Avaliando comparativamente métodos de estrutura eletrônica para o cálculo de propriedades fotofísicas de potenciais fotossensibilizadores para terapia fotodinâmica
Os fotossensibilizadores são muito promissores no campo da terapia fotodinâmica, um método de tratamento que se baseia em suas propriedades fotofísicas únicas. A escolha de ferramentas computacionais e benchmarks adequados é crucial para uma compreensão profunda destes fotossensibilizadores. Neste contexto, dois estudos distintos exploram as características eletrônicas dos fotossensibilizadores. O primeiro estudo investiga o espectro de absorção da porfirina de cobalto (II) usando teorias de funcional de densidade (DFT) e perturbação de valência de n-elétrons multirreferência (NEVPT). Ao investigar os estados de energia mais baixa das multiplicidades de spin de dupleto e quarteto, origens das bandas Q e B, excitações π-π* de alta energia e estados de transferência de carga, a pesquisa revela insights intrigantes. Enquanto a posição da banda B permanece independente do funcional DFT, a banda Q é melhor descrita por funcionais puros. No entanto, outras energias de excitação, energias orbitais e potenciais de ionização dependem significativamente do funcional escolhido, enfatizando a necessidade de uma seleção funcional cuidadosa nos cálculos de estruturas eletrônicas. O segundo estudo centra-se nos cátions piranoflavílio, semelhantes às piranoantocianidinas encontradas no processo de maturação do vinho tinto, apresentando características potentes para potencial aplicação como fotossensibilizadores na terapia fotodinâmica. A estrutura eletrônica dessas moléculas é fundamental para o sucesso do tratamento. A pesquisa compara sete funcionais de densidade comumente usados para avaliar as propriedades fotofísicas desses compostos, revelando que os funcionais híbridos globais oferecem uma excelente descrição das energias de absorção e emissão. Em contraste, os funcionais separados por intervalos são excelentes na previsão de energias de fosforescência. Essas descobertas orientam os profissionais na seleção de ferramentas computacionais apropriadas para modelar as propriedades fotofísicas dos fotossensibilizadores, avançando no campo da terapia fotodinâmica. Concluindo, ambos os estudos lançam luz sobre o intrincado mundo dos cálculos de estruturas eletrônicas no domínio dos fotossensibilizadores. A investigação do espectro de absorção da porfirina do cobalto (II) ressalta a consistência dos resultados da DFT, principalmente no caso das bandas B. No entanto, uma palavra de cautela emerge do quadro mais amplo: a escolha dos funcionais de densidade continua a ser um fator crucial, pois podem levar a variações significativas nas energias de excitação, energias orbitais e potenciais de ionização, às vezes excedendo 2 eV. Essas descobertas ressaltam a necessidade de uma consideração meticulosa ao empregar funcionais de densidade para benchmarking e cálculos de estrutura eletrônica.