IDEIAS PARA UMA HISTÓRIA GLOBAL DE UM PONTO DE VISTA DECOLONIAL
ou os perigos da história única
Este trabalho equivale a um esforço de descolonizar o campo da filosofia da história, mais especificamente, corresponde a um exercício de crítica da filosofia da história universal hegeliana e sua relação com o colonialismo. O exame do texto da Introdução das Lições sobre a Filosofia da História de Hegel indicou a tese do desenvolvimento endógeno da modernidade europeia como o aspecto mais problemático da aplicação da categoria da universalidade à história global, tendo como consequência mais grave a criação de uma diferença ontológica entre europeus e não-europeus. Assim, a pesquisa buscou discutir alternativas metodológicas capazes de dar conta da mundialidade concreta que se instaurou após 1492, sem sucumbir à narrativa da modernidade eurocêntrica e sua pretensão de universalidade. Por fim, a pesquisa procurou ressaltar a importância da crítica da história universal para o combate ao racismo.