PPGFIL PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC Telefone/Ramal: Não informado http://propg.ufabc.edu.br/pgfil

Banca de DEFESA: JUAN ALEXANDER SALAZAR SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JUAN ALEXANDER SALAZAR SILVA
DATA : 09/03/2021
HORA: 10:00
LOCAL: São Bernardo do Campo - sala virtual
TÍTULO:

Esquizografias Anedípicas.


PÁGINAS: 122
RESUMO:

Esta pesquisa-texto traça um movimento duplo que se ocupa tanto da sua forma de escrita como de seu conteúdo, sendo que trata daquilo que ressoa da leitura de O anti-Édipo de Deleuze e Guattari, em fricção com a metapsicologia freudiana, especialmente ao que tange os conceitos de inconsciente e pulsão (sexual). Nessa tensão, se costura um plano de imanência para os conceitos aqui recortados e forjados, amalgamados por uma certa autoteoria que reconduz uma multiplicidade de situações para essa enxurrada singularizante dita esquizográfica e anedípica. Se reconhece nisso um método no anti-Édipo, que possui como característica o esgotamento do estilo e a produção de uma agramaticalidade esquizofrênica que busca se presentificar aqui. Formula-se assim uma clínica dos desvios e das conjunturas, que permite constatar que a esquizo-análise não é uma anti-psicanálise: esquizofrenizar a psicanálise é verificar as mobilizações que o processo esquizofrênico causa na centralidade representativa de Édipo, promovendo assim o esquizo como personagem conceitual e potência instauradora do real, que fazem cair a condição da perda da realidade: transpassagem. Posteriormente, os impasses entre um inconsciente maquínico e o inconsciente representativo freudiano são tratados de maneira a se legitimar um inconsciente que existe para fora de uma interioridade do sujeito (derramamento social), configurando uma autopoiesis da produção desejante que operacionaliza as máquinas desejantes e a subjetividade. Chega-se então ao corpo, onde se estabelecem pontos de ligação entre o corpo pulsional caracterizado principalmente pelos processos de investimento da pulsão sexual que constitui um corpo perverso polimorfo, fragmentado e indiferenciado entre seu dentro e o fora. Estes processos nos aproximam do corpo sem órgãos, tanto de seu aspecto imanente, de uma superfície deslizante e improdutiva que permite o investimento e produção das próprias pulsões e das máquinas desejantes; como de seu aspecto experimental, da possibilidade de se recortar a potência de um corpo esquizo tornando-o vivo e existente. E numa vastidão incompleta essa pesquisa-texto se encerra, vinculando a pulsão e o inconsciente à existência e ao real. A pulsão diz tanto da possibilidade de ser investida livremente em distintos campos de força que não condizem com uma premeditação ou uma origem de seus fluxos inconscientes, como diz desta condição de que um corpo não é um organismo a espera de ser emulado, mas sim um corpo com a necessidade de ser injetado de libido para se criar uma condição de acoplamento entre suas distintas partes e o mundo, para se criar uma condição ímpar de existência: um corpo sem órgãos. E o inconsciente não é uma força apartada disso tudo, ele é também o óleo destas máquinas desejantes e os fluidos destes corpos, ele é como uma força de povoamento de exílios e desertos, sendo que ele não é o atingimento destas ações, mas uma carga-múltipla que se coloca neste processo de povoamento - uma força.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - Interno ao Programa - 2244785 - ANDRE LUIS LA SALVIA
Membro Titular - Examinador(a) Externo à Instituição - CINTIA VIERA DA SILVA - UFOP
Membro Titular - Examinador(a) Externo à Instituição - João Perci Schiavon - PUC - SP
Membro Suplente - Examinador(a) Interno ao Programa - 1947221 - MARILIA MELLO PISANI
Membro Suplente - Examinador(a) Externo à Instituição - RENATA PEREIRA LIMA ASPIS - UFMG
Notícia cadastrada em: 06/02/2021 18:34
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