PPGFIL PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC Telefone/Ramal: Não informado http://propg.ufabc.edu.br/pgfil

Banca de DEFESA: VINICIUS PAIOLA DE OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : VINICIUS PAIOLA DE OLIVEIRA
DATA : 27/06/2024
HORA: 10:00
LOCAL: Sala 211 do Bloco Zeta do Campus de São Bernardo do Campo da Universidade Federal do ABC
TÍTULO:

Heidegger e o problema da animalidade: a tensão da fenomenologia hermenêutica com a circunscrição da vida


PÁGINAS: 220
RESUMO:

Nesta dissertação discuto e mapeio o panorama compreensivo do animal como representante do modo de ser da vida no interior da filosofia de Martin Heidegger durante a década de 1920 do ponto de vista de seu método. Para fazer isso, recorro a uma perspectiva originada dos Estudos Animais como forma de situar a temática e suas questões mais pertinentes, particularmente no que tange a relacionalidade entre o humano e o animal. Embora usualmente o tema seja remetido ao curso de 1929/1930 – Os Conceitos Fundamentais da Metafísica – devido ao seu aprofundamento temático, provou-se oportuno seguir e radicalizar a indicação de Diana Aurenque de uma análise e enquadramento das questões prévias à preleção. Nesse sentido, o trabalho foi dividido em duas partes a fim de acompanhar o desenvolvimento metodológico do autor e, por meio dele, ganhar um fio condutor adequado para a análise da preleção. Nos primeiros dois capítulos, elaboro o procedimento utilizado pelo autor sob o nome da fenomenologia hermenêutica e sua aplicação para o caso do animal através de uma recuperação e comparação com os tratamentos análogos em duas de suas principais influências, Edmund Husserl e Wilhelm Dilthey. O resultado dessa primeira parte é a constatação de um pressuposto metodológico de transparência de si cuja transposição para o caso dos animais e do modo de ser da vida incorre em uma série de dificuldades que resultam da colisão com outros pressupostos da ontologia fundamental, em especial a noção de que o humano – indicado formalmente como Dasein – é o ente assinalado em relação a todos os outros. Isso permite a conquista de uma chave de leitura para a ameaça que o modo de ser do animal representa, em termos compreensivos, para a circunscrição do humano. A segunda parte se aproveita disso para ler a preleção de 1929/30 e meditar sobre o papel do animal no interior da comparação entre pedra, animal e humano e suas condições de acesso e descrição. Os capítulos que compõem esta parte apresentam análises mais detidas sobre as dificuldades e problemáticas propondo, por vezes, um estilo de escrita ensaístico. No terceiro capítulo procuro fazer um esboço e destacar o lugar central que o animal tem na argumentação do autor, enfatizando particularmente as dificuldades incorridas com a interpretação privativa e o fechamento do horizonte relacional entre humano e animal. No quarto capítulo avalio o giro etológico do autor para descrever os entes vivos através de um apoio das elaborações científicas e de que forma isso traz um paralelismo com o conceito de selvagem. No último capítulo trato a radicalização da leitura aristotélica do autor e de que forma isso conduz para uma elaboração da agência a partir de critérios "espirituais" e submete, assim, os animais à impossibilidade de agir. 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - Interno ao Programa - 1837751 - FERNANDO COSTA MATTOS
Membro Titular - Examinador(a) Interno ao Programa - 2357762 - JOSE LUIZ BASTOS NEVES
Membro Titular - Examinador(a) Externo ao Programa - 2923651 - BRUNO NADAI
Membro Titular - Examinador(a) Externo à Instituição - ROBSON RAMOS DOS REIS
Membro Suplente - Examinador(a) Externo à Instituição - DEBORAH MOREIRA GUIMARÃES - UERJ
Notícia cadastrada em: 23/05/2024 17:20
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