Bacia hidrográfica, interdependência e interação: uma análise da governança adaptativa da água na Macrometrópole Paulista
A abordagem da governança adaptativa da água sustenta que dada as incertezas, complexidades e mudanças indesejáveis que caracterizam os sistemas socioecológicos, há urgente necessidade de se desenvolver uma crescente capacidade de adaptação tornando a governança da água mais resiliente. Utilizando-se de um estudo de caso que enfoca o compartilhamento da água da Represa Billings entre a Região Metropolitana de São Paulo e da Baixada Santista, a pesquisa busca identificar as interdependências no uso da água para diversas finalidades e investigar os atores envolvidos nos processos decisórios, analisando suas interações, a estrutura das relações de poder e a configuração da rede de governança, para ao final, em função da hipótese norteadora da pesquisa de que o enfrentamento de eventos extremos esperados na região exige novos arranjos institucionais de governança da água na Macrometrópole Paulista, indicar os limites e as possibilidades na implementação de uma nova capacidade adaptativa em face das alterações climáticas.