SOBRE AS MAQUINARIAS DE ROSTIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL E NA EDUCAÇÃO INDÍGENA: POSSIBILIDADES DECOLONIZADORAS POR UMA EDUCAÇÃO EM DEVIR
O presente estudo trata da formação de subjetividades discente de bebês e crianças a partir da observação e acompanhamento de vivências e práticas escolares em um CEI público localizado no município de São Paulo; com os conceitos de maquinarias, compomos uma leitura com diversas linhas de fluxo e linhas de corte que colocam em funcionamento uma maquinaria educacional em conjunção como outras maquinarias (megamáquina primitiva, despótica e capitalista e máquina de rostidade), para isso, percorremos currículos, práticas pedagógicas experimentações pedagógicas. Com o intuito de pensar pedagogias decoloniais e, sobretudo em interface com os conhecimentos indígenas apagados e silenciados historicamente, utilizamos uma metodologia cartográfica que possibilitou múltiplas entradas para pensar como a educação regular compõem conhecimento com os povos indígenas, especialmente a partir das determinações da Lei 11.645/08. Com tais estudos e experimentações buscou-se pensar o que podemos aprender com os povos indígenas? Como seus saberes podem produzir modos outros de educação para além de uma educação capitalista, produtivista, fragmentada e identitária tidas como verdades universais e inquestionáveis? Como a experimentação dos saberes indígenas em intervenções didáticas no CEI podem refletir na formação dos bebês e crianças no que diz respeito à diversidade étnico racial? E por fim, como a formação docente e produção de subjetividades étnico-raciais impactam na realização de práticas pedagógicas decoloniais? Na fronteira entre a educação regular e a educação indígena apontamos caminhos pedagógicos que rompam com a lógica ocidental-colonial-capitalística pensando em outras pedagogias possíveis como: pedagogias da experiência, pedagogias da reexistência e pedagógicas que valorizam a dimensão corporal.