impactos que a Operação causou no setor. Pretendeu-se, a partir de uma análise marxista, contribuir com  o debate acadêmico e político sobre a natureza dos governos do PT e o papel que as diferentes frações de classe e o imperialismo possuem nos rumos políticos do país.


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  • RODOLFO VAZ OLIVEIRA AGUIAR
  • BIOECONOMIA, ESPECIALIZAÇÃO PRODUTIVA E INSERÇÃO INTERNACIONAL DA AMÉRICA LATINA: ESTUDO DE CASO DE URUGUAI, EQUADOR E BOLÍVIA

     
     
     
     
  • Orientador : CRISTINA FROES DE BORJA REIS
  • Data: 14/09/2023

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  • A presente pesquisa tem como objetivo evidenciar os perfis de estruturação da bioeconomia na América Latina, através de uma metodologia acessível, e entender se a bioeconomia reedita uma nova versão da teoria das vantagens comparativas na América Latina, o que poderia fazer dela uma ideia tipicamente neoclássica, e quais as consequências para o processo de desenvolvimento inclusivo e sustentável. A hipótese é que a bioeconomia, enquanto baseada nas vantagens comparativas, mantém a heterogeneidade estrutural e não fomenta a superação do subdesenvolvimento. Para tanto, busca-se no plano teórico apresentar e discutir as visões de bioeconomia e traçar relações com a problemática das vantagens comparativas e da especialização produtiva. No plano empírico, faz-se necessário o exame da existência de potencialidades concretas para a bioeconomia na América Latina, e para isso opta-se por um estudo de caso a partir de três países da região com especialização em recursos naturais e de porte similar: Uruguai, Equador e Bolívia. Realizar-se-á uma Análise Multicriterial, técnica que facilita a abordagem de problemas multidisciplinares envolvendo consequências para o meio ambiente. Finalmente, a investigação de estratégias e planos relacionados à temática nos países selecionados fornece a possibilidade de examinar as implicações das evidências obtidas em contraste com as propostas em vigor em cada caso.

     
     
     
     

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  • A presente pesquisa tem como objetivo evidenciar os perfis de estruturação da bioeconomia na América Latina, através de uma metodologia acessível, e entender se a bioeconomia reedita uma nova versão da teoria das vantagens comparativas na América Latina, o que poderia fazer dela uma ideia tipicamente neoclássica, e quais as consequências para o processo de desenvolvimento inclusivo e sustentável. A hipótese é que a bioeconomia, enquanto baseada nas vantagens comparativas, mantém a heterogeneidade estrutural e não fomenta a superação do subdesenvolvimento. Para tanto, busca-se no plano teórico apresentar e discutir as visões de bioeconomia e traçar relações com a problemática das vantagens comparativas e da especialização produtiva. No plano empírico, faz-se necessário o exame da existência de potencialidades concretas para a bioeconomia na América Latina, e para isso opta-se por um estudo de caso a partir de três países da região com especialização em recursos naturais e de porte similar: Uruguai, Equador e Bolívia. Realizar-se-á uma Análise Multicriterial, técnica que facilita a abordagem de problemas multidisciplinares envolvendo consequências para o meio ambiente. Finalmente, a investigação de estratégias e planos relacionados à temática nos países selecionados fornece a possibilidade de examinar as implicações das evidências obtidas em contraste com as propostas em vigor em cada caso.

     
     
     
     
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  • BRUNO CÉSAR RIBEIRO BARBOSA
  •  COLONIALISMO À LUZ DO CAPITAL IMATERIAL: MERCADO DE DADOS PESSOAIS E SUA CONFORMAÇÃO NA DIVISÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO

     


  • Orientador : MARIA CARAMEZ CARLOTTO
  • Data: 28/09/2023

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  • Sob o alicerce teórico fornecido por Gorz (2005), Deleuze (1992) e Oliveira (2017), esta dissertação de mestrado analisou algumas das transformações da organização político-econômica da sociedade a partir de um processo crescente de protagonismo do capital imaterial para a realização dos lucros. Uma das muitas consequências observadas foi a complexificação da capacidade dos mecanismos capazes de influir em comportamentos de consumo e fornecer ao capital a possibilidade de estabelecimento de uma verdadeira  “planta produtiva de consumidores” que, em seu estágio contemporâneo, constitui-se fundamentalmente por uma verdadeira microeconomia dos dados pessoais, recursos valiosos que alimentam os sofisticados mecanismos de previsão e modulação de comportamentos que servem ao marketing. Neste contexto, a reflexão realizada foi sobre a problemática aplicação desse mecanismo no contexto do rito mais importante das democracias liberais, as eleições, compreendidas com um funcionamento semelhante ao de um mercado político.



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  • Sob o alicerce teórico fornecido por Gorz (2005), Deleuze (1992) e Oliveira (2017), esta dissertação de mestrado analisou algumas das transformações da organização político-econômica da sociedade a partir de um processo crescente de protagonismo do capital imaterial para a realização dos lucros. Uma das muitas consequências observadas foi a complexificação da capacidade dos mecanismos capazes de influir em comportamentos de consumo e fornecer ao capital a possibilidade de estabelecimento de uma verdadeira  “planta produtiva de consumidores” que, em seu estágio contemporâneo, constitui-se fundamentalmente por uma verdadeira microeconomia dos dados pessoais, recursos valiosos que alimentam os sofisticados mecanismos de previsão e modulação de comportamentos que servem ao marketing. Neste contexto, a reflexão realizada foi sobre a problemática aplicação desse mecanismo no contexto do rito mais importante das democracias liberais, as eleições, compreendidas com um funcionamento semelhante ao de um mercado político.


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  • MATHEUS DA CRUZ
  • UBERIZAÇÃO DO TRABALHO E RACISMO ESTRUTURAL:

    uma leitura sobre as novas formas de trabalho a partir das questões raciais

  • Orientador : REGIMEIRE OLIVEIRA MACIEL
  • Data: 29/09/2023

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  • Como se dão as relações entre a uberização do trabalho e o racismo estrutural no Brasil? Esse questionamento estrutura este trabalho que tem como objetivo entender quem são os entregadores por aplicativo e porquê eles são majoritariamente jovens negros. A pesquisa se inicia com uma revisão bibliográfica e documental, com a finalidade de compreender os principais conceitos nela articulados: uberização do trabalho e racismo estrutural. Além disso, são realizados diálogos com outros levantamentos que procuraram entender a realidade vivenciado por entregadores pro aplicativo. Do ponto de vista da organização, o primeiro capítulo desenvolve os conceitos de raça e racismo e o modo como foram inseridos na sociedade a partir de um projeto de exclusão social dos negros e da utilização de técnicas para a manutenção do poder da branquitude sobre o trabalho e a vida dos negros. Em continuidade, no segundo capítulo, tem-se uma discussão sobre trabalho e os entregadores por aplicativo. Ele destaca a precariedade sistêmica que compõe toda a trajetória do mundo do trabalho, e que ganha novos contornos com a presença das plataformas, intensificando as formas de precarização e uberização do trabalho. O terceiro capítulo entrelaça as questões de uberização do trabalho e racismo através dos territórios em que estão inseridos os entregadores por aplicativo, evidenciando a segregação espacial nos contextos de trabalho e moradia dos mesmos.


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  • Como se dão as relações entre a uberização do trabalho e o racismo estrutural no Brasil? Esse questionamento estrutura este trabalho que tem como objetivo entender quem são os entregadores por aplicativo e porquê eles são majoritariamente jovens negros. A pesquisa se inicia com uma revisão bibliográfica e documental, com a finalidade de compreender os principais conceitos nela articulados: uberização do trabalho e racismo estrutural. Além disso, são realizados diálogos com outros levantamentos que procuraram entender a realidade vivenciado por entregadores pro aplicativo. Do ponto de vista da organização, o primeiro capítulo desenvolve os conceitos de raça e racismo e o modo como foram inseridos na sociedade a partir de um projeto de exclusão social dos negros e da utilização de técnicas para a manutenção do poder da branquitude sobre o trabalho e a vida dos negros. Em continuidade, no segundo capítulo, tem-se uma discussão sobre trabalho e os entregadores por aplicativo. Ele destaca a precariedade sistêmica que compõe toda a trajetória do mundo do trabalho, e que ganha novos contornos com a presença das plataformas, intensificando as formas de precarização e uberização do trabalho. O terceiro capítulo entrelaça as questões de uberização do trabalho e racismo através dos territórios em que estão inseridos os entregadores por aplicativo, evidenciando a segregação espacial nos contextos de trabalho e moradia dos mesmos.

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  • MARCIA MARIA DE QUEIROZ
  • INDÚSTRIA 4.0: UMA ANÁLISE DE SUA NATUREZA E DE SEUS IMPACTOS ECONÔMICOS

  • Orientador : VITOR EDUARDO SCHINCARIOL
  • Data: 02/10/2023

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  • A Indústria 4.0, também denominada Quarta Revolução Industrial, Industrial Internet of Things, ou ainda Smart Manufacturing, tem sido abordada nos anos recentes como uma série de inovações nos campos de produção, consumo, distribuição e gerenciamento. As principais tecnologias que a compõem abrangem a manufatura aditiva, a “internet das coisas” (IoT [internet of things]), digitalização, sistemas ciber-físicos, inteligência artificial, big data, entre outras. Acompanhadas pela maior velocidade de difusão, conectividade e compartilhamento de informações, essas mudanças poderiam ser consideradas qualitativamente disruptivas. Estruturalmente, não há uma formalização amplamente aceita sobre as características e os impactos da Indústria 4.0. É ressaltado pela literatura, no entanto, que esta pode trazer consigo transformações no perfil de emprego, na difusão do progresso técnico, na dinâmica de distribuição e no crescimento econômico. Dessa maneira, este trabalho objetiva efetuar um estudo exploratório-descritivo sobre a Indústria 4.0, seguido de uma análise pós-keynesiana de sua natureza e de seus eventuais impactos econômicos, inferidos a partir da literatura examinada, na distribuição de renda, no progresso técnico e no próprio crescimento econômico, considerando a dinâmica existente na teoria pós-keynesiana entre as noções de demanda efetiva, nível de emprego e a intensidade de capital. Através de um levantamento bibliográfico e de uma interpretação de corte pós-keynesiano da literatura que envolve divulgadores, estudiosos e críticos da indústria 4.0, a pesquisa permite inferir que a Indústria 4.0 tem de fato o potencial de acrescer os níveis de produtividade e de crescimento. No entanto, em termos distributivos, seria acentuada uma tendência à polarização da renda, em vista de um mercado de trabalho com possíveis maiores disparidades de salários, em consequência de uma maior utilização de técnicas capital-intensivas. Tal tendência provavelmente deprimirá a demanda efetiva e inserirá dificuldades para um crescimento econômico equilibrado. Estas características seriam conjugadas com uma provável menor participação dos salários na renda nacional, e de maiores disparidades entre firmas, setores e países.


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  • A Indústria 4.0, também denominada Quarta Revolução Industrial, Industrial Internet of Things, ou ainda Smart Manufacturing, tem sido abordada nos anos recentes como uma série de inovações nos campos de produção, consumo, distribuição e gerenciamento. As principais tecnologias que a compõem abrangem a manufatura aditiva, a “internet das coisas” (IoT [internet of things]), digitalização, sistemas ciber-físicos, inteligência artificial, big data, entre outras. Acompanhadas pela maior velocidade de difusão, conectividade e compartilhamento de informações, essas mudanças poderiam ser consideradas qualitativamente disruptivas. Estruturalmente, não há uma formalização amplamente aceita sobre as características e os impactos da Indústria 4.0. É ressaltado pela literatura, no entanto, que esta pode trazer consigo transformações no perfil de emprego, na difusão do progresso técnico, na dinâmica de distribuição e no crescimento econômico. Dessa maneira, este trabalho objetiva efetuar um estudo exploratório-descritivo sobre a Indústria 4.0, seguido de uma análise pós-keynesiana de sua natureza e de seus eventuais impactos econômicos, inferidos a partir da literatura examinada, na distribuição de renda, no progresso técnico e no próprio crescimento econômico, considerando a dinâmica existente na teoria pós-keynesiana entre as noções de demanda efetiva, nível de emprego e a intensidade de capital. Através de um levantamento bibliográfico e de uma interpretação de corte pós-keynesiano da literatura que envolve divulgadores, estudiosos e críticos da indústria 4.0, a pesquisa permite inferir que a Indústria 4.0 tem de fato o potencial de acrescer os níveis de produtividade e de crescimento. No entanto, em termos distributivos, seria acentuada uma tendência à polarização da renda, em vista de um mercado de trabalho com possíveis maiores disparidades de salários, em consequência de uma maior utilização de técnicas capital-intensivas. Tal tendência provavelmente deprimirá a demanda efetiva e inserirá dificuldades para um crescimento econômico equilibrado. Estas características seriam conjugadas com uma provável menor participação dos salários na renda nacional, e de maiores disparidades entre firmas, setores e países.

11
  • GABRIEL LUIZ DUCCINI PUIA
  • O PROBLEMA DA TRANSIÇÃO: PLANIFICAÇÃO ECONÔMICA E TRANSIÇÃO SOCIALISTA NA CHINA DURANTE OS ANOS DA REVOLUÇÃO CULTURAL (1966-1976)

  • Orientador : VALERIA LOPES RIBEIRO
  • Data: 09/10/2023

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  • O objeto deste trabalho é a planificação econômica e transição socialista na China durante os anos da Revolução Cultural chinesa. Visamos inserir a análise da revolução cultural chinesa no debate teórico marxista em torno da concepção de socialismo e sobre a planificação econômica como base da economia política do socialismo. Deste modo iremos partir da leitura de Marx sobre o socialismo enquanto negação das categorias da produção capitalista para analisar criticamente o problema da transição socialista na revolução cultural chinesa. Portanto, iremos enfatizar a revolução cultural como uma experiência de tentativa de ruptura com o modelo soviético de socialismo, predominante no movimento comunista internacional naquele contexto, e a partir de seus fundamentos teóricos e sua experiência prática compreender seus limites e avanços do ponto de vista da construção do socialismo.


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  • O objeto deste trabalho é a planificação econômica e transição socialista na China durante os anos da Revolução Cultural chinesa. Visamos inserir a análise da revolução cultural chinesa no debate teórico marxista em torno da concepção de socialismo e sobre a planificação econômica como base da economia política do socialismo. Deste modo iremos partir da leitura de Marx sobre o socialismo enquanto negação das categorias da produção capitalista para analisar criticamente o problema da transição socialista na revolução cultural chinesa. Portanto, iremos enfatizar a revolução cultural como uma experiência de tentativa de ruptura com o modelo soviético de socialismo, predominante no movimento comunista internacional naquele contexto, e a partir de seus fundamentos teóricos e sua experiência prática compreender seus limites e avanços do ponto de vista da construção do socialismo.

12
  • LAZARO UASSENA UNA
  • A Agenda 2063 e o combate a pobreza na África 

  • Orientador : MURYATAN SANTANA BARBOSA
  • Data: 17/10/2023

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  •  A pobreza tem sido objeto de discussão na bibliografia internacional por ser um fenômeno que ainda assola diversos países no mundo. Essa preocupação não se limitou ao campo acadêmico, sendo também alvo da ação de diversas organizações nacionais e internacionais. Os países africanos decidiram, a partir da fundação da União Africana (UA), construir uma Agenda (2063) que espelhasse os reais problemas do continente, tendo esse problema como um dos focos. Com isso, este trabalho busca descrever e analisar criticamente as propostas da Agenda 2063 da UA para redução da pobreza no continente africano. E para o cumprimento do objetivo do trabalho, foi usado o método de revisão bibliográfica e documental.


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  •  A pobreza tem sido objeto de discussão na bibliografia internacional por ser um fenômeno que ainda assola diversos países no mundo. Essa preocupação não se limitou ao campo acadêmico, sendo também alvo da ação de diversas organizações nacionais e internacionais. Os países africanos decidiram, a partir da fundação da União Africana (UA), construir uma Agenda (2063) que espelhasse os reais problemas do continente, tendo esse problema como um dos focos. Com isso, este trabalho busca descrever e analisar criticamente as propostas da Agenda 2063 da UA para redução da pobreza no continente africano. E para o cumprimento do objetivo do trabalho, foi usado o método de revisão bibliográfica e documental.

Teses
1
  • BRUNO REIKDAL LIMA
  • A PRODUÇÃO TEÓRICA DO DEPARTAMENTO ECUMÊNICO DE INVESTIGAÇÕES:
    Uma secularização do campo teológico para o econômico

  • Orientador : VITOR EDUARDO SCHINCARIOL
  • Data: 18/09/2023

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  •  

    Durante a segunda metade do século XX, sob a conjuntura de Guerra Fria, crises e efervescência
    política em todo o globo, emergiu na América Latina um movimento religioso contestatório e
    crítico do capitalismo que mobilizou clérigos, leigos, militantes e acadêmicos. Tratou-se da
    chamada Teologia da Libertação que, em seu processo de organização e desenvolvimento,
    reuniu uma rede de intelectuais que atuavam em diferentes áreas para além do campo teológico
    (filosofia, sociologia, pedagogia, psicologia etc.), conformando o que se convencionou
    denominar como pensamento de libertação latino-americano. Desse processo, em 1977 foi
    fundado o Departamento Ecumênico de Investigações (DEI), em San José, Costa Rica, que
    reuniu um grupo de teólogos, economistas, filósofos e cientistas sociais que buscou desenvolver
    uma produção teórica no campo da economia política. Isto posto, nossa pesquisa apresenta o
    caráter particular da produção teórica realizada no âmbito do DEI, analisando e sistematizando
    o trabalho de seus expoentes, e propondo um balanço interpretativo que resulta na tese de que
    as contribuições relevantes do Departamento foram principalmente realizadas no escopo da
    filosofia econômica, cuja centralidade versou sobre a questão da racionalidade econômica que,
    sob o que se convencionou como eixo “teologia-economia”, configurou propriamente um
    processo de secularização da Teologia da Libertação. Para tal, optou-se pela exposição
    cronológica e diacrônica, partindo do processo de modernização da Igreja Católica e das raízes
    históricas da Teologia da Libertação, sua relação com a Teoria da Dependência e as conexões
    entre ambas que possibilitaram a constituição do eixo teologia-economia. Em seguida, a
    argumentação ruma para a apresentação de um autor-chave para a passagem do campo
    teológico para campo econômico: o economista Franz Hinkelammert, destacado por
    desenvolver a produção teórica que conferiu o marco geral para os trabalhos realizados sob o
    eixo “teologia-economia” –delineando, em especial, as bases para a discussão sobre a
    racionalidade econômica. Após a exposição dos principais conteúdos desenvolvidos no
    Departamento sob um recorte que remonta de sua fundação até o início dos anos 2000, é
    realizado o balanço interpretativo da produção teórica do DEI.


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  •  

    Durante a segunda metade do século XX, sob a conjuntura de Guerra Fria, crises e efervescência
    política em todo o globo, emergiu na América Latina um movimento religioso contestatório e
    crítico do capitalismo que mobilizou clérigos, leigos, militantes e acadêmicos. Tratou-se da
    chamada Teologia da Libertação que, em seu processo de organização e desenvolvimento,
    reuniu uma rede de intelectuais que atuavam em diferentes áreas para além do campo teológico
    (filosofia, sociologia, pedagogia, psicologia etc.), conformando o que se convencionou
    denominar como pensamento de libertação latino-americano. Desse processo, em 1977 foi
    fundado o Departamento Ecumênico de Investigações (DEI), em San José, Costa Rica, que
    reuniu um grupo de teólogos, economistas, filósofos e cientistas sociais que buscou desenvolver
    uma produção teórica no campo da economia política. Isto posto, nossa pesquisa apresenta o
    caráter particular da produção teórica realizada no âmbito do DEI, analisando e sistematizando
    o trabalho de seus expoentes, e propondo um balanço interpretativo que resulta na tese de que
    as contribuições relevantes do Departamento foram principalmente realizadas no escopo da
    filosofia econômica, cuja centralidade versou sobre a questão da racionalidade econômica que,
    sob o que se convencionou como eixo “teologia-economia”, configurou propriamente um
    processo de secularização da Teologia da Libertação. Para tal, optou-se pela exposição
    cronológica e diacrônica, partindo do processo de modernização da Igreja Católica e das raízes
    históricas da Teologia da Libertação, sua relação com a Teoria da Dependência e as conexões
    entre ambas que possibilitaram a constituição do eixo teologia-economia. Em seguida, a
    argumentação ruma para a apresentação de um autor-chave para a passagem do campo
    teológico para campo econômico: o economista Franz Hinkelammert, destacado por
    desenvolver a produção teórica que conferiu o marco geral para os trabalhos realizados sob o
    eixo “teologia-economia” –delineando, em especial, as bases para a discussão sobre a
    racionalidade econômica. Após a exposição dos principais conteúdos desenvolvidos no
    Departamento sob um recorte que remonta de sua fundação até o início dos anos 2000, é
    realizado o balanço interpretativo da produção teórica do DEI.

2
  • RAFAEL ALMEIDA FERREIRA ABRÃO
  •  

    A Dinâmica do Capital Chinês no Setor de Petróleo e Gás Brasileiro no Contexto da Transição Energética (2007-2022)

  • Orientador : GIORGIO ROMANO SCHUTTE
  • Data: 04/12/2023

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  • Esta tese tem como objetivo analisar o processo de fortalecimento das relações Brasil-China no setor energético, com ênfase no período compreendido entre 2007 e 2022. Busca-se compreender os interesses chineses no setor e como a ampliação da presença das empresas chinesas impactou a inserção internacional brasileira no cenário energético global. Tem-se como ponto de partida que a nova dinâmica entre Brasil e China no setor energético se dá em meio ao processo de transformação do Brasil em relevante produtor e exportador de petróleo e, simultaneamente, à necessidade global de transição energética imposta pela crise ambiental. A partir desta problemática, levantam-se os seguintes questionamentos: quais as razões para a atração de investimentos de empresas chinesas no setor energético brasileiro? Como o Brasil se inseriu nas necessidades comerciais e estratégicas das empresas chinesas? A entrada das empresas chinesas no setor energético brasileiro fortaleceu a inserção internacional do Brasil no cenário energético global? Argumenta-se que a expansão das empresas chinesas no setor de energia faz parte de uma lógica mais abrangente de transnacionalização do capital chinês diante da necessidade de se reproduzir em novos territórios. Ademais, essa lógica atende aos interesses comerciais, de expansão das empresas chinesas para novos mercados, e interesses estratégicos, oriundos de objetivos de Estado para assegurar a segurança energética do país. Para além da lógica de reprodução do capital, as empresas chinesas encontram um cenário propício para a sua internacionalização a partir da aquisição de ativos e da participação em projetos em expansão, o que foi facilitado pelas dificuldades enfrentadas pelo Brasil no período.


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  • Esta tese tem como objetivo analisar o processo de fortalecimento das relações Brasil-China no setor energético, com ênfase no período compreendido entre 2007 e 2022. Busca-se compreender os interesses chineses no setor e como a ampliação da presença das empresas chinesas impactou a inserção internacional brasileira no cenário energético global. Tem-se como ponto de partida que a nova dinâmica entre Brasil e China no setor energético se dá em meio ao processo de transformação do Brasil em relevante produtor e exportador de petróleo e, simultaneamente, à necessidade global de transição energética imposta pela crise ambiental. A partir desta problemática, levantam-se os seguintes questionamentos: quais as razões para a atração de investimentos de empresas chinesas no setor energético brasileiro? Como o Brasil se inseriu nas necessidades comerciais e estratégicas das empresas chinesas? A entrada das empresas chinesas no setor energético brasileiro fortaleceu a inserção internacional do Brasil no cenário energético global? Argumenta-se que a expansão das empresas chinesas no setor de energia faz parte de uma lógica mais abrangente de transnacionalização do capital chinês diante da necessidade de se reproduzir em novos territórios. Ademais, essa lógica atende aos interesses comerciais, de expansão das empresas chinesas para novos mercados, e interesses estratégicos, oriundos de objetivos de Estado para assegurar a segurança energética do país. Para além da lógica de reprodução do capital, as empresas chinesas encontram um cenário propício para a sua internacionalização a partir da aquisição de ativos e da participação em projetos em expansão, o que foi facilitado pelas dificuldades enfrentadas pelo Brasil no período.

3
  • TOMÁS COSTA DE AZEVEDO MARQUES
  • REGULAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE INVESTIMENTO EXTERNO DIRETO: O CASO DA REPÚBLICA POPULAR DA CHINA

  • Orientador : GIORGIO ROMANO SCHUTTE
  • Data: 06/12/2023

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  • No final da década de 1970, a República Popular da China (RPC) promoveu um conjunto de reformas modernizadoras como uma nova tentativa de promover o desenvolvimento de suas forças produtivas. Entre as reformas adotadas, foram implementadas políticas que permitiram ao país ingressar na economia mundial por meio da abertura controlada de sua economia aos investimentos do mundo capitalista. As políticas de regulação do investimento estrangeiro (IDE) fazem parte do projeto nacional de desenvolvimento que levou o país a se tornar uma das três maiores economias do mundo. Neste trabalho, nosso objetivo é realizar uma análise do papel do IDE e da política de regulação desses investimentos no desenvolvimento da China sob a ótica da economia política internacional sob a relação entre o Estado e as Corporações Transnacionais.


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  • No final da década de 1970, a República Popular da China (RPC) promoveu um conjunto de reformas modernizadoras como uma nova tentativa de promover o desenvolvimento de suas forças produtivas. Entre as reformas adotadas, foram implementadas políticas que permitiram ao país ingressar na economia mundial por meio da abertura controlada de sua economia aos investimentos do mundo capitalista. As políticas de regulação do investimento estrangeiro (IDE) fazem parte do projeto nacional de desenvolvimento que levou o país a se tornar uma das três maiores economias do mundo. Neste trabalho, nosso objetivo é realizar uma análise do papel do IDE e da política de regulação desses investimentos no desenvolvimento da China sob a ótica da economia política internacional sob a relação entre o Estado e as Corporações Transnacionais.

2022
Dissertações
1
  • PEDRO JOSÉ NAOUM MATTOS
  • PERIFERIA É PERIFERIA: IMPERIALISMO, SUPEREXPLORAÇÃO E DEPENDÊNCIA

  • Orientador : VALERIA LOPES RIBEIRO
  • Data: 03/02/2022

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  • O presente trabalho tem como objeto o imperialismo, aspecto que estrutura a divisão do mundo entre países centrais e periféricos. Partindo de conceitos e noções desenvolvidos em torno desse objeto, buscaremos apontar a centralidade da dependência e da superexploração na manutenção dessa divisão. A prática teórica parte sempre de conceitos já existentes, desenvolvendo-os a partir de determinada teoria para que nos auxiliem a compreender a realidade concreta. Nesse sentido, adotaremos o marxismo e a teoria do imperialismo de Lenin para investigar a funcionalidade da superexploração do trabalho para o imperialismo e o papel da dependência na sua reprodução. Para tanto, faremos uso de escritos de Lenin sobre o imperialismo, resgatando os aspectos econômicos e, principalmente, políticos de sua teoria. À luz da contribuição leninista, analisaremos obras que tratam do imperialismo contemporâneo, buscando um referencial que nos permita avançar na investigação aqui conduzida. Com este referencial teórico, procederemos a uma breve análise empírica e histórica em torno da superexploração. Com isso, espera-se avançar no desenvolvimento do conceito e apontar sua centralidade para o imperialismo, em especial na fase contemporânea, marcada pela internacionalização produtiva e pela financeirização sob hegemonia do grande capital. Por fim, buscaremos demonstrar a dependência como o aspecto principal através do qual é reproduzida a superexploração no interior das formações sociais periféricas. 


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  • O presente trabalho tem como objeto o imperialismo, aspecto que estrutura a divisão do mundo entre países centrais e periféricos. Partindo de conceitos e noções desenvolvidos em torno desse objeto, buscaremos apontar a centralidade da dependência e da superexploração na manutenção dessa divisão. A prática teórica parte sempre de conceitos já existentes, desenvolvendo-os a partir de determinada teoria para que nos auxiliem a compreender a realidade concreta. Nesse sentido, adotaremos o marxismo e a teoria do imperialismo de Lenin para investigar a funcionalidade da superexploração do trabalho para o imperialismo e o papel da dependência na sua reprodução. Para tanto, faremos uso de escritos de Lenin sobre o imperialismo, resgatando os aspectos econômicos e, principalmente, políticos de sua teoria. À luz da contribuição leninista, analisaremos obras que tratam do imperialismo contemporâneo, buscando um referencial que nos permita avançar na investigação aqui conduzida. Com este referencial teórico, procederemos a uma breve análise empírica e histórica em torno da superexploração. Com isso, espera-se avançar no desenvolvimento do conceito e apontar sua centralidade para o imperialismo, em especial na fase contemporânea, marcada pela internacionalização produtiva e pela financeirização sob hegemonia do grande capital. Por fim, buscaremos demonstrar a dependência como o aspecto principal através do qual é reproduzida a superexploração no interior das formações sociais periféricas. 

2
  • THAMIRES RITER DE FARIA
  • PROJETOS DE DESENVOLVIMENTO ENTRE OS GUARANI E KAIOWÁ DO MATO GROSSO DO SUL NOS ANOS 1970 E 1980: Uma contribuição através da teoria marxista da dependência

  • Orientador : ANDREA SANTOS BACA
  • Data: 11/03/2022

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  • Entre os anos 1970 e 1980, a Fundação Nacional do Índio implementou entre os Guarani e Kaiowá do Mato Grosso do Sul uma série de projetos voltados à transformação dos Postos Indígenas em áreas produtivas. Chamados de “projetos de desenvolvimento comunitário”, “projetos de desenvolvimento integrado” ou, mais comumente, “projetos agrícolas”, estes voltaram-se à produção de commodities, que recebiam cada vez mais incentivos do Estado, que via na região uma perspectiva de crescimento econômico devido à sua “vocação agrícola”. Os projetos fracassaram em tornar as áreas produtivas e também em seus objetivos secundários, como a melhoria nas condições de saúde, educação e saneamento básico dessas comunidades. Uma literatura buscou investigar o motivo desse fracasso e destacou elementos ligados a incompatibilidade entre a organização socioeconômica desses povos e a estrutura dos projetos. Tendo como referencial teórico a teoria da dependência e considerando que os projetos de desenvolvimento se apresentavam como solução a problemas causados pelo próprio desenvolvimento do capitalismo, essa dissertação buscou contribuir a essa literatura, investigando quais relações econômicas e sociais estavam ocultas na aparência desses projetos. Como metodologia, utilizamos a análise documental e a revisão bibliográfica. Concluímos que esses projetos se inscreviam em tendências gerais que respondiam às necessidades do sistema mundial capitalista em um contexto em que o território sul-mato-grossense e, portanto, guarani e kaiowá, se inseria cada vez mais na dinâmica global de produção. Foram, portanto, uma resposta às necessidades do padrão exportador de especialização produtiva e não dos Guarani e Kaiowá.


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  • Entre os anos 1970 e 1980, a Fundação Nacional do Índio implementou entre os Guarani e Kaiowá do Mato Grosso do Sul uma série de projetos voltados à transformação dos Postos Indígenas em áreas produtivas. Chamados de “projetos de desenvolvimento comunitário”, “projetos de desenvolvimento integrado” ou, mais comumente, “projetos agrícolas”, estes voltaram-se à produção de commodities, que recebiam cada vez mais incentivos do Estado, que via na região uma perspectiva de crescimento econômico devido à sua “vocação agrícola”. Os projetos fracassaram em tornar as áreas produtivas e também em seus objetivos secundários, como a melhoria nas condições de saúde, educação e saneamento básico dessas comunidades. Uma literatura buscou investigar o motivo desse fracasso e destacou elementos ligados a incompatibilidade entre a organização socioeconômica desses povos e a estrutura dos projetos. Tendo como referencial teórico a teoria da dependência e considerando que os projetos de desenvolvimento se apresentavam como solução a problemas causados pelo próprio desenvolvimento do capitalismo, essa dissertação buscou contribuir a essa literatura, investigando quais relações econômicas e sociais estavam ocultas na aparência desses projetos. Como metodologia, utilizamos a análise documental e a revisão bibliográfica. Concluímos que esses projetos se inscreviam em tendências gerais que respondiam às necessidades do sistema mundial capitalista em um contexto em que o território sul-mato-grossense e, portanto, guarani e kaiowá, se inseria cada vez mais na dinâmica global de produção. Foram, portanto, uma resposta às necessidades do padrão exportador de especialização produtiva e não dos Guarani e Kaiowá.

3
  • GUILHERME GINJO
  •  

    OS EFEITOS DO IMPERIALISMO NO ENSINO SUPERIOR DA PERIFERIA CAPITALISTA E O CASO BRASILEIRO:

    Da Reforma de 1968 à Kroton como maior grupo privado do mundo em 2016

  • Orientador : MARIA CARAMEZ CARLOTTO
  • Data: 19/04/2022

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  • Este trabalho pretende investigar a relação entre o imperialismo e a estrutura de ensino superior brasileiro com sua predominância de instituições com finalidade de lucro e a consequentemente formação de oligopólio no setor. A evolução dessa configuração é abordada a partir da perspectiva de um cenário composto pela interação entre o Banco Mundial, representando um mecanismo imperialista e as políticas desenvolvidas para o setor no período. Objetivo principal é verificar como a consolidação dessa composição reflete uma perspectiva imperialista para a periferia do sistema capitalista, com uma estrutura baseada na rede privada e com limitadas possibilidades de desenvolvimento autônomo, seja epistêmico ou tecnológico. Como consequência, esse cenário notabiliza-se pela adequação do país a uma participação subordinada, também nos aspectos educacionais, no sistema mundial. O trabalho tem como referencial teórico o debate sobre imperialismo, em especial a formulação de Samir Amin, que destaca o papel das agências multilaterais na manutenção da relação centro-periferia. Como complemento a essa teoria, está a análise empírica de dados sobre o ensino superior, relatórios do Banco Mundial e da Kroton, principal grupo educacional privado do país no período.


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  • Este trabalho pretende investigar a relação entre o imperialismo e a estrutura de ensino superior brasileiro com sua predominância de instituições com finalidade de lucro e a consequentemente formação de oligopólio no setor. A evolução dessa configuração é abordada a partir da perspectiva de um cenário composto pela interação entre o Banco Mundial, representando um mecanismo imperialista e as políticas desenvolvidas para o setor no período. Objetivo principal é verificar como a consolidação dessa composição reflete uma perspectiva imperialista para a periferia do sistema capitalista, com uma estrutura baseada na rede privada e com limitadas possibilidades de desenvolvimento autônomo, seja epistêmico ou tecnológico. Como consequência, esse cenário notabiliza-se pela adequação do país a uma participação subordinada, também nos aspectos educacionais, no sistema mundial. O trabalho tem como referencial teórico o debate sobre imperialismo, em especial a formulação de Samir Amin, que destaca o papel das agências multilaterais na manutenção da relação centro-periferia. Como complemento a essa teoria, está a análise empírica de dados sobre o ensino superior, relatórios do Banco Mundial e da Kroton, principal grupo educacional privado do país no período.

4
  • KELLY COSTA GARCIA ROSA
  • O conceito operante de Estado no Manifesto Latino-Americano e em Dependência e Desenvolvimento na América Latina

  • Orientador : FERNANDA GRAZIELLA CARDOSO
  • Data: 29/07/2022

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  • Esta dissertação tem como objetivo investigar o conceito de Estado por trás de duas obras clássicas: O desenvolvimento econômico da América Latina e alguns de seus principais problemas, de Raúl Prebisch, e Dependência e Desenvolvimento na América Latina, de Cardoso e Faletto. Partindo da hipótese de que em nenhuma dessas produções os autores se ocuparam em definir claramente o Estado, buscaremos extrair e discutir as concepções de Estado utilizadas por esses pensadores latino-americanos, ainda que estejam implícitas nos textos, buscando entender qual o conceito de Estado que está arraigado nessas duas análises sobre a dinâmica econômica e social da América Latina. A fundamentação teórica para a investigação proposta está nos clássicos da teoria política: as concepções contratualistas de Hobbes, Locke e Rousseau, a weberiana e as marxistas de Marx, Lênin e Poulantzas.


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  • Esta dissertação tem como objetivo investigar o conceito de Estado por trás de duas obras clássicas: O desenvolvimento econômico da América Latina e alguns de seus principais problemas, de Raúl Prebisch, e Dependência e Desenvolvimento na América Latina, de Cardoso e Faletto. Partindo da hipótese de que em nenhuma dessas produções os autores se ocuparam em definir claramente o Estado, buscaremos extrair e discutir as concepções de Estado utilizadas por esses pensadores latino-americanos, ainda que estejam implícitas nos textos, buscando entender qual o conceito de Estado que está arraigado nessas duas análises sobre a dinâmica econômica e social da América Latina. A fundamentação teórica para a investigação proposta está nos clássicos da teoria política: as concepções contratualistas de Hobbes, Locke e Rousseau, a weberiana e as marxistas de Marx, Lênin e Poulantzas.

5
  • MARIANA DO AMARAL CAMPOS
  • O Fenômeno da Judicialização em Processos de Demarcação de Terras Indígenas no Antropoceno - uma análise do caso Tekoá Pyau no Jaraguá/SP

  • Orientador : LEONARDO FREIRE DE MELLO
  • Data: 29/08/2022

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  • A presente pesquisa se concentra na análise do processo de demarcação da terra indígena Tekoá Pyau, localizada na região noroeste da cidade de São Paulo/SP. A demarcação de terras, ao estabelecer os limites físicos das terras pertencentes aos indígenas, visa protege-los de possíveis invasões, expropriações e represálias. Assegurar a proteção desses limites é, também, uma forma de preservar a identidade, o modo de vida, as tradições e a cultura da população indígena, conforme versa a Constituição Federal de 1988 (CF/88). Após a promulgação da CF/88 muitos processos de demarcação aguardam resoluções no Poder Judiciário. Essa relação entre Estado e Direito na perspectiva capitalista se faz presente nesse estudo avaliando os limites da expansão do capital e a crescente tentativa de expropriação de comunidades indígenas de suas terras. Para tal, o estudo dialoga sobre o modo de vida dos povos originários, os limites da natureza através da reflexão do Antropoceno e seus desdobramentos nas discussões sobre Capitaloceno, Plantationoceno e Chthuluceno. O recorte histórico se dá entre os anos de 1988 a 2018. Por fim, a pesquisa busca evidenciar como o modo de vida dos povos originários pode contribuir para a criação de uma sociedade menos desigual economicamente e menos explorada no Sul Global em consonância com o último relatório da ONU de 2022, que apresenta as Soluções baseadas na Natureza (SbN) como instrumento para redução do aquecimento global e direcionamento das economias para caminhos sustentáveis. Por isso, o fenômeno da judicialização nos processos de demarcação de terras indígenas apresenta-se como mecanismo político orientado segundo as novas formas de expansão do capital.


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  • A presente pesquisa se concentra na análise do processo de demarcação da terra indígena Tekoá Pyau, localizada na região noroeste da cidade de São Paulo/SP. A demarcação de terras, ao estabelecer os limites físicos das terras pertencentes aos indígenas, visa protege-los de possíveis invasões, expropriações e represálias. Assegurar a proteção desses limites é, também, uma forma de preservar a identidade, o modo de vida, as tradições e a cultura da população indígena, conforme versa a Constituição Federal de 1988 (CF/88). Após a promulgação da CF/88 muitos processos de demarcação aguardam resoluções no Poder Judiciário. Essa relação entre Estado e Direito na perspectiva capitalista se faz presente nesse estudo avaliando os limites da expansão do capital e a crescente tentativa de expropriação de comunidades indígenas de suas terras. Para tal, o estudo dialoga sobre o modo de vida dos povos originários, os limites da natureza através da reflexão do Antropoceno e seus desdobramentos nas discussões sobre Capitaloceno, Plantationoceno e Chthuluceno. O recorte histórico se dá entre os anos de 1988 a 2018. Por fim, a pesquisa busca evidenciar como o modo de vida dos povos originários pode contribuir para a criação de uma sociedade menos desigual economicamente e menos explorada no Sul Global em consonância com o último relatório da ONU de 2022, que apresenta as Soluções baseadas na Natureza (SbN) como instrumento para redução do aquecimento global e direcionamento das economias para caminhos sustentáveis. Por isso, o fenômeno da judicialização nos processos de demarcação de terras indígenas apresenta-se como mecanismo político orientado segundo as novas formas de expansão do capital.

6
  • FRANCISCO VASCONCELOS CINTRA JUNIOR
  • Votando em branco: uma análise sobre o papel da branquidade estrutural nas eleições presidenciais estadunidense de 2016 e brasileira de 2018

  • Orientador : MURYATAN SANTANA BARBOSA
  • Data: 02/09/2022

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  • Em novembro de 2016, a controversa figura de Donald Trump foi eleita como
    45º presidente dos Estados Unidos da América, com uma campanha
    marcada pelo machismo, racismo e xenofobia. Com seu slogan: Make America Great Again, Trump remetia seu
    projeto político à volta de um passado glorioso, o American Dream, prometendo
    reverter a suposta degradação que sua nação vinha sofrendo. Quanto mais o
    candidato demonstrasse posições extremistas contra minorias sociais e políticas
    sociais, mais sua imagem ganhava relevância e mais fiel era o seu público, que só
    crescia. Após sua vitória, diversos analistas políticos e parte da grande mídia
    tentaram enquadrar sua vitória como resultado com a insatisfação da população
    com a crise econômica que o país vinha passando, e não com a emergência de
    outras questões. Mas recentemente tem-se analisado também um forte elemento na identidade do eleitor de Donald Trump: a branquidade. Aparentemente, algo semelhante parecedido ter ocorrido no Brasil em 2018, quando  uma figura muito semelhante a Donald Trump também foi eleita. Jair Messias Bolsonaro, ex-capitão
    do Exército Brasileiro e Ex-Deputado Federal, conhecido por suas críticas a políticas
    sociais iniciadas nas últimas décadas e sua perseguição a minorias, foi eleito
    presidente do executivo federal brasileiro. Considerando a forma como que ambas
    personalidades ganharam apoio de parcela da população a suas posições radicais,
    e muitas vezes abertamente preconceituosas e racistas, estabeleceremos um paralelo entre
    os dois casos buscando entender o papel da branquidade como ideologia em suas
    eleições. Até que ponto o ‘ressentimento branco’,a sensação de ser ameaçado pela
    crise económica e o avanço de políticas afirmativas para populações racializadas
    pode ter desempenhado um papel em suas eleições e governos ?


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  • Em novembro de 2016, a controversa figura de Donald Trump foi eleita como
    45º presidente dos Estados Unidos da América, com uma campanha
    marcada pelo machismo, racismo e xenofobia. Com seu slogan: Make America Great Again, Trump remetia seu
    projeto político à volta de um passado glorioso, o American Dream, prometendo
    reverter a suposta degradação que sua nação vinha sofrendo. Quanto mais o
    candidato demonstrasse posições extremistas contra minorias sociais e políticas
    sociais, mais sua imagem ganhava relevância e mais fiel era o seu público, que só
    crescia. Após sua vitória, diversos analistas políticos e parte da grande mídia
    tentaram enquadrar sua vitória como resultado com a insatisfação da população
    com a crise econômica que o país vinha passando, e não com a emergência de
    outras questões. Mas recentemente tem-se analisado também um forte elemento na identidade do eleitor de Donald Trump: a branquidade. Aparentemente, algo semelhante parecedido ter ocorrido no Brasil em 2018, quando  uma figura muito semelhante a Donald Trump também foi eleita. Jair Messias Bolsonaro, ex-capitão
    do Exército Brasileiro e Ex-Deputado Federal, conhecido por suas críticas a políticas
    sociais iniciadas nas últimas décadas e sua perseguição a minorias, foi eleito
    presidente do executivo federal brasileiro. Considerando a forma como que ambas
    personalidades ganharam apoio de parcela da população a suas posições radicais,
    e muitas vezes abertamente preconceituosas e racistas, estabeleceremos um paralelo entre
    os dois casos buscando entender o papel da branquidade como ideologia em suas
    eleições. Até que ponto o ‘ressentimento branco’,a sensação de ser ameaçado pela
    crise económica e o avanço de políticas afirmativas para populações racializadas
    pode ter desempenhado um papel em suas eleições e governos ?

7
  • LUCAS VILELA DA SILVA
  • "A industrialização como estratégia de superação do subdesenvolvimento: As lições da Indonésia"

  • Orientador : VALERIA LOPES RIBEIRO
  • Data: 13/12/2022

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  • A trajetória econômica da Indonésia revela um amplo conjunto de informações de grande valor para a concepção de estratégias para a superação do subdesenvolvimento, tanto sob aspectos positivos a serem considerados, como sob oportunidades mal aproveitadas ou decisões equivocadas. Dada a grande quantidade de variáveis conectadas a um processo de crescimento econômico, este trabalho explora parcialmente um conjunto específico delas: a industrialização voltada para as exportações e sua potencialidade.
    Sob seu ímpar conjunto de individualidades, a Indonésia não se apresenta como um grande exemplo de superação do subdesenvolvimento, apresentando indicadores inferiores ao Brasil em diversas variáveis socioeconômicas importantes. No entanto o país apresenta hoje uma perspectiva futura de maiores capacidades de crescimento e de superiores projeções em termos de complexidade de produto, contradição que torna este caso uma importante fonte de investigação.


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  • A trajetória econômica da Indonésia revela um amplo conjunto de informações de grande valor para a concepção de estratégias para a superação do subdesenvolvimento, tanto sob aspectos positivos a serem considerados, como sob oportunidades mal aproveitadas ou decisões equivocadas. Dada a grande quantidade de variáveis conectadas a um processo de crescimento econômico, este trabalho explora parcialmente um conjunto específico delas: a industrialização voltada para as exportações e sua potencialidade.
    Sob seu ímpar conjunto de individualidades, a Indonésia não se apresenta como um grande exemplo de superação do subdesenvolvimento, apresentando indicadores inferiores ao Brasil em diversas variáveis socioeconômicas importantes. No entanto o país apresenta hoje uma perspectiva futura de maiores capacidades de crescimento e de superiores projeções em termos de complexidade de produto, contradição que torna este caso uma importante fonte de investigação.

Teses
1
  • GUSTAVO DI CESARE GIANNELLA
  • Migrações e Refugiados Ambientais: Políticas Públicas e Normas Migratórias do Brasil e da União Europeia no Antropoceno

  • Orientador : LEONARDO FREIRE DE MELLO
  • Data: 27/07/2022

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  • A Universidade Federal do ABC - UFABC é uma instituição de ensino pública federal, tendo por objetivo ministrar educação superior, desenvolver pesquisa nas diversas áreas do conhecimento e promover a extensão universitária. Trata-se de uma instituição fundada para explorar novas possibilidades, tanto na pesquisa quanto na educação, com projeto pedagógico inovador, sendo que sua proposta, durante anos, foi desenvolvida no âmbito científico nacional e, até mesmo, internacional. Nacionalmente, pela Academia Brasileira de Ciências, que a debateu amplamente e a apoiou. No internacional, vale destacar que a proposta também se inspira na “Declaração de Bologna”[1], uma espécie de pacto pelo qual os países unem esforços na busca da reformulação de suas propostas de ensino.

    Nesta linha, denota-se do projeto pedagógico do Programa de Pós-graduação em Economia Política Mundial, que sua criação “reflete o amadurecimento de um processo de institucionalização de um novo projeto pedagógico norteado pela excelência acadêmica com interdisciplinaridade e inclusão social. [...] Cabe reiterar que a UFABC é uma instituição de ensino superior estruturalmente interdisciplinar”.

    Neste ponto, com o presente trabalho busca-se realizar, inicialmente, um estudo das recentes mudanças e fluxos de pessoas relacionadas aos movimentos migratórios globais, com foco nas mudanças socioeconômicas, inclusive quanto à formulação de normas como forma de política pública, com foco na questão da migração no Brasil, traçando um paralelo com a atual agenda de migração na União Europeia. Busca-se, ainda, fazer uso da Economia Política a fim de compreender a problemática do desenvolvimento em nível local diante das recentes modificações ocorridas no cenário econômico-social global.

    O fator principal do qual partiu o desenvolvimento do projeto de pesquisa foi a importância do assunto globalmente, eis que o tema da migração se relaciona às condições básicas de vida destas pessoas, nacionais de outra realidade porém vivendo sob a sociedade de outro, além de apresentar reflexos nos âmbitos econômico, social e jurídico, haja vista que a migração é uma questão em debate atualmente por todo o mundo.

    Assim, por se tratar de um projeto de pesquisa interdisciplinar, que envolve o uso de conceitos e a análise de fatores relacionados a algumas disciplinas e áreas do saber, o campo de interesse é misto, porém direcionado principalmente na área de Economia, Ciências Sociais, Políticas Públicas e Direitos Humanos.


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  • A Universidade Federal do ABC - UFABC é uma instituição de ensino pública federal, tendo por objetivo ministrar educação superior, desenvolver pesquisa nas diversas áreas do conhecimento e promover a extensão universitária. Trata-se de uma instituição fundada para explorar novas possibilidades, tanto na pesquisa quanto na educação, com projeto pedagógico inovador, sendo que sua proposta, durante anos, foi desenvolvida no âmbito científico nacional e, até mesmo, internacional. Nacionalmente, pela Academia Brasileira de Ciências, que a debateu amplamente e a apoiou. No internacional, vale destacar que a proposta também se inspira na “Declaração de Bologna”[1], uma espécie de pacto pelo qual os países unem esforços na busca da reformulação de suas propostas de ensino.

    Nesta linha, denota-se do projeto pedagógico do Programa de Pós-graduação em Economia Política Mundial, que sua criação “reflete o amadurecimento de um processo de institucionalização de um novo projeto pedagógico norteado pela excelência acadêmica com interdisciplinaridade e inclusão social. [...] Cabe reiterar que a UFABC é uma instituição de ensino superior estruturalmente interdisciplinar”.

    Neste ponto, com o presente trabalho busca-se realizar, inicialmente, um estudo das recentes mudanças e fluxos de pessoas relacionadas aos movimentos migratórios globais, com foco nas mudanças socioeconômicas, inclusive quanto à formulação de normas como forma de política pública, com foco na questão da migração no Brasil, traçando um paralelo com a atual agenda de migração na União Europeia. Busca-se, ainda, fazer uso da Economia Política a fim de compreender a problemática do desenvolvimento em nível local diante das recentes modificações ocorridas no cenário econômico-social global.

    O fator principal do qual partiu o desenvolvimento do projeto de pesquisa foi a importância do assunto globalmente, eis que o tema da migração se relaciona às condições básicas de vida destas pessoas, nacionais de outra realidade porém vivendo sob a sociedade de outro, além de apresentar reflexos nos âmbitos econômico, social e jurídico, haja vista que a migração é uma questão em debate atualmente por todo o mundo.

    Assim, por se tratar de um projeto de pesquisa interdisciplinar, que envolve o uso de conceitos e a análise de fatores relacionados a algumas disciplinas e áreas do saber, o campo de interesse é misto, porém direcionado principalmente na área de Economia, Ciências Sociais, Políticas Públicas e Direitos Humanos.

2021
Dissertações
1
  • MAGNUSSON DA COSTA
  • Pan-Africanismo e a Economia Política: as concepções e a busca africana pela integração e desenvolvimento

  • Orientador : MURYATAN SANTANA BARBOSA
  • Data: 10/05/2021

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  • A presente dissertação analisa as diferentes concepções pan-africanas sobre a economia política do desenvolvimento africano, a fim de traçar uma definição do que seria o “pan-africanismo econômico”. Para isto, inicialmente, investiga o papel e o pensamento de diferentes líderes pan-africanos e da Comissão Econômica das Nações Unidas para a África (UNECA/CEA, criada em 1958) na materialização de um dos pilares ideológicos do pan-africanismo: a integração. Por fim, busca interpretar como o pensamento do economista e sociólogo guineense Carlos Lopes - um dos principais intelectuais africanos da contemporaneidade -, pode (ou não) ser inserido nesta tradição intelectual (“pan-africanismo econômico”). Para isso, serão realizadas revisões bibliográficas sobre a perspectiva de alguns intelectuais africanos pan-africanistas (continentais e diaspóricos) sobre o tema, trazer uma definição deste pan-africanismo econômico, e realizar uma análise das obras e a atuação político-intelectual do professor Carlos Lopes.


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  • A presente dissertação analisa as diferentes concepções pan-africanas sobre a economia política do desenvolvimento africano, a fim de traçar uma definição do que seria o “pan-africanismo econômico”. Para isto, inicialmente, investiga o papel e o pensamento de diferentes líderes pan-africanos e da Comissão Econômica das Nações Unidas para a África (UNECA/CEA, criada em 1958) na materialização de um dos pilares ideológicos do pan-africanismo: a integração. Por fim, busca interpretar como o pensamento do economista e sociólogo guineense Carlos Lopes - um dos principais intelectuais africanos da contemporaneidade -, pode (ou não) ser inserido nesta tradição intelectual (“pan-africanismo econômico”). Para isso, serão realizadas revisões bibliográficas sobre a perspectiva de alguns intelectuais africanos pan-africanistas (continentais e diaspóricos) sobre o tema, trazer uma definição deste pan-africanismo econômico, e realizar uma análise das obras e a atuação político-intelectual do professor Carlos Lopes.

2
  • GUSTAVO RODRIGUES LEMOS
  • A autossuficiência coletiva como estratégia de desenvolvimento para os países do Sul: a influência de Julius Nyerere na internaacionalização do debate sobre a autossuficiência

  • Orientador : MURYATAN SANTANA BARBOSA
  • Data: 03/09/2021

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  • A trajetória internacional do chamado Terceiro-Mundo é marcada pela luta contra todo o processo de exclusões e assimetrias do sistema capitalista global. Os modelos e estratégias utilizadas variaram historicamente, mas ao menos até a década de 1960, muitos países acabariam seguindo políticas vinculadas à chamada economia do desenvolvimento. Paralelamente, ainda que a experiência soviética servisse de exemplo como modelo de desenvolvimento não-capitalista, havia a percepção de que algumas das políticas adotadas na URSS não eram coerentes com a realidade dos países periféricos. Nesse sentido, o que se nota é a busca por estratégias alternativas de desenvolvimento, que não se vinculam nem ao capitalismo e nem ao socialismo soviético. O maoísmo, na China, pode ser visto como uma dessas tentativas, especialmente pela originalidade e valorização do campesinato como ator central do processo de desenvolvimento. Em África, O Socialismo Africano aparece como parte desse movimento. Uma de suas formulações mais importantes foi a criada por Julius Nyerere, que a partir da noção de ujamaa, cria uma estratégia de desenvolvimento conhecida como self-reliance, e que teria como componente central a satisfação das necessidades básicas da população e a luta contra a dependência externa, sob a forma de utilização das próprias forças que o país possuía. A perspectiva de Nyerere ganharia corpo na virada dos anos 1960 para os anos 1970, diante do agravamento da crise internacional. É nesse momento que se formula o conceito de collective self-reliance como uma estratégia de desenvolvimento para os países do Sul. Analisamos aqui a evolução desse debate


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  • A trajetória internacional do chamado Terceiro-Mundo é marcada pela luta contra todo o processo de exclusões e assimetrias do sistema capitalista global. Os modelos e estratégias utilizadas variaram historicamente, mas ao menos até a década de 1960, muitos países acabariam seguindo políticas vinculadas à chamada economia do desenvolvimento. Paralelamente, ainda que a experiência soviética servisse de exemplo como modelo de desenvolvimento não-capitalista, havia a percepção de que algumas das políticas adotadas na URSS não eram coerentes com a realidade dos países periféricos. Nesse sentido, o que se nota é a busca por estratégias alternativas de desenvolvimento, que não se vinculam nem ao capitalismo e nem ao socialismo soviético. O maoísmo, na China, pode ser visto como uma dessas tentativas, especialmente pela originalidade e valorização do campesinato como ator central do processo de desenvolvimento. Em África, O Socialismo Africano aparece como parte desse movimento. Uma de suas formulações mais importantes foi a criada por Julius Nyerere, que a partir da noção de ujamaa, cria uma estratégia de desenvolvimento conhecida como self-reliance, e que teria como componente central a satisfação das necessidades básicas da população e a luta contra a dependência externa, sob a forma de utilização das próprias forças que o país possuía. A perspectiva de Nyerere ganharia corpo na virada dos anos 1960 para os anos 1970, diante do agravamento da crise internacional. É nesse momento que se formula o conceito de collective self-reliance como uma estratégia de desenvolvimento para os países do Sul. Analisamos aqui a evolução desse debate

3
  • MATHEUS GRINGO DE ASSUNÇÃO
  • Agronegócio, neoliberalismo e dependência no Brasil: um estudo a partir da cadeia da soja

     

  • Orientador : TATIANA BERRINGER DE ASSUMPCAO
  • Data: 03/09/2021

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  • A ascensão do neoliberalismo e da financeirização provocaram mudanças estruturais nos
    sistemas produtivos, com especial impacto nos países dependentes. No Brasil, entre
    outras transformações, implicou no desenvolvimento e consolidação do agronegócio. Este
    processo implicou no aprofundamento de elementos históricos que caracterizam a
    dependência, como intensificação e novos mecanismos de transferências de valor,
    superexploração da força de trabalho e o reforço do papel exportador de commodities da
    economia brasileira. Estes aspectos estão vinculados ao estabelecimento de um padrão
    de reprodução do capital exportador e de especialização produtiva. Neste sentido, este
    trabalho tem como objeto a cadeia da soja, vinculada à financeirização do agronegócio.
    Desenvolvemos a hipótese de que o agronegócio, especialmente a cadeia da soja, tem
    desenvolvido processos que aprofundam o padrão de dependência brasileira. E para
    evidenciar tal hipótese, trazemos neste trabalho algumas manifestações do
    aprofundamento da dependência, são elas: padrão exportador de especialização
    produtiva, financeirização do mercado de terras e superexploração da força de trabalho.


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  • A ascensão do neoliberalismo e da financeirização provocaram mudanças estruturais nos
    sistemas produtivos, com especial impacto nos países dependentes. No Brasil, entre
    outras transformações, implicou no desenvolvimento e consolidação do agronegócio. Este
    processo implicou no aprofundamento de elementos históricos que caracterizam a
    dependência, como intensificação e novos mecanismos de transferências de valor,
    superexploração da força de trabalho e o reforço do papel exportador de commodities da
    economia brasileira. Estes aspectos estão vinculados ao estabelecimento de um padrão
    de reprodução do capital exportador e de especialização produtiva. Neste sentido, este
    trabalho tem como objeto a cadeia da soja, vinculada à financeirização do agronegócio.
    Desenvolvemos a hipótese de que o agronegócio, especialmente a cadeia da soja, tem
    desenvolvido processos que aprofundam o padrão de dependência brasileira. E para
    evidenciar tal hipótese, trazemos neste trabalho algumas manifestações do
    aprofundamento da dependência, são elas: padrão exportador de especialização
    produtiva, financeirização do mercado de terras e superexploração da força de trabalho.

4
  • CATALINA ISABEL BRITEZ ACUÑA
  • A educação universitária no contexto do capitalismo agrário: "Formando Líderes em Agronegócio" no Paraguai

  • Orientador : MARIA CARAMEZ CARLOTTO
  • Data: 16/09/2021

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  • Esta pesquisa tem como objetivo principal analisar a formação de estudantes do curso de engenharia agronômica dda Universidad San Carlos, bem como a atuação profissional dos egressos dos mesmos. Estruturando a problemática da pesquisa com base nas categorias de análises marxistas, tais como modo de produção capitalista, divisão social do trabalho e ideologia,  pretende-se estudar e entender como a educação perpetua e reproduz um modo de produção específico, em um país exclusivamente agrário, cuja base econômica sustenta-se no latifúndio e no agronegócio, sendo esta a hipótese inicial principal. Para tanto, erá realizada uma revisão acerca da bibliografia já existente sobre modo de produção capitalista e a formação de conhecimento nas universidades para entender o contexto na qual a educação paraguaia está inserida, principalmente a formação de conhecimento na área de engenharia agronômica nas três universidades, que se constituem o estudo de caso da pesquisa. Paralelamente, mobilizaremos uma metodologia qualitativa de análise sistemática dos projetos político-pedagógico desses cursos e realização de de entrevistas semi-estruturadas com egressos de cada uma das universidades propostas  para compreender o quê estes estudantes entendem sobre a sua própria educação e como se deu o processo de construção de conhecimento ao longo do curso. Pretende-se aprofundar os estudos sobre o latifúndio e o agronegócio no Paraguai para entender como as necessidades econômicas específicas deste modo de produção definem e pressupõem a formação de profissionais que atuam na área. 


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  • Esta pesquisa tem como objetivo principal analisar a formação de estudantes do curso de engenharia agronômica dda Universidad San Carlos, bem como a atuação profissional dos egressos dos mesmos. Estruturando a problemática da pesquisa com base nas categorias de análises marxistas, tais como modo de produção capitalista, divisão social do trabalho e ideologia,  pretende-se estudar e entender como a educação perpetua e reproduz um modo de produção específico, em um país exclusivamente agrário, cuja base econômica sustenta-se no latifúndio e no agronegócio, sendo esta a hipótese inicial principal. Para tanto, erá realizada uma revisão acerca da bibliografia já existente sobre modo de produção capitalista e a formação de conhecimento nas universidades para entender o contexto na qual a educação paraguaia está inserida, principalmente a formação de conhecimento na área de engenharia agronômica nas três universidades, que se constituem o estudo de caso da pesquisa. Paralelamente, mobilizaremos uma metodologia qualitativa de análise sistemática dos projetos político-pedagógico desses cursos e realização de de entrevistas semi-estruturadas com egressos de cada uma das universidades propostas  para compreender o quê estes estudantes entendem sobre a sua própria educação e como se deu o processo de construção de conhecimento ao longo do curso. Pretende-se aprofundar os estudos sobre o latifúndio e o agronegócio no Paraguai para entender como as necessidades econômicas específicas deste modo de produção definem e pressupõem a formação de profissionais que atuam na área. 

5
  • RODRIGO DE CAMPOS REZENDE
  • Posicionamento Estratégico e Políticas Públicas em Geração de Energias Renováveis (Estudo de caso: Alemanha e Brasil de 2008 a 2019)

  • Orientador : LEONARDO FREIRE DE MELLO
  • Data: 27/10/2021

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  • A partir da Revolução Industrial a sociedade mundial assiste a um crescimento de população, produção e consumo de bens que não havia sido presenciado na história. Para que esses processos fossem possíveis, houve uma mudança de produção energética que passou a ser baseada em combustíveis fósseis, não renováveis, como o petróleo. Após 1940, a dependência em uma matriz energética fóssil acabou expondo os impactos ambientais e socioeconômicos desse desenvolvimento acelerado. De modo a evitar os impactos econômicos, sociais e ambientais advindos de crises de abastecimento e instabilidade do cenário internacional, os países viram a necessidade de adotar uma matriz energética mais diversificada, com fontes renováveis. O programa de transição energética alemão, Energiewende, é considerado um modelo na União Europeia, e serve como padrão para outros países no mundo inteiro que estejam almejando uma geração energética com fontes renováveis.

    O presente trabalho tem a intenção de analisar o planejamento estratégico e políticas públicas para geração de energias renováveis adotadas pela Alemanha entre 2008 e 2019 traçando um paralelo com o Brasil. Isto nos levará a compreender como este setor absorve e reelabora algumas propostas de reformulação da matriz, e como elas são incorporadas e/ou ressignificadas pelos planejadores . Espera-se com essa análise termos dados para chegar a uma resposta da aplicabilidade do modelo alemão de transição energética para o cenário brasileiro, abordando: aspectos comparativos das estratégicas das políticas energéticas, as condições institucionais para o desenvolvimento de energias renováveis, o envolvimento do setor privado, as estruturas de financiamento público e privado, e o envolvimento da população no tema.


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  • A partir da Revolução Industrial a sociedade mundial assiste a um crescimento de população, produção e consumo de bens que não havia sido presenciado na história. Para que esses processos fossem possíveis, houve uma mudança de produção energética que passou a ser baseada em combustíveis fósseis, não renováveis, como o petróleo. Após 1940, a dependência em uma matriz energética fóssil acabou expondo os impactos ambientais e socioeconômicos desse desenvolvimento acelerado. De modo a evitar os impactos econômicos, sociais e ambientais advindos de crises de abastecimento e instabilidade do cenário internacional, os países viram a necessidade de adotar uma matriz energética mais diversificada, com fontes renováveis. O programa de transição energética alemão, Energiewende, é considerado um modelo na União Europeia, e serve como padrão para outros países no mundo inteiro que estejam almejando uma geração energética com fontes renováveis.

    O presente trabalho tem a intenção de analisar o planejamento estratégico e políticas públicas para geração de energias renováveis adotadas pela Alemanha entre 2008 e 2019 traçando um paralelo com o Brasil. Isto nos levará a compreender como este setor absorve e reelabora algumas propostas de reformulação da matriz, e como elas são incorporadas e/ou ressignificadas pelos planejadores . Espera-se com essa análise termos dados para chegar a uma resposta da aplicabilidade do modelo alemão de transição energética para o cenário brasileiro, abordando: aspectos comparativos das estratégicas das políticas energéticas, as condições institucionais para o desenvolvimento de energias renováveis, o envolvimento do setor privado, as estruturas de financiamento público e privado, e o envolvimento da população no tema.

6
  • MARCOS AURÉLIO SOUZA
  • Determinantes do Fracasso da Implantação das Zonas de Processamento de Exportação no Brasil à Luz da Experiência Chinesa e da Atual Fase da Acumulação Capitalista Mundial 

  • Orientador : LEDA MARIA PAULANI
  • Data: 08/12/2021

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  • A presente dissertação procurou responder à questão sobre os determinantes políticos e econômicos que inviabilizaram a instalação de Zonas de Processamento de Exportação no Brasil. A ideia de instalação de ZPEs surgiu no final da década de 1980, motivada pelo governo do presidente José Sarney, que buscava encontrar saídas, via industrialização, para o desenvolvimento regional do Nordeste. A proposta sofreu forte oposição do empresariado do Sul e do Sudeste, principais responsáveis pela pauta de exportação do país, sob o argumento de que as ZPEs se transformariam em Zonas Francas de Manaus. Contudo, para ir além de uma resposta meramente política e doméstica para a questão proposta, procurou-se entender as transformações do capitalismo a partir da dinâmica da financeirização econômica e seus impactos em economias dependentes, como é o caso da brasileira, durante a década de 1980, com aprofundamento nos anos 1990. Procurou-se igualmente investigar uma experiência de sucesso com esse tipo de expediente, qual seja, o caso chinês. Verificamos então que, além da falta de interesse e da oposição do empresariado do Sul Sudeste, de parte do movimento sindical e de setores políticos como razões para o fracasso das ZPEs no Brasil, também pesou a ausência de um Estado investidor. Na prática esse Estado inexistiu a partir dos anos1990, dada a opção por uma política macroeconômica apoiada na financeirização da economia, que priorizou a valorização em abstrato do capital em detrimento à sua reprodução via produção de bens e serviços. Logo, criou-se um ambiente desfavorável a projetos de industrialização capazes de promover o desenvolvimento regional. O fato de que apenas uma ZPE, a de Pecém, em São Gonçalo do Amarante, no Ceará, tenha sido implantada, torna-se uma exceção que confirma a regra, pois contou com apoio estatal, via BNDES, para obras importantes de infraestrutura e de instalação de companhias na área.


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  • A presente dissertação procurou responder à questão sobre os determinantes políticos e econômicos que inviabilizaram a instalação de Zonas de Processamento de Exportação no Brasil. A ideia de instalação de ZPEs surgiu no final da década de 1980, motivada pelo governo do presidente José Sarney, que buscava encontrar saídas, via industrialização, para o desenvolvimento regional do Nordeste. A proposta sofreu forte oposição do empresariado do Sul e do Sudeste, principais responsáveis pela pauta de exportação do país, sob o argumento de que as ZPEs se transformariam em Zonas Francas de Manaus. Contudo, para ir além de uma resposta meramente política e doméstica para a questão proposta, procurou-se entender as transformações do capitalismo a partir da dinâmica da financeirização econômica e seus impactos em economias dependentes, como é o caso da brasileira, durante a década de 1980, com aprofundamento nos anos 1990. Procurou-se igualmente investigar uma experiência de sucesso com esse tipo de expediente, qual seja, o caso chinês. Verificamos então que, além da falta de interesse e da oposição do empresariado do Sul Sudeste, de parte do movimento sindical e de setores políticos como razões para o fracasso das ZPEs no Brasil, também pesou a ausência de um Estado investidor. Na prática esse Estado inexistiu a partir dos anos1990, dada a opção por uma política macroeconômica apoiada na financeirização da economia, que priorizou a valorização em abstrato do capital em detrimento à sua reprodução via produção de bens e serviços. Logo, criou-se um ambiente desfavorável a projetos de industrialização capazes de promover o desenvolvimento regional. O fato de que apenas uma ZPE, a de Pecém, em São Gonçalo do Amarante, no Ceará, tenha sido implantada, torna-se uma exceção que confirma a regra, pois contou com apoio estatal, via BNDES, para obras importantes de infraestrutura e de instalação de companhias na área.

7
  • MARCOS ALMEIDA COSTA PEREIRA
  • Questão racial e práticas de Ciência e Tecnologia no âmbito do Projeto Encontro de Saberes (2010-2013)


  • Orientador : REGIMEIRE OLIVEIRA MACIEL
  • Data: 14/12/2021

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  • Esta dissertação analisou a questão racial no âmbito do Projeto Encontro de Saberes (2010-2013), construído a partir da atuação do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Inclusão do Ensino e na Pesquisa (INCTI). De modo específico, discutiu-se como se deu, no contexto dessa ação, o estabelecimento de diálogos epistemológicos entre conhecimento científico e os chamados conhecimentos tradicionais afro-brasileiros. A hipótese provisória era de que as práticas de ciência e tecnologia, no contexto investigado, foram atravessadas pelo racismo estrutural que tem entre suas expressões o racismo epistêmico, materializado pelo apagamento, invisibilidade e silenciamento de saberes não eurocentrados. As referências centrais desta pesquisa estão alinhadas às perspectivas epistemológicas que tomam como referência o chamado Sul Global. Para tanto, consideramos as contribuições de autores como Santos (2000, 2008), além da perspectiva dos estudos decoloniais a partir de Grosfoguel (2008, 2011). Do ponto de vista dos instrumentos metodológicos, esta pesquisa teve uma abordagem qualitativa e foi realizada por meio de levantamento bibliográfico e documental. Na pesquisa bibliográfica, realizada por meio de buscas de teses, dissertações, artigos científicos etc, procurou-se analisar como foi abordada a relação entre ciência e tecnologia e questão racial no contexto definido. O levantamento documental foi realizado em materiais disponibilizados no site do Ministério da Ciência e Tecnologia, do Conselho Nacional Científico e Tecnológico – CNPq  e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Inclusão no Ensino e na Pesquisa (INCTI) e teve como objetivo verificar como os materiais analisados contemplam a interação entre ciência e cultura, estimulando diálogos epistemológicos entre os conhecimentos ditos “científicos” e os chamados conhecimentos tradicionais afro-brasileiros. Como resultado, esta pesquisa constatou, entre outros aspectos, que: a) a constituição de um instituto, como o INCTI, voltado para ciência e tecnologia foi importante política, epistemológica e metodologicamente para se conseguir conectar inclusão, ciência, tecnologias, ensino e pesquisa com relações raciais; b) houve, na ação investigada, uma construção de práticas de CT&I a partir de estratégias contra-hegemônicas, ou seja, como processos construídos na luta, em grupos sociais oprimidos se apropriam de filosofias e práticas, como as leis, o direito internacional etc, ressignificando-os, reconfigurando-as, subvertendo-as e transformando-as em   ferramentas contra a dominação; c) houve importante resistência de parte da comunidade científica diante da criação de um instituto voltado para ciência, pesquisa e ensino, que vincularia sua identidade à questão  étnico-racial; d) as práticas identificadas não foram capazes de romper o silêncio quanto à construção de diálogos dos saberes afro-brasileiros com áreas das chamadas ciências duras; e) bem como não fizeram menções diretas aos impactos econômicos gerados na assimetria da geopolítica do conhecimento entre Norte e Sul Global.



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  • Esta dissertação analisou a questão racial no âmbito do Projeto Encontro de Saberes (2010-2013), construído a partir da atuação do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Inclusão do Ensino e na Pesquisa (INCTI). De modo específico, discutiu-se como se deu, no contexto dessa ação, o estabelecimento de diálogos epistemológicos entre conhecimento científico e os chamados conhecimentos tradicionais afro-brasileiros. A hipótese provisória era de que as práticas de ciência e tecnologia, no contexto investigado, foram atravessadas pelo racismo estrutural que tem entre suas expressões o racismo epistêmico, materializado pelo apagamento, invisibilidade e silenciamento de saberes não eurocentrados. As referências centrais desta pesquisa estão alinhadas às perspectivas epistemológicas que tomam como referência o chamado Sul Global. Para tanto, consideramos as contribuições de autores como Santos (2000, 2008), além da perspectiva dos estudos decoloniais a partir de Grosfoguel (2008, 2011). Do ponto de vista dos instrumentos metodológicos, esta pesquisa teve uma abordagem qualitativa e foi realizada por meio de levantamento bibliográfico e documental. Na pesquisa bibliográfica, realizada por meio de buscas de teses, dissertações, artigos científicos etc, procurou-se analisar como foi abordada a relação entre ciência e tecnologia e questão racial no contexto definido. O levantamento documental foi realizado em materiais disponibilizados no site do Ministério da Ciência e Tecnologia, do Conselho Nacional Científico e Tecnológico – CNPq  e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Inclusão no Ensino e na Pesquisa (INCTI) e teve como objetivo verificar como os materiais analisados contemplam a interação entre ciência e cultura, estimulando diálogos epistemológicos entre os conhecimentos ditos “científicos” e os chamados conhecimentos tradicionais afro-brasileiros. Como resultado, esta pesquisa constatou, entre outros aspectos, que: a) a constituição de um instituto, como o INCTI, voltado para ciência e tecnologia foi importante política, epistemológica e metodologicamente para se conseguir conectar inclusão, ciência, tecnologias, ensino e pesquisa com relações raciais; b) houve, na ação investigada, uma construção de práticas de CT&I a partir de estratégias contra-hegemônicas, ou seja, como processos construídos na luta, em grupos sociais oprimidos se apropriam de filosofias e práticas, como as leis, o direito internacional etc, ressignificando-os, reconfigurando-as, subvertendo-as e transformando-as em   ferramentas contra a dominação; c) houve importante resistência de parte da comunidade científica diante da criação de um instituto voltado para ciência, pesquisa e ensino, que vincularia sua identidade à questão  étnico-racial; d) as práticas identificadas não foram capazes de romper o silêncio quanto à construção de diálogos dos saberes afro-brasileiros com áreas das chamadas ciências duras; e) bem como não fizeram menções diretas aos impactos econômicos gerados na assimetria da geopolítica do conhecimento entre Norte e Sul Global.


2020
Dissertações
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  • SARA APARECIDA DE PAULA
  • Deslocamentos Populacionais sob a Perspectiva da Demografia Ambiental no Antropoceno

  • Orientador : LEONARDO FREIRE DE MELLO
  • Data: 22/04/2020

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  • O planeta Terra está passando por um processo profundo de transformação, seja em escala como em intensidade. A magnitude é tão ampla, que autores sugerem que o planeta teria deixado a era geológica do Holoceno para uma nova era, o Antropoceno. Este trabalho não traz uma discussão geológica sobre o planeta, mas sim uma caracterização social do Antropoceno, ou seja, um conceito que simboliza as mudanças ambientais em escala global e impulsionadas pelas atividades do sistema humano. O sistema humano é composto por processos como a urbanização, a industrialização, a produção de energia através de combustíveis fósseis, agricultura de larga escala; e atividades como essas impulsionam grandes mudanças na sociedade. O Antropoceno sugere que o modo de vida humano é capaz de transformar as dinâmicas biogeoquímicas do planeta em uma escala nunca antes vista; por outro lado, essas transformações também provocam consequências no sistema humano, sob o formato dos desequilíbrios climáticos (inundações, secas, furacões, tempestades), por exemplo. Uma questão bastante proeminente é a desigualdade, porque apesar das mudanças ocorrerem em todos os lugares (diferindo em frequência e intensidade), o impacto delas não ocorrem de maneira homogênea; pelo contrário, afetam mais certos grupos específicos, como aqueles mais vulneráveis, tanto em conceito físico, como econômico e social. Não obstante, um dos principais desafios contemporâneos diz respeito ao deslocamento forçado de pessoas em decorrência dessas mudanças e desequilíbrios da dinâmica do planeta, fazendo que o número de deslocados ambientais seja praticamente três vezes maior do que o de deslocados por conflitos e violência. Assim, este trabalho se constroi de duas formas: uma teórica e outra mais empírica. Na primeira parte, o objetivo é fazer uma construção teórica do Antropoceno e da Demografia Ambiental a fim de caracterizar os deslocamentos, ou seja, entender os grupos mais vulneráveis, por que a mobilidade tem sido a dinâmica central na contemporaneidade e como os processos político-econômicos da sociedade humana interferem nessas dinâmicas. A terceira parte, que é empírica, foi construída através de uma sistematização de dados sobres os deslocados ambientais em espaço interno, isto é, dentro da fronteira territorial do espaço nacional, a partir dessas formulações iniciais, foram trazidos alguns exemplos como o da Síria, Bangladesh, Somália e Nigéria, a fim de compreender como teoria e empiria se completam e auxiliam no entendimento da questão proposta nesta dissertação.


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  • O planeta Terra está passando por um processo profundo de transformação, seja em escala como em intensidade. A magnitude é tão ampla, que autores sugerem que o planeta teria deixado a era geológica do Holoceno para uma nova era, o Antropoceno. Este trabalho não traz uma discussão geológica sobre o planeta, mas sim uma caracterização social do Antropoceno, ou seja, um conceito que simboliza as mudanças ambientais em escala global e impulsionadas pelas atividades do sistema humano. O sistema humano é composto por processos como a urbanização, a industrialização, a produção de energia através de combustíveis fósseis, agricultura de larga escala; e atividades como essas impulsionam grandes mudanças na sociedade. O Antropoceno sugere que o modo de vida humano é capaz de transformar as dinâmicas biogeoquímicas do planeta em uma escala nunca antes vista; por outro lado, essas transformações também provocam consequências no sistema humano, sob o formato dos desequilíbrios climáticos (inundações, secas, furacões, tempestades), por exemplo. Uma questão bastante proeminente é a desigualdade, porque apesar das mudanças ocorrerem em todos os lugares (diferindo em frequência e intensidade), o impacto delas não ocorrem de maneira homogênea; pelo contrário, afetam mais certos grupos específicos, como aqueles mais vulneráveis, tanto em conceito físico, como econômico e social. Não obstante, um dos principais desafios contemporâneos diz respeito ao deslocamento forçado de pessoas em decorrência dessas mudanças e desequilíbrios da dinâmica do planeta, fazendo que o número de deslocados ambientais seja praticamente três vezes maior do que o de deslocados por conflitos e violência. Assim, este trabalho se constroi de duas formas: uma teórica e outra mais empírica. Na primeira parte, o objetivo é fazer uma construção teórica do Antropoceno e da Demografia Ambiental a fim de caracterizar os deslocamentos, ou seja, entender os grupos mais vulneráveis, por que a mobilidade tem sido a dinâmica central na contemporaneidade e como os processos político-econômicos da sociedade humana interferem nessas dinâmicas. A terceira parte, que é empírica, foi construída através de uma sistematização de dados sobres os deslocados ambientais em espaço interno, isto é, dentro da fronteira territorial do espaço nacional, a partir dessas formulações iniciais, foram trazidos alguns exemplos como o da Síria, Bangladesh, Somália e Nigéria, a fim de compreender como teoria e empiria se completam e auxiliam no entendimento da questão proposta nesta dissertação.

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  • GUILHERME AFONSO GOMES DOS SANTOS
  • China: socialismo de mercado, desenvolvimento nacional e sua inserção internacional

  • Orientador : VALTER VENTURA DA ROCHA POMAR
  • Data: 26/06/2020

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  • Este estudo de mestrado propõe-se a avaliar o processohistórico de crescimento e desenvolvimento socioeconômico da China, desde a Revolução de 1949, passando pelas Reformas de 1978/1979 empreendidas até o contexto da inserção do país no sistema internacional atualO recorte cronológico estará centrado no contexto do pós II Guerra Mundial até a atualidade. O impulso de desenvolvimento econômico, de caráter socialista e autônomo e da construção do moderno Estado Chinês, no contexto internacional da Guerra Fria e pós-Revolução Chinesa, durante o período compreendido entre as décadas de 1950 e fins da década de 1970 e as reformas e aberturas aos capitais internacionais e à inserção da China mais massivamente no sistema internacional, hegemonizado pelo modo de produção capitalista, após as reformas estabelecidas no início dos anos 1980são variáveis-chave para o entendimento do conceito de socialismo de mercado” adotado pela burocracia e oficialidade estatal chinesa até os dias atuais. Uma avaliação das políticas econômicas adotadas pelo Estado chinês e do desempenho econômico e social desta nação obtidos no período, além de se debater o caráter e a complexidade do modo de produção que a China adota é fundamental para que se busque entender esse país, que pelas suas dimensões populacionais, territoriais e econômicas e por sua liderança na produção industrial global, é tão relevante para os diversos campos de estudo da Economia Política Mundial.


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  • Este estudo de mestrado propõe-se a avaliar o processohistórico de crescimento e desenvolvimento socioeconômico da China, desde a Revolução de 1949, passando pelas Reformas de 1978/1979 empreendidas até o contexto da inserção do país no sistema internacional atualO recorte cronológico estará centrado no contexto do pós II Guerra Mundial até a atualidade. O impulso de desenvolvimento econômico, de caráter socialista e autônomo e da construção do moderno Estado Chinês, no contexto internacional da Guerra Fria e pós-Revolução Chinesa, durante o período compreendido entre as décadas de 1950 e fins da década de 1970 e as reformas e aberturas aos capitais internacionais e à inserção da China mais massivamente no sistema internacional, hegemonizado pelo modo de produção capitalista, após as reformas estabelecidas no início dos anos 1980são variáveis-chave para o entendimento do conceito de socialismo de mercado” adotado pela burocracia e oficialidade estatal chinesa até os dias atuais. Uma avaliação das políticas econômicas adotadas pelo Estado chinês e do desempenho econômico e social desta nação obtidos no período, além de se debater o caráter e a complexidade do modo de produção que a China adota é fundamental para que se busque entender esse país, que pelas suas dimensões populacionais, territoriais e econômicas e por sua liderança na produção industrial global, é tão relevante para os diversos campos de estudo da Economia Política Mundial.

3
  • JOÃO PAULO SILVA DE OLIVEIRA
  • Teoria e prática do protecionismo: uma análise das medidas adotadas no período 1990-2019 na cadeia do setor automotivo brasileiro

  • Orientador : VALTER VENTURA DA ROCHA POMAR
  • Data: 15/07/2020

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  • Essa dissertação tem como objetivos sistematizar as medidas protecionistas que o Brasil adotou
    em favor da cadeia do setor automotivo, de 1990 até 2019; definir quais foram os efeitos destas
    medidas sobre o setor e; verificar se os resultados práticos do protecionismo convergem com
    os esperados pelas teorias que o defendem. Para isso, iniciamos revisando as definições
    presentes na teoria econômica acerca do protecionismo. Em seguida, descrevemos as medidas
    protetivas que o país utilizou em favor da cadeia do setor automotivo, desde 1990 até 2019,
    sistematizando os argumentos/justificativas utilizados para embasar a utilização de políticas de
    natureza protecionistas. Também foram indicados os impactos destas medidas protetivas na
    cadeia automotiva brasileira. A hipótese inicial deste trabalho era a de que, mesmo tendo sido
    beneficiada por medidas protetivas, apesar e simultaneamente à abertura comercial, a cadeia
    automotiva brasileira não aumentou a sua competitividade a ponto de perder a dependência de
    medidas de apoio governamental. A recorrente utilização de subsídios e proteção à cadeia do
    setor automotivo, em especial às montadoras, contribuiu para a verificação da hipótese inicial;
    sendo que a proteção ao setor automotivo, durante o período estudado, pode ser considerada
    uma proteção seletiva, principalmente pelo poder de lobby das montadoras. Conclui-se que o
    protecionismo aplicado não trouxe os resultados esperados para a cadeia automotiva brasileira,
    principalmente por dois motivos. O primeiro é pela forma em que essa proteção se deu: muitas
    vezes sem contrapartidas e em períodos de crise, sem uma visão estratégica de longo-prazo. O
    segundo, que é tão importante quanto o primeiro, é que, de forma paradoxal, parte das empresas
    protegidas do setor automotivo, no limite, fazem parte do sujeito contra a qual a proteção é
    necessária, uma vez que o setor automotivo é caracterizado pela dominância de companhias
    multinacionais.


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  • Essa dissertação tem como objetivos sistematizar as medidas protecionistas que o Brasil adotou
    em favor da cadeia do setor automotivo, de 1990 até 2019; definir quais foram os efeitos destas
    medidas sobre o setor e; verificar se os resultados práticos do protecionismo convergem com
    os esperados pelas teorias que o defendem. Para isso, iniciamos revisando as definições
    presentes na teoria econômica acerca do protecionismo. Em seguida, descrevemos as medidas
    protetivas que o país utilizou em favor da cadeia do setor automotivo, desde 1990 até 2019,
    sistematizando os argumentos/justificativas utilizados para embasar a utilização de políticas de
    natureza protecionistas. Também foram indicados os impactos destas medidas protetivas na
    cadeia automotiva brasileira. A hipótese inicial deste trabalho era a de que, mesmo tendo sido
    beneficiada por medidas protetivas, apesar e simultaneamente à abertura comercial, a cadeia
    automotiva brasileira não aumentou a sua competitividade a ponto de perder a dependência de
    medidas de apoio governamental. A recorrente utilização de subsídios e proteção à cadeia do
    setor automotivo, em especial às montadoras, contribuiu para a verificação da hipótese inicial;
    sendo que a proteção ao setor automotivo, durante o período estudado, pode ser considerada
    uma proteção seletiva, principalmente pelo poder de lobby das montadoras. Conclui-se que o
    protecionismo aplicado não trouxe os resultados esperados para a cadeia automotiva brasileira,
    principalmente por dois motivos. O primeiro é pela forma em que essa proteção se deu: muitas
    vezes sem contrapartidas e em períodos de crise, sem uma visão estratégica de longo-prazo. O
    segundo, que é tão importante quanto o primeiro, é que, de forma paradoxal, parte das empresas
    protegidas do setor automotivo, no limite, fazem parte do sujeito contra a qual a proteção é
    necessária, uma vez que o setor automotivo é caracterizado pela dominância de companhias
    multinacionais.

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  • LUCCAS BERNACCHIO GISSONI
  • Modos de produção na história do Brasil: uma contribuição a partir da teoria marxista do direito

  • Orientador : DEMETRIO GASPARI CIRNE DE TOLEDO
  • Data: 17/08/2020

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  • RESUMO: Este trabalho visa contribuir com o debate acerca dos modos de produção na história do Brasil, no seio do qual três teses têm sido formadas: aquelas dos modos de produção feudal, capitalista e escravista colonial. A partir de uma escola marxista da teoria jurídica, espera-se que a cristalização do direito como forma de regulação social acompanha historicamente o surgimento do capitalismo. Deste modo, buscaram-se, nas fontes arquivísticas, evidências do surgimento da forma jurídica, o que pode ser considerado um indício, num ou noutro momento histórico, do surgimento do capitalismo. Como a tese escravista colonial prevê uma revolução burguesa brasileira durante o ciclo abolicionista do século XIX, e a tese capitalista uma durante o ciclo desenvolvimentista do século XX, ao passo que a tese capitalista não prevê rupturas revolucionárias revolucionárias, pode-se contribuir com o debate descrito utilizando-se do momento em que a forma jurídica começa a aparecer nas fontes.


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  • RESUMO: Este trabalho visa contribuir com o debate acerca dos modos de produção na história do Brasil, no seio do qual três teses têm sido formadas: aquelas dos modos de produção feudal, capitalista e escravista colonial. A partir de uma escola marxista da teoria jurídica, espera-se que a cristalização do direito como forma de regulação social acompanha historicamente o surgimento do capitalismo. Deste modo, buscaram-se, nas fontes arquivísticas, evidências do surgimento da forma jurídica, o que pode ser considerado um indício, num ou noutro momento histórico, do surgimento do capitalismo. Como a tese escravista colonial prevê uma revolução burguesa brasileira durante o ciclo abolicionista do século XIX, e a tese capitalista uma durante o ciclo desenvolvimentista do século XX, ao passo que a tese capitalista não prevê rupturas revolucionárias revolucionárias, pode-se contribuir com o debate descrito utilizando-se do momento em que a forma jurídica começa a aparecer nas fontes.

5
  • FERNANDO MARTINS USTARIZ
  •  

    A EXPLORAÇÃO DE LÍTIO NA BOLÍVIA: ESTRATÉGIA E DESAFIOS NO GOVERNO EVO MORALES (2006-2019)

  • Orientador : GIORGIO ROMANO SCHUTTE
  • Data: 24/08/2020

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  • Este trabalho disserta sobre o processo de exploração de lítio em curso na Bolívia durante o período Evo Morales (2006-2019). O lítio se caracteriza por ser um metal altamente valorizado, cuja principal atribuição está na produção de baterias de alto desempenho, como para veículos elétricos. Portanto, sua utilização é importante para o desenvolvimento tecnológico de fronteira e para o desenvolvimento de uma economia de baixo carbono. A Bolívia se situa dentre os maiores detentores mundiais de reservas do metal e pretende seguir adiante com um projeto, prioritariamente estatal, para industrialização dos recursos.

    Assim, a dissertação tem como objetivo analisar a política de exploração do lítio empreendida pelo governo boliviano, que procura estabelecer no país a produção baterias elétricas com alto valor agregado. O projeto, cabe pontuar, é realizado conjuntamente entre Estado e iniciativa privada estrangeira, sobre o controle o controle estatal. Para tanto, nos valemos das contribuições teóricas situadas no campo desenvolvimentista e dos recursos naturais como estratégia para o desenvolvimento.

    Levamos em consideração, também, que o país passou por diversos ciclos de exploração de recursos naturais sem nunca conseguir levar a cabo políticas de desenvolvimento efetivas, sendo o gás natural a experiência mais recente. O histórico de malsucedido de políticas com relação aos recursos naturais por esse país, e as dificuldades técnicas do empreendimento, podem colocar em risco a efetivação deste projeto. Entretanto, argumentamos que o nacionalismo dos recursos naturais, bem como a política de inserção soberana com as empresas internacionais do setor podem levar ao sucesso de empreitada.

     


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  • Este trabalho disserta sobre o processo de exploração de lítio em curso na Bolívia durante o período Evo Morales (2006-2019). O lítio se caracteriza por ser um metal altamente valorizado, cuja principal atribuição está na produção de baterias de alto desempenho, como para veículos elétricos. Portanto, sua utilização é importante para o desenvolvimento tecnológico de fronteira e para o desenvolvimento de uma economia de baixo carbono. A Bolívia se situa dentre os maiores detentores mundiais de reservas do metal e pretende seguir adiante com um projeto, prioritariamente estatal, para industrialização dos recursos.

    Assim, a dissertação tem como objetivo analisar a política de exploração do lítio empreendida pelo governo boliviano, que procura estabelecer no país a produção baterias elétricas com alto valor agregado. O projeto, cabe pontuar, é realizado conjuntamente entre Estado e iniciativa privada estrangeira, sobre o controle o controle estatal. Para tanto, nos valemos das contribuições teóricas situadas no campo desenvolvimentista e dos recursos naturais como estratégia para o desenvolvimento.

    Levamos em consideração, também, que o país passou por diversos ciclos de exploração de recursos naturais sem nunca conseguir levar a cabo políticas de desenvolvimento efetivas, sendo o gás natural a experiência mais recente. O histórico de malsucedido de políticas com relação aos recursos naturais por esse país, e as dificuldades técnicas do empreendimento, podem colocar em risco a efetivação deste projeto. Entretanto, argumentamos que o nacionalismo dos recursos naturais, bem como a política de inserção soberana com as empresas internacionais do setor podem levar ao sucesso de empreitada.

     

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  • FELIPE TREVISAN JÜRGENSEN
  • Cadeias Globais de Valor e Complexidade no setor de Dados e Telecomunicação na China

  • Orientador : LEONARDO FREIRE DE MELLO
  • Data: 28/08/2020

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  • A presente dissertação busca transcorrer sobre o conjunto de fatores que que propiciaram desenvolvimento econômico e  principalmente tecnológico na China. Toma como foco o setor de dados e telecomunicações da China, em específico versa sobre a tecnologia 5G. Para tal, a dissertação busca transcorrer o caminho de desenvolvimento a partir de duas teorias correlatas a das Cadeias Globais de Valor e da Complexidade Econômica. O intuito é mensurar a extensão da indústria de dados e telecomunicações chinesa e entender como se tornou protagonista em um mercado altamente competitivo e tecnológico em um período curto de tempo. Para tal, além da metodologia de ambas teorias, utiliza-se de uma análise histórica pontual ressaltando feitos que possam ter contribuído no nascimento e desenvolvimento desse ramo da indústria, logo o período abordado se localiza após a entrada do Partido Comunista Chinês (PCC) no poder (1949), contemplando às reformas econômicas e sociais de Mao Tsé-Tung, as quais proveram suporte fundamental para atuação pragmática e moderna de Deng Xiaoping e suas políticas econômicas comumente classificada como “abertura comercial”. Adicionalmente esse trabalho propõe para além da análise setorial, contrapor  teses de que o desenvolvimento econômico e aprimoramento tecnológico complexo teriam origem da adequação comercial em variantes modernas de modelos Ricardianos e/ou da guinada da China a uma proxy do modo de produção capitalista ocidental, como é postulado teóricos ocidentais neoclássicos.


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  • A presente dissertação busca transcorrer sobre o conjunto de fatores que que propiciaram desenvolvimento econômico e  principalmente tecnológico na China. Toma como foco o setor de dados e telecomunicações da China, em específico versa sobre a tecnologia 5G. Para tal, a dissertação busca transcorrer o caminho de desenvolvimento a partir de duas teorias correlatas a das Cadeias Globais de Valor e da Complexidade Econômica. O intuito é mensurar a extensão da indústria de dados e telecomunicações chinesa e entender como se tornou protagonista em um mercado altamente competitivo e tecnológico em um período curto de tempo. Para tal, além da metodologia de ambas teorias, utiliza-se de uma análise histórica pontual ressaltando feitos que possam ter contribuído no nascimento e desenvolvimento desse ramo da indústria, logo o período abordado se localiza após a entrada do Partido Comunista Chinês (PCC) no poder (1949), contemplando às reformas econômicas e sociais de Mao Tsé-Tung, as quais proveram suporte fundamental para atuação pragmática e moderna de Deng Xiaoping e suas políticas econômicas comumente classificada como “abertura comercial”. Adicionalmente esse trabalho propõe para além da análise setorial, contrapor  teses de que o desenvolvimento econômico e aprimoramento tecnológico complexo teriam origem da adequação comercial em variantes modernas de modelos Ricardianos e/ou da guinada da China a uma proxy do modo de produção capitalista ocidental, como é postulado teóricos ocidentais neoclássicos.

7
  • JÚLIO CAMBANCO
  • Ajuste estrutural e a segurança alimentar e nutricional: o caso da Guiné-Bissau

  • Orientador : PARIS YEROS
  • Data: 31/08/2020

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  • A década de 1980 serve do período em que muitos países em África implementaram o Programa de Ajuste Estrutural (PAE), desenhado e conduzido pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Mundial (BM). Esses ajustes estruturais visavam a integração das economias dos países em desenvolvimento na globalização neoliberal. Essa pesquisa tem como objetivo evidenciar as transformações decorrentes do PAE no setor agrícola da Guiné-Bissau, com destaque à expansão do cultivo de castanha de caju, seu principal produto de exportação no mercado internacional como commodity, e às consequências para a segurança alimentar. Esta pesquisa foi orientada pela hipótese que a implementação de políticas neoliberais, conduziu a sérias instabilidades, inseguranças e limites para as políticas sociais, especificamente da Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) para a Guiné-Bissau. A análise conduzida mostrou que após a implementação do PAE na Guiné-Bissau, permitiu abertura do mercado, desregulamentação demasiado rápido do papel do Estado na economia, e expansão da produção da castanha de caju. A dependência econômica da exportação da castanha de caju expõe o principal meio de subsistência, associado para impulsionar a resiliência da economia, assim como da Segurança Alimentar e Nutricional. O estudo fornece informações sobre a prática de ajustes estruturais, destacando o papel da reestruturação da economia, conduzidas pelas instituições de Bretton Woods, e a situação da segurança alimentar e nutricional no país, assim como a contribuição das mulheres e jovens no setor agrícola. 


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  • A década de 1980 serve do período em que muitos países em África implementaram o Programa de Ajuste Estrutural (PAE), desenhado e conduzido pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Mundial (BM). Esses ajustes estruturais visavam a integração das economias dos países em desenvolvimento na globalização neoliberal. Essa pesquisa tem como objetivo evidenciar as transformações decorrentes do PAE no setor agrícola da Guiné-Bissau, com destaque à expansão do cultivo de castanha de caju, seu principal produto de exportação no mercado internacional como commodity, e às consequências para a segurança alimentar. Esta pesquisa foi orientada pela hipótese que a implementação de políticas neoliberais, conduziu a sérias instabilidades, inseguranças e limites para as políticas sociais, especificamente da Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) para a Guiné-Bissau. A análise conduzida mostrou que após a implementação do PAE na Guiné-Bissau, permitiu abertura do mercado, desregulamentação demasiado rápido do papel do Estado na economia, e expansão da produção da castanha de caju. A dependência econômica da exportação da castanha de caju expõe o principal meio de subsistência, associado para impulsionar a resiliência da economia, assim como da Segurança Alimentar e Nutricional. O estudo fornece informações sobre a prática de ajustes estruturais, destacando o papel da reestruturação da economia, conduzidas pelas instituições de Bretton Woods, e a situação da segurança alimentar e nutricional no país, assim como a contribuição das mulheres e jovens no setor agrícola. 

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  • DIMALICE GONÇALVES NUNES
  • Escalada da precariedade: os efeitos das transformações do trabalho na subjetividade das mulheres jornalistas na cidade de São Paulo

  • Orientador : MARIA CARAMEZ CARLOTTO
  • Data: 02/09/2020

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  • Esta pesquisa analisa como as transformações globais da mídia chegaram ao Brasil e de que maneira elas afetam o mundo do trabalho dos jornalistas, especialmente das mulheres trabalhadoras desta área com mais de 40 anos. Pretende-se averiguar como as transformações do “negócio” jornalismo contribuem para um novo formato do mundo do trabalho do jornalista no Brasil. O crescimento da mídia digital - que por atrair receitas publicitárias mais tímidas é menos rentável que a tradicional - em detrimento da impressa e a concentração do setor de comunicação são pontos essenciais para tal investigação. Cinco famílias controlam metade dos 50 veículos com maior audiência no Brasil, numa estrutura patriarcal que se reflete no mercado de trabalho da área. Sabe-se que as mulheres são maioria nesta categoria profissional e, embora mais escolarizadas, são submetidas a posições mais precárias e a uma saída mais precoce do mercado. Porém, faltam estudos sobre quem são essas mulheres e quais as alternativas profissionais e de renda elas encontram a partir do momento em que deixam de exercer o jornalismo. Sobretudo, faltam pesquisas que investiguem a subjetividade das mulheres diante desses processos, pois se coloca relevante captar como elas, inseridas nas transformações estruturais e afetadas de maneira particular, compreendem tais mudanças. Também são objetivos desta pesquisa compreender quando e como se dá a informalidade e a saída do mercado de trabalho quando olhamos especificamente para mulheres jornalistas com mais de 40; identificar se essa saída do mercado de trabalho foi compulsória ou voluntária; investigar quais as alternativas que essas mulheres buscam para manter ou obter renda; e compreender como a expulsão precoce do mercado de trabalho atinge a identidade social dessas mulheres.


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  • Esta pesquisa analisa como as transformações globais da mídia chegaram ao Brasil e de que maneira elas afetam o mundo do trabalho dos jornalistas, especialmente das mulheres trabalhadoras desta área com mais de 40 anos. Pretende-se averiguar como as transformações do “negócio” jornalismo contribuem para um novo formato do mundo do trabalho do jornalista no Brasil. O crescimento da mídia digital - que por atrair receitas publicitárias mais tímidas é menos rentável que a tradicional - em detrimento da impressa e a concentração do setor de comunicação são pontos essenciais para tal investigação. Cinco famílias controlam metade dos 50 veículos com maior audiência no Brasil, numa estrutura patriarcal que se reflete no mercado de trabalho da área. Sabe-se que as mulheres são maioria nesta categoria profissional e, embora mais escolarizadas, são submetidas a posições mais precárias e a uma saída mais precoce do mercado. Porém, faltam estudos sobre quem são essas mulheres e quais as alternativas profissionais e de renda elas encontram a partir do momento em que deixam de exercer o jornalismo. Sobretudo, faltam pesquisas que investiguem a subjetividade das mulheres diante desses processos, pois se coloca relevante captar como elas, inseridas nas transformações estruturais e afetadas de maneira particular, compreendem tais mudanças. Também são objetivos desta pesquisa compreender quando e como se dá a informalidade e a saída do mercado de trabalho quando olhamos especificamente para mulheres jornalistas com mais de 40; identificar se essa saída do mercado de trabalho foi compulsória ou voluntária; investigar quais as alternativas que essas mulheres buscam para manter ou obter renda; e compreender como a expulsão precoce do mercado de trabalho atinge a identidade social dessas mulheres.

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  • ALEXANDRE BECKER
  • O acordo TRIPS e a conta de propriedade intelectual na Balança de Pagamentos: uma análise extensiva dos países que integram o acordo

  • Orientador : JOSE PAULO GUEDES PINTO
  • Data: 02/10/2020

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  • A sociedade pós industrial surgida após a terceira revolução industrial alterou as relações de produção e a divisão internacional do trabalho. A produção de capital conhecimento ganhou importância que veio acompanhada da necessidade de um sistema legal internacional que capaz de fazer frente a essa mudança. A expressão mais enfática dessa mudança é o acordo TRIPS, que implementou parâmetros mínimos de proteção à propriedade intelectual e incluiu mecanismos de enforcement novos. Esse estudo busca compreender qual o impacto desse acordo nas econmias nacionais através da mensuração das variações geradas por ele na balança internacional de pagamentos.


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  • A sociedade pós industrial surgida após a terceira revolução industrial alterou as relações de produção e a divisão internacional do trabalho. A produção de capital conhecimento ganhou importância que veio acompanhada da necessidade de um sistema legal internacional que capaz de fazer frente a essa mudança. A expressão mais enfática dessa mudança é o acordo TRIPS, que implementou parâmetros mínimos de proteção à propriedade intelectual e incluiu mecanismos de enforcement novos. Esse estudo busca compreender qual o impacto desse acordo nas econmias nacionais através da mensuração das variações geradas por ele na balança internacional de pagamentos.

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  • GABRIELA MENDES CHAVES
  • Trabalho reprodutivo, reservas de trabalho e a gestão da miséria no capitalismo contemporâneo: um estudo sobre os Programas de Transferência de Renda Condicionada

  • Orientador : PARIS YEROS
  • Data: 30/10/2020

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  • A inclusão econômica de mulheres é um grande desafio no século XXI. O presente trabalho tem por objetivo discutir a questão das reservas de trabalho no capitalismo contemporâneo, tendo a questão da divisão sexual do trabalho reprodutivo no centro da discussão. Para tanto, pretende-se investigar a incidência dos Programas de Transferência Condicional de Renda na reprodução das reservas de trabalho, tendo raça e gênero como pilares analíticos.


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  • A inclusão econômica de mulheres é um grande desafio no século XXI. O presente trabalho tem por objetivo discutir a questão das reservas de trabalho no capitalismo contemporâneo, tendo a questão da divisão sexual do trabalho reprodutivo no centro da discussão. Para tanto, pretende-se investigar a incidência dos Programas de Transferência Condicional de Renda na reprodução das reservas de trabalho, tendo raça e gênero como pilares analíticos.

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  • MONISE DOS SANTOS MARTINS
  • A CENTRAL ÚNICA DOS TRABALHADORES E A POLÍTICA EXTERNA NOS GOVERNOS LULA: A POSIÇÃO FRENTE À INTERNACIONALIZAÇÃO DAS EMPRESAS BRASILEIRAS

  • Orientador : TATIANA BERRINGER DE ASSUMPCAO
  • Data: 03/11/2020

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  • Este trabalho analisou o papel do sindicalismo face ao processo de internacionalização
    das empresas brasileiras durante os governos Lula (2003-2010). Ao considerar o
    movimento sindical como ator nas relações internacionais, buscaremos entender o
    posicionamento da Central Única dos Trabalhadores (CUT), reconhecidamente a central
    sindical mais expressiva nacionalmente, em relação a este cenário. Neste período
    verificou-se uma expansão do investimento externo direto brasileiro no exterior (IEDB),
    consequência de uma plataforma política neodesenvolvimentista adotada pelos governos
    Lula. Dado que a política de internacionalização de empresas foi em grande parte
    pautada por demandas da fração hegemônica dentro do bloco no poder, pela grande
    burguesia interna, nos perguntamos como o movimento sindical brasileiro, representado
    neste espaço pela CUT, se posicionou em relação a isso. Teria apoiado esta política em
    nome do crescimento do PIB e do fortalecimento da integração ou a via como uma
    ameaça aos empregos nacionais? O entendimento foi de que houve apoio por parte da
    CUT ao considerar essa política positiva à criação de empregos também no interior da
    própria formação social brasileira. Ademais, foram notadas preocupações sobre as
    condições de trabalho geradas em territórios vizinhos, as quais indicam o elemento de
    solidariedade de classe do sindicalismo diante da internacionalização produtiva de uma
    formação social periférica.


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  • Este trabalho analisou o papel do sindicalismo face ao processo de internacionalização
    das empresas brasileiras durante os governos Lula (2003-2010). Ao considerar o
    movimento sindical como ator nas relações internacionais, buscaremos entender o
    posicionamento da Central Única dos Trabalhadores (CUT), reconhecidamente a central
    sindical mais expressiva nacionalmente, em relação a este cenário. Neste período
    verificou-se uma expansão do investimento externo direto brasileiro no exterior (IEDB),
    consequência de uma plataforma política neodesenvolvimentista adotada pelos governos
    Lula. Dado que a política de internacionalização de empresas foi em grande parte
    pautada por demandas da fração hegemônica dentro do bloco no poder, pela grande
    burguesia interna, nos perguntamos como o movimento sindical brasileiro, representado
    neste espaço pela CUT, se posicionou em relação a isso. Teria apoiado esta política em
    nome do crescimento do PIB e do fortalecimento da integração ou a via como uma
    ameaça aos empregos nacionais? O entendimento foi de que houve apoio por parte da
    CUT ao considerar essa política positiva à criação de empregos também no interior da
    própria formação social brasileira. Ademais, foram notadas preocupações sobre as
    condições de trabalho geradas em territórios vizinhos, as quais indicam o elemento de
    solidariedade de classe do sindicalismo diante da internacionalização produtiva de uma
    formação social periférica.

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  • RENATA DOS SANTOS BRAGA
  •  “Eu sou Atlântica”: Articulação Transnacional Afro-Latino-Americana (1988-2018)

     

  • Orientador : MURYATAN SANTANA BARBOSA
  • Data: 09/11/2020

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  •  

    Na presente dissertação desenvolvo a análise da configuração e reconfiguração do ativismo transnacional afro-latino-americano, em três tempos: nos anos 1990, no processo preparatório à Conferência de Durban (2001) e no quadro da institucionalização das políticas de igualdade racial na América Latina, nos anos 2000. Para tal, busco destacar os principais atores da sociedade civil em cada um desses períodos, suas articulações entre si e as estratégias para o estabelecimento de diálogo com seus estados nacionais, bem como as principais conquistas políticas de cada período. Meu ponto de partida são as experiências de três redes: a Rede De Mulheres Afro-Latino-Americanas, Afro-Caribenhas e da Diáspora (RMAAD), Alianza Estratégica Latino América e Caribe e da Rede de Altas Autoridades para Políticas Afrodescendentes (RIAFRO). Observar a articulação transnacional afro-latino americana, nestes três períodos, e a partir destas redes, possibilitou-me captar importantes perspectivas sobre o papel da transnacionalização de movimentos sociais na institucionalização de políticas, na formação de agendas políticas e de identidades compartilhadas na região. Foram múltiplos os métodos empregados no presente trabalho, quais sejam: pesquisa documental, análise de iconografia e entrevistas semiestruturadas. Juntos, tais métodos permitiram observação multidimensional dos aspectos acima enunciados.


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  •  

    Na presente dissertação desenvolvo a análise da configuração e reconfiguração do ativismo transnacional afro-latino-americano, em três tempos: nos anos 1990, no processo preparatório à Conferência de Durban (2001) e no quadro da institucionalização das políticas de igualdade racial na América Latina, nos anos 2000. Para tal, busco destacar os principais atores da sociedade civil em cada um desses períodos, suas articulações entre si e as estratégias para o estabelecimento de diálogo com seus estados nacionais, bem como as principais conquistas políticas de cada período. Meu ponto de partida são as experiências de três redes: a Rede De Mulheres Afro-Latino-Americanas, Afro-Caribenhas e da Diáspora (RMAAD), Alianza Estratégica Latino América e Caribe e da Rede de Altas Autoridades para Políticas Afrodescendentes (RIAFRO). Observar a articulação transnacional afro-latino americana, nestes três períodos, e a partir destas redes, possibilitou-me captar importantes perspectivas sobre o papel da transnacionalização de movimentos sociais na institucionalização de políticas, na formação de agendas políticas e de identidades compartilhadas na região. Foram múltiplos os métodos empregados no presente trabalho, quais sejam: pesquisa documental, análise de iconografia e entrevistas semiestruturadas. Juntos, tais métodos permitiram observação multidimensional dos aspectos acima enunciados.

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  • PAULA HELOISA DA SILVA RIBEIRO
  • META THINK TANKS DA CHINA E DOS ESTADOS UNIDOS: o poder através das ideias e a economia política das políticas públicas

  • Orientador : MARIA CARAMEZ CARLOTTO
  • Data: 30/11/2020

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  • Os países integrantes do grupo BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) promovem antes das Cúpulas anuais dos governos nos países sede, reuniões e estudos em um Conselho de Think Tanks com o intuito de trocar informações entre os países, promover cooperação em pesquisa sobre problemas dos países de economia emergente e criar estudos que possam fundamentar as decisões do grupo. A presente pesquisa analisa os think tanks (TT) integrantes desse conselho com o questionamento sobre como os países integrantes do BRICS constituíram os TT participantes do Conselho de TT do BRICS. Para tanto, será realizado um estudo de caso com a hipótese de que os integrantes dos BRICS possuem estratégias para se contrapor à hierarquia norte-sul de saberes de Estado. O objetivo principal é conhecer o histórico de criação desses TT participantes do Conselho de TT do BRICS e os dois objetivos secundários são identificar o padrão de circulação internacional de saberes de Estado nos TT do Conselho de TT do BRICS e distinguir as estratégias adotadas por cada país para a constituição dos TT que os representam no Conselho de TT do BRICS. O texto de qualificação contém a introdução com a explicação da metodologia adotada e um primeiro capítulo sobre os TT chineses.


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  • Os países integrantes do grupo BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) promovem antes das Cúpulas anuais dos governos nos países sede, reuniões e estudos em um Conselho de Think Tanks com o intuito de trocar informações entre os países, promover cooperação em pesquisa sobre problemas dos países de economia emergente e criar estudos que possam fundamentar as decisões do grupo. A presente pesquisa analisa os think tanks (TT) integrantes desse conselho com o questionamento sobre como os países integrantes do BRICS constituíram os TT participantes do Conselho de TT do BRICS. Para tanto, será realizado um estudo de caso com a hipótese de que os integrantes dos BRICS possuem estratégias para se contrapor à hierarquia norte-sul de saberes de Estado. O objetivo principal é conhecer o histórico de criação desses TT participantes do Conselho de TT do BRICS e os dois objetivos secundários são identificar o padrão de circulação internacional de saberes de Estado nos TT do Conselho de TT do BRICS e distinguir as estratégias adotadas por cada país para a constituição dos TT que os representam no Conselho de TT do BRICS. O texto de qualificação contém a introdução com a explicação da metodologia adotada e um primeiro capítulo sobre os TT chineses.

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  • DARIO RODRIGUES DA SILVA
  • Desindustrialização no Brasil, 1980-2018: uma interpretação complementar

  • Orientador : LEDA MARIA PAULANI
  • Data: 01/12/2020

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  • A presente dissertação interpreta as transformações ocorridas na indústria brasileira entre os anos de 1980 e 2018 a partir de uma abordagem sistêmica que recorre às dimensões histórica, econômica, política e social que caracterizam a Economia Política crítica como campo das Ciências Sociais. O estudo desse processo, conhecido como desindustrialização, foi elaborado por meio da consulta de dados de fontes secundárias e pela revisão bibliográfica de autores que se dedicaram à análise da economia brasileira desse período. O início dos anos 1980 marcou uma ruptura no padrão de desenvolvimento econômico do país. Interrompeu-se o aprofundamento da industrialização que havia sido, no período anterior, o motor do crescimento econômico nacional. Rompeu-se assim com um movimento da economia brasileira que havia experimentado, entre 1947 e 1980, a maior média anual de elevação do produto interno, em todo o mundo. Nossa interpretação sustenta que a experiência brasileira de industrialização foi fruto de condições históricas locais, mas igualmente do movimento sistêmico mundial do capitalismo, comandado e configurado, na forma do regime fordista de acumulação, a partir dos países centrais do sistema. Em consequência, entendemos que a desindustrialização observada nos últimos 40 anos tem de ser vista como resultado também desse mesmo movimento sistêmico, mas agora configurado como um regime de acumulação com dominância financeira, em conjunto com a condição periférica do país. As transformações do capitalismo foram aqui analisadas por meio da revisão bibliográfica de partes da obra do economista francês François Chesnais, em sua releitura das teorias de Marx sobre dinheiro, crédito e juros, e também pela revisão da contribuição de outros autores do mesmo campo. Em nossa interpretação, articulamos três concepções teóricas da Economia Política crítica atual: i) a financeirização do capitalismo contemporâneo; ii) a subjacente crise de sobreacumulação de capital; e iii) o regime atual de baixo crescimento que decorre de i) e ii) e é comandado pelos oligopólios globais. Buscamos assim oferecer uma interpretação complementar que contribua para a compreensão do fenômeno e para sua caracterização como um processo de desindustrialização de tipo precoce e negativa, tendendo à reprimarização produtiva. Novas questões e propostas de pesquisa para este tema são também propostas.


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  • A presente dissertação interpreta as transformações ocorridas na indústria brasileira entre os anos de 1980 e 2018 a partir de uma abordagem sistêmica que recorre às dimensões histórica, econômica, política e social que caracterizam a Economia Política crítica como campo das Ciências Sociais. O estudo desse processo, conhecido como desindustrialização, foi elaborado por meio da consulta de dados de fontes secundárias e pela revisão bibliográfica de autores que se dedicaram à análise da economia brasileira desse período. O início dos anos 1980 marcou uma ruptura no padrão de desenvolvimento econômico do país. Interrompeu-se o aprofundamento da industrialização que havia sido, no período anterior, o motor do crescimento econômico nacional. Rompeu-se assim com um movimento da economia brasileira que havia experimentado, entre 1947 e 1980, a maior média anual de elevação do produto interno, em todo o mundo. Nossa interpretação sustenta que a experiência brasileira de industrialização foi fruto de condições históricas locais, mas igualmente do movimento sistêmico mundial do capitalismo, comandado e configurado, na forma do regime fordista de acumulação, a partir dos países centrais do sistema. Em consequência, entendemos que a desindustrialização observada nos últimos 40 anos tem de ser vista como resultado também desse mesmo movimento sistêmico, mas agora configurado como um regime de acumulação com dominância financeira, em conjunto com a condição periférica do país. As transformações do capitalismo foram aqui analisadas por meio da revisão bibliográfica de partes da obra do economista francês François Chesnais, em sua releitura das teorias de Marx sobre dinheiro, crédito e juros, e também pela revisão da contribuição de outros autores do mesmo campo. Em nossa interpretação, articulamos três concepções teóricas da Economia Política crítica atual: i) a financeirização do capitalismo contemporâneo; ii) a subjacente crise de sobreacumulação de capital; e iii) o regime atual de baixo crescimento que decorre de i) e ii) e é comandado pelos oligopólios globais. Buscamos assim oferecer uma interpretação complementar que contribua para a compreensão do fenômeno e para sua caracterização como um processo de desindustrialização de tipo precoce e negativa, tendendo à reprimarização produtiva. Novas questões e propostas de pesquisa para este tema são também propostas.

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  • FABIO MENESES SANTOS
  • Análise da inserção da indústria têxtil brasileira nas cadeias globais de valor: um estudo do processo de falling behind da indústria têxtil nacional nas décadas de 1990 e 2000.

  • Orientador : VALERIA LOPES RIBEIRO
  • Data: 03/12/2020

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  • Este trabalho faz uma análise da indústria têxtil brasileira no período de 1990 a 2020 e sua participação nas cadeias globais de valor. O trabalho pretende analisar a estrutura da cadeia global do setor têxtil e de confecção, o processo de formação da indústria brasileira e elucidar as razões da pouca integração do setor ao mercado têxtil global, não obstante os volumes de produção e consumo do mercado interno brasileiro colocarem a indústria têxtil nacional entre as dez primeiras posições no ranking do setor têxtil mundial. O objetivo do estudo é avaliar da competitividade do setor têxtil brasileiro para sua inserção nas cadeias globais de valor, a partir da investigação do processo de desenvolvimento econômico brasileiro sob a ótica estruturalista e os impactos das políticas públicas setoriais e regionais na capacitação ou limitação da competitividade do setor. A metodologia para a pesquisa é uma avaliação qualitativa das cadeias globais do setor têxtil e das políticas industriais nacionais e uma análise quantitativa para mensuração dos resultados dos volumes de produção e exportação do setor têxtil no período avaliado. A conclusão pretende apresentar as causas principais do processo de falling behind da indústria têxtil brasileira, apontando as causas conjunturais e estruturais para a pouca inserção do setor no mercado global.


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  • Este trabalho faz uma análise da indústria têxtil brasileira no período de 1990 a 2020 e sua participação nas cadeias globais de valor. O trabalho pretende analisar a estrutura da cadeia global do setor têxtil e de confecção, o processo de formação da indústria brasileira e elucidar as razões da pouca integração do setor ao mercado têxtil global, não obstante os volumes de produção e consumo do mercado interno brasileiro colocarem a indústria têxtil nacional entre as dez primeiras posições no ranking do setor têxtil mundial. O objetivo do estudo é avaliar da competitividade do setor têxtil brasileiro para sua inserção nas cadeias globais de valor, a partir da investigação do processo de desenvolvimento econômico brasileiro sob a ótica estruturalista e os impactos das políticas públicas setoriais e regionais na capacitação ou limitação da competitividade do setor. A metodologia para a pesquisa é uma avaliação qualitativa das cadeias globais do setor têxtil e das políticas industriais nacionais e uma análise quantitativa para mensuração dos resultados dos volumes de produção e exportação do setor têxtil no período avaliado. A conclusão pretende apresentar as causas principais do processo de falling behind da indústria têxtil brasileira, apontando as causas conjunturais e estruturais para a pouca inserção do setor no mercado global.

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  • GISELE YAMAUCHI
  • MULTINACIONAIS, RESPONSABILIDADE SOCIAL E ACORDOS MARCO GLOBAIS: avanços e contradições da experiência brasileira

  • Orientador : GIORGIO ROMANO SCHUTTE
  • Data: 03/12/2020

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  •  

    O objetivo geral da pesquisa é investigar os avanços e os limites dos Acordos Marco Globais como instrumento regulatório das relações de trabalho nas multinacionais e em suas respectivas cadeias produtivas no Brasil no período entre 1990 e 2018. 


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  •  

    O objetivo geral da pesquisa é investigar os avanços e os limites dos Acordos Marco Globais como instrumento regulatório das relações de trabalho nas multinacionais e em suas respectivas cadeias produtivas no Brasil no período entre 1990 e 2018. 

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