O combate à fome e a questão agrária em Cuba: a diferenciação social e o campesinato na província de Guantánamo.
Tendo como perspectiva a crise alimentar vivenciada sob o modo de produção capitalista como realidade permanente e a necessidade de compreender alternativas frente a ela, a pesquisa objetiva discutir a questão agrária e alimentar cubana, buscando identificar a diferenciação camponesa nas diferentes formas de propriedade da terra em uma economia em transição ao socialismo as políticas que almejam a Soberania Alimentar. Para o qual se focará na realidade da província de Guantánamo e da percepção dos camponeses sobre tal processo. De abordagem quantitativa e qualitativa, a pesquisa pretende-se um estudo de caso com recortes etnográficos com revisão bibliográfica e análise documental. Aproximaremos as políticas adotadas especialmente desde o Período Especial aos teóricos da questão agrária, procurando situá-las teoricamente, tendo como perspectiva as reformas agrárias e as diferentes formas organizativas de propriedade e gestão do setor alimentar em Cuba, buscando debater o papel do campesinato bem como sua diferenciação, especialmente em Guantánamo e como tal processo se relaciona com a Soberania Alimentar. Em campo, a observação direta e entrevistas abertas e semiestruturadas aos institutos de pesquisa, cooperativas agrícolas e órgãos governamentais, bem como diretamente aos camponeses buscará respaldar e verificar os argumentos da revisão inicial, estabelecer critérios para identificar a diferenciação camponesa e comparar a constatação com a percepção que os camponeses de Guantánamo têm acerca de tal processo.