Imperialismo, Monopólio e Educação: o capitalismo monopolista e o ensino superior no Brasil (1996-2016)
Este trabalho pretende investigar a relação entre imperialismo, monopólio e educação, especificamente no setor do ensino superior, entre os anos de 1996 e 2016. Para isso, a análise se concentra em três atores representando, respectivamente, cada uma dessas três esferas, sendo Banco Mundial, Grupo Cogna e o Ministério da educação nos governos federais do período. Objetivo principal é verificar como essas relações convergiram para a formação do sistema de ensino superior atual, baseado na rede privada e com limitadas possibilidades de desenvolvimento tecnológico por meio de pesquisa e do desenvolvimento de sua própria autonomia epistêmica. Assim, a configuração do sistema de ensino superior brasileiro configura-se pela adequação do país a uma participação subordinada, também nos aspectos educacionais, no sistema mundial. O trabalho tem como referencial teórico o conceito de imperialismo de Samir Amin, que destaca o papel das agências multilaterais na manutenção do sistema. Como complemento a essa teoria, está a análise empírica de dados sobre o ensino superior, sobre as duas gestões federais do período e sobre o grupo privado em questão que chegou a tornar-se o maior do mundo.