A Macrometrópole paulista: emergência de uma nova categoria sócioterritorial
O presente trabalho insere-se no debate sobre dinâmicas territoriais. Parte da constatação que os processos de desconcentração industrial e metropolização, a partir de 1970, resultaram na formação da Macrometrópole Paulista. Apesar de formada por um recorte institucional composto por cinco regiões metropolitanas e duas aglomerações urbanas, totalizando cento e setenta quatro municípios, o arranjo urbano-regional da MMP não se constitui apenas uma aglomeração de metrópoles, mas também uma coleção de subúrbios, representados por um conjunto de municípios que orbitam e dependente das cidades que sustentam e dinamizam os fluxos e relações promovendo integração com a metrópole principal. A MMP está intimamente ligada aos temas da industrialização, urbanização, globalização, desenvolvimento econômico, social e cultural, que permeiam os processos urbano-regionais fundamentalmente ligados a natureza processual das cidades-regiões, como territórios de lócus produtivo, logístico, de fluxos e mobilidades e integrado a dinâmicas globais do capitalismo. Diante a re-emergência desta categoria territorial no debate nacional brasileiro, assinalamos à necessidade de pensar os territórios macrometropolitanos em transição, uma expressão e materialização urbana-regional produto das relações de urbanização contemporânea característica das relações capitalistas.