SOBRE AS MAQUINARIAS DE ROSTIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL E NA EDUCAÇÃO INDÍGENA: POSSIBILIDADES DECOLONIZADORAS POR UMA EDUCAÇÃO EM DEVIR
O presente estudo trata da formação de subjetividades discente de bebês e crianças a partir da observação e acompanhamento de vivências e práticas escolares em um CEI localizado no município de São Paulo; com os conceitos de maquinarias, compomos uma leitura com diversas linhas de fluxo e linhas de corte que colocam em funcionamento uma maquinaria educacional em conjunção como outras maquinarias (megamáquina primitiva, despótica e capitalista e máquina de rostidade) para isso leu-se alguns currículos, algumas práticas pedagógicas e muitas experimentações. Com o intuito de pensar pedagogias decoloniais e, sobretudo em interface com os conhecimentos indígenas apagados e silenciados historicamente, utilizamos uma metodologia cartográfica que possibilitou múltiplas entradas para pensar como a educação regular compõem conhecimento com os povos indígenas, especialmente a partir das determinações legais da Lei 11.645. Com tais estudos e experimentações buscou-se pensar o que podemos aprender com os povos indígenas? Como seus saberes podem produzir modos outros de educação para além de uma educação capitalista, produtivista, fragmentada e naturalizada tidas como verdades universais e inquestionáveis? Aliada às reflexões teóricas, unimos entrevistas com professores e a experimentação dos saberes indígenas em intervenções didáticas no CEI a fim de questionar, investigar e refletir a formação dos bebês e crianças no que diz respeito à diversidade étnico racial.