Estudo fotobiológico da hipericina para aplicação como fotossensibilizador em Terapia Fotodinâmica Antimicrobiana sobre colônias de Staphylococcus aureus e Escherichia coli
Com o aumento de casos de resistência microbiana a tratamentos comuns (antibióticos e antimicrobianos), a terapia fotodinâmica antimicrobiana (aTFD) aparece como uma luz no fim do túnel, pois a interação de três componentes: um fotossensibilizador, luz e oxigênio do medida], resultando na formação de espécies reativas capazes de atingir diferentes alvos celulares (proteínas, enzimas, lipídios insaturados) levando à ruptura da parede e da membrana celular. Esta propriedade de atuar em diferentes alvos dificulta qualquer mecanismo de resistência, favorecendo a aPDT. Neste trabalho verificamos a eficiência da hipericina como fotossensibilizador na cultura de Sthapylococcus aureus e Escherichia coli. Para isso, primeiro analisamos a concentração mínima de inibição -ICM por testes líquidos de inibição. Após realizamos o estudo da captação de hipericina pela bactéria através de estudos indiretos utilizando o método do espectrofotômetro ultravioleta-visível (espectrofotômetro ultravioleta, modelo Cary 50, Varian - UV-VIS ) e Citometria de Fluxo (BD FACSCanto TM II) onde o tempo de incubação e a concentração do composto foram variados. O estudo também determinou o mecanismo de ação desencadeado pela aTFD, a partir da cinética de crescimento microbiano sob as melhores condições de tratamento. Os resultados referentes a determinação da MIC apresentaram uma MIC 50 na concentração de 1 μM de hipericina, e o ensaio de captação não mostrou mudanças significativas entre as concentrações e o tempo de incubação para ambas as bactérias. Quando avaliamos o tempo de incubação e a dose de luz, observamos que o tempo de incubação não foifator determinante no estudo, sendo estabelecido em 5 minutos para ambos os microrganismos, entretanto, a dose de luz induziu uma maior inibição do crescimento das colônias, isto foi evidenciado pelo teste de cinética, que demonstrou o potencial antimicrobiano da hipericina como um composto bacteriostático. Em conclusão, temos que a hipericina foi capaz de reduzir a viabilidade das células microbianas, embora tenhamos observado a retomada do crescimento, o que indica a potencial aplicação da aTFD associada a outros tratamentos antimicrobianos.