Este projeto de pesquisa se propõe a analisar como se dão as estratégias de resistência de atingidos por processos de remoção forçada, buscando compreender como estes atores mobilizam ferramentas que se utilizam de práticas insurgentes de planejamento na luta pela permanência. Para isso, a pesquisa pretende investigar por meio da análise de três casos que se dão na cidade de São Paulo, motivados por diferentes justificativas e em contextos diversos, para analisar os limites e possibilidades destas estratégias. Parte-se da hipótese de que, ao mobilizar estas ferramentas ou outras táticas e estratégias de resistência, os atores envolvidos, sobretudo os atingidos, passam por um processo de aprendizado coletivo que fortalece a luta pela permanência nos locais de moradia, incidindo, assim, nos desdobramentos do processo. Espera-se que o trabalho possa contribuir com o fortalecimento das comunidades ameaçadas de remoção, a partir da análise e reflexão de experiências que se dão no âmbito da luta pela permanência e da construção de autonomia, por meio da democratização de ferramentas do planejamento territorial.