PERCALÇOS DA EXPERIÊNCIA DO POLO CINEMATOGRÁFICO DE PAULÍNIA COMO ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL LOCAL
Em meados da década de 1980, frente aos desgastes gerados pela crise econômica e pelo drástico processo de reestruturação econômica e produtiva, tornaram-se crescentes as reflexões quanto a novos modelos de desenvolvimento, com características menos rígidas e centralizadas ao passo que priorizasse processos endógenos dos territórios. Neste sentido, o desenvolvimento local, como estratégia de desenvolvimento territorial que compatibiliza heterogeneidades das dinâmicas econômicas e sociais em um recorte territorial de menor escala, inseriu-se como estratégia possível. Com o intuito de aprofundar o debate em torno do desenvolvimento territorial local, esta pesquisa assume a experiência do Polo Cinematográfico de Paulínia (SP) como objeto de estudo e busca investigar o Polo como uma iniciativa de desenvolvimento e diversificação econômica e produtiva alavancada pelo município. A partir de 1993, uma série de empreendimentos turísticos foram implementados pela gestão municipal, dentre os quais o projeto do Parque Cultural Cidade Feliz (1993), posteriormente revertido no projeto do Parque Brasil 500 (1995), e o projeto Paulínia Magia do Cinema (2005) – que deu origem ao conhecido Polo Cinematográfico de Paulínia. Entendemos que a valorização de tais projetos se justifica por se tratarem de uma estratégia da gestão municipal para a diversificação econômica do município.