PPGPGT PÓS-GRADUAÇÃO EM PLANEJAMENTO E GESTÃO DO TERRITÓRIO FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC Telefone/Ramal: (00) 00000-0000 http://propg.ufabc.edu.br/ppgpgt

Banca de DEFESA: ROBSON DA SILVA MORENO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ROBSON DA SILVA MORENO
DATA : 04/08/2023
HORA: 14:30
LOCAL: webconferencia
TÍTULO:

CONCEITOS EMERGENTES NA RELAÇÃO CIDADE E NATUREZA: Analisando a Infraestrutura Verde do Conjunto Residencial Zorilda Maria dos Santos, em Suzano-SP.


PÁGINAS: 284
RESUMO:

Os conceitos emergentes em planejamento e design urbano ambiental ganharam notoriedade no início do século XXI. Essa evidência se deve, em parte, à pesquisa de instituições acadêmicas, assim como à crescente presença, em agendas de governos locais, como parte da resposta à crise socioambiental urbana, potencializada por um marcante cenário de mudanças climáticas. Como conceitos emergentes entendem-se os métodos que buscam, em suma, uma relação racional com os limites impostos pelos ecossistemas, numa tentativa de mediar ações antrópicas e naturais. Assim, para o fornecimento de serviços essenciais para a manutenção do bem-estar humano, são adotadas soluções que mimetizam os processos naturais em ambientes construídos, constituindo assim, vários microecossistemas. Essa postura, embora não seja inédita, no século XX, ancorou-se em trabalhos e obras referenciais como o livro seminal de Ian McHarg “Proyectar con la naturaleza” (Design with nature), do final dos anos 1960. Dessa incessante busca de outros paradigmas que colocavam a vegetação como elemento central, derivaram vários conceitos emergentes, como a “Floresta urbana”, o “Desenvolvimento de baixo impacto”, “Soluções baseadas na natureza” e “Infraestrutura verde”, entre outros. Tais conceitos têm mais semelhanças que diferenças e induzem a práticas onde prevalecem a colaboração, a experimentação, modelando esses projetos para prazos maiores para a sua devida consolidação. Apesar da infraestrutura verde, do desenvolvimento de baixo impacto, entre outros, serem conhecidos e aplicados a mais de três décadas em cidades e países do Norte Global, no Sul, esse processo ainda é tímido e, além disso, parte das experiências aqui implantadas, não são devidamente relatadas. No intuito de apoiar a documentação de experiências nessa região do mundo, especialmente na América Latina, analisa-se uma intervenção realizada na cidade de Suzano-SP, Região Metropolitana de São Paulo. Entre 2009 e 2013, o movimento de moradia daquela cidade, a Central Pró-moradia Suzanense (CEMOS), construiu suas oitenta moradias, em regime de mutirão, ao mesmo tempo, em que realizou a recuperação ambiental do local da futura moradia de seus associados. Essa recuperação e a própria concepção do projeto urbanístico e arquitetônico, levaram a uma aparente reversão de um quadro de degradação dessa área. Constituíram, assim, elementos estruturais que compõem a infraestrutura verde, analisada nesta tese. Fazem parte, o pequeno fragmento florestal existente na divisa dos lotes, a faixa marginal ao curso d’água reflorestada - local protegido pela legislação brasileira - além da estação de tratamento de efluentes, feita com um sistema híbrido, onde se utilizava também um alagado construído, implantação de horta comunitária etc. Para estudar esse caso, esta tese partiu de uma revisão da literatura para, construindo um arcabouço teórico metodológico, analisar essa experiência como conceito emergente, no caso a infraestrutura verde. Os componentes da infraestrutura verde foram analisados por métodos quantitativos. Primeiro, o monitoramento dos fragmentos florestais - das áreas de divisa de lote e do reflorestamento - com técnicas de análise de sua regeneração e diversidade de espécies, e o processo de regeneração, a temperatura das superfícies bióticas e abióticas que recobrem o conjunto residencial. Como resultado, as análises mostram a recuperação e a regeneração dos fragmentos florestais, permitindo a possibilidade de formação de corredores, pelo reflorestamento das margens do córrego, e por meio da arborização do sistema viário. Porém, apesar de a ETE ser uma opção de baixo custo, baixo consumo de energia, é necessária sua manutenção periódica, o que não tem sido feito. A horta pode ser expandida para se transformar em um sistema agroflorestal, ampliando os benefícios para a biodiversidade observado no interior do Conjunto Residencial Zorilda Maria dos Santos. 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - Interno ao Programa - 1763487 - SANDRA IRENE MOMM SCHULT
Membro Titular - Examinador(a) Externo ao Programa - 1247586 - ANGELA TERUMI FUSHITA
Membro Titular - Examinador(a) Externo à Instituição - LIZA MARIA SOUZA DE ANDRADE
Membro Titular - Examinador(a) Externo à Instituição - PEDRO HENRIQUE CAMPELLO TORRES
Membro Titular - Examinador(a) Externo à Instituição - Caio Boucinhas
Membro Suplente - Examinador(a) Interno ao Programa - 2265555 - LUCIANA NICOLAU FERRARA
Membro Suplente - Examinador(a) Externo ao Programa - 2548506 - VITOR VIEIRA VASCONCELOS
Membro Suplente - Examinador(a) Externo à Instituição - PEDRO ROBERTO JACOBI - USP
Notícia cadastrada em: 13/07/2023 17:36
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