PPGENS PÓS-GRADUAÇÃO EM ENSINO E HISTÓRIA DAS CIÊNCIAS E DA MATEMÁTICA FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC Telefone/Ramal: (11) 4996-8391 http://propg.ufabc.edu.br/ppgens

Banca de QUALIFICAÇÃO: NINIVE PINTO CAETANO DA SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : NINIVE PINTO CAETANO DA SILVA
DATA : 23/11/2020
HORA: 14:00
LOCAL: remoto
TÍTULO:

Da razão à abjeção: filosofia natural africana, o surgimento, representações sociais e proposições para o Ensino de Ciências


PÁGINAS: 200
RESUMO:

A África pariu o mundo. Estudos científicos em paleontologia, arqueologia, biologia, genética e linguística, apontam que os humanos modernos são o resultado de um evento chamado Grande Diáspora, em que populações africanas migraram para povoar o mundo. Isso indica que devemos ter reverência ao dirigirmos os olhos para o continente africano, tendo em vista que capítulos cruciais da história humana foram lá desenvolvidos. Intelectuais antigos como Porfírio, Aristóteles, Sêneca, Plutarco, Macróbio, apontam que as produções de conhecimento dos egípcios em filosofia natural, astronomia e física, foram cruciais para o desenvolvimento intelectual da humanidade. Uma parte dessa produção de conhecimento será apresentada neste trabalho, tais como: os sistemas planetários, ciências mecânicas dos egípcios, e também, as contribuições de outros povos antigos para a filosofia natural. Nesse contexto, vale questionar: qual é o lugar que a África ocupa no Ensino de Ciências? Esse questionamento é legítimo, tendo em vista que a sociedade brasileira é formada majoritariamente por pessoas de descendem de africanos e isso se reflete nos dados que revelam que a maioria dos estudantes brasileiros são pessoas de cor. Assim, devemos nos preocupar com o tipo de ciência que lhes tem sido ofertada. O questionamento expresso anteriormente, foi respondido por meio de um estado da arte em anais de eventos de educação científica, em plataformas de busca nacionais e internacionais, em coleções de livros didáticos das séries finais de Ensino Fundamental e em livros de divulgação científica. Os resultados desta análise indicam que raras são as ocasiões em que se discute sobre a produção de conhecimento científico realizada em contexto africano. Percebe-se um desencontro entre a perspectiva antiga sobre o desenvolvimento científico e a perspectiva contemporânea. Se no passado, os antigos reconheceram o papel que os egípcios tiveram na sistematização do conhecimento, atualmente isso é ocultado, sob o pressuposto de que os egípcios eram místicos e contrários à razão. Ao que vale novamente questionar: qual é a ideia de ciência que será desenvolvida no imaginário dos alunos afrodescendentes, uma vez que a narrativa hegemônica exclui e segrega? Será que a “branquitude” estampada no currículo de ciências, irá apartá-los da ciência e comprometer seu desempenho escolar? Faremos uma discussão sobre esses questionamentos ao longo do trabalho, e espera-se que a aprendizagem dos estudantes pretos e pardos seja objeto de análise nas pesquisas de Ensino de Ciências subsequentes. 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - Interno ao Programa - 1315289 - JOSE GUILHERME DE OLIVEIRA BROCKINGTON
Membro Titular - Examinador(a) Externo à Instituição - MAURICIO PIETROCOLA PINTO DE OLIVEIRA - USP
Membro Titular - Examinador(a) Externo à Instituição - ANNA MARIA CANAVARRO - UFG
Membro Suplente - Examinador(a) Interno ao Programa - 1656374 - MARCIA HELENA ALVIM
Membro Suplente - Examinador(a) Externo à Instituição - DOUGLAS VERRANGIA CORRÊA DA SILVA - UFSCAR
Notícia cadastrada em: 23/10/2020 14:46
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