DOS SENTIDOS GEOGRÁFICOS DA PRODUÇÃO DO PENSAMENTO FEMINISTA NEGRO: Língua, Quilombo e Ginga
O presente trabalho pretende estabelecer um diálogo entre as reivindicações de validação de conhecimento da epistemologia do pensamento feminista negro propostas por Patrícia Hill Collins em seu livro Pensamento Feminista Negro (2019), além dos contornos e características do pensamento feminista negro através do olhar desta pensadora, que se verificam na produção analisada das obras de autoras feministas estadunidenses como bell hooks e Angela Davis, em ginga com a categoria político cultural da Amefricanidade proposta por Lélia Gonzáles na década de 1980, que dialoga com outras pensadoras brasileiras como Beatriz Nascimento, Angela Figueiredo e Sueli Carneiro. A proposta é pensar em uma determinação cartográfica da produção do pensamento que contemple uma ponte para a amefricanidade através da linguagem, ao mesmo tempo em que recria a categoria do quilombo enquanto criação e manutenção de um corpo-território ligado à terra, aos afetos e à cultura.