Auditório 002 UFABC/Campus SBC e Canal Youtube LAPLAN
Organização
Programa de Pós-Graduação em Planejamento e Gestão do Território(PGT/UFABC)
Apoio
PROPG/UFABC; ARI/UFABC; ANPUR; ALEUP; TU-Do SPRING
Sobre:
No contexto contemporâneo, influenciado pelas mudanças climáticas, pandemias, migrações e a acentuação de diferentes formas de desigualdade e injustiças, esta mesa tem por objetivo refletir sobre os processos e dinâmicas que mobilizam e transformam os territórios e, consequentemente, impactam as práticas de planejamento territorial. Nesta leitura, é chave analisar as instituições e o planejamento territorial a partir dos territórios e as forças que os produzem e mobilizam.
Sobre:
O problema das diferentes escalas que assume o planejamento territorial enquanto política pública é um tema complexo e, ao mesmo tempo, recorrente na literatura especializada. Por um lado, abrange questões relacionadas com a organização institucional do Estado, com o federalismo e suas diferentes instâncias de governo e níveis de decisão. Por outro, colocam-se em pauta as diversas capacidades e modulações que articulam as redes de atores (institucionais ou não) nos recortes territoriais que constituem objeto de planejamento. Esta mesa tem por objetivo refletir sobre os desafios que transcendem a concepção técnica das políticas e que têm a ver tanto com a coordenação intergovernamental como com pactuações interfederativas, cooperação e participação da sociedade civil em cada um dos níveis de decisão. Procura articular o debate sobre a problemática das escalas numa perspectiva de governança, a partir da qual seja possível vincular programaticamente as diferentes instâncias de governo e de participação que incidem sobre os territórios.
Sobre:
A emergência das novas tecnologias de informação e comunicação gerou impactos profundos no campo do planejamento territorial que ainda são pouco compreendidos. Por exemplo, a agenda em torno do tema das cidades inteligentes aponta, frequentemente de forma otimista, para o aumento exponencial da capacidade para coletar, processar e transformar dados em informações, conhecimento e inovação para aperfeiçoar o processo de tomada de decisões dos planejadores e gestores. Ao mesmo tempo, as desigualdades socioespaciais implicam também assimetrias no acesso ao universo de dados, assim como disparidades na capacidade de transformá-los para influenciar o rumo das políticas territoriais. Esta mesa tem como objetivo gerar novos conhecimentos sobre as relações imbricadas entre o campo do planejamento territorial e as novas tecnologias para a coleção-processamento e transformação de dados.
Sobre:
Esta mesa tem por objetivo estabelecer um diálogo transversal com questões que perpassam os temas anteriores. Tem por foco refletir sobre como as formas de cooperação e de trabalho coletivo entre a academia e parceiros fora da universidade mobilizam estes temas, e como essas iniciativas combinam a produção de conhecimentos com seu uso por diferentes atores sociais. Parte-se da constatação de uma importante transformação no contexto que caracteriza os últimos anos, com a erosão dos direitos humanos sociais, econômicos e ambientais, ataques à democracia e à ciência, desmonte de políticas sociais e acirramento da violência e dos conflitos territoriais que atinge de forma mais direta e contundente as populações vulneráveis. Soma-se a esse cenário a materialização cada vez mais expressiva das crises climática, sanitária e ambiental. Este contexto radical, aprofundado pela pandemia da Covid 19 e pela predominância de políticas e iniciativas gestadas e implantadas sob governos de direita e ultra direita, têm demandado esforços significativos de acadêmicos que atuam em colaboração e estreita interação com comunidades vulneráveis, periféricas, movimentos populares e coletivos, buscando intensificar o uso criativo e adaptado de métodos e técnicas apropriados para pesquisa e extensão.
Sobre:
O painel de encerramento irá discutir o estado atual e os desafios das agendas de investigação e da formação a partir dos programas de pós-graduação no Brasil, América Latina e Global, além de outras regiões como África, EUA e Europa a partir das experiências das organizações da área.