Movimento Maker em Análise: Avaliação de Processos Educacionais em Atividades Mão na Massa
A presente pesquisa tem como objetivo investigar estratégias avaliativas para a Educação Maker, em que os alunos aprendem por meio de atividades práticas e concretas, visando avaliar a colaboração, criatividade, comunicação, pensamento crítico e conteúdos conceituais. A pesquisa aponta cinco problemas comuns na avaliação escolar e práticas maker: 1) Avaliação como um processo individual, fragmentado e punitivo; 2) avaliação como sinônimo de provas; 3) Avaliação centrada em testes escritos ou orais, não explorando os multiletramentos; 4) A falsa ideia de que as notas mensuram tudo no processo educacional; e 5) Avaliação como processo pontual e final. Como solução, propõe-se o Estilingue da Práxis Maker, um dispositivo teórico com orientações para planejar e avaliar práticas maker baseado em seis camadas conceituais: 1. Planejamento para Interpretação; 2. Fluxo de Ideação; 3. Artefatos Tecnológicos; 4. Concepção de Educação; 5. Conteúdos Factuais e Conceituais; e 6. Multiletramentos Maker. O estudo foi realizado em um FABLAB-ESCOLA em São Paulo e analisou a funcionalidade do método criado por meio de 2 oficinas com 20 professores em formação inicial do curso de Ciências da Natureza. Os resultados indicam que a metodologia criada favorece a formação de professores, desenvolvendo uma mentalidade maker; conhecimentos sobre ferramentas e tecnologias; práticas de ensino que promovem habilidades-chave; e subsídios para avaliação baseada em critérios claros e autoavaliação do trabalho. O estudo incentiva a experimentação, o pensamento crítico e a inovação, identificando momentos para refletir sobre o próprio processo de aprendizagem e incentivar a colaboração entre professores para aprimorar as práticas de avaliação na Educação Maker.