DIGITALIZAÇÃO E DESIGUALDADES TERRITORIAIS: bloqueios e oportunidades para a Agricultura Familiar.
O uso de tecnologias digitais na reestruturação de contextos sociais e instituicionais é uma tendência cada vez mais presente na sociedade contemporânea. Esse fenômeno, também chamado de digitalização, está tranformando de maneira significativa todos os setores da economia, promovendo mudanças nas formas de produção, comercialização e consumo em um mundo no qual a virtualização das relações humanas são cada vez mais reforçadas. A presente dissertação pretende contribuir para a análise da relação desse fenômeno com o rural brasileiro, procurando observar os bloqueios e oportunidades para a Agricultura Familiar, demonstrando que desigualdades constituídas limitam o alcance desse fenômeno como possibilidade de inclusão. O primeiro capítulo apresenta uma discussão mais geral do que significa a digitalização, expondo algumas de suas contradições e oportunidades propagadas. O segundo capítulo procura demonstrar que as oportunidades da digitalização relatadas pela literatura acabam sendo limitadas pelas estruturas desiguais do rural brasileiro. O terceiro capítulo procura mostrar como o debate está se concretizando levando em consideração três dimensões: 1) O uso de plataformas digitais pela Agricultura Familiar; 2) A Agricultura Familiar e a aplicação dos recursos da Agricultura 4.0; 3) Comunicação e Marketing de produtos da Agricultura Familiar no mundo digital