Os museus de ciências como espaço de inclusão: ações educativas e formativas no Zoológico de São Paulo
Historicamente, ao longo do seu desenvolvimento os museus difundiram concepções distintas acerca da sua função social. Na atualidade, essas instituições aliaram perspectivas e compreensões necessárias as atividades e práticas pensando a inclusão social como precedência de suas ações educativas, e por meio delas buscam entusiasmar e atrair diferentes públicos. No caso dos zoológicos, o foco de atuação está na relação existente entre educação, pesquisa e conservação, pilares institucionais desses espaços. Os zoológicos para justificarem a sua existência e a relação de legitimidade, que é mantida com a educação, pautaram nas ações educativas a ressignificação das suas funções sociais e inclusivas, aperfeiçoando o compromisso que as instituições museológicas adotaram nas suas atuações com o passar dos anos. A presente pesquisa tem por objetivo discutir, analisar e estabelecer as relações entre formação inicial e continuada dos educadores na produção de ações educativas e inclusivas na Fundação Parque Zoológico de São Paulo. Por meio de uma abordagem metodológica qualitativa, a coleta de dados foi realizada com o uso de entrevistas semiestruturadas, as quais foram transcritas, fornecendo detalhadas descrições acerca das formações e ações educativas realizadas na instituição com enfoque inclusivo. A análise de dados foi pautada pelo método de análise de conteúdo proposto por Bardin (2016). Categorias aderidas aos resultados denotam elementos que estão atrelados as formações que acontecem com os profissionais do setor educativo, considerando desde a formação inicial e continuada dos entrevistados até as concepções que influenciam a prática e a elaboração das ações educativas inclusivas realizadas na instituição.