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Dissertações |
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SARA APARECIDA DE PAULA
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Deslocamentos Populacionais sob a Perspectiva da Demografia Ambiental no Antropoceno
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Orientador : LEONARDO FREIRE DE MELLO
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Data: 22/04/2020
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O planeta Terra está passando por um processo profundo de transformação, seja em escala como em intensidade. A magnitude é tão ampla, que autores sugerem que o planeta teria deixado a era geológica do Holoceno para uma nova era, o Antropoceno. Este trabalho não traz uma discussão geológica sobre o planeta, mas sim uma caracterização social do Antropoceno, ou seja, um conceito que simboliza as mudanças ambientais em escala global e impulsionadas pelas atividades do sistema humano. O sistema humano é composto por processos como a urbanização, a industrialização, a produção de energia através de combustíveis fósseis, agricultura de larga escala; e atividades como essas impulsionam grandes mudanças na sociedade. O Antropoceno sugere que o modo de vida humano é capaz de transformar as dinâmicas biogeoquímicas do planeta em uma escala nunca antes vista; por outro lado, essas transformações também provocam consequências no sistema humano, sob o formato dos desequilíbrios climáticos (inundações, secas, furacões, tempestades), por exemplo. Uma questão bastante proeminente é a desigualdade, porque apesar das mudanças ocorrerem em todos os lugares (diferindo em frequência e intensidade), o impacto delas não ocorrem de maneira homogênea; pelo contrário, afetam mais certos grupos específicos, como aqueles mais vulneráveis, tanto em conceito físico, como econômico e social. Não obstante, um dos principais desafios contemporâneos diz respeito ao deslocamento forçado de pessoas em decorrência dessas mudanças e desequilíbrios da dinâmica do planeta, fazendo que o número de deslocados ambientais seja praticamente três vezes maior do que o de deslocados por conflitos e violência. Assim, este trabalho se constroi de duas formas: uma teórica e outra mais empírica. Na primeira parte, o objetivo é fazer uma construção teórica do Antropoceno e da Demografia Ambiental a fim de caracterizar os deslocamentos, ou seja, entender os grupos mais vulneráveis, por que a mobilidade tem sido a dinâmica central na contemporaneidade e como os processos político-econômicos da sociedade humana interferem nessas dinâmicas. A terceira parte, que é empírica, foi construída através de uma sistematização de dados sobres os deslocados ambientais em espaço interno, isto é, dentro da fronteira territorial do espaço nacional, a partir dessas formulações iniciais, foram trazidos alguns exemplos como o da Síria, Bangladesh, Somália e Nigéria, a fim de compreender como teoria e empiria se completam e auxiliam no entendimento da questão proposta nesta dissertação.
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O planeta Terra está passando por um processo profundo de transformação, seja em escala como em intensidade. A magnitude é tão ampla, que autores sugerem que o planeta teria deixado a era geológica do Holoceno para uma nova era, o Antropoceno. Este trabalho não traz uma discussão geológica sobre o planeta, mas sim uma caracterização social do Antropoceno, ou seja, um conceito que simboliza as mudanças ambientais em escala global e impulsionadas pelas atividades do sistema humano. O sistema humano é composto por processos como a urbanização, a industrialização, a produção de energia através de combustíveis fósseis, agricultura de larga escala; e atividades como essas impulsionam grandes mudanças na sociedade. O Antropoceno sugere que o modo de vida humano é capaz de transformar as dinâmicas biogeoquímicas do planeta em uma escala nunca antes vista; por outro lado, essas transformações também provocam consequências no sistema humano, sob o formato dos desequilíbrios climáticos (inundações, secas, furacões, tempestades), por exemplo. Uma questão bastante proeminente é a desigualdade, porque apesar das mudanças ocorrerem em todos os lugares (diferindo em frequência e intensidade), o impacto delas não ocorrem de maneira homogênea; pelo contrário, afetam mais certos grupos específicos, como aqueles mais vulneráveis, tanto em conceito físico, como econômico e social. Não obstante, um dos principais desafios contemporâneos diz respeito ao deslocamento forçado de pessoas em decorrência dessas mudanças e desequilíbrios da dinâmica do planeta, fazendo que o número de deslocados ambientais seja praticamente três vezes maior do que o de deslocados por conflitos e violência. Assim, este trabalho se constroi de duas formas: uma teórica e outra mais empírica. Na primeira parte, o objetivo é fazer uma construção teórica do Antropoceno e da Demografia Ambiental a fim de caracterizar os deslocamentos, ou seja, entender os grupos mais vulneráveis, por que a mobilidade tem sido a dinâmica central na contemporaneidade e como os processos político-econômicos da sociedade humana interferem nessas dinâmicas. A terceira parte, que é empírica, foi construída através de uma sistematização de dados sobres os deslocados ambientais em espaço interno, isto é, dentro da fronteira territorial do espaço nacional, a partir dessas formulações iniciais, foram trazidos alguns exemplos como o da Síria, Bangladesh, Somália e Nigéria, a fim de compreender como teoria e empiria se completam e auxiliam no entendimento da questão proposta nesta dissertação.
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GUILHERME AFONSO GOMES DOS SANTOS
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China: socialismo de mercado, desenvolvimento nacional e sua inserção internacional
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Orientador : VALTER VENTURA DA ROCHA POMAR
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Data: 26/06/2020
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Este estudo de mestrado propõe-se a avaliar o processohistórico de crescimento e desenvolvimento socioeconômico da China, desde a Revolução de 1949, passando pelas Reformas de 1978/1979 empreendidas até o contexto da inserção do país no sistema internacional atual. O recorte cronológico estará centrado no contexto do pós II Guerra Mundial até a atualidade. O impulso de desenvolvimento econômico, de caráter socialista e autônomo e da construção do moderno Estado Chinês, no contexto internacional da Guerra Fria e pós-Revolução Chinesa, durante o período compreendido entre as décadas de 1950 e fins da década de 1970 e as reformas e aberturas aos capitais internacionais e à inserção da China mais massivamente no sistema internacional, hegemonizado pelo modo de produção capitalista, após as reformas estabelecidas no início dos anos 1980, são variáveis-chave para o entendimento do conceito de “socialismo de mercado” adotado pela burocracia e oficialidade estatal chinesa até os dias atuais. Uma avaliação das políticas econômicas adotadas pelo Estado chinês e do desempenho econômico e social desta nação obtidos no período, além de se debater o caráter e a complexidade do modo de produção que a China adota é fundamental para que se busque entender esse país, que pelas suas dimensões populacionais, territoriais e econômicas e por sua liderança na produção industrial global, é tão relevante para os diversos campos de estudo da Economia Política Mundial.
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Este estudo de mestrado propõe-se a avaliar o processohistórico de crescimento e desenvolvimento socioeconômico da China, desde a Revolução de 1949, passando pelas Reformas de 1978/1979 empreendidas até o contexto da inserção do país no sistema internacional atual. O recorte cronológico estará centrado no contexto do pós II Guerra Mundial até a atualidade. O impulso de desenvolvimento econômico, de caráter socialista e autônomo e da construção do moderno Estado Chinês, no contexto internacional da Guerra Fria e pós-Revolução Chinesa, durante o período compreendido entre as décadas de 1950 e fins da década de 1970 e as reformas e aberturas aos capitais internacionais e à inserção da China mais massivamente no sistema internacional, hegemonizado pelo modo de produção capitalista, após as reformas estabelecidas no início dos anos 1980, são variáveis-chave para o entendimento do conceito de “socialismo de mercado” adotado pela burocracia e oficialidade estatal chinesa até os dias atuais. Uma avaliação das políticas econômicas adotadas pelo Estado chinês e do desempenho econômico e social desta nação obtidos no período, além de se debater o caráter e a complexidade do modo de produção que a China adota é fundamental para que se busque entender esse país, que pelas suas dimensões populacionais, territoriais e econômicas e por sua liderança na produção industrial global, é tão relevante para os diversos campos de estudo da Economia Política Mundial.
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JOÃO PAULO SILVA DE OLIVEIRA
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Teoria e prática do protecionismo: uma análise das medidas adotadas no período 1990-2019 na cadeia do setor automotivo brasileiro
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Orientador : VALTER VENTURA DA ROCHA POMAR
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Data: 15/07/2020
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Essa dissertação tem como objetivos sistematizar as medidas protecionistas que o Brasil adotou em favor da cadeia do setor automotivo, de 1990 até 2019; definir quais foram os efeitos destas medidas sobre o setor e; verificar se os resultados práticos do protecionismo convergem com os esperados pelas teorias que o defendem. Para isso, iniciamos revisando as definições presentes na teoria econômica acerca do protecionismo. Em seguida, descrevemos as medidas protetivas que o país utilizou em favor da cadeia do setor automotivo, desde 1990 até 2019, sistematizando os argumentos/justificativas utilizados para embasar a utilização de políticas de natureza protecionistas. Também foram indicados os impactos destas medidas protetivas na cadeia automotiva brasileira. A hipótese inicial deste trabalho era a de que, mesmo tendo sido beneficiada por medidas protetivas, apesar e simultaneamente à abertura comercial, a cadeia automotiva brasileira não aumentou a sua competitividade a ponto de perder a dependência de medidas de apoio governamental. A recorrente utilização de subsídios e proteção à cadeia do setor automotivo, em especial às montadoras, contribuiu para a verificação da hipótese inicial; sendo que a proteção ao setor automotivo, durante o período estudado, pode ser considerada uma proteção seletiva, principalmente pelo poder de lobby das montadoras. Conclui-se que o protecionismo aplicado não trouxe os resultados esperados para a cadeia automotiva brasileira, principalmente por dois motivos. O primeiro é pela forma em que essa proteção se deu: muitas vezes sem contrapartidas e em períodos de crise, sem uma visão estratégica de longo-prazo. O segundo, que é tão importante quanto o primeiro, é que, de forma paradoxal, parte das empresas protegidas do setor automotivo, no limite, fazem parte do sujeito contra a qual a proteção é necessária, uma vez que o setor automotivo é caracterizado pela dominância de companhias multinacionais.
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Essa dissertação tem como objetivos sistematizar as medidas protecionistas que o Brasil adotou em favor da cadeia do setor automotivo, de 1990 até 2019; definir quais foram os efeitos destas medidas sobre o setor e; verificar se os resultados práticos do protecionismo convergem com os esperados pelas teorias que o defendem. Para isso, iniciamos revisando as definições presentes na teoria econômica acerca do protecionismo. Em seguida, descrevemos as medidas protetivas que o país utilizou em favor da cadeia do setor automotivo, desde 1990 até 2019, sistematizando os argumentos/justificativas utilizados para embasar a utilização de políticas de natureza protecionistas. Também foram indicados os impactos destas medidas protetivas na cadeia automotiva brasileira. A hipótese inicial deste trabalho era a de que, mesmo tendo sido beneficiada por medidas protetivas, apesar e simultaneamente à abertura comercial, a cadeia automotiva brasileira não aumentou a sua competitividade a ponto de perder a dependência de medidas de apoio governamental. A recorrente utilização de subsídios e proteção à cadeia do setor automotivo, em especial às montadoras, contribuiu para a verificação da hipótese inicial; sendo que a proteção ao setor automotivo, durante o período estudado, pode ser considerada uma proteção seletiva, principalmente pelo poder de lobby das montadoras. Conclui-se que o protecionismo aplicado não trouxe os resultados esperados para a cadeia automotiva brasileira, principalmente por dois motivos. O primeiro é pela forma em que essa proteção se deu: muitas vezes sem contrapartidas e em períodos de crise, sem uma visão estratégica de longo-prazo. O segundo, que é tão importante quanto o primeiro, é que, de forma paradoxal, parte das empresas protegidas do setor automotivo, no limite, fazem parte do sujeito contra a qual a proteção é necessária, uma vez que o setor automotivo é caracterizado pela dominância de companhias multinacionais.
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LUCCAS BERNACCHIO GISSONI
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Modos de produção na história do Brasil: uma contribuição a partir da teoria marxista do direito
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Orientador : DEMETRIO GASPARI CIRNE DE TOLEDO
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Data: 17/08/2020
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RESUMO: Este trabalho visa contribuir com o debate acerca dos modos de produção na história do Brasil, no seio do qual três teses têm sido formadas: aquelas dos modos de produção feudal, capitalista e escravista colonial. A partir de uma escola marxista da teoria jurídica, espera-se que a cristalização do direito como forma de regulação social acompanha historicamente o surgimento do capitalismo. Deste modo, buscaram-se, nas fontes arquivísticas, evidências do surgimento da forma jurídica, o que pode ser considerado um indício, num ou noutro momento histórico, do surgimento do capitalismo. Como a tese escravista colonial prevê uma revolução burguesa brasileira durante o ciclo abolicionista do século XIX, e a tese capitalista uma durante o ciclo desenvolvimentista do século XX, ao passo que a tese capitalista não prevê rupturas revolucionárias revolucionárias, pode-se contribuir com o debate descrito utilizando-se do momento em que a forma jurídica começa a aparecer nas fontes.
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RESUMO: Este trabalho visa contribuir com o debate acerca dos modos de produção na história do Brasil, no seio do qual três teses têm sido formadas: aquelas dos modos de produção feudal, capitalista e escravista colonial. A partir de uma escola marxista da teoria jurídica, espera-se que a cristalização do direito como forma de regulação social acompanha historicamente o surgimento do capitalismo. Deste modo, buscaram-se, nas fontes arquivísticas, evidências do surgimento da forma jurídica, o que pode ser considerado um indício, num ou noutro momento histórico, do surgimento do capitalismo. Como a tese escravista colonial prevê uma revolução burguesa brasileira durante o ciclo abolicionista do século XIX, e a tese capitalista uma durante o ciclo desenvolvimentista do século XX, ao passo que a tese capitalista não prevê rupturas revolucionárias revolucionárias, pode-se contribuir com o debate descrito utilizando-se do momento em que a forma jurídica começa a aparecer nas fontes.
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FERNANDO MARTINS USTARIZ
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A EXPLORAÇÃO DE LÍTIO NA BOLÍVIA: ESTRATÉGIA E DESAFIOS NO GOVERNO EVO MORALES (2006-2019)
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Orientador : GIORGIO ROMANO SCHUTTE
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Data: 24/08/2020
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Este trabalho disserta sobre o processo de exploração de lítio em curso na Bolívia durante o período Evo Morales (2006-2019). O lítio se caracteriza por ser um metal altamente valorizado, cuja principal atribuição está na produção de baterias de alto desempenho, como para veículos elétricos. Portanto, sua utilização é importante para o desenvolvimento tecnológico de fronteira e para o desenvolvimento de uma economia de baixo carbono. A Bolívia se situa dentre os maiores detentores mundiais de reservas do metal e pretende seguir adiante com um projeto, prioritariamente estatal, para industrialização dos recursos.
Assim, a dissertação tem como objetivo analisar a política de exploração do lítio empreendida pelo governo boliviano, que procura estabelecer no país a produção baterias elétricas com alto valor agregado. O projeto, cabe pontuar, é realizado conjuntamente entre Estado e iniciativa privada estrangeira, sobre o controle o controle estatal. Para tanto, nos valemos das contribuições teóricas situadas no campo desenvolvimentista e dos recursos naturais como estratégia para o desenvolvimento.
Levamos em consideração, também, que o país passou por diversos ciclos de exploração de recursos naturais sem nunca conseguir levar a cabo políticas de desenvolvimento efetivas, sendo o gás natural a experiência mais recente. O histórico de malsucedido de políticas com relação aos recursos naturais por esse país, e as dificuldades técnicas do empreendimento, podem colocar em risco a efetivação deste projeto. Entretanto, argumentamos que o nacionalismo dos recursos naturais, bem como a política de inserção soberana com as empresas internacionais do setor podem levar ao sucesso de empreitada.
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Este trabalho disserta sobre o processo de exploração de lítio em curso na Bolívia durante o período Evo Morales (2006-2019). O lítio se caracteriza por ser um metal altamente valorizado, cuja principal atribuição está na produção de baterias de alto desempenho, como para veículos elétricos. Portanto, sua utilização é importante para o desenvolvimento tecnológico de fronteira e para o desenvolvimento de uma economia de baixo carbono. A Bolívia se situa dentre os maiores detentores mundiais de reservas do metal e pretende seguir adiante com um projeto, prioritariamente estatal, para industrialização dos recursos.
Assim, a dissertação tem como objetivo analisar a política de exploração do lítio empreendida pelo governo boliviano, que procura estabelecer no país a produção baterias elétricas com alto valor agregado. O projeto, cabe pontuar, é realizado conjuntamente entre Estado e iniciativa privada estrangeira, sobre o controle o controle estatal. Para tanto, nos valemos das contribuições teóricas situadas no campo desenvolvimentista e dos recursos naturais como estratégia para o desenvolvimento.
Levamos em consideração, também, que o país passou por diversos ciclos de exploração de recursos naturais sem nunca conseguir levar a cabo políticas de desenvolvimento efetivas, sendo o gás natural a experiência mais recente. O histórico de malsucedido de políticas com relação aos recursos naturais por esse país, e as dificuldades técnicas do empreendimento, podem colocar em risco a efetivação deste projeto. Entretanto, argumentamos que o nacionalismo dos recursos naturais, bem como a política de inserção soberana com as empresas internacionais do setor podem levar ao sucesso de empreitada.
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FELIPE TREVISAN JÜRGENSEN
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Cadeias Globais de Valor e Complexidade no setor de Dados e Telecomunicação na China
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Orientador : LEONARDO FREIRE DE MELLO
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Data: 28/08/2020
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A presente dissertação busca transcorrer sobre o conjunto de fatores que que propiciaram desenvolvimento econômico e principalmente tecnológico na China. Toma como foco o setor de dados e telecomunicações da China, em específico versa sobre a tecnologia 5G. Para tal, a dissertação busca transcorrer o caminho de desenvolvimento a partir de duas teorias correlatas a das Cadeias Globais de Valor e da Complexidade Econômica. O intuito é mensurar a extensão da indústria de dados e telecomunicações chinesa e entender como se tornou protagonista em um mercado altamente competitivo e tecnológico em um período curto de tempo. Para tal, além da metodologia de ambas teorias, utiliza-se de uma análise histórica pontual ressaltando feitos que possam ter contribuído no nascimento e desenvolvimento desse ramo da indústria, logo o período abordado se localiza após a entrada do Partido Comunista Chinês (PCC) no poder (1949), contemplando às reformas econômicas e sociais de Mao Tsé-Tung, as quais proveram suporte fundamental para atuação pragmática e moderna de Deng Xiaoping e suas políticas econômicas comumente classificada como “abertura comercial”. Adicionalmente esse trabalho propõe para além da análise setorial, contrapor teses de que o desenvolvimento econômico e aprimoramento tecnológico complexo teriam origem da adequação comercial em variantes modernas de modelos Ricardianos e/ou da guinada da China a uma proxy do modo de produção capitalista ocidental, como é postulado teóricos ocidentais neoclássicos.
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A presente dissertação busca transcorrer sobre o conjunto de fatores que que propiciaram desenvolvimento econômico e principalmente tecnológico na China. Toma como foco o setor de dados e telecomunicações da China, em específico versa sobre a tecnologia 5G. Para tal, a dissertação busca transcorrer o caminho de desenvolvimento a partir de duas teorias correlatas a das Cadeias Globais de Valor e da Complexidade Econômica. O intuito é mensurar a extensão da indústria de dados e telecomunicações chinesa e entender como se tornou protagonista em um mercado altamente competitivo e tecnológico em um período curto de tempo. Para tal, além da metodologia de ambas teorias, utiliza-se de uma análise histórica pontual ressaltando feitos que possam ter contribuído no nascimento e desenvolvimento desse ramo da indústria, logo o período abordado se localiza após a entrada do Partido Comunista Chinês (PCC) no poder (1949), contemplando às reformas econômicas e sociais de Mao Tsé-Tung, as quais proveram suporte fundamental para atuação pragmática e moderna de Deng Xiaoping e suas políticas econômicas comumente classificada como “abertura comercial”. Adicionalmente esse trabalho propõe para além da análise setorial, contrapor teses de que o desenvolvimento econômico e aprimoramento tecnológico complexo teriam origem da adequação comercial em variantes modernas de modelos Ricardianos e/ou da guinada da China a uma proxy do modo de produção capitalista ocidental, como é postulado teóricos ocidentais neoclássicos.
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JÚLIO CAMBANCO
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Ajuste estrutural e a segurança alimentar e nutricional: o caso da Guiné-Bissau
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Orientador : PARIS YEROS
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Data: 31/08/2020
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A década de 1980 serve do período em que muitos países em África implementaram o Programa de Ajuste Estrutural (PAE), desenhado e conduzido pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Mundial (BM). Esses ajustes estruturais visavam a integração das economias dos países em desenvolvimento na globalização neoliberal. Essa pesquisa tem como objetivo evidenciar as transformações decorrentes do PAE no setor agrícola da Guiné-Bissau, com destaque à expansão do cultivo de castanha de caju, seu principal produto de exportação no mercado internacional como commodity, e às consequências para a segurança alimentar. Esta pesquisa foi orientada pela hipótese que a implementação de políticas neoliberais, conduziu a sérias instabilidades, inseguranças e limites para as políticas sociais, especificamente da Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) para a Guiné-Bissau. A análise conduzida mostrou que após a implementação do PAE na Guiné-Bissau, permitiu abertura do mercado, desregulamentação demasiado rápido do papel do Estado na economia, e expansão da produção da castanha de caju. A dependência econômica da exportação da castanha de caju expõe o principal meio de subsistência, associado para impulsionar a resiliência da economia, assim como da Segurança Alimentar e Nutricional. O estudo fornece informações sobre a prática de ajustes estruturais, destacando o papel da reestruturação da economia, conduzidas pelas instituições de Bretton Woods, e a situação da segurança alimentar e nutricional no país, assim como a contribuição das mulheres e jovens no setor agrícola.
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A década de 1980 serve do período em que muitos países em África implementaram o Programa de Ajuste Estrutural (PAE), desenhado e conduzido pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Mundial (BM). Esses ajustes estruturais visavam a integração das economias dos países em desenvolvimento na globalização neoliberal. Essa pesquisa tem como objetivo evidenciar as transformações decorrentes do PAE no setor agrícola da Guiné-Bissau, com destaque à expansão do cultivo de castanha de caju, seu principal produto de exportação no mercado internacional como commodity, e às consequências para a segurança alimentar. Esta pesquisa foi orientada pela hipótese que a implementação de políticas neoliberais, conduziu a sérias instabilidades, inseguranças e limites para as políticas sociais, especificamente da Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) para a Guiné-Bissau. A análise conduzida mostrou que após a implementação do PAE na Guiné-Bissau, permitiu abertura do mercado, desregulamentação demasiado rápido do papel do Estado na economia, e expansão da produção da castanha de caju. A dependência econômica da exportação da castanha de caju expõe o principal meio de subsistência, associado para impulsionar a resiliência da economia, assim como da Segurança Alimentar e Nutricional. O estudo fornece informações sobre a prática de ajustes estruturais, destacando o papel da reestruturação da economia, conduzidas pelas instituições de Bretton Woods, e a situação da segurança alimentar e nutricional no país, assim como a contribuição das mulheres e jovens no setor agrícola.
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DIMALICE GONÇALVES NUNES
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Escalada da precariedade: os efeitos das transformações do trabalho na subjetividade das mulheres jornalistas na cidade de São Paulo
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Orientador : MARIA CARAMEZ CARLOTTO
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Data: 02/09/2020
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Esta pesquisa analisa como as transformações globais da mídia chegaram ao Brasil e de que maneira elas afetam o mundo do trabalho dos jornalistas, especialmente das mulheres trabalhadoras desta área com mais de 40 anos. Pretende-se averiguar como as transformações do “negócio” jornalismo contribuem para um novo formato do mundo do trabalho do jornalista no Brasil. O crescimento da mídia digital - que por atrair receitas publicitárias mais tímidas é menos rentável que a tradicional - em detrimento da impressa e a concentração do setor de comunicação são pontos essenciais para tal investigação. Cinco famílias controlam metade dos 50 veículos com maior audiência no Brasil, numa estrutura patriarcal que se reflete no mercado de trabalho da área. Sabe-se que as mulheres são maioria nesta categoria profissional e, embora mais escolarizadas, são submetidas a posições mais precárias e a uma saída mais precoce do mercado. Porém, faltam estudos sobre quem são essas mulheres e quais as alternativas profissionais e de renda elas encontram a partir do momento em que deixam de exercer o jornalismo. Sobretudo, faltam pesquisas que investiguem a subjetividade das mulheres diante desses processos, pois se coloca relevante captar como elas, inseridas nas transformações estruturais e afetadas de maneira particular, compreendem tais mudanças. Também são objetivos desta pesquisa compreender quando e como se dá a informalidade e a saída do mercado de trabalho quando olhamos especificamente para mulheres jornalistas com mais de 40; identificar se essa saída do mercado de trabalho foi compulsória ou voluntária; investigar quais as alternativas que essas mulheres buscam para manter ou obter renda; e compreender como a expulsão precoce do mercado de trabalho atinge a identidade social dessas mulheres.
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Esta pesquisa analisa como as transformações globais da mídia chegaram ao Brasil e de que maneira elas afetam o mundo do trabalho dos jornalistas, especialmente das mulheres trabalhadoras desta área com mais de 40 anos. Pretende-se averiguar como as transformações do “negócio” jornalismo contribuem para um novo formato do mundo do trabalho do jornalista no Brasil. O crescimento da mídia digital - que por atrair receitas publicitárias mais tímidas é menos rentável que a tradicional - em detrimento da impressa e a concentração do setor de comunicação são pontos essenciais para tal investigação. Cinco famílias controlam metade dos 50 veículos com maior audiência no Brasil, numa estrutura patriarcal que se reflete no mercado de trabalho da área. Sabe-se que as mulheres são maioria nesta categoria profissional e, embora mais escolarizadas, são submetidas a posições mais precárias e a uma saída mais precoce do mercado. Porém, faltam estudos sobre quem são essas mulheres e quais as alternativas profissionais e de renda elas encontram a partir do momento em que deixam de exercer o jornalismo. Sobretudo, faltam pesquisas que investiguem a subjetividade das mulheres diante desses processos, pois se coloca relevante captar como elas, inseridas nas transformações estruturais e afetadas de maneira particular, compreendem tais mudanças. Também são objetivos desta pesquisa compreender quando e como se dá a informalidade e a saída do mercado de trabalho quando olhamos especificamente para mulheres jornalistas com mais de 40; identificar se essa saída do mercado de trabalho foi compulsória ou voluntária; investigar quais as alternativas que essas mulheres buscam para manter ou obter renda; e compreender como a expulsão precoce do mercado de trabalho atinge a identidade social dessas mulheres.
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ALEXANDRE BECKER
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O acordo TRIPS e a conta de propriedade intelectual na Balança de Pagamentos: uma análise extensiva dos países que integram o acordo
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Orientador : JOSE PAULO GUEDES PINTO
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Data: 02/10/2020
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A sociedade pós industrial surgida após a terceira revolução industrial alterou as relações de produção e a divisão internacional do trabalho. A produção de capital conhecimento ganhou importância que veio acompanhada da necessidade de um sistema legal internacional que capaz de fazer frente a essa mudança. A expressão mais enfática dessa mudança é o acordo TRIPS, que implementou parâmetros mínimos de proteção à propriedade intelectual e incluiu mecanismos de enforcement novos. Esse estudo busca compreender qual o impacto desse acordo nas econmias nacionais através da mensuração das variações geradas por ele na balança internacional de pagamentos.
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A sociedade pós industrial surgida após a terceira revolução industrial alterou as relações de produção e a divisão internacional do trabalho. A produção de capital conhecimento ganhou importância que veio acompanhada da necessidade de um sistema legal internacional que capaz de fazer frente a essa mudança. A expressão mais enfática dessa mudança é o acordo TRIPS, que implementou parâmetros mínimos de proteção à propriedade intelectual e incluiu mecanismos de enforcement novos. Esse estudo busca compreender qual o impacto desse acordo nas econmias nacionais através da mensuração das variações geradas por ele na balança internacional de pagamentos.
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GABRIELA MENDES CHAVES
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Trabalho reprodutivo, reservas de trabalho e a gestão da miséria no capitalismo contemporâneo: um estudo sobre os Programas de Transferência de Renda Condicionada
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Orientador : PARIS YEROS
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Data: 30/10/2020
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A inclusão econômica de mulheres é um grande desafio no século XXI. O presente trabalho tem por objetivo discutir a questão das reservas de trabalho no capitalismo contemporâneo, tendo a questão da divisão sexual do trabalho reprodutivo no centro da discussão. Para tanto, pretende-se investigar a incidência dos Programas de Transferência Condicional de Renda na reprodução das reservas de trabalho, tendo raça e gênero como pilares analíticos.
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A inclusão econômica de mulheres é um grande desafio no século XXI. O presente trabalho tem por objetivo discutir a questão das reservas de trabalho no capitalismo contemporâneo, tendo a questão da divisão sexual do trabalho reprodutivo no centro da discussão. Para tanto, pretende-se investigar a incidência dos Programas de Transferência Condicional de Renda na reprodução das reservas de trabalho, tendo raça e gênero como pilares analíticos.
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MONISE DOS SANTOS MARTINS
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A CENTRAL ÚNICA DOS TRABALHADORES E A POLÍTICA EXTERNA NOS GOVERNOS LULA: A POSIÇÃO FRENTE À INTERNACIONALIZAÇÃO DAS EMPRESAS BRASILEIRAS
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Orientador : TATIANA BERRINGER DE ASSUMPCAO
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Data: 03/11/2020
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Este trabalho analisou o papel do sindicalismo face ao processo de internacionalização das empresas brasileiras durante os governos Lula (2003-2010). Ao considerar o movimento sindical como ator nas relações internacionais, buscaremos entender o posicionamento da Central Única dos Trabalhadores (CUT), reconhecidamente a central sindical mais expressiva nacionalmente, em relação a este cenário. Neste período verificou-se uma expansão do investimento externo direto brasileiro no exterior (IEDB), consequência de uma plataforma política neodesenvolvimentista adotada pelos governos Lula. Dado que a política de internacionalização de empresas foi em grande parte pautada por demandas da fração hegemônica dentro do bloco no poder, pela grande burguesia interna, nos perguntamos como o movimento sindical brasileiro, representado neste espaço pela CUT, se posicionou em relação a isso. Teria apoiado esta política em nome do crescimento do PIB e do fortalecimento da integração ou a via como uma ameaça aos empregos nacionais? O entendimento foi de que houve apoio por parte da CUT ao considerar essa política positiva à criação de empregos também no interior da própria formação social brasileira. Ademais, foram notadas preocupações sobre as condições de trabalho geradas em territórios vizinhos, as quais indicam o elemento de solidariedade de classe do sindicalismo diante da internacionalização produtiva de uma formação social periférica.
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Este trabalho analisou o papel do sindicalismo face ao processo de internacionalização das empresas brasileiras durante os governos Lula (2003-2010). Ao considerar o movimento sindical como ator nas relações internacionais, buscaremos entender o posicionamento da Central Única dos Trabalhadores (CUT), reconhecidamente a central sindical mais expressiva nacionalmente, em relação a este cenário. Neste período verificou-se uma expansão do investimento externo direto brasileiro no exterior (IEDB), consequência de uma plataforma política neodesenvolvimentista adotada pelos governos Lula. Dado que a política de internacionalização de empresas foi em grande parte pautada por demandas da fração hegemônica dentro do bloco no poder, pela grande burguesia interna, nos perguntamos como o movimento sindical brasileiro, representado neste espaço pela CUT, se posicionou em relação a isso. Teria apoiado esta política em nome do crescimento do PIB e do fortalecimento da integração ou a via como uma ameaça aos empregos nacionais? O entendimento foi de que houve apoio por parte da CUT ao considerar essa política positiva à criação de empregos também no interior da própria formação social brasileira. Ademais, foram notadas preocupações sobre as condições de trabalho geradas em territórios vizinhos, as quais indicam o elemento de solidariedade de classe do sindicalismo diante da internacionalização produtiva de uma formação social periférica.
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RENATA DOS SANTOS BRAGA
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“Eu sou Atlântica”: Articulação Transnacional Afro-Latino-Americana (1988-2018)
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Orientador : MURYATAN SANTANA BARBOSA
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Data: 09/11/2020
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Na presente dissertação desenvolvo a análise da configuração e reconfiguração do ativismo transnacional afro-latino-americano, em três tempos: nos anos 1990, no processo preparatório à Conferência de Durban (2001) e no quadro da institucionalização das políticas de igualdade racial na América Latina, nos anos 2000. Para tal, busco destacar os principais atores da sociedade civil em cada um desses períodos, suas articulações entre si e as estratégias para o estabelecimento de diálogo com seus estados nacionais, bem como as principais conquistas políticas de cada período. Meu ponto de partida são as experiências de três redes: a Rede De Mulheres Afro-Latino-Americanas, Afro-Caribenhas e da Diáspora (RMAAD), Alianza Estratégica Latino América e Caribe e da Rede de Altas Autoridades para Políticas Afrodescendentes (RIAFRO). Observar a articulação transnacional afro-latino americana, nestes três períodos, e a partir destas redes, possibilitou-me captar importantes perspectivas sobre o papel da transnacionalização de movimentos sociais na institucionalização de políticas, na formação de agendas políticas e de identidades compartilhadas na região. Foram múltiplos os métodos empregados no presente trabalho, quais sejam: pesquisa documental, análise de iconografia e entrevistas semiestruturadas. Juntos, tais métodos permitiram observação multidimensional dos aspectos acima enunciados.
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Na presente dissertação desenvolvo a análise da configuração e reconfiguração do ativismo transnacional afro-latino-americano, em três tempos: nos anos 1990, no processo preparatório à Conferência de Durban (2001) e no quadro da institucionalização das políticas de igualdade racial na América Latina, nos anos 2000. Para tal, busco destacar os principais atores da sociedade civil em cada um desses períodos, suas articulações entre si e as estratégias para o estabelecimento de diálogo com seus estados nacionais, bem como as principais conquistas políticas de cada período. Meu ponto de partida são as experiências de três redes: a Rede De Mulheres Afro-Latino-Americanas, Afro-Caribenhas e da Diáspora (RMAAD), Alianza Estratégica Latino América e Caribe e da Rede de Altas Autoridades para Políticas Afrodescendentes (RIAFRO). Observar a articulação transnacional afro-latino americana, nestes três períodos, e a partir destas redes, possibilitou-me captar importantes perspectivas sobre o papel da transnacionalização de movimentos sociais na institucionalização de políticas, na formação de agendas políticas e de identidades compartilhadas na região. Foram múltiplos os métodos empregados no presente trabalho, quais sejam: pesquisa documental, análise de iconografia e entrevistas semiestruturadas. Juntos, tais métodos permitiram observação multidimensional dos aspectos acima enunciados.
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PAULA HELOISA DA SILVA RIBEIRO
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META THINK TANKS DA CHINA E DOS ESTADOS UNIDOS: o poder através das ideias e a economia política das políticas públicas
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Orientador : MARIA CARAMEZ CARLOTTO
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Data: 30/11/2020
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Os países integrantes do grupo BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) promovem antes das Cúpulas anuais dos governos nos países sede, reuniões e estudos em um Conselho de Think Tanks com o intuito de trocar informações entre os países, promover cooperação em pesquisa sobre problemas dos países de economia emergente e criar estudos que possam fundamentar as decisões do grupo. A presente pesquisa analisa os think tanks (TT) integrantes desse conselho com o questionamento sobre como os países integrantes do BRICS constituíram os TT participantes do Conselho de TT do BRICS. Para tanto, será realizado um estudo de caso com a hipótese de que os integrantes dos BRICS possuem estratégias para se contrapor à hierarquia norte-sul de saberes de Estado. O objetivo principal é conhecer o histórico de criação desses TT participantes do Conselho de TT do BRICS e os dois objetivos secundários são identificar o padrão de circulação internacional de saberes de Estado nos TT do Conselho de TT do BRICS e distinguir as estratégias adotadas por cada país para a constituição dos TT que os representam no Conselho de TT do BRICS. O texto de qualificação contém a introdução com a explicação da metodologia adotada e um primeiro capítulo sobre os TT chineses.
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Os países integrantes do grupo BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) promovem antes das Cúpulas anuais dos governos nos países sede, reuniões e estudos em um Conselho de Think Tanks com o intuito de trocar informações entre os países, promover cooperação em pesquisa sobre problemas dos países de economia emergente e criar estudos que possam fundamentar as decisões do grupo. A presente pesquisa analisa os think tanks (TT) integrantes desse conselho com o questionamento sobre como os países integrantes do BRICS constituíram os TT participantes do Conselho de TT do BRICS. Para tanto, será realizado um estudo de caso com a hipótese de que os integrantes dos BRICS possuem estratégias para se contrapor à hierarquia norte-sul de saberes de Estado. O objetivo principal é conhecer o histórico de criação desses TT participantes do Conselho de TT do BRICS e os dois objetivos secundários são identificar o padrão de circulação internacional de saberes de Estado nos TT do Conselho de TT do BRICS e distinguir as estratégias adotadas por cada país para a constituição dos TT que os representam no Conselho de TT do BRICS. O texto de qualificação contém a introdução com a explicação da metodologia adotada e um primeiro capítulo sobre os TT chineses.
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DARIO RODRIGUES DA SILVA
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Desindustrialização no Brasil, 1980-2018: uma interpretação complementar
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Orientador : LEDA MARIA PAULANI
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Data: 01/12/2020
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A presente dissertação interpreta as transformações ocorridas na indústria brasileira entre os anos de 1980 e 2018 a partir de uma abordagem sistêmica que recorre às dimensões histórica, econômica, política e social que caracterizam a Economia Política crítica como campo das Ciências Sociais. O estudo desse processo, conhecido como desindustrialização, foi elaborado por meio da consulta de dados de fontes secundárias e pela revisão bibliográfica de autores que se dedicaram à análise da economia brasileira desse período. O início dos anos 1980 marcou uma ruptura no padrão de desenvolvimento econômico do país. Interrompeu-se o aprofundamento da industrialização que havia sido, no período anterior, o motor do crescimento econômico nacional. Rompeu-se assim com um movimento da economia brasileira que havia experimentado, entre 1947 e 1980, a maior média anual de elevação do produto interno, em todo o mundo. Nossa interpretação sustenta que a experiência brasileira de industrialização foi fruto de condições históricas locais, mas igualmente do movimento sistêmico mundial do capitalismo, comandado e configurado, na forma do regime fordista de acumulação, a partir dos países centrais do sistema. Em consequência, entendemos que a desindustrialização observada nos últimos 40 anos tem de ser vista como resultado também desse mesmo movimento sistêmico, mas agora configurado como um regime de acumulação com dominância financeira, em conjunto com a condição periférica do país. As transformações do capitalismo foram aqui analisadas por meio da revisão bibliográfica de partes da obra do economista francês François Chesnais, em sua releitura das teorias de Marx sobre dinheiro, crédito e juros, e também pela revisão da contribuição de outros autores do mesmo campo. Em nossa interpretação, articulamos três concepções teóricas da Economia Política crítica atual: i) a financeirização do capitalismo contemporâneo; ii) a subjacente crise de sobreacumulação de capital; e iii) o regime atual de baixo crescimento que decorre de i) e ii) e é comandado pelos oligopólios globais. Buscamos assim oferecer uma interpretação complementar que contribua para a compreensão do fenômeno e para sua caracterização como um processo de desindustrialização de tipo precoce e negativa, tendendo à reprimarização produtiva. Novas questões e propostas de pesquisa para este tema são também propostas.
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A presente dissertação interpreta as transformações ocorridas na indústria brasileira entre os anos de 1980 e 2018 a partir de uma abordagem sistêmica que recorre às dimensões histórica, econômica, política e social que caracterizam a Economia Política crítica como campo das Ciências Sociais. O estudo desse processo, conhecido como desindustrialização, foi elaborado por meio da consulta de dados de fontes secundárias e pela revisão bibliográfica de autores que se dedicaram à análise da economia brasileira desse período. O início dos anos 1980 marcou uma ruptura no padrão de desenvolvimento econômico do país. Interrompeu-se o aprofundamento da industrialização que havia sido, no período anterior, o motor do crescimento econômico nacional. Rompeu-se assim com um movimento da economia brasileira que havia experimentado, entre 1947 e 1980, a maior média anual de elevação do produto interno, em todo o mundo. Nossa interpretação sustenta que a experiência brasileira de industrialização foi fruto de condições históricas locais, mas igualmente do movimento sistêmico mundial do capitalismo, comandado e configurado, na forma do regime fordista de acumulação, a partir dos países centrais do sistema. Em consequência, entendemos que a desindustrialização observada nos últimos 40 anos tem de ser vista como resultado também desse mesmo movimento sistêmico, mas agora configurado como um regime de acumulação com dominância financeira, em conjunto com a condição periférica do país. As transformações do capitalismo foram aqui analisadas por meio da revisão bibliográfica de partes da obra do economista francês François Chesnais, em sua releitura das teorias de Marx sobre dinheiro, crédito e juros, e também pela revisão da contribuição de outros autores do mesmo campo. Em nossa interpretação, articulamos três concepções teóricas da Economia Política crítica atual: i) a financeirização do capitalismo contemporâneo; ii) a subjacente crise de sobreacumulação de capital; e iii) o regime atual de baixo crescimento que decorre de i) e ii) e é comandado pelos oligopólios globais. Buscamos assim oferecer uma interpretação complementar que contribua para a compreensão do fenômeno e para sua caracterização como um processo de desindustrialização de tipo precoce e negativa, tendendo à reprimarização produtiva. Novas questões e propostas de pesquisa para este tema são também propostas.
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FABIO MENESES SANTOS
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Análise da inserção da indústria têxtil brasileira nas cadeias globais de valor: um estudo do processo de falling behind da indústria têxtil nacional nas décadas de 1990 e 2000.
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Orientador : VALERIA LOPES RIBEIRO
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Data: 03/12/2020
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Este trabalho faz uma análise da indústria têxtil brasileira no período de 1990 a 2020 e sua participação nas cadeias globais de valor. O trabalho pretende analisar a estrutura da cadeia global do setor têxtil e de confecção, o processo de formação da indústria brasileira e elucidar as razões da pouca integração do setor ao mercado têxtil global, não obstante os volumes de produção e consumo do mercado interno brasileiro colocarem a indústria têxtil nacional entre as dez primeiras posições no ranking do setor têxtil mundial. O objetivo do estudo é avaliar da competitividade do setor têxtil brasileiro para sua inserção nas cadeias globais de valor, a partir da investigação do processo de desenvolvimento econômico brasileiro sob a ótica estruturalista e os impactos das políticas públicas setoriais e regionais na capacitação ou limitação da competitividade do setor. A metodologia para a pesquisa é uma avaliação qualitativa das cadeias globais do setor têxtil e das políticas industriais nacionais e uma análise quantitativa para mensuração dos resultados dos volumes de produção e exportação do setor têxtil no período avaliado. A conclusão pretende apresentar as causas principais do processo de falling behind da indústria têxtil brasileira, apontando as causas conjunturais e estruturais para a pouca inserção do setor no mercado global.
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Este trabalho faz uma análise da indústria têxtil brasileira no período de 1990 a 2020 e sua participação nas cadeias globais de valor. O trabalho pretende analisar a estrutura da cadeia global do setor têxtil e de confecção, o processo de formação da indústria brasileira e elucidar as razões da pouca integração do setor ao mercado têxtil global, não obstante os volumes de produção e consumo do mercado interno brasileiro colocarem a indústria têxtil nacional entre as dez primeiras posições no ranking do setor têxtil mundial. O objetivo do estudo é avaliar da competitividade do setor têxtil brasileiro para sua inserção nas cadeias globais de valor, a partir da investigação do processo de desenvolvimento econômico brasileiro sob a ótica estruturalista e os impactos das políticas públicas setoriais e regionais na capacitação ou limitação da competitividade do setor. A metodologia para a pesquisa é uma avaliação qualitativa das cadeias globais do setor têxtil e das políticas industriais nacionais e uma análise quantitativa para mensuração dos resultados dos volumes de produção e exportação do setor têxtil no período avaliado. A conclusão pretende apresentar as causas principais do processo de falling behind da indústria têxtil brasileira, apontando as causas conjunturais e estruturais para a pouca inserção do setor no mercado global.
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GISELE YAMAUCHI
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MULTINACIONAIS, RESPONSABILIDADE SOCIAL E ACORDOS MARCO GLOBAIS: avanços e contradições da experiência brasileira
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Orientador : GIORGIO ROMANO SCHUTTE
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Data: 03/12/2020
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O objetivo geral da pesquisa é investigar os avanços e os limites dos Acordos Marco Globais como instrumento regulatório das relações de trabalho nas multinacionais e em suas respectivas cadeias produtivas no Brasil no período entre 1990 e 2018.
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O objetivo geral da pesquisa é investigar os avanços e os limites dos Acordos Marco Globais como instrumento regulatório das relações de trabalho nas multinacionais e em suas respectivas cadeias produtivas no Brasil no período entre 1990 e 2018.
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