Imaginação e passividade em Espinosa
Sobre o tratamento que Espinosa dá à imaginação, tem sido frequente apontar a possibilidade de reabilitá-la enquanto virtude humana, em vista de um uso ativo e livre, como diferencial da Ética perante outras obras. De outro modo, esta pesquisa pretende investigar como os aspectos limitados e limitantes da imaginação também receberam um aporte conceitual na Ética. Para tanto, inicialmente será preciso distinguir o sentido em que se pode afirmar uma passividade da imaginação, referente à conformação das ideias inadequadas das afecções do corpo, cujas causas suplantam a nossa potência. Daqui seguirá um exame de como diferentes modos de imaginar podem ser relacionados à força das paixões, problema suscitado na leitura da Parte 4 da Ética.