Determinação espectrofotométrica e degradação, por processo oxidativo avançado do 17-α-etinilestradiol (EE2).
Os poluentes emergentes estão cada vez mais presentes nas águas de mananciais, pois alguns são eliminados através da urina e das fezes e, tanto o tratamento convencional do esgoto doméstico como o tratamento de água de fontes para abastecimento público, não os elimina totalmente resultando na contaminação de represas e água de reuso. Entre outros poluentes considerados emergentes destaca-se o hormônio 17-α-etinilestradiol (EE2), utilizado em contraceptivos orais. No presente trabalho desenvolveu-se método espectrofotométrico combinado com a microextração em fase líquida dispersiva (DLPME) visando a determinação do hormônio em diferentes tipos de águas. Utilizou-se 200μL de undecanol como solvente extrator, com dispersão via vortex e 1 minuto de centrifugação a 4000rpm (RCF = 2630g) obtendo uma faixa linear de 2,5 a 50 mg L-1, LOD 0,39mg L-1 e LOQ 1,32 mg L-1. Essas condições foram aplicadas em amostras reais de água (reuso, mineral, represa, mar e de torneira). Também foi estudada e avaliada a degradação deste poluente em diferentes fontes de águas utilizando o Processo Oxidativo Avançado - Fotoeletro-Fenton. Após a degradação do poluente foram avaliadas a remoção da matéria orgânica através das análises de Carbono Orgânico Total (TOC) e utilizando a técnica de Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (HPLC) foram determinados os compostos intermediários que podem ser formados durante o processo oxidativo. O processo ocorreu em solução 20mg L-1 meio ao eletrólito de K2SO4 0,1mol L-1, pH 3,0 em célula de BDD/EDG com Fe2+ 0,50 mmol L-1 em 300mA/cm² a 20ºC e pressão de O2 0,2bar, onde reduziu-se 74,5% do carbono orgânico. Aplicou-se esta condição em amostras de água de reuso, torneira e mineral, removendo 88,4, 88,3 e 93,6% de carbono orgânico respectivamente. Para todas as amostras foi detectado predominantemente ácido oxálico residual.