O ENVIAR-SE DA SERENIDADE: DA SUPERAÇÃO DAS DOMINAÇÕES METAFÍSICAS AO SENTIDO CRIATIVO DA PALAVRA. ACENOS AO PENSAR DOS FELDWEG-GESPRÄSCHE DE MARTIN HEIDEGGER
A presente pesquisa pretende pensar o enviar-se da Serenidade como uma abertura de possibilidade para o desenvolvimento do que é pensado como o dizer da linguagem no arcabouço da filosofia de Martin Heidegger (1889-1976), lida em chave, sobretudo, com a questão da vontade de poder do também alemão, Friedrich Nietzsche (1844-1900), importa ressaltar que a interpretação da filosofia nietzchiana, se dá na proposta desenvolvida por Heidegger. Para isso, faz-se necessário articular algumas noções fundamentais desenvolvidas no itinerário heideggeriano, isto é, averiguar o que o filósofo pensa sobre a superação da metafísica, as possibilidades de abertura para o encontro do si-mesmo mais próprias do ser e a errância do pretenso poder que a técnica deseja outorgar ao homem contemporâneo. Em seguida, se procede a análise do incontornável questionamento do modo de ser vigente no poético, mesmo que trágico, e da ponderada permanência nas cercanias da serenidade. Por fim, ressaltar as consequências nefastas e doentias que um arcabouço metafísico alimenta no homem que se ilude no aparente controle da vida, mas como atesta o pensamento de Heidegger, se esquece de ser e, portanto, de viver.