Análise de vulnerabilidade contra interceptações em redes OCDMA baseadas em codificação FFH
A cibersegurança e a resiliência cibernética estão se tornando cruciais para o desenvolvimento de muitas tecnologias, especialmente nos dias atuais de uma era da constante transformação digital. Esta dissertação apresenta uma análise realista da vulnerabilidade em segurança à nível de camada física para redes ópticas baseadas em acesso múltiplo por divisão de código OCDMA e codificação com espalhamento espectral com saltos rápidos em frequência (FFH-OCDMA). O desempenho da rede é avaliado considerando tanto o formato de modulação incoerente ordinário conhecido como chaveamento liga-desliga (OOK) quanto os formatos de modulação coerentes avançados que ocorrem por chaveamento por deslocamento de fase binário (BPSK) e chaveamento por mudança de fase e quadratura (QPSK). Em todos os casos, os efeitos da interceptação de sinais simultaneamente transmitidos por meio de um invasor portando uma réplica similar do receptor do usuário de interesse são avaliados. As análises consideram dois cenários apresentando efeitos deletérios distintos sobre o sinal interceptado pelo invasor: 1) apenas a interferência de acesso múltiplo (MAI) atua sobre o sinal de interesse e 2) ambos a MAI e os ruídos do originários da recepção atuam sobre o sinal de interesse. Para ambos os cenários, foram propostos novas expressões para a composição do formalismo matemático responsável pela quantificação do desempenho em termos da figura de mérito nomeada taxa de erro de bit (BER). Os resultados numéricos indicam que a decodificação e recomposição da informação do sinal interceptado é continuamente dificultada à medida em que invasor comete mais erros de filtragem (relativos ao projeto das Redes de Bragg que compõem o decodificador) durante a inferência do código atribuído ao usuário de interesse. Adicionalmente, foi verificado que os efeitos deletérios da MAI sobre o sinal transmitido do usuário de interesse impactam significativamente e de maneira negativa na capacidade de recomposição da informação pelo invasor. Isso significa que as redes FFH-OCDMA são robustas contra interceptação de sinais proveniente de invasões e oferecem uma solução viável para aumentar a segurança em sistemas ópticos.