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Dissertações |
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JANETHE PATRICIA ACUÑA ESCALERA
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UM ESTUDO SOBRE A PRÁXIS DOS PROFESSORES NO ENSINO DE CIÊNCIAS
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Orientador : JOSE GUILHERME DE OLIVEIRA BROCKINGTON
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Data: 17/01/2023
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Nesta dissertação, nos debruçarmos sobre o panorama do contexto escolar tendo como suportes teóricos a Psicologia Histórico-Cultural (PH-C) e a Pedagogia Histórico-Crítica (PH-C). Inicialmente, este trabalho foi movido por alguns incômodos vivenciados durante a prática docente, em diferentes unidades escolares. Neste contexto, é perceptível que a organização da atividade pedagógica no Ensino de Ciências no Brasil está de "cabeça para baixo", em uma alusão à denúncia crítica de Marx sobre a dialética de Hegel. Neste sentido é necessário "desvirá-la, a fim de descobrir o cerne racional dentro do invólucro místico". Sustentamos a hipótese de que o trabalho do professor, denominado atividade de ensino, deveria ser responsável por organizar a atividade de aprendizagem do estudante, e não o inverso. Neste contexto, e com o nosso aporte teórico, emerge nossa questão de pesquisa: Existe relação entre o sistema de ensino vigente e a práxis dos professores de ciências? Para a implementação desta pesquisa, nos fundamentamos na lógica concreta marxiana, orientados pela concepção de que a organização se dá a partir da unidade entre as abordagens quantitativas e qualitativas. Posto isso, descrevemos o contexto da realidade e cindimos nosso método em: investigação e exposição. Com o método de investigação evidenciamos o desequilíbrio numérico entre trabalhos publicados para professores, se comparado com a quantidade de publicações para estudantes, nos eventos de ensino de física e ciências. Com o método de exposição, concluímos que os professores de ciências que se voluntariaram para participar desta pesquisa, utilizam diversas metodologias para suas atividades de ensino, com ou sem respaldo teórico – e independente do PPP da unidade escolar. Ou seja, estes resultados indicam que a práxis, no contexto pedagógico, ainda é algo anuviado, isso está perceptível nos documentos que fundamentam a atual reforma do ensino básico e, consequentemente, está inculcado na atividade dos professores. Segundo os fundamentos da Pedagogia Histórico-Crítica, a atividade de ensino está diretamente relacionada à organização da atividade de estudo, portanto, uma das possíveis ações para “desvirar" a realidade em que nos encontramos é investir em formações para professores que visam a práxis pedagógica
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Nesta dissertação, nos debruçarmos sobre o panorama do contexto escolar tendo como suportes teóricos a Psicologia Histórico-Cultural (PH-C) e a Pedagogia Histórico-Crítica (PH-C). Inicialmente, este trabalho foi movido por alguns incômodos vivenciados durante a prática docente, em diferentes unidades escolares. Neste contexto, é perceptível que a organização da atividade pedagógica no Ensino de Ciências no Brasil está de "cabeça para baixo", em uma alusão à denúncia crítica de Marx sobre a dialética de Hegel. Neste sentido é necessário "desvirá-la, a fim de descobrir o cerne racional dentro do invólucro místico". Sustentamos a hipótese de que o trabalho do professor, denominado atividade de ensino, deveria ser responsável por organizar a atividade de aprendizagem do estudante, e não o inverso. Neste contexto, e com o nosso aporte teórico, emerge nossa questão de pesquisa: Existe relação entre o sistema de ensino vigente e a práxis dos professores de ciências? Para a implementação desta pesquisa, nos fundamentamos na lógica concreta marxiana, orientados pela concepção de que a organização se dá a partir da unidade entre as abordagens quantitativas e qualitativas. Posto isso, descrevemos o contexto da realidade e cindimos nosso método em: investigação e exposição. Com o método de investigação evidenciamos o desequilíbrio numérico entre trabalhos publicados para professores, se comparado com a quantidade de publicações para estudantes, nos eventos de ensino de física e ciências. Com o método de exposição, concluímos que os professores de ciências que se voluntariaram para participar desta pesquisa, utilizam diversas metodologias para suas atividades de ensino, com ou sem respaldo teórico – e independente do PPP da unidade escolar. Ou seja, estes resultados indicam que a práxis, no contexto pedagógico, ainda é algo anuviado, isso está perceptível nos documentos que fundamentam a atual reforma do ensino básico e, consequentemente, está inculcado na atividade dos professores. Segundo os fundamentos da Pedagogia Histórico-Crítica, a atividade de ensino está diretamente relacionada à organização da atividade de estudo, portanto, uma das possíveis ações para “desvirar" a realidade em que nos encontramos é investir em formações para professores que visam a práxis pedagógica
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ADRIANA BIGIDO ROCHA
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ENSINO DE CIÊNCIAS POR INVESTIGAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: A EVOLUÇÃO NA COMPREENSÃO, NAS HABILIDADES METACOGNITIVAS ENVOLVIDAS E A MOBILIZAÇÃO DE SABERES NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES
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Orientador : SOLANGE WAGNER LOCATELLI
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Data: 13/04/2023
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A presente pesquisa efetivou-se com o objetivo de responder a seguinte questão: Como se dá a evolução na compreensão de professores da Educação Infantil acerca do Ensino de Ciências por investigação, considerando a relação entre o conhecimento sobre o Ensino Investigativo, a metacognição e os saberes mobilizados. Diante da questão proposta, a presente pesquisa possui a orientação metodológica qualitativa e apresenta como perspectiva teórica, um caráter interpretativo e foi realizada por meio do estudo de caso. Foi realizada a revisão bibliográfica dos trabalhos desenvolvidos no ENPEC (Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências), nos últimos dez anos, considerando as palavras-chaves desta pesquisa com o objetivo de trazer um panorama das pesquisas envolvendo o Ensino de Ciências na Educação Infantil, com foco na utilização destas práticas pelos professores, envolvendo a metacognição, utilizadas na prática docente. Também foi oferecido na UFABC um curso de extensão, para um grupo de 30 professores polivalentes, da Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental, visando aprofundar os conhecimentos sobre aulas na perspectiva investigativa em Ciências e também da metacognição e os saberes mobilizados por eles. Foram utilizados alguns instrumentos como: questionários, ferramentas de metodologias ativas (Padlet), planos de aulas com sequências didáticas e entrevistas semiestruturadas. Como proposta para a investigação, durante o curso de extensão, e respondendo ao segundo objetivo desta pesquisa, os professores preencheram o Padlet que é uma ferramenta de metodologia ativa que permite criar quadros virtuais para organizar a rotina de trabalho, estudos ou de projetos pessoais. respondendo a pergunta de como eles elaboram suas alunas de Ciências. Como principais resultados, na revisão bibliográfica constatou-se que existem poucos trabalhos sobre Educação Infantil e Metacognição, que os professores ensinam Ciências considerando como as crianças aprendem e sempre optam por conteúdos da área da Biologia (evolução, plantas e animais), pois utilizam mais os saberes experienciais por não dominar o conteúdo. No preenchimento do Padlet, após análise das citações foram criadas quatro categorias (planejamento, recurso, ação docente e dificuldade docente) em que se constatou-se que os professores polivalentes elaboram suas aulas de Ciências por meio da sua ação e prática pedagógica, considerando o planejamento, a necessidade do grupo, o que os alunos já sabem, o aluno como protagonista no processo de ensino-aprendizagem. Esse professor reflete acerca da adaptação de atividades para atender a necessidade da sua turma, utilizando diversos recursos. Demonstram muita dificuldade por não dominar a disciplina. Por meio de entrevistas gravadas e depois transcritas, analisamos como os professores identificam as etapas de uma aula na perspectiva investigativa, bem como suas possíveis evoluções, segundo as categorias de Zômpero e Laburu (2011), utilizando-se a análise do conteúdo de Bardin (2011), bem como os indícios metacognitivos propostos por Schraw (1998), Locatelli (2014) – conhecimento sobre a cognição e a regulação da cognição – e os saberes docentes mobilizados em todas essas etapas propostos por Tardif (2014).
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A presente pesquisa efetivou-se com o objetivo de responder a seguinte questão: Como se dá a evolução na compreensão de professores da Educação Infantil acerca do Ensino de Ciências por investigação, considerando a relação entre o conhecimento sobre o Ensino Investigativo, a metacognição e os saberes mobilizados. Diante da questão proposta, a presente pesquisa possui a orientação metodológica qualitativa e apresenta como perspectiva teórica, um caráter interpretativo e foi realizada por meio do estudo de caso. Foi realizada a revisão bibliográfica dos trabalhos desenvolvidos no ENPEC (Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências), nos últimos dez anos, considerando as palavras-chaves desta pesquisa com o objetivo de trazer um panorama das pesquisas envolvendo o Ensino de Ciências na Educação Infantil, com foco na utilização destas práticas pelos professores, envolvendo a metacognição, utilizadas na prática docente. Também foi oferecido na UFABC um curso de extensão, para um grupo de 30 professores polivalentes, da Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental, visando aprofundar os conhecimentos sobre aulas na perspectiva investigativa em Ciências e também da metacognição e os saberes mobilizados por eles. Foram utilizados alguns instrumentos como: questionários, ferramentas de metodologias ativas (Padlet), planos de aulas com sequências didáticas e entrevistas semiestruturadas. Como proposta para a investigação, durante o curso de extensão, e respondendo ao segundo objetivo desta pesquisa, os professores preencheram o Padlet que é uma ferramenta de metodologia ativa que permite criar quadros virtuais para organizar a rotina de trabalho, estudos ou de projetos pessoais. respondendo a pergunta de como eles elaboram suas alunas de Ciências. Como principais resultados, na revisão bibliográfica constatou-se que existem poucos trabalhos sobre Educação Infantil e Metacognição, que os professores ensinam Ciências considerando como as crianças aprendem e sempre optam por conteúdos da área da Biologia (evolução, plantas e animais), pois utilizam mais os saberes experienciais por não dominar o conteúdo. No preenchimento do Padlet, após análise das citações foram criadas quatro categorias (planejamento, recurso, ação docente e dificuldade docente) em que se constatou-se que os professores polivalentes elaboram suas aulas de Ciências por meio da sua ação e prática pedagógica, considerando o planejamento, a necessidade do grupo, o que os alunos já sabem, o aluno como protagonista no processo de ensino-aprendizagem. Esse professor reflete acerca da adaptação de atividades para atender a necessidade da sua turma, utilizando diversos recursos. Demonstram muita dificuldade por não dominar a disciplina. Por meio de entrevistas gravadas e depois transcritas, analisamos como os professores identificam as etapas de uma aula na perspectiva investigativa, bem como suas possíveis evoluções, segundo as categorias de Zômpero e Laburu (2011), utilizando-se a análise do conteúdo de Bardin (2011), bem como os indícios metacognitivos propostos por Schraw (1998), Locatelli (2014) – conhecimento sobre a cognição e a regulação da cognição – e os saberes docentes mobilizados em todas essas etapas propostos por Tardif (2014).
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FABIOLA RODRIGUES OLIVEIRA DO NASCIMENTO
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'Noções de Chimica Geral', de João Martins Teixeira: contribuições históricas ao ensino de química
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Orientador : RAFAEL CAVA MORI
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Data: 02/05/2023
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Considerando a periodização das ideias pedagógicas brasileiras proposta por Dermeval Saviani, este trabalho analisa o livro didático 'Noções de Chimica Geral', escrito por João Martins Teixeira e publicado em 1875 - portanto, no período da convivência entre as vertentes religiosa e laica da pedagogia tradicional. À luz das características assumidas pela prática educacional brasileira nesse período, e das peculiaridades das edições didáticas então publicadas e/ou utilizadas, o trabalho situa a obra de Teixeira no quadro mais amplo do desenvolvimento da química e de seu ensino no Brasil. A partir de categorias já indicadas na literatura (influências filosóficas, papel relegado à experimentação, apresentação da química enquanto ciência em construção), realizou-se a análise de conteúdo do livro 'Noções de Chimica Geral', recorrendo-se às técnicas de análise categorial e temática. Também foi analisada, a partir de categorias afins, a Seção Histórica que encerra o livro, com contribuições à historiografia (do ensino) da química no Brasil.
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Considerando a periodização das ideias pedagógicas brasileiras proposta por Dermeval Saviani, este trabalho analisa o livro didático 'Noções de Chimica Geral', escrito por João Martins Teixeira e publicado em 1875 - portanto, no período da convivência entre as vertentes religiosa e laica da pedagogia tradicional. À luz das características assumidas pela prática educacional brasileira nesse período, e das peculiaridades das edições didáticas então publicadas e/ou utilizadas, o trabalho situa a obra de Teixeira no quadro mais amplo do desenvolvimento da química e de seu ensino no Brasil. A partir de categorias já indicadas na literatura (influências filosóficas, papel relegado à experimentação, apresentação da química enquanto ciência em construção), realizou-se a análise de conteúdo do livro 'Noções de Chimica Geral', recorrendo-se às técnicas de análise categorial e temática. Também foi analisada, a partir de categorias afins, a Seção Histórica que encerra o livro, com contribuições à historiografia (do ensino) da química no Brasil.
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THAÍS ANDREA FURIGO NOVAES
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RELAÇÕES PÚBLICO-PRIVADAS NA (E A PARTIR DA) EDUCAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO: CONTRIBUIÇÕES METODOLÓGICAS
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Orientador : FERNANDO LUIZ CASSIO SILVA
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Data: 15/05/2023
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O trabalho analisa as relações público-privadas na construção de políticas educacionais no estado de São Paulo e a partir do estado de São Paulo, no caso do Novo Ensino Médio (NEM). Para isso adotamos referenciais sobre redes de governança, neoliberalização e heterarquização do Estado, compreendendo que a elaboração de políticas e a prestação de serviços públicos são cada vez mais compartilhadas entre atores públicos e privados, constituindo um arranjo de governança em rede. A burocracia estatal é substituída por relações de interdependência e sobreposições entre o público e o privado, constituindo uma organização heterárquica. Utilizando a metodologia de etnografia em rede, instrumento de análise que viabiliza a representação das redes de políticas na forma de grafos, mapeamos algumas das formas mais recentes de privatização da educação no estado de São Paulo: 1) a parceria entre a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) e a Associação Parceiros da Educação (APE) em torno do Programa Educação – Compromisso de São Paulo, entre 2015 e 2018; 2) a implementação do NEM paulista, a partir das parcerias relacionadas ao Programa Inova Educação e ao Currículo Paulista entre 2019 e 2022; e 3) a mobilidade da política educacional, a partir do NEM paulista, no contexto federativo da implementação do NEM no restante do país.
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O trabalho analisa as relações público-privadas na construção de políticas educacionais no estado de São Paulo e a partir do estado de São Paulo, no caso do Novo Ensino Médio (NEM). Para isso adotamos referenciais sobre redes de governança, neoliberalização e heterarquização do Estado, compreendendo que a elaboração de políticas e a prestação de serviços públicos são cada vez mais compartilhadas entre atores públicos e privados, constituindo um arranjo de governança em rede. A burocracia estatal é substituída por relações de interdependência e sobreposições entre o público e o privado, constituindo uma organização heterárquica. Utilizando a metodologia de etnografia em rede, instrumento de análise que viabiliza a representação das redes de políticas na forma de grafos, mapeamos algumas das formas mais recentes de privatização da educação no estado de São Paulo: 1) a parceria entre a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) e a Associação Parceiros da Educação (APE) em torno do Programa Educação – Compromisso de São Paulo, entre 2015 e 2018; 2) a implementação do NEM paulista, a partir das parcerias relacionadas ao Programa Inova Educação e ao Currículo Paulista entre 2019 e 2022; e 3) a mobilidade da política educacional, a partir do NEM paulista, no contexto federativo da implementação do NEM no restante do país.
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LUANA ALVES SOARES
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O MÉTODO DE MELHORIA DE RESULTADOS NA REDE ESTADUAL DE SÃO PAULO
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Orientador : FERNANDO LUIZ CASSIO SILVA
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Data: 18/05/2023
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A presente pesquisa refere-se ao Método de Melhorias de Resultados inserido na rede estadual de São Paulo a partir de 2016 visando fundamentalmente impulsionar o trabalho através de projetos pedagógicos que possam envolver os estudantes e serem acompanhados ao longo de um ano letivo por toda a equipe, podendo ser reavaliados e reconduzidos se comprovada a sua ineficácia. O objetivo principal é elevar os indicadores das escolas estaduais de São Paulo nas avaliações externas e melhorar o desempenho, sobretudo, em língua portuguesa e matemática. Essa experiência não é propriamente uma novidade, pois ela foi implementada por uma empresa que desenvolveu o método e o aplicou em outros estados e municípios brasileiros. Em São Paulo, essa iniciativa se insere na lógica gerencialista da rede estadual que avança ao longo de sucessivos governos peessedebistas e tem um repertório de ações para elevar o desempenho dos profissionais e estudantes com base nos indicadores. Essa maneira de conduzir a política pública educacional é marca da contemporaneidade e encontra em São Paulo uma vitrine bastante importante para ser difundida pelo país fora. Uma política como essa, centrada em indicadores traz consigo uma série de problemas que são causados pela precariedade subjetiva do trabalho, uma sensação de insuficiência e de extremo cansaço entre os profissionais da rede que sentem na pele o fardo pesado da responsabilização e tudo o que resulta de uma desvalorização crescente da sua carreira e que agravada por novas demandas torna o cotidiano profissional cada vez mais desalentador. As questões objetivas e subjetivas acerca do MMR precisam de uma atenção pois elas dão os indícios para compreender como funciona a maior rede de educação da América Latina e de que maneira os docentes e os gestores paulistas enxergam o seu papel na atual conjuntura.
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A presente pesquisa refere-se ao Método de Melhorias de Resultados inserido na rede estadual de São Paulo a partir de 2016 visando fundamentalmente impulsionar o trabalho através de projetos pedagógicos que possam envolver os estudantes e serem acompanhados ao longo de um ano letivo por toda a equipe, podendo ser reavaliados e reconduzidos se comprovada a sua ineficácia. O objetivo principal é elevar os indicadores das escolas estaduais de São Paulo nas avaliações externas e melhorar o desempenho, sobretudo, em língua portuguesa e matemática. Essa experiência não é propriamente uma novidade, pois ela foi implementada por uma empresa que desenvolveu o método e o aplicou em outros estados e municípios brasileiros. Em São Paulo, essa iniciativa se insere na lógica gerencialista da rede estadual que avança ao longo de sucessivos governos peessedebistas e tem um repertório de ações para elevar o desempenho dos profissionais e estudantes com base nos indicadores. Essa maneira de conduzir a política pública educacional é marca da contemporaneidade e encontra em São Paulo uma vitrine bastante importante para ser difundida pelo país fora. Uma política como essa, centrada em indicadores traz consigo uma série de problemas que são causados pela precariedade subjetiva do trabalho, uma sensação de insuficiência e de extremo cansaço entre os profissionais da rede que sentem na pele o fardo pesado da responsabilização e tudo o que resulta de uma desvalorização crescente da sua carreira e que agravada por novas demandas torna o cotidiano profissional cada vez mais desalentador. As questões objetivas e subjetivas acerca do MMR precisam de uma atenção pois elas dão os indícios para compreender como funciona a maior rede de educação da América Latina e de que maneira os docentes e os gestores paulistas enxergam o seu papel na atual conjuntura.
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MARCELO NASCIMENTO GUERRA
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Interdisciplinaridade e seus percalços: currículo, concepções dos professores e alfabetização científica
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Orientador : PATRICIA DA SILVA SESSA
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Data: 30/05/2023
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A pesquisa tem como foco as interações entre os ensinos de Ciências e de Geografia no sentido de identificar polissemias e proximidades entre os objetivos formativos e convergências possíveis para propostas de ensino interdisciplinares, que aqui entendemos como um processo a ser melhor compreendido. Analisamos possibilidades de interações no currículo prescrito, nas propostas de alfabetização das respectivas áreas e assim verificaremos as concepções, perspectivas e experiências dos professores que se aproximam dessas interações na escala do currículo em ação. Por meio de entrevista semiestruturada, buscamos nesse processo responder às seguintes perguntas: Quais as perspectivas e as concepções dos docentes acerca da interdisciplinaridade entre Ciências e Geografia no currículo em ação? Quais principais percalços identificados por professores em diferentes contextos, para a interdisciplinaridade como processo? Com análise qualitativa de conteúdo, buscamos debater sobre as forças político-econômicas e perspectivas de sociedade que constroem o currículo de ensino a partir das contribuições dos docentes sobre os obstáculos e caminhos possíveis de construção da interdisciplinaridade que se manifestam nas vivências pedagógicas. Por fim, produzimos dois mapas conceituais de acordo com a teoria da aprendizagem significativa para sistematizar os apontamentos das entrevistas e prover um material de reflexão sobre a formação docente.
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A pesquisa tem como foco as interações entre os ensinos de Ciências e de Geografia no sentido de identificar polissemias e proximidades entre os objetivos formativos e convergências possíveis para propostas de ensino interdisciplinares, que aqui entendemos como um processo a ser melhor compreendido. Analisamos possibilidades de interações no currículo prescrito, nas propostas de alfabetização das respectivas áreas e assim verificaremos as concepções, perspectivas e experiências dos professores que se aproximam dessas interações na escala do currículo em ação. Por meio de entrevista semiestruturada, buscamos nesse processo responder às seguintes perguntas: Quais as perspectivas e as concepções dos docentes acerca da interdisciplinaridade entre Ciências e Geografia no currículo em ação? Quais principais percalços identificados por professores em diferentes contextos, para a interdisciplinaridade como processo? Com análise qualitativa de conteúdo, buscamos debater sobre as forças político-econômicas e perspectivas de sociedade que constroem o currículo de ensino a partir das contribuições dos docentes sobre os obstáculos e caminhos possíveis de construção da interdisciplinaridade que se manifestam nas vivências pedagógicas. Por fim, produzimos dois mapas conceituais de acordo com a teoria da aprendizagem significativa para sistematizar os apontamentos das entrevistas e prover um material de reflexão sobre a formação docente.
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LAIS DA SILVEIRA MEDEIROS
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As práticas no ensino de botânica: entre a formação inicial e as escolhas metodológicas dos professores
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Orientador : JOAO RODRIGO SANTOS DA SILVA
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Data: 01/06/2023
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Considerando as grandes dificuldades encontradas nos caminhos do ensino de botânica no país, que são perpetuadas tanto pela falta de interesse pelo tema, quanto pelas metodologias usadas pelos professores, propomos entender os percursos formativos de professores e professoras, suas escolhas metodológicas e as concepções acerca dos métodos usados em seu cotidiano. O presente trabalho teve como objetivos identificar metodologias predominantes na formação dos professores, na graduação, em suas aulas de botânica, de acordo com suas memórias formativas, analisar as concepções dos professores acerca das diferentes metodologias que vivenciaram na formação. O presente trabalho também objetivou identificar nas práticas propostas pelos professores para sua atuação em sala, quais destas metodologias possuem características de acordo com as denominadas metodologias ativas e participativas, que têm sido apresentadas pelo currículo e por instituições escolares como caminhos para a atuação docente, a fim de contribuir para a formação dos estudantes, permitindo-lhes mais autonomia. Foram aplicados questionários com questões abertas e fechadas, sobre os percursos formativos, influências no planejamento de aulas de botânica e a elaboração de um plano de aula espontâneo que abordasse algum tema botânico, aplicado a professores e professoras. Esses dados foram submetidos à análise de discurso, onde pôde-se compreender a aspectos da formação inicial em botânica e a maneira de ensinar botânica, além de identificar a presença ou ausência das metodologias ditas ativas e participativas, seja na formação inicial, seja na abordagem proposta no plano de ensino. Os resultados apontam que a maioria dos professores e professoras relataram as abordagens da formação inicial como predominantemente expositivas, com eventos esporádicos de práticas laboratoriais e saídas de campo, e ainda algumas concepções errôneas acerca de nomenclaturas de metodologias citadas. Entre os planos, pode-se identificar que na maioria das abordagens propostas não há presença de metodologias ativas. A partir dos dados obtidos, pode-se concluir que existe uma predominância de abordagens expositivas e pouco participativas, seja nas experiências de formação inicial, seja nas abordagens propostas nos planejamentos. Tais resultados apontam para a necessidade de espaços formativos para que professores e professoras tenham oportunidade de contato com diferentes metodologias e seus conceitos, podendo trazer tal diversificação para sua prática.
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Considerando as grandes dificuldades encontradas nos caminhos do ensino de botânica no país, que são perpetuadas tanto pela falta de interesse pelo tema, quanto pelas metodologias usadas pelos professores, propomos entender os percursos formativos de professores e professoras, suas escolhas metodológicas e as concepções acerca dos métodos usados em seu cotidiano. O presente trabalho teve como objetivos identificar metodologias predominantes na formação dos professores, na graduação, em suas aulas de botânica, de acordo com suas memórias formativas, analisar as concepções dos professores acerca das diferentes metodologias que vivenciaram na formação. O presente trabalho também objetivou identificar nas práticas propostas pelos professores para sua atuação em sala, quais destas metodologias possuem características de acordo com as denominadas metodologias ativas e participativas, que têm sido apresentadas pelo currículo e por instituições escolares como caminhos para a atuação docente, a fim de contribuir para a formação dos estudantes, permitindo-lhes mais autonomia. Foram aplicados questionários com questões abertas e fechadas, sobre os percursos formativos, influências no planejamento de aulas de botânica e a elaboração de um plano de aula espontâneo que abordasse algum tema botânico, aplicado a professores e professoras. Esses dados foram submetidos à análise de discurso, onde pôde-se compreender a aspectos da formação inicial em botânica e a maneira de ensinar botânica, além de identificar a presença ou ausência das metodologias ditas ativas e participativas, seja na formação inicial, seja na abordagem proposta no plano de ensino. Os resultados apontam que a maioria dos professores e professoras relataram as abordagens da formação inicial como predominantemente expositivas, com eventos esporádicos de práticas laboratoriais e saídas de campo, e ainda algumas concepções errôneas acerca de nomenclaturas de metodologias citadas. Entre os planos, pode-se identificar que na maioria das abordagens propostas não há presença de metodologias ativas. A partir dos dados obtidos, pode-se concluir que existe uma predominância de abordagens expositivas e pouco participativas, seja nas experiências de formação inicial, seja nas abordagens propostas nos planejamentos. Tais resultados apontam para a necessidade de espaços formativos para que professores e professoras tenham oportunidade de contato com diferentes metodologias e seus conceitos, podendo trazer tal diversificação para sua prática.
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RENATO APOLO PRADO
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A MATEMÁTICA QUE SURPREENDE E DESAFIA - APRENDENDO COM A EMC
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Orientador : EVONIR ALBRECHT
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Data: 02/06/2023
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A inserção das Histórias em Quadrinhos (HQs) no ambiente escolar pode representar um material com grande potencialidade para a Educação. Compreendendo que à busca por diferentes estratégias pedagógicas podem colaborar na melhoria do ensino e aprendizado, propomos a inserção de HQs como prática didática, tendo por base a Educação Matemática Crítica (EMC) para abordar conteúdos da Matemática Financeira, com o intuito de preparar os estudantes a compreender a importância de evitar situações de inadimplência e de endividamento das diferentes famílias, bem como vulnerabilidade socioeconômica, além de auxiliar o fortalecimento da cidadania financeira e a inclusão social. A utilização da matemática financeira para os conteúdos de juros simples, juros compostos e sistemas de amortização, serão desenvolvidos com a turma do 2º ano do M-TEC (Ensino Médio e Técnico em Comunicação Visual) da ETEC Tiquatira. Este trabalho pretende representar nas HQs, diferentes histórias que descrevem situações reais das famílias, nos diferentes contextos sociais, políticos, econômicos e regionais, propondo assim, reflexões e criticidade para tomadas de decisões mais assertivas e visando a construção crítica, através de outras perspectivas de ver e conceber o ensino de matemática, com a inserção do aluno como parte ativa do processo, pretendendo alcançar resultados significativos.
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A inserção das Histórias em Quadrinhos (HQs) no ambiente escolar pode representar um material com grande potencialidade para a Educação. Compreendendo que à busca por diferentes estratégias pedagógicas podem colaborar na melhoria do ensino e aprendizado, propomos a inserção de HQs como prática didática, tendo por base a Educação Matemática Crítica (EMC) para abordar conteúdos da Matemática Financeira, com o intuito de preparar os estudantes a compreender a importância de evitar situações de inadimplência e de endividamento das diferentes famílias, bem como vulnerabilidade socioeconômica, além de auxiliar o fortalecimento da cidadania financeira e a inclusão social. A utilização da matemática financeira para os conteúdos de juros simples, juros compostos e sistemas de amortização, serão desenvolvidos com a turma do 2º ano do M-TEC (Ensino Médio e Técnico em Comunicação Visual) da ETEC Tiquatira. Este trabalho pretende representar nas HQs, diferentes histórias que descrevem situações reais das famílias, nos diferentes contextos sociais, políticos, econômicos e regionais, propondo assim, reflexões e criticidade para tomadas de decisões mais assertivas e visando a construção crítica, através de outras perspectivas de ver e conceber o ensino de matemática, com a inserção do aluno como parte ativa do processo, pretendendo alcançar resultados significativos.
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THIENE PELOSI CASSIAVILLANI
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Legislação, produção científica e práticas escolares sobre educação sexual no brasil
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Orientador : MIRIAN PACHECO SILVA ALBRECHT
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Data: 05/06/2023
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A Educação Sexual está sempre presente na escola, mesmo que seja de maneira não intencional e não sistematizada. Isso porque a sexualidade das pessoas as acompanha por toda a vida, do nascimento à morte, e não é abandonada uma vez que passam pelos portões da escola. Ao mesmo tempo, a escola não está isenta das tensões, tabus, preconceitos e violências que perpassam as questões de gênero e sexualidade. Na verdade, ela é um espaço produtor de desigualdades na medida em que diferencia e categoriza as pessoas que a integram. Mas, ao mesmo tempo, tem a potencialidade de ser um espaço de reflexão e desconstrução de preconceitos e discriminações. Para isso, é imprescindível que a Educação Sexual formal esteja presente nas escolas e seja praticada transversalmente e de maneira duradoura. O objetivo geral desta pesquisa é aprofundar a compreensão acerca de o quanto as práticas pedagógicas em Educação Sexual nas escolas estão alinhadas ao que está preconizado pela legislação e documentos do Ministério da Educação que tratam da temática. Deste modo, nossa questão norteadora é “Como ocorrem as práticas pedagógicas em Educação Sexual e como elas se relacionam com os documentos oficiais da Educação?”. A presente pesquisa está sendo realizada em formato multipaper, e é composta por três artigos. Nossas considerações parciais são que a pesquisa demonstrou que professoras e professores estão, sim, respaldadas para realizar práticas de Educação Sexual nas escolas. No entanto, não há um documento único e explícito que possa ratificar isso. Portanto, acreditamos que as escolas do país não serão capazes de realizar uma Educação Sexual integral, transversal e perene com estudantes e famílias enquanto não houver uma legislação única e contundente sobre ela. Ademais, faz-se necessário que a Educação Sexual integre os currículos dos cursos de licenciatura do país para que professoras e professores estejam e se sintam preparadas para lidar com a temática em sala de aula. A nossa hipótese acerca de como ocorrem as práticas pedagógicas é que elas estão distanciadas dos documentos oficiais, que apresentam diretrizes para que a escola trabalhe questões concernentes à Educação Sexual. Isso se dá, em parte, porque eles apresentam lacunas que abrem espaço para diferentes interpretações. Esse cenário faz com que as práticas de Educação Sexual nas escolas dependam do ímpeto pessoal de algumas professoras ou grupo de professoras, o que as torna dispersas e pontuais.
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A Educação Sexual está sempre presente na escola, mesmo que seja de maneira não intencional e não sistematizada. Isso porque a sexualidade das pessoas as acompanha por toda a vida, do nascimento à morte, e não é abandonada uma vez que passam pelos portões da escola. Ao mesmo tempo, a escola não está isenta das tensões, tabus, preconceitos e violências que perpassam as questões de gênero e sexualidade. Na verdade, ela é um espaço produtor de desigualdades na medida em que diferencia e categoriza as pessoas que a integram. Mas, ao mesmo tempo, tem a potencialidade de ser um espaço de reflexão e desconstrução de preconceitos e discriminações. Para isso, é imprescindível que a Educação Sexual formal esteja presente nas escolas e seja praticada transversalmente e de maneira duradoura. O objetivo geral desta pesquisa é aprofundar a compreensão acerca de o quanto as práticas pedagógicas em Educação Sexual nas escolas estão alinhadas ao que está preconizado pela legislação e documentos do Ministério da Educação que tratam da temática. Deste modo, nossa questão norteadora é “Como ocorrem as práticas pedagógicas em Educação Sexual e como elas se relacionam com os documentos oficiais da Educação?”. A presente pesquisa está sendo realizada em formato multipaper, e é composta por três artigos. Nossas considerações parciais são que a pesquisa demonstrou que professoras e professores estão, sim, respaldadas para realizar práticas de Educação Sexual nas escolas. No entanto, não há um documento único e explícito que possa ratificar isso. Portanto, acreditamos que as escolas do país não serão capazes de realizar uma Educação Sexual integral, transversal e perene com estudantes e famílias enquanto não houver uma legislação única e contundente sobre ela. Ademais, faz-se necessário que a Educação Sexual integre os currículos dos cursos de licenciatura do país para que professoras e professores estejam e se sintam preparadas para lidar com a temática em sala de aula. A nossa hipótese acerca de como ocorrem as práticas pedagógicas é que elas estão distanciadas dos documentos oficiais, que apresentam diretrizes para que a escola trabalhe questões concernentes à Educação Sexual. Isso se dá, em parte, porque eles apresentam lacunas que abrem espaço para diferentes interpretações. Esse cenário faz com que as práticas de Educação Sexual nas escolas dependam do ímpeto pessoal de algumas professoras ou grupo de professoras, o que as torna dispersas e pontuais.
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RENATA CRISTINA ALBERGHETTI
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O desenvolvimento de competências matemáticas no ensino de matrizes com o uso de simulador TinkerCad por meio da aprendizagem baseada em problemas no contexto de um projeto interdisciplinar
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Orientador : VIVILI MARIA SILVA GOMES
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Data: 06/06/2023
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Neste estudo são apresentados os resultados da pesquisa de mestrado que buscou investigar e refletir sobre as contribuições que podem emergir do trabalho entre Matemática e automação com o simulador TinkerCad para o desenvolvimento de competências gerais da Educação Básica e específicas de Matemática presentes na Base Nacional Curricular Comum (BNCC). Para isso, foi desenvolvido um projeto interdisciplinar entre os componentes curriculares Matemática e Desenvolvimento de Web Site com alunos da segunda série do Ensino Técnico integrado ao Médio em Informática para Internet, numa Escola Técnica Estadual no município de Praia Grande (SP) no final do ano de 2022. No projeto foram considerados conceitos de Lógica de Programação com o objetivo de ensinar conteúdos matemáticos de matrizes, por meio da abordagem baseada em problemas (ABP). Os dados coletados referem-me às atividades desenvolvidas pelos alunos no contexto do projeto interdisciplinar sendo a pesquisadora, a professora que ensina matemática para a turma. Os resultados têm origem na análise documental da BNCC do Ensino Médio e do conjunto de dados obtidos, composto pelos registros: observação participante, entrevista semiestruturada, atividades desenvolvidas pelos alunos, questionário e filmagem. O ensino por competências, as Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC) aplicadas à educação, a ABP e Pedagogia de Projetos compõem o referencial teórico inicial deste trabalho. Foi realizada uma revisão bibliográfica com o intuito de localizar trabalhos que apoiam sua fundamentação e contextualização. Esses resultados parciais possibilitaram: a identificação de estudos que embasaram a elaboração desta dissertação, confirmando assim a ausência de produções relacionadas ao problema delineado; e apontaram para as três competências que mais se alinham à proposta desta investigação, sendo três específicas da área da Matemática e suas Tecnologias e duas gerais da Educação Básica. Demonstraram, ainda, que o trabalho interdisciplinar com apoio das TDIC e a ABP estimula o interesse pela aprendizagem dos conteúdos de Matemática bem como de Lógica de Programação.
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Neste estudo são apresentados os resultados da pesquisa de mestrado que buscou investigar e refletir sobre as contribuições que podem emergir do trabalho entre Matemática e automação com o simulador TinkerCad para o desenvolvimento de competências gerais da Educação Básica e específicas de Matemática presentes na Base Nacional Curricular Comum (BNCC). Para isso, foi desenvolvido um projeto interdisciplinar entre os componentes curriculares Matemática e Desenvolvimento de Web Site com alunos da segunda série do Ensino Técnico integrado ao Médio em Informática para Internet, numa Escola Técnica Estadual no município de Praia Grande (SP) no final do ano de 2022. No projeto foram considerados conceitos de Lógica de Programação com o objetivo de ensinar conteúdos matemáticos de matrizes, por meio da abordagem baseada em problemas (ABP). Os dados coletados referem-me às atividades desenvolvidas pelos alunos no contexto do projeto interdisciplinar sendo a pesquisadora, a professora que ensina matemática para a turma. Os resultados têm origem na análise documental da BNCC do Ensino Médio e do conjunto de dados obtidos, composto pelos registros: observação participante, entrevista semiestruturada, atividades desenvolvidas pelos alunos, questionário e filmagem. O ensino por competências, as Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC) aplicadas à educação, a ABP e Pedagogia de Projetos compõem o referencial teórico inicial deste trabalho. Foi realizada uma revisão bibliográfica com o intuito de localizar trabalhos que apoiam sua fundamentação e contextualização. Esses resultados parciais possibilitaram: a identificação de estudos que embasaram a elaboração desta dissertação, confirmando assim a ausência de produções relacionadas ao problema delineado; e apontaram para as três competências que mais se alinham à proposta desta investigação, sendo três específicas da área da Matemática e suas Tecnologias e duas gerais da Educação Básica. Demonstraram, ainda, que o trabalho interdisciplinar com apoio das TDIC e a ABP estimula o interesse pela aprendizagem dos conteúdos de Matemática bem como de Lógica de Programação.
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JESSICA JORGE
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INTERESSES E CONHECIMENTOS SOBRE BIODIVERSIDADE NO ESTADO DE SÃO PAULO: O QUE ESTUDANTES TÊM A NOS DIZER?
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Orientador : FERNANDA FRANZOLIN
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Data: 02/08/2023
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A presente pesquisa buscou identificar e compreender os interesses e as concepções de estudantes a respeito da biodiversidade, e identificar, a partir desse levantamento, necessidades de didatização para a educação sobre biodiversidade. A investigação ocorreu em escolas situadas nas proximidades e distantes de matas remanescentes dos biomas Cerrado e Mata Atlântica, bem como da Zona Litorânea, ambos localizados em cidades do Estado de São Paulo. Os instrumentos de coleta de dados utilizados foram questionários com 105 afirmativas para 188 estudantes participantes e, destes, 20 também foram entrevistados utilizando roteiro semiestruturado com 11 perguntas. Os dados obtidos foram analisados e comparados conforme o ambiente, próximo e distante, os biomas Cerrado e Mata Atlântica e a Zona Litorânea. Possibilidades de abordagens a respeito da biodiversidade nos materiais didáticos foram sugeridas a partir dos resultados e discussões para fomentar o ensino de biodiversidade.
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A presente pesquisa buscou identificar e compreender os interesses e as concepções de estudantes a respeito da biodiversidade, e identificar, a partir desse levantamento, necessidades de didatização para a educação sobre biodiversidade. A investigação ocorreu em escolas situadas nas proximidades e distantes de matas remanescentes dos biomas Cerrado e Mata Atlântica, bem como da Zona Litorânea, ambos localizados em cidades do Estado de São Paulo. Os instrumentos de coleta de dados utilizados foram questionários com 105 afirmativas para 188 estudantes participantes e, destes, 20 também foram entrevistados utilizando roteiro semiestruturado com 11 perguntas. Os dados obtidos foram analisados e comparados conforme o ambiente, próximo e distante, os biomas Cerrado e Mata Atlântica e a Zona Litorânea. Possibilidades de abordagens a respeito da biodiversidade nos materiais didáticos foram sugeridas a partir dos resultados e discussões para fomentar o ensino de biodiversidade.
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RONNY MACIEL DE MATTOS
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A INSERÇÃO DA EXTENSÃO NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO DAS UNIVERSIDADES FEDERAIS BRASILEIRAS: AVANÇOS E DESAFIOS
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Orientador : EVONIR ALBRECHT
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Data: 04/08/2023
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O esforço pela concretização da curricularização da extensão está na vanguarda da concepção de aprimoramento das estruturas curriculares das instituições de ensino superior brasileiras. O atual Plano Nacional de Educação - PNE estabelece, dentre suas estratégias, a integralização de, no mínimo, dez por cento do total de créditos curriculares exigidos nos cursos de graduação, em projetos e programas de extensão, prioritariamente, em áreas de pertinência social, atribuindo maior protagonismo à extensão na formação universitária, e estimulando as instituições de ensino superior a repensarem suas concepções, suas práticas extensionistas, os componentes curriculares dos cursos e a própria instituição. O presente estudo à luz da legislação pertinente à extensão universitária posiciona-se ao lado daqueles que sustentam a ideia de que a extensão é essencial no processo de formação universitária, pois propicia o contato concreto com a realidade social, sendo de extrema relevância para a construção de uma ampla formação, possibilitando ao discente ser protagonista de sua formação, para obtenção de conhecimentos necessários à atuação profissional e cidadã. Objetiva-se apresentar uma síntese da curricularização da extensão universitária, mediante a interação da prática extensionista com a formação acadêmica, para tanto, buscou-se verificar a situação da curricularização da extensão nos cursos de graduação das universidades federais brasileiras. Com vistas à obtenção de respostas foi realizada uma pesquisa qualitativa de método exploratório com coleta de informações através da análise documental, e a verificação dos documentos obtidos constitui-se por meio da análise de conteúdo. Pela importância do tema, mediante a análise pontuou-se os avanços obtidos pelas universidades federais em relação à inserção da extensão nos currículos dos cursos, em cumprimento as diretrizes do PNE. Observou-se que os desafios são constantes devido a mudança na cultura institucional, tendo em vista a readequação dos projetos pedagógicos dos cursos, visando a superação das resistências na pretensão da efetivação da curricularização com a possibilidade de impacto estratégico, como a formação integral dos estudantes, e a liberdade para que o discente construa seu percurso formativo por meio dos componentes curriculares de extensão, e não somente tencionando o simples cumprimento das regulamentações. Neste contexto, a curricularização da extensão constitui-se como eixo fundamental para essa ampla formação, por meio de um processo educativo, cultural e cientifico que articula o tripé: extensão, ensino, e pesquisa, de forma indissociável, viabilizando a aproximação e relação entre universidade e sociedade, de modo que os alunos possam efetivamente se integrar na sociedade, dialogando de forma mais imediata com a realidade social.
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O esforço pela concretização da curricularização da extensão está na vanguarda da concepção de aprimoramento das estruturas curriculares das instituições de ensino superior brasileiras. O atual Plano Nacional de Educação - PNE estabelece, dentre suas estratégias, a integralização de, no mínimo, dez por cento do total de créditos curriculares exigidos nos cursos de graduação, em projetos e programas de extensão, prioritariamente, em áreas de pertinência social, atribuindo maior protagonismo à extensão na formação universitária, e estimulando as instituições de ensino superior a repensarem suas concepções, suas práticas extensionistas, os componentes curriculares dos cursos e a própria instituição. O presente estudo à luz da legislação pertinente à extensão universitária posiciona-se ao lado daqueles que sustentam a ideia de que a extensão é essencial no processo de formação universitária, pois propicia o contato concreto com a realidade social, sendo de extrema relevância para a construção de uma ampla formação, possibilitando ao discente ser protagonista de sua formação, para obtenção de conhecimentos necessários à atuação profissional e cidadã. Objetiva-se apresentar uma síntese da curricularização da extensão universitária, mediante a interação da prática extensionista com a formação acadêmica, para tanto, buscou-se verificar a situação da curricularização da extensão nos cursos de graduação das universidades federais brasileiras. Com vistas à obtenção de respostas foi realizada uma pesquisa qualitativa de método exploratório com coleta de informações através da análise documental, e a verificação dos documentos obtidos constitui-se por meio da análise de conteúdo. Pela importância do tema, mediante a análise pontuou-se os avanços obtidos pelas universidades federais em relação à inserção da extensão nos currículos dos cursos, em cumprimento as diretrizes do PNE. Observou-se que os desafios são constantes devido a mudança na cultura institucional, tendo em vista a readequação dos projetos pedagógicos dos cursos, visando a superação das resistências na pretensão da efetivação da curricularização com a possibilidade de impacto estratégico, como a formação integral dos estudantes, e a liberdade para que o discente construa seu percurso formativo por meio dos componentes curriculares de extensão, e não somente tencionando o simples cumprimento das regulamentações. Neste contexto, a curricularização da extensão constitui-se como eixo fundamental para essa ampla formação, por meio de um processo educativo, cultural e cientifico que articula o tripé: extensão, ensino, e pesquisa, de forma indissociável, viabilizando a aproximação e relação entre universidade e sociedade, de modo que os alunos possam efetivamente se integrar na sociedade, dialogando de forma mais imediata com a realidade social.
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JULIANA KAORI IDO
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A EMOÇÃO ENQUANTO FUNÇÃO PEDAGÓGICA E SOCIAL: UMA DISCUSSÃO SOBRE AS EMOÇÕES NO ENSINO DE FÍSICA
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Orientador : JOSE GUILHERME DE OLIVEIRA BROCKINGTON
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Data: 09/08/2023
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Ao longo da jornada escolar, estudantes são introduzidos a diversas áreas do conhecimento por meio de disciplinas, que irão, de alguma forma, despertar prazer ou aversão. No caso da Física, são recorrentes as reações negativas dos estudantes do Ensino Médio, e a partir da inquietação com esse tema que essa pesquisa surgiu. A alternativa escolhida para desbravar esse cenário foi a investigação das emoções no Ensino de Física. Respaldados na teoria do neurologista António Damásio, partimos da concepção que as emoções são reações do corpo que visam a sobrevivência e que provoca uma série de efeitos.
Ao considerarmos como foco a sala de aula, a dimensão biológica da emoção se mostra necessária, mas não suficiente. Desta forma, exploramos também as perspectivas pedagógicas e sociais dos processos emocionais vivenciados pelos estudantes em um curso de física.
Assim, o objetivo central dessa pesquisas foi a verificação das emoções na sala de aula por meio da investigação do Clima Emocional, buscando encontrar possíveis correlações dessas emoção com a prática pedagógica adotada pelo professor em um curso de Relatividade ofertado em uma universidade pública do estado de São Paulo.. A partir da medição da emoção de cada estudante, reunimos medidas individuais e indicamos o Clima Emocional da classe. Analisamos como a turma se sente a cada 5 minutos, e realizamos análises de correlação entre a emoção relatada pelo aluno e a abordagem utilizada pelo professor.
Os resultados obtidos indicam a possibilidade de mensurar as emoções, especialmente no contexto da sala de aula, assim como identificar como determinadas abordagens pedagógicas impactam o clima emocional. De modo geral, esse trabalho que realizamos reitera a relevância do aspecto emocional na Educação e reforça a materialidade das emoções.
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Ao longo da jornada escolar, estudantes são introduzidos a diversas áreas do conhecimento por meio de disciplinas, que irão, de alguma forma, despertar prazer ou aversão. No caso da Física, são recorrentes as reações negativas dos estudantes do Ensino Médio, e a partir da inquietação com esse tema que essa pesquisa surgiu. A alternativa escolhida para desbravar esse cenário foi a investigação das emoções no Ensino de Física. Respaldados na teoria do neurologista António Damásio, partimos da concepção que as emoções são reações do corpo que visam a sobrevivência e que provoca uma série de efeitos.
Ao considerarmos como foco a sala de aula, a dimensão biológica da emoção se mostra necessária, mas não suficiente. Desta forma, exploramos também as perspectivas pedagógicas e sociais dos processos emocionais vivenciados pelos estudantes em um curso de física.
Assim, o objetivo central dessa pesquisas foi a verificação das emoções na sala de aula por meio da investigação do Clima Emocional, buscando encontrar possíveis correlações dessas emoção com a prática pedagógica adotada pelo professor em um curso de Relatividade ofertado em uma universidade pública do estado de São Paulo.. A partir da medição da emoção de cada estudante, reunimos medidas individuais e indicamos o Clima Emocional da classe. Analisamos como a turma se sente a cada 5 minutos, e realizamos análises de correlação entre a emoção relatada pelo aluno e a abordagem utilizada pelo professor.
Os resultados obtidos indicam a possibilidade de mensurar as emoções, especialmente no contexto da sala de aula, assim como identificar como determinadas abordagens pedagógicas impactam o clima emocional. De modo geral, esse trabalho que realizamos reitera a relevância do aspecto emocional na Educação e reforça a materialidade das emoções.
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GABRIEL DO PRADO CUZZIOL
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EDUCAÇÃO PARA O RISCO: ELEMENTOS PARA PROPOR AULAS DE CIÊNCIAS SOB A PERSPECTIVA DA COMPLEXIDADE.
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Orientador : GISELLE WATANABE
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Data: 08/09/2023
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O presente trabalho discorre sobre alguns elementos relativos à temática do risco a partir do olhar dos docentes que podem embasar o desenvolvimento de aulas de ciências pautadas na perspectiva da complexidade e do risco. Para tal, toma-se o risco principalmente do ponto de vista sociológico, considerando que nossa sociedade encontra-se em uma fase em que os riscos produzidos pelo capital e distribuídos aos mais pobres prevalecem ante a riqueza produzida, e que, para isso, é necessário desenvolver uma cultura de mitigação e prevenção. Em paralelo, a complexidade nos mostra que é necessário considerar o impacto de outros âmbitos do conhecimento no momento de construção do conhecimento científico escolar, seja com viés ambiental, social, econômico dentre outros. Nesse sentido, o conhecimento se constrói a partir de relações que se estabelecem uma teia, em que cada nó é composto por elementos que permitem o desenvolvimento de um conhecimento mais abrangente e bem estruturado. Assim, para propor nas aulas de Ciências pautadas em elementos do risco e da complexidade, analisa-se por meio da Análise Textual Discursiva (ATD), a visão de docentes de escolas públicas do ensino médio e os referenciais sobre o tema. Como resultado, elaborou-se uma proposta de aula sobre a temática água permeada por preceitos do risco e da complexidade.
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O presente trabalho discorre sobre alguns elementos relativos à temática do risco a partir do olhar dos docentes que podem embasar o desenvolvimento de aulas de ciências pautadas na perspectiva da complexidade e do risco. Para tal, toma-se o risco principalmente do ponto de vista sociológico, considerando que nossa sociedade encontra-se em uma fase em que os riscos produzidos pelo capital e distribuídos aos mais pobres prevalecem ante a riqueza produzida, e que, para isso, é necessário desenvolver uma cultura de mitigação e prevenção. Em paralelo, a complexidade nos mostra que é necessário considerar o impacto de outros âmbitos do conhecimento no momento de construção do conhecimento científico escolar, seja com viés ambiental, social, econômico dentre outros. Nesse sentido, o conhecimento se constrói a partir de relações que se estabelecem uma teia, em que cada nó é composto por elementos que permitem o desenvolvimento de um conhecimento mais abrangente e bem estruturado. Assim, para propor nas aulas de Ciências pautadas em elementos do risco e da complexidade, analisa-se por meio da Análise Textual Discursiva (ATD), a visão de docentes de escolas públicas do ensino médio e os referenciais sobre o tema. Como resultado, elaborou-se uma proposta de aula sobre a temática água permeada por preceitos do risco e da complexidade.
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MÜLLER RODRIGO DE MOURA SANTANA
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Participação dos professores na seleção de Tecnologias Digitais para a Educação Matemática
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Orientador : VIVILI MARIA SILVA GOMES
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Data: 26/09/2023
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A partir da identificação de dificuldades inerentes à formação de docentes dos anos iniciais do Ensino Fundamental (EF) e da apropriação e uso de tecnologias digitais (TD), esta dissertação é um relato de uma pesquisa que aborda o impacto de uma ação de formação docente na reconfiguração das percepções e práticas de educadores em relação ao uso desses recursos no contexto educacional mencionado. Identificamos no Conhecimento tecnológico-pedagógico do conteúdo (TPACK) alguns dos conhecimentos a serem mobilizados pelos professores para esse fim, bem como a ressignificação das TD para o ensino a partir do conceito de seres-humanos-com-mídias. No entanto, percebemos a necessidade da promoção de valores que permitam a compreensão das TD em um âmbito social e colaborativo, elencando a cidadania digital como uma abordagem a ser explorada, uma vez que essa busca promover o uso ético e responsável das TD. Também contextualizamos a ensino a partir das TD, salientando as suas possibilidades no que se refere à promoção de valores democráticos, a partir da perspectiva da teoria crítica da tecnologia que enfatiza a análise das relações complexas entre tecnologia, sociedade e poder, sugerindo a necessidade do desenvolvimento e uso de tecnologias contarem com a participação popular. Com isso, promovemos uma ação de formação de professores dos anos iniciais, que foram convidados a partir de redes sociais e da página da pró-reitoria de extensão e cultura da universidade. A ação foi realizada entre os meses de junho e dezembro de 2022, empregando a metodologia da pesquisa-ação colaborativo-crítica com a mediação realizada online, tendo como intuito a reflexão dos docentes sobre suas próprias práticas, bem como a emancipação dessas, no que diz respeito ao uso de TD. Após a formação, alguns professores tiveram a oportunidade de aplicar os conhecimentos em sala de aula. A análise dos dados foi conduzida a partir da análise do discurso e indicou mudanças relevantes nas perspectivas dos docentes, que inicialmente relatavam ter visões limitadas sobre as tecnologias. Após a formação, incorporaram dimensões mais críticas e éticas em suas concepções. Além disso, os professores relataram impactos concretos na redefinição de suas práticas pedagógicas com a integração de TD. Esses resultados ressaltam a importância de abordagens formativas que não apenas instruam sobre o uso técnico das tecnologias, mas também incentivem uma análise crítica e contextualizada de seu papel na educação. A ação de formação evidenciou que os professores têm o potencial de reconfigurar suas práticas em direção a uma educação mais participativa, cidadã e reflexiva, aproveitando as tecnologias digitais como ferramentas para a transformação educacional.
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A partir da identificação de dificuldades inerentes à formação de docentes dos anos iniciais do Ensino Fundamental (EF) e da apropriação e uso de tecnologias digitais (TD), esta dissertação é um relato de uma pesquisa que aborda o impacto de uma ação de formação docente na reconfiguração das percepções e práticas de educadores em relação ao uso desses recursos no contexto educacional mencionado. Identificamos no Conhecimento tecnológico-pedagógico do conteúdo (TPACK) alguns dos conhecimentos a serem mobilizados pelos professores para esse fim, bem como a ressignificação das TD para o ensino a partir do conceito de seres-humanos-com-mídias. No entanto, percebemos a necessidade da promoção de valores que permitam a compreensão das TD em um âmbito social e colaborativo, elencando a cidadania digital como uma abordagem a ser explorada, uma vez que essa busca promover o uso ético e responsável das TD. Também contextualizamos a ensino a partir das TD, salientando as suas possibilidades no que se refere à promoção de valores democráticos, a partir da perspectiva da teoria crítica da tecnologia que enfatiza a análise das relações complexas entre tecnologia, sociedade e poder, sugerindo a necessidade do desenvolvimento e uso de tecnologias contarem com a participação popular. Com isso, promovemos uma ação de formação de professores dos anos iniciais, que foram convidados a partir de redes sociais e da página da pró-reitoria de extensão e cultura da universidade. A ação foi realizada entre os meses de junho e dezembro de 2022, empregando a metodologia da pesquisa-ação colaborativo-crítica com a mediação realizada online, tendo como intuito a reflexão dos docentes sobre suas próprias práticas, bem como a emancipação dessas, no que diz respeito ao uso de TD. Após a formação, alguns professores tiveram a oportunidade de aplicar os conhecimentos em sala de aula. A análise dos dados foi conduzida a partir da análise do discurso e indicou mudanças relevantes nas perspectivas dos docentes, que inicialmente relatavam ter visões limitadas sobre as tecnologias. Após a formação, incorporaram dimensões mais críticas e éticas em suas concepções. Além disso, os professores relataram impactos concretos na redefinição de suas práticas pedagógicas com a integração de TD. Esses resultados ressaltam a importância de abordagens formativas que não apenas instruam sobre o uso técnico das tecnologias, mas também incentivem uma análise crítica e contextualizada de seu papel na educação. A ação de formação evidenciou que os professores têm o potencial de reconfigurar suas práticas em direção a uma educação mais participativa, cidadã e reflexiva, aproveitando as tecnologias digitais como ferramentas para a transformação educacional.
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GABRIEL HENRIQUE COSTA BENTO
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ANÁLISE DA AUSÊNCIA DE UMA HISTÓRIA DAS CIÊNCIAS AFRICANA E AFRO-BRASILEIRA NOS LIVROS DE QUÍMICA DO PROGRAMA NACIONAL DO LIVRO DIDÁTICO DE 2018
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Orientador : MARCIA HELENA ALVIM
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Data: 10/10/2023
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O presente trabalho tem como objetivo analisar se os livros didáticos de química do PNLD - 2018 possuem uma história das ciências africana e/ou afro-brasileira. O ensino de ciências, em geral, não apresenta as contribuições africanas, afrodiaspóricas, indígenas e tradicionais, sendo que os conhecimentos produzidos por estas sociedades, especialmente no período colonial, foram apagados e esses atores silenciados. Consideramos que os livros didáticos tem grande importância e influência no ensino de química, dessa forma, é necessário que ocorra uma análise dos mesmos afim de se averiguar de que maneira conteúdos como a história das ciências estão inseridas nos livros didáticos. Consideramos que a presença de uma história da ciência negra, por meio de uma historiografia cultural das ciências, não só promove a pluralidade no ensino como está de acordo com a execução da Lei 11.645/2008 para promoção do ensino da cultura afro e afro-brasileira no ensino de química, promovendo um ensino mais crítico e plural, além do sentimento de representatividade em estudantes e professores negros. Nesta pesquisa de caráter qualitativo e bibliográfico foram analisados os capítulos introdutórios ao conceito de química e ciência nos livros de química do 1° ano do PNLD – 2018. A metodologia de análise dos dados coletados foi a análise textual discursiva. Após a análise do material coletado buscamos analisar a inserção da história das ciências no livro didático, verificando a possibilidade de aplicação da lei 11.645/2008 para a promoção de um ensino de ciência mais plural, crítico e emancipador.
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O presente trabalho tem como objetivo analisar se os livros didáticos de química do PNLD - 2018 possuem uma história das ciências africana e/ou afro-brasileira. O ensino de ciências, em geral, não apresenta as contribuições africanas, afrodiaspóricas, indígenas e tradicionais, sendo que os conhecimentos produzidos por estas sociedades, especialmente no período colonial, foram apagados e esses atores silenciados. Consideramos que os livros didáticos tem grande importância e influência no ensino de química, dessa forma, é necessário que ocorra uma análise dos mesmos afim de se averiguar de que maneira conteúdos como a história das ciências estão inseridas nos livros didáticos. Consideramos que a presença de uma história da ciência negra, por meio de uma historiografia cultural das ciências, não só promove a pluralidade no ensino como está de acordo com a execução da Lei 11.645/2008 para promoção do ensino da cultura afro e afro-brasileira no ensino de química, promovendo um ensino mais crítico e plural, além do sentimento de representatividade em estudantes e professores negros. Nesta pesquisa de caráter qualitativo e bibliográfico foram analisados os capítulos introdutórios ao conceito de química e ciência nos livros de química do 1° ano do PNLD – 2018. A metodologia de análise dos dados coletados foi a análise textual discursiva. Após a análise do material coletado buscamos analisar a inserção da história das ciências no livro didático, verificando a possibilidade de aplicação da lei 11.645/2008 para a promoção de um ensino de ciência mais plural, crítico e emancipador.
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ANA JULIA PINTO DA SILVA
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Experimentações decoloniais no ensino de Matemática: Buscando caminhos por meio da pesquisa-ação
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Orientador : VIVILI MARIA SILVA GOMES
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Data: 30/10/2023
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A colonialidade é uma herança do período colonial que perdura até os dias atuais, impondo paradigmas que hierarquizam e subalternizam povos e culturas, principalmente respaldados pela teoria da Modernidade/Colonialidade. Para transgredir as lógicas opressivas da colonialidade é requerida uma luta constante que considere as diferentes realidades, histórias e lutas sociais, para que, desta forma, ocorram fissuras neste paradigma. O presente trabalho propôs, num primeiro momento, compreender o cenário de publicações envolvendo a temática decolonial, descolonização e ensino de matemática por meio de uma revisão bibliométrica e uma revisão sistemática. À partir de um projeto de extensão, foi constituído um grupo com professores da Educação Básica e a comunidade acadêmica, formada pelos pesquisadores diretamente envolvidos no projeto e convidados especialistas, voltado a pensar práticas pedagógicas nesse olhar decolonial. Ao fim da ação de extensão, os professores desenvolveram um livro com propostas paradidáticas para auxiliar outros professores e os próprios participantes a repensarem suas práticas. A pesquisa teve como metodologia a pesquisa-ação pedagógica, que apresenta uma perspectiva crítico-dialética cujo compromisso consiste na formação continuada de professores, procurando provocar o profissional para se tornar um sujeito reflexivo, capaz de modificar a si mesmo e a sua realidade. Foi realizada a análise dos debates do projeto de extensão. Apesar do desconhecimento sobre decolonialidade, foi possível perceber que os professores, no geral, têm como objetivo tornar suas práticas mais emancipatórias. Porém, mostrou-se recorrente a insegurança em trazer conteúdos dos quais não se possui o pleno domínio. Decorrente desta insegurança, foram construídas em conjunto propostas didáticas que pudessem auxiliar seus pares na construção deste caminho decolonial. A formação bancária dos professores sujeita os mesmos a se manterem como os detentores de conhecimento. Contudo, os resultados demonstram a necessidade da construção de redes, pois o conhecimento não precisa estar centrado em um indivíduo e, sim, pode ser construído conjuntamente.
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A colonialidade é uma herança do período colonial que perdura até os dias atuais, impondo paradigmas que hierarquizam e subalternizam povos e culturas, principalmente respaldados pela teoria da Modernidade/Colonialidade. Para transgredir as lógicas opressivas da colonialidade é requerida uma luta constante que considere as diferentes realidades, histórias e lutas sociais, para que, desta forma, ocorram fissuras neste paradigma. O presente trabalho propôs, num primeiro momento, compreender o cenário de publicações envolvendo a temática decolonial, descolonização e ensino de matemática por meio de uma revisão bibliométrica e uma revisão sistemática. À partir de um projeto de extensão, foi constituído um grupo com professores da Educação Básica e a comunidade acadêmica, formada pelos pesquisadores diretamente envolvidos no projeto e convidados especialistas, voltado a pensar práticas pedagógicas nesse olhar decolonial. Ao fim da ação de extensão, os professores desenvolveram um livro com propostas paradidáticas para auxiliar outros professores e os próprios participantes a repensarem suas práticas. A pesquisa teve como metodologia a pesquisa-ação pedagógica, que apresenta uma perspectiva crítico-dialética cujo compromisso consiste na formação continuada de professores, procurando provocar o profissional para se tornar um sujeito reflexivo, capaz de modificar a si mesmo e a sua realidade. Foi realizada a análise dos debates do projeto de extensão. Apesar do desconhecimento sobre decolonialidade, foi possível perceber que os professores, no geral, têm como objetivo tornar suas práticas mais emancipatórias. Porém, mostrou-se recorrente a insegurança em trazer conteúdos dos quais não se possui o pleno domínio. Decorrente desta insegurança, foram construídas em conjunto propostas didáticas que pudessem auxiliar seus pares na construção deste caminho decolonial. A formação bancária dos professores sujeita os mesmos a se manterem como os detentores de conhecimento. Contudo, os resultados demonstram a necessidade da construção de redes, pois o conhecimento não precisa estar centrado em um indivíduo e, sim, pode ser construído conjuntamente.
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KARINA AGUIAR DE FREITAS SOUZA
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As TDIC e o Ensino de Matemática: Um Mapeamento Sistemático sobre sua relação com a Educação Matemática Crítica e a Educação em Ciência, Tecnologia e Sociedade no Ensino Básico nos últimos Dez Anos
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Orientador : EVONIR ALBRECHT
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Data: 14/11/2023
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Com as excepcionais mudanças ocorridas na sociedade devido ao crescente uso das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC), vem sendo exigida dos novos alunos uma atuação crítica no contexto sociocultural e sociopolítico atual e também uma formação capaz de fazê-los se situar no contexto em que vivem, de modo com que sejam inseridos adequadamente como cidadãos, sabendo utilizar devidamente a Ciência e Tecnologia e se preocupando com os seus impactos nos diversos panoramas da humanidade. Nesse quadro, se fazem perceptíveis as vertentes educacionais denominadas Educação Matemática Crítica (EMC) e Educação em Ciência, Tecnologia e Sociedade (ECTS), que abrangem uma formação mais humana, íntegra e de qualidade. Assim como se faz perceptível também a possibilidade de as TDIC irem ao seu encontro, de forma a cooperar com ambos os pensamentos. Diante destes apontamentos, surge o interesse em investigar a seguinte questão: As atividades de ensino de Matemática mediadas pelas TDIC podem oferecer contribuições didático-pedagógicas que promovam uma formação crítica, cidadã e humanitária dos estudantes, alinhando-se aos princípios teóricos da EMC e da ECTS? Há a necessidade da pesquisadora de analisar se as TDIC no ensino de Matemática podem ir ao encontro das duas tendências educacionais mencionadas. Isto pois ambas são essenciais para uma educação de melhor qualidade e prezam por uma formação integral, propiciando saberes fundamentais ao exercício pleno e consciente da cidadania. Nessa conjuntura, o objetivo desta pesquisa é o de realizar uma investigação acerca do ensino de Matemática mediado pelas TDIC, de modo a averiguar se o seu uso pode proporcionar aos estudantes uma formação pautada na criticidade, cidadania e humanismo, de modo a estar alinhado aos princípios teóricos da EMC e da ECTS. A pesquisa possui abordagem de caráter qualitativo, seu objetivo é descritivo e utilizamos de procedimentos bibliográficos para o seu desenvolvimento. Este trabalho não possui o objetivo de mensurar os resultados, porém sim o de realizar uma interpretação de cunho reflexivo e subjetivo. Nesta perspectiva, a fim de satisfazermos o seu objetivo, buscamos analisar artigos encontrados nos bancos de dados SciELO Brasil e Portal de Periódicos da Capes, que abordam experiências de ensino de Matemática que utilizam as TDIC como mediação, no Ensino Básico, conforme o padrão de busca estabelecido na pesquisa. O foco foi analisar, em específico, os resultados que estas atividades alcançaram, notados e descritos pelos próprios autores nos materiais analisados. De acordo com os resultados, houve a constatação de que a maioria dos artigos examinados apresentam evidências - embora não diretamente na preponderância dos casos - da ECTS ou da EMC em seus resultados. Além disso, embora não estejam relacionados com os resultados diretos da aplicação das TDIC no ensino de Matemática, uma parcela significativa dos artigos analisados apresenta uma preocupação com elementos que estão em consonância com a EMC ou a ECTS e também o reconhecimento da importância destas duas vertentes no ensino. Logo, é possível sustentar que a incorporação das TDIC nas atividades de ensino de Matemática certamente contribuem com a ECTS e com a EMC.
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Com as excepcionais mudanças ocorridas na sociedade devido ao crescente uso das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC), vem sendo exigida dos novos alunos uma atuação crítica no contexto sociocultural e sociopolítico atual e também uma formação capaz de fazê-los se situar no contexto em que vivem, de modo com que sejam inseridos adequadamente como cidadãos, sabendo utilizar devidamente a Ciência e Tecnologia e se preocupando com os seus impactos nos diversos panoramas da humanidade. Nesse quadro, se fazem perceptíveis as vertentes educacionais denominadas Educação Matemática Crítica (EMC) e Educação em Ciência, Tecnologia e Sociedade (ECTS), que abrangem uma formação mais humana, íntegra e de qualidade. Assim como se faz perceptível também a possibilidade de as TDIC irem ao seu encontro, de forma a cooperar com ambos os pensamentos. Diante destes apontamentos, surge o interesse em investigar a seguinte questão: As atividades de ensino de Matemática mediadas pelas TDIC podem oferecer contribuições didático-pedagógicas que promovam uma formação crítica, cidadã e humanitária dos estudantes, alinhando-se aos princípios teóricos da EMC e da ECTS? Há a necessidade da pesquisadora de analisar se as TDIC no ensino de Matemática podem ir ao encontro das duas tendências educacionais mencionadas. Isto pois ambas são essenciais para uma educação de melhor qualidade e prezam por uma formação integral, propiciando saberes fundamentais ao exercício pleno e consciente da cidadania. Nessa conjuntura, o objetivo desta pesquisa é o de realizar uma investigação acerca do ensino de Matemática mediado pelas TDIC, de modo a averiguar se o seu uso pode proporcionar aos estudantes uma formação pautada na criticidade, cidadania e humanismo, de modo a estar alinhado aos princípios teóricos da EMC e da ECTS. A pesquisa possui abordagem de caráter qualitativo, seu objetivo é descritivo e utilizamos de procedimentos bibliográficos para o seu desenvolvimento. Este trabalho não possui o objetivo de mensurar os resultados, porém sim o de realizar uma interpretação de cunho reflexivo e subjetivo. Nesta perspectiva, a fim de satisfazermos o seu objetivo, buscamos analisar artigos encontrados nos bancos de dados SciELO Brasil e Portal de Periódicos da Capes, que abordam experiências de ensino de Matemática que utilizam as TDIC como mediação, no Ensino Básico, conforme o padrão de busca estabelecido na pesquisa. O foco foi analisar, em específico, os resultados que estas atividades alcançaram, notados e descritos pelos próprios autores nos materiais analisados. De acordo com os resultados, houve a constatação de que a maioria dos artigos examinados apresentam evidências - embora não diretamente na preponderância dos casos - da ECTS ou da EMC em seus resultados. Além disso, embora não estejam relacionados com os resultados diretos da aplicação das TDIC no ensino de Matemática, uma parcela significativa dos artigos analisados apresenta uma preocupação com elementos que estão em consonância com a EMC ou a ECTS e também o reconhecimento da importância destas duas vertentes no ensino. Logo, é possível sustentar que a incorporação das TDIC nas atividades de ensino de Matemática certamente contribuem com a ECTS e com a EMC.
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KAREN RAMOS
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O DIÁLOGO EM PRÁTICAS DE MODELAGEM MATEMÁTICA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: suas manifestações e contribuições para a formação do estudante.
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Orientador : REGINA HELENA DE OLIVEIRA LINO FRANCHI
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Data: 05/12/2023
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A presente pesquisa teve como tema geral o diálogo em práticas de Modelagem Matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental. O contexto deste estudo foi uma sala de aula do quinto ano do Ensino Fundamental na qual foi desenvolvida uma prática de Modelagem Matemática enfocando o tema “Poluição do ar”. A pesquisa é de natureza qualitativa e teve como objetivos: identificar e caracterizar momentos de diálogo em prática de Modelagem Matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental; identificar contribuições dessas práticas dialógicas para a formação dos estudantes. O relatório da pesquisa está organizado em formato multipaper Os referenciais teóricos utilizados referem-se à Modelagem Matemática, à Educação Matemática Crítica e ao diálogo na Educação. Os dados incluem: gravações em áudio e vídeo, anotações no caderno de campo, produções dos estudantes e um questionário respondido pelos participantes. Os dados foram analisados segundo dois eixos, elaborados com base nos objetivos da pesquisa. Para tanto foram evidenciados diferentes formas de manifestação do diálogo nas práticas realizadas, caracterizando esses diálogos de acordo com o Modelo de Cooperação Investigativa. Também foram identificados nas práticas elementos que podem ser indícios de contribuições para a formação dos estudantes e que dizem respeito ao desenvolvimento de suas potencialidades. Os resultados indicam que a participação dos estudantes no desenvolvimento do projeto estimulou o diálogo entre os participantes favorecendo o aparecimento de qualidades do diálogo, de acordo com o Modelo de Cooperação Investigativa, e consequentemente favorecendo a aprendizagem. Também há indícios de que as práticas dialógicas na Modelagem podem contribuir para a formação dos estudantes estimulando a iniciativa na aprendizagem, iniciativa e autonomia na busca de soluções, capacidade de usar a matemática para compreender a realidade, capacidade de usar a matemática para refletir e se posicionar criticamente, capacidade para dialogar, confiança para comunicar ideias, confiança e autonomia para tomar decisões e desenvolvimento da cidadania.
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A presente pesquisa teve como tema geral o diálogo em práticas de Modelagem Matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental. O contexto deste estudo foi uma sala de aula do quinto ano do Ensino Fundamental na qual foi desenvolvida uma prática de Modelagem Matemática enfocando o tema “Poluição do ar”. A pesquisa é de natureza qualitativa e teve como objetivos: identificar e caracterizar momentos de diálogo em prática de Modelagem Matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental; identificar contribuições dessas práticas dialógicas para a formação dos estudantes. O relatório da pesquisa está organizado em formato multipaper Os referenciais teóricos utilizados referem-se à Modelagem Matemática, à Educação Matemática Crítica e ao diálogo na Educação. Os dados incluem: gravações em áudio e vídeo, anotações no caderno de campo, produções dos estudantes e um questionário respondido pelos participantes. Os dados foram analisados segundo dois eixos, elaborados com base nos objetivos da pesquisa. Para tanto foram evidenciados diferentes formas de manifestação do diálogo nas práticas realizadas, caracterizando esses diálogos de acordo com o Modelo de Cooperação Investigativa. Também foram identificados nas práticas elementos que podem ser indícios de contribuições para a formação dos estudantes e que dizem respeito ao desenvolvimento de suas potencialidades. Os resultados indicam que a participação dos estudantes no desenvolvimento do projeto estimulou o diálogo entre os participantes favorecendo o aparecimento de qualidades do diálogo, de acordo com o Modelo de Cooperação Investigativa, e consequentemente favorecendo a aprendizagem. Também há indícios de que as práticas dialógicas na Modelagem podem contribuir para a formação dos estudantes estimulando a iniciativa na aprendizagem, iniciativa e autonomia na busca de soluções, capacidade de usar a matemática para compreender a realidade, capacidade de usar a matemática para refletir e se posicionar criticamente, capacidade para dialogar, confiança para comunicar ideias, confiança e autonomia para tomar decisões e desenvolvimento da cidadania.
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FRANCISCO RIBAS RODRIGUES
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Emoções e conflitos no ensino: Impactos de um curso de formação para professores do ensino básico em suas concepções sobre conflitos em sala de aula
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Orientador : JOSE GUILHERME DE OLIVEIRA BROCKINGTON
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Data: 07/12/2023
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A prática de métodos de resolução de conflitos em escolas vem sendo estudada nas últimas décadas, mas não há um consenso sobre qual seria a melhor forma para resolvê-los e sequer existe um consenso sobre o significado do conflito neste contexto. Em meio a um cenário onde há uma falta de rigor científico e metodológico, diversos estudos surgiram propondo soluções para resolver tais situações conflituosas, todavia, estes estudos ainda carecem de metodologia rigorosa para determinar a eficácia dos métodos de resolução. Inspirando-se nos conceitos de Vigotski sobre desenvolvimento psicológico, desenvolvemos um curso de formação para professores que foi implementado em duas turmas de professores de escola do ensino básico, sendo a primeira em âmbito nacional, e a segunda para professores da cidade de Juiz de Fora/MG. Este trabalho tem como objetivo investigar se este curso de formação impactou a forma com a qual o conceito de conflito é percebido pelos professores. Utilizamos o método do Forma Mentis Network para medir como os professores percebiam o conceito de conflito no ambiente escolar, antes e depois do curso. Durante sua implementação foram coletadas as falas dos participantes. Os dados quantitativos apontam que é possível inferir que, após participar do curso, um indivíduo tem uma chance 2,15 vezes maior de atribuir uma valência neutra à palavra conflito do que antes. E a análise qualitativa indicou uma mudança na forma como os conflitos são percebidos, sugerindo que este curso de formação possui um potencial de mudança na percepção dos professores em relação ao conceito de conflito, indicando que os conflitos podem ser vistos como aliados do desenvolvimento psicológico dos sujeitos envolvidos.
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A prática de métodos de resolução de conflitos em escolas vem sendo estudada nas últimas décadas, mas não há um consenso sobre qual seria a melhor forma para resolvê-los e sequer existe um consenso sobre o significado do conflito neste contexto. Em meio a um cenário onde há uma falta de rigor científico e metodológico, diversos estudos surgiram propondo soluções para resolver tais situações conflituosas, todavia, estes estudos ainda carecem de metodologia rigorosa para determinar a eficácia dos métodos de resolução. Inspirando-se nos conceitos de Vigotski sobre desenvolvimento psicológico, desenvolvemos um curso de formação para professores que foi implementado em duas turmas de professores de escola do ensino básico, sendo a primeira em âmbito nacional, e a segunda para professores da cidade de Juiz de Fora/MG. Este trabalho tem como objetivo investigar se este curso de formação impactou a forma com a qual o conceito de conflito é percebido pelos professores. Utilizamos o método do Forma Mentis Network para medir como os professores percebiam o conceito de conflito no ambiente escolar, antes e depois do curso. Durante sua implementação foram coletadas as falas dos participantes. Os dados quantitativos apontam que é possível inferir que, após participar do curso, um indivíduo tem uma chance 2,15 vezes maior de atribuir uma valência neutra à palavra conflito do que antes. E a análise qualitativa indicou uma mudança na forma como os conflitos são percebidos, sugerindo que este curso de formação possui um potencial de mudança na percepção dos professores em relação ao conceito de conflito, indicando que os conflitos podem ser vistos como aliados do desenvolvimento psicológico dos sujeitos envolvidos.
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CAMILA VALÉRIO RAMOS DA SILVA
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SOBRE AS MAQUINARIAS DE ROSTIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL E NA EDUCAÇÃO INDÍGENA: POSSIBILIDADES DECOLONIZADORAS POR UMA EDUCAÇÃO EM DEVIR
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Orientador : ALLAN MOREIRA XAVIER
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Data: 13/12/2023
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O presente estudo trata da formação de subjetividades discente de bebês e crianças a partir da observação e acompanhamento de vivências e práticas escolares em um CEI público localizado no município de São Paulo; com os conceitos de maquinarias, compomos uma leitura com diversas linhas de fluxo e linhas de corte que colocam em funcionamento uma maquinaria educacional em conjunção como outras maquinarias (megamáquina primitiva, despótica e capitalista e máquina de rostidade), para isso, percorremos currículos, práticas pedagógicas experimentações pedagógicas. Com o intuito de pensar pedagogias decoloniais e, sobretudo em interface com os conhecimentos indígenas apagados e silenciados historicamente, utilizamos uma metodologia cartográfica que possibilitou múltiplas entradas para pensar como a educação regular compõem conhecimento com os povos indígenas, especialmente a partir das determinações da Lei 11.645/08. Com tais estudos e experimentações buscou-se pensar o que podemos aprender com os povos indígenas? Como seus saberes podem produzir modos outros de educação para além de uma educação capitalista, produtivista, fragmentada e identitária tidas como verdades universais e inquestionáveis? Como a experimentação dos saberes indígenas em intervenções didáticas no CEI podem refletir na formação dos bebês e crianças no que diz respeito à diversidade étnico racial? E por fim, como a formação docente e produção de subjetividades étnico-raciais impactam na realização de práticas pedagógicas decoloniais? Na fronteira entre a educação regular e a educação indígena apontamos caminhos pedagógicos que rompam com a lógica ocidental-colonial-capitalística pensando em outras pedagogias possíveis como: pedagogias da experiência, pedagogias da reexistência e pedagógicas que valorizam a dimensão corporal.
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O presente estudo trata da formação de subjetividades discente de bebês e crianças a partir da observação e acompanhamento de vivências e práticas escolares em um CEI público localizado no município de São Paulo; com os conceitos de maquinarias, compomos uma leitura com diversas linhas de fluxo e linhas de corte que colocam em funcionamento uma maquinaria educacional em conjunção como outras maquinarias (megamáquina primitiva, despótica e capitalista e máquina de rostidade), para isso, percorremos currículos, práticas pedagógicas experimentações pedagógicas. Com o intuito de pensar pedagogias decoloniais e, sobretudo em interface com os conhecimentos indígenas apagados e silenciados historicamente, utilizamos uma metodologia cartográfica que possibilitou múltiplas entradas para pensar como a educação regular compõem conhecimento com os povos indígenas, especialmente a partir das determinações da Lei 11.645/08. Com tais estudos e experimentações buscou-se pensar o que podemos aprender com os povos indígenas? Como seus saberes podem produzir modos outros de educação para além de uma educação capitalista, produtivista, fragmentada e identitária tidas como verdades universais e inquestionáveis? Como a experimentação dos saberes indígenas em intervenções didáticas no CEI podem refletir na formação dos bebês e crianças no que diz respeito à diversidade étnico racial? E por fim, como a formação docente e produção de subjetividades étnico-raciais impactam na realização de práticas pedagógicas decoloniais? Na fronteira entre a educação regular e a educação indígena apontamos caminhos pedagógicos que rompam com a lógica ocidental-colonial-capitalística pensando em outras pedagogias possíveis como: pedagogias da experiência, pedagogias da reexistência e pedagógicas que valorizam a dimensão corporal.
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ARTHUR LUIZ FERREIRA
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A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA EM TEMPOS DE MOVIMENTOS ANTICIÊNCIA: Reflexões para novos desafios democráticos
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Orientador : GRACIELLA WATANABE
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Data: 14/12/2023
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A divulgação científica tem sido tratada na área de ensino de ciências como um importante meio de promover o engajamento de estudantes na aprendizagem científica. No contexto das pesquisas em educação não-formal, debate-se, em especial, sua relevância em promover atualizações dos saberes científicos a um público amplo e, consequentemente, colaborar na educação científica e fornecer subsídios para o exercício da cidadania em uma sociedade democrática. Contudo, o modelo de déficit de informação, considerado norteador mais comum de práticas de divulgação científica, acumula críticas e mostra sinais de esgotamento ao lidar com problemas contemporâneos como movimentos anticiência. Adicionalmente, se mostra insuficiente para se pensar perspectivas de atuação política na divulgação científica. Diante do exposto, o presente trabalho visa debater o papel social e político da divulgação científica (e a sua ausência) nos processos de democratização e desdemocratização da sociedade brasileira a partir da construção de um quadro teórico apropriado à complexidade filosófica, social e política do problema e articulando discursos existentes na literatura na forma de um panorama epistemológico que dê suporte para propostas, tanto no ambiente do ensino de ciências como em contextos correlatos, para mobilizar a divulgação científica como instrumento de diálogo entre cientistas e sociedade para a promoção e defesa da democracia.
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A divulgação científica tem sido tratada na área de ensino de ciências como um importante meio de promover o engajamento de estudantes na aprendizagem científica. No contexto das pesquisas em educação não-formal, debate-se, em especial, sua relevância em promover atualizações dos saberes científicos a um público amplo e, consequentemente, colaborar na educação científica e fornecer subsídios para o exercício da cidadania em uma sociedade democrática. Contudo, o modelo de déficit de informação, considerado norteador mais comum de práticas de divulgação científica, acumula críticas e mostra sinais de esgotamento ao lidar com problemas contemporâneos como movimentos anticiência. Adicionalmente, se mostra insuficiente para se pensar perspectivas de atuação política na divulgação científica. Diante do exposto, o presente trabalho visa debater o papel social e político da divulgação científica (e a sua ausência) nos processos de democratização e desdemocratização da sociedade brasileira a partir da construção de um quadro teórico apropriado à complexidade filosófica, social e política do problema e articulando discursos existentes na literatura na forma de um panorama epistemológico que dê suporte para propostas, tanto no ambiente do ensino de ciências como em contextos correlatos, para mobilizar a divulgação científica como instrumento de diálogo entre cientistas e sociedade para a promoção e defesa da democracia.
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Teses |
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DANIELA INÊS BALDAN DA SILVA
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De um processo de formação continuada à prática letiva: os caminhos da aprendizagem profissional do professor acerca do pensamento algébrico nos anos iniciais
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Orientador : ALESSANDRO JACQUES RIBEIRO
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Data: 30/05/2023
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O objetivo desta pesquisa de Doutorado é compreender como indícios de aprendizagens profissionais se manifestam nas práticas letivas de três participantes, quando abordaram o Pensamento Algébrico nos anos iniciais, ao longo de três anos subsequentes a um processo formativo. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa e construcionista, dentro da perspectiva teórica do interpretativismo. Durante seu desenvolvimento adotamos duas modalidades metodológicas categorizadas como pesquisa de modelagem teórica: (i) a Grounded Theory (GT), em sua abordagem construtivista e (ii) a utilização de episódios para organizar os dados e recompor o fenômeno analisado na sua totalidade. A pesquisa se deu pela análise de um processo formativo e da prática letiva de três professoras que dele participaram. No que refere à coleta e análise de dados, em uma primeira etapa, elaborou-se um roteiro da entrevista de lembrança estimulada personalizado, tanto para a formadora como para cada uma das participantes, a partir dos documentos advindos do processo formativo. Esses primeiros dados foram complementados, numa segunda etapa, por uma nova entrevista de lembrança estimulada, desta vez somente com as professoras-participantes, cujo roteiro considerou seus documentos profissionais, tanto individuais como coletivos, relativos ao período de 2017 a 2019. Os principais resultados obtidos revelaram que (i) o processo formativo possibilitou que as participantes mobilizassem conhecimentos matemáticos e didáticos acerca do desenvolvimento do Pensamento Algébrico nos anos iniciais, e se apropriassem do conceito de equivalência do sinal de igual, bem como vislumbrassem possibilidades de desenvolver o Pensamento Algébrico com estudantes; (ii) as escolhas da formadora, no desenvolvimento do processo formativo, possibilitaram articular as dimensões matemática e didática, bem como aproximar a Matemática Acadêmica da Matemática Escolar, vinculadas ao Pensamento Algébrico; e (iii) as análises relativas às prática letivas possibilitaram o mapeamento das alterações introduzidas no planejamento das participantes, após o processo formativo, como por exemplo, a seleção criteriosa de tarefas matemáticas que possibilitam o desenvolvimento do Pensamento Algébrico dos estudantes e adoção de novas estratégias metodológicas com elementos da abordagem de ensino exploratório.
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O objetivo desta pesquisa de Doutorado é compreender como indícios de aprendizagens profissionais se manifestam nas práticas letivas de três participantes, quando abordaram o Pensamento Algébrico nos anos iniciais, ao longo de três anos subsequentes a um processo formativo. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa e construcionista, dentro da perspectiva teórica do interpretativismo. Durante seu desenvolvimento adotamos duas modalidades metodológicas categorizadas como pesquisa de modelagem teórica: (i) a Grounded Theory (GT), em sua abordagem construtivista e (ii) a utilização de episódios para organizar os dados e recompor o fenômeno analisado na sua totalidade. A pesquisa se deu pela análise de um processo formativo e da prática letiva de três professoras que dele participaram. No que refere à coleta e análise de dados, em uma primeira etapa, elaborou-se um roteiro da entrevista de lembrança estimulada personalizado, tanto para a formadora como para cada uma das participantes, a partir dos documentos advindos do processo formativo. Esses primeiros dados foram complementados, numa segunda etapa, por uma nova entrevista de lembrança estimulada, desta vez somente com as professoras-participantes, cujo roteiro considerou seus documentos profissionais, tanto individuais como coletivos, relativos ao período de 2017 a 2019. Os principais resultados obtidos revelaram que (i) o processo formativo possibilitou que as participantes mobilizassem conhecimentos matemáticos e didáticos acerca do desenvolvimento do Pensamento Algébrico nos anos iniciais, e se apropriassem do conceito de equivalência do sinal de igual, bem como vislumbrassem possibilidades de desenvolver o Pensamento Algébrico com estudantes; (ii) as escolhas da formadora, no desenvolvimento do processo formativo, possibilitaram articular as dimensões matemática e didática, bem como aproximar a Matemática Acadêmica da Matemática Escolar, vinculadas ao Pensamento Algébrico; e (iii) as análises relativas às prática letivas possibilitaram o mapeamento das alterações introduzidas no planejamento das participantes, após o processo formativo, como por exemplo, a seleção criteriosa de tarefas matemáticas que possibilitam o desenvolvimento do Pensamento Algébrico dos estudantes e adoção de novas estratégias metodológicas com elementos da abordagem de ensino exploratório.
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MARCEL MESSIAS GONÇALVES
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O conceito de simetria para articular álgebra e geometria: o desenvolvimento profissional de um professor da educação básica em uma investigação da própria prática
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Orientador : ALESSANDRO JACQUES RIBEIRO
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Data: 02/06/2023
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Neste trabalho discute-se as possibilidades de aproximação da pesquisa acadêmica e da pesquisa em sala de aula por meio da figura do professor-pesquisador, tendo como foco explorar as articulações da álgebra com a geometria por meio do conceito de simetria em sala de aula da educação básica. Amparamo-nos na necessidade e importância de que professores continuem aprendendo sobre o ofício de ensinar ao longo de sua prática, ao mesmo tempo em que se discute como oportunizar essa aprendizagem a um profissional já sobrecarregado pelas demandas da sala de aula da educação básica na rede pública de ensino. Na investigação da própria prática do professor-pesquisador, os objetivos se concentram nas possibilidades de ressignificação de conhecimentos mobilizados ao longo de sua prática de ensino e nas aprendizagens oportunizadas pelo investigação em sala de aula, a fim de mapear suas práticas investigativas e desenvolver um modelo de princípios de investigação que orientem outros professores da educação básica a realizarem pesquisas em suas próprias práticas. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, sob o paradigma interpretativo, em que foram elaboradas tarefas exploratórias que tematizam a articulação da álgebra com a geometria por meio do conceito de simetria e aplicadas junto às turmas de 9º ano de uma escola pública de Praia Grande/SP, na qual o professor-pesquisador lecionou no ano de 2019. Todas as etapas de planejamento, desenvolvimento e reflexão das aulas foram registradas por meio de câmeras e gravadores que permitiram ao professor-pesquisador olhar para sua prática com vistas a identificar os conhecimentos mobilizados e ressignificados por meio de sua atuação investigativa em sala de aula e, também, as aprendizagens que favoreceram seu desenvolvimento profissional por meio da pesquisa. Ambos resultados contribuíram para que, por meio de análise retrospectiva de suas práticas investigativas, o professor-pesquisador pudesse identificar as práticas potencializadoras da pesquisa em sala de aula e que compõe o modelo de princípios de investigação de pesquisa, que busca oportunizar aos professores da educação básica a possibilidade de também realizarem pesquisas em suas práticas, de modo a contribuir para a promoção de uma formação continuada ao longo de sua carreira profissional e por meio da pesquisa em sala de aula.
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Neste trabalho discute-se as possibilidades de aproximação da pesquisa acadêmica e da pesquisa em sala de aula por meio da figura do professor-pesquisador, tendo como foco explorar as articulações da álgebra com a geometria por meio do conceito de simetria em sala de aula da educação básica. Amparamo-nos na necessidade e importância de que professores continuem aprendendo sobre o ofício de ensinar ao longo de sua prática, ao mesmo tempo em que se discute como oportunizar essa aprendizagem a um profissional já sobrecarregado pelas demandas da sala de aula da educação básica na rede pública de ensino. Na investigação da própria prática do professor-pesquisador, os objetivos se concentram nas possibilidades de ressignificação de conhecimentos mobilizados ao longo de sua prática de ensino e nas aprendizagens oportunizadas pelo investigação em sala de aula, a fim de mapear suas práticas investigativas e desenvolver um modelo de princípios de investigação que orientem outros professores da educação básica a realizarem pesquisas em suas próprias práticas. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, sob o paradigma interpretativo, em que foram elaboradas tarefas exploratórias que tematizam a articulação da álgebra com a geometria por meio do conceito de simetria e aplicadas junto às turmas de 9º ano de uma escola pública de Praia Grande/SP, na qual o professor-pesquisador lecionou no ano de 2019. Todas as etapas de planejamento, desenvolvimento e reflexão das aulas foram registradas por meio de câmeras e gravadores que permitiram ao professor-pesquisador olhar para sua prática com vistas a identificar os conhecimentos mobilizados e ressignificados por meio de sua atuação investigativa em sala de aula e, também, as aprendizagens que favoreceram seu desenvolvimento profissional por meio da pesquisa. Ambos resultados contribuíram para que, por meio de análise retrospectiva de suas práticas investigativas, o professor-pesquisador pudesse identificar as práticas potencializadoras da pesquisa em sala de aula e que compõe o modelo de princípios de investigação de pesquisa, que busca oportunizar aos professores da educação básica a possibilidade de também realizarem pesquisas em suas práticas, de modo a contribuir para a promoção de uma formação continuada ao longo de sua carreira profissional e por meio da pesquisa em sala de aula.
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RAFAELA CORDEIRO GAMA
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Sexualidade e Gênero em meio escolar: um estudo nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental no Brasil e no 1o Ciclo do Ensino Básico em Portugal
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Orientador : MEIRI APARECIDA GURGEL DE CAMPOS MIRANDA
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Data: 10/07/2023
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O presente estudo de doutoramento tem como temática a abordagem da sexualidade e gênero em meio escolar, no âmbito da Educação para a Sexualidade (ES), nos países Brasil e Portugal. Apesar dos avanços no debate sobre a importância da presença da ES nos currículos escolares nesses dois países, ainda se encontra na área da Educação certa resistência em se assumir o trabalho em ES de maneira sistemática. A escola é um importante local de abordagem e discussão das temáticas de sexualidade e de gênero e, dessa forma, faz-se necessário que os profissionais da Educação compreendam a importância desse debate. Sabendo-se que, no âmbito da legislação e dos documentos normativos em ES, cada país adota uma política pública, na presente investigação optou-se por se realizar um paralelo entre a experiência do Brasil e a experiência de Portugal em relação à ES em meio escolar. No Brasil, a ES não se configura como obrigatória e carece de orientações acerca da sua abordagem na Educação Básica, principalmente nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental (AIEF). Já em Portugal, a ES se configura como obrigatória por meio de lei, garantindo uma carga horária mínima por ano a partir do 1º Ciclo do Ensino Básico (1º CEB). Nesse sentido, o objetivo geral desta tese foi analisar se os docentes de Anos Iniciais do Ensino Fundamental (AIEF) no Brasil se reconhecem como profissionais socialmente legitimados para abordar as temáticas de sexualidade e gênero no âmbito da Educação para a Sexualidade (ES), traçando-se um paralelo com a experiência dos docentes de 1º Ciclo do Ensino Básico em Portugal. Para tanto, realizou-se uma pesquisa-ação dividida em três fases: diagnóstico, ação e avaliação. Na primeira fase realizou-se uma análise documental de documentos orientadores em ES em nível internacional e também das legislações e documentos normativos dos dois países. Além disso, também se aplicou um questionário com perguntas abertas e fechadas aos docentes dos dois países, com o objetivo de se comparar a percepção desses profissionais da abordagem sobre sexualidade e gênero com as crianças. Com os dados coletados nos questionários, realizou-se uma análise estatística comparativa entre as respostas de Portugal e do Brasil. Já na fase de ação, foram realizadas quatro Sessões Formativas (SF) com seis professores dos AIEF no Brasil, os quais responderam aos questionários, visando ao aprofundamento da investigação no país. Na fase de avaliação, realizou-se um Grupo Focal com os docentes do Brasil para avaliação desse percurso formativo. Com as transcrições dos áudios nessas duas últimas fases, realizou-se uma Análise Temática (AT). Percebeu-se, com os resultados e análises empreendidas nessa pesquisa, que os docentes de Portugal tenderam a reconhecer um maior apoio da legislação e da própria gestão das escolas portuguesas para a abordagem da temática sexualidade e gênero no âmbito da ES do que os docentes do Brasil. Os docentes de Portugal também tenderam a se sentir mais preparados pedagogicamente e cientificamente em relação às temáticas de sexualidade e gênero do que os docentes do Brasil. Além disso, em comparação com os docentes do Brasil, os educadores de Portugal percebem que enfrentam menos obstáculos para a implementação de atividades pedagógicas ou conteúdos relacionados à ES. Ao aprofundar-se a investigação na fase de Ação com os docentes do Brasil, confirmou-se que eles sentem ter pouco ou nenhum respaldo legal para abordar os temas sexualidade e gênero com as crianças de AIEF. Também destacaram que existe uma dificuldade dos processos formativos em ES chegarem à escola e, além disso, falta respaldo por parte da gestão escolar. Assim, suas práticas pedagógicas em ES ficam submetidas a decisões individuais de quando e como poderão realizar atividades em ES, sexualidade e gênero com as crianças. Esse caminho de individualização da responsabilidade sobre a abordagem da ES no meio escolar na figura do docente, que é construído e reforçado nas diferentes instâncias da estrutura educacional no Brasil, pode ser um impedimento para que a ES aconteça de maneira sistemática e seja garantida às crianças de AIEF. Nesse sentido, percebe-se que a atuação e os saberes docentes sofrem influência de diferentes dimensões sociais, como o reconhecimento legal, a formação docente e o reconhecimento dos diferentes atores escolares, entre outros. Essas diferentes dimensões, reconhecendo a ES como parte integrante do currículo escolar e a necessidade de se abordar as temáticas de sexualidade e gênero na escola, principalmente no nível de ensino dos AIEF, podem contribuir para a percepção de legitimidade dos docentes no trabalho dessas temáticas.
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O presente estudo de doutoramento tem como temática a abordagem da sexualidade e gênero em meio escolar, no âmbito da Educação para a Sexualidade (ES), nos países Brasil e Portugal. Apesar dos avanços no debate sobre a importância da presença da ES nos currículos escolares nesses dois países, ainda se encontra na área da Educação certa resistência em se assumir o trabalho em ES de maneira sistemática. A escola é um importante local de abordagem e discussão das temáticas de sexualidade e de gênero e, dessa forma, faz-se necessário que os profissionais da Educação compreendam a importância desse debate. Sabendo-se que, no âmbito da legislação e dos documentos normativos em ES, cada país adota uma política pública, na presente investigação optou-se por se realizar um paralelo entre a experiência do Brasil e a experiência de Portugal em relação à ES em meio escolar. No Brasil, a ES não se configura como obrigatória e carece de orientações acerca da sua abordagem na Educação Básica, principalmente nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental (AIEF). Já em Portugal, a ES se configura como obrigatória por meio de lei, garantindo uma carga horária mínima por ano a partir do 1º Ciclo do Ensino Básico (1º CEB). Nesse sentido, o objetivo geral desta tese foi analisar se os docentes de Anos Iniciais do Ensino Fundamental (AIEF) no Brasil se reconhecem como profissionais socialmente legitimados para abordar as temáticas de sexualidade e gênero no âmbito da Educação para a Sexualidade (ES), traçando-se um paralelo com a experiência dos docentes de 1º Ciclo do Ensino Básico em Portugal. Para tanto, realizou-se uma pesquisa-ação dividida em três fases: diagnóstico, ação e avaliação. Na primeira fase realizou-se uma análise documental de documentos orientadores em ES em nível internacional e também das legislações e documentos normativos dos dois países. Além disso, também se aplicou um questionário com perguntas abertas e fechadas aos docentes dos dois países, com o objetivo de se comparar a percepção desses profissionais da abordagem sobre sexualidade e gênero com as crianças. Com os dados coletados nos questionários, realizou-se uma análise estatística comparativa entre as respostas de Portugal e do Brasil. Já na fase de ação, foram realizadas quatro Sessões Formativas (SF) com seis professores dos AIEF no Brasil, os quais responderam aos questionários, visando ao aprofundamento da investigação no país. Na fase de avaliação, realizou-se um Grupo Focal com os docentes do Brasil para avaliação desse percurso formativo. Com as transcrições dos áudios nessas duas últimas fases, realizou-se uma Análise Temática (AT). Percebeu-se, com os resultados e análises empreendidas nessa pesquisa, que os docentes de Portugal tenderam a reconhecer um maior apoio da legislação e da própria gestão das escolas portuguesas para a abordagem da temática sexualidade e gênero no âmbito da ES do que os docentes do Brasil. Os docentes de Portugal também tenderam a se sentir mais preparados pedagogicamente e cientificamente em relação às temáticas de sexualidade e gênero do que os docentes do Brasil. Além disso, em comparação com os docentes do Brasil, os educadores de Portugal percebem que enfrentam menos obstáculos para a implementação de atividades pedagógicas ou conteúdos relacionados à ES. Ao aprofundar-se a investigação na fase de Ação com os docentes do Brasil, confirmou-se que eles sentem ter pouco ou nenhum respaldo legal para abordar os temas sexualidade e gênero com as crianças de AIEF. Também destacaram que existe uma dificuldade dos processos formativos em ES chegarem à escola e, além disso, falta respaldo por parte da gestão escolar. Assim, suas práticas pedagógicas em ES ficam submetidas a decisões individuais de quando e como poderão realizar atividades em ES, sexualidade e gênero com as crianças. Esse caminho de individualização da responsabilidade sobre a abordagem da ES no meio escolar na figura do docente, que é construído e reforçado nas diferentes instâncias da estrutura educacional no Brasil, pode ser um impedimento para que a ES aconteça de maneira sistemática e seja garantida às crianças de AIEF. Nesse sentido, percebe-se que a atuação e os saberes docentes sofrem influência de diferentes dimensões sociais, como o reconhecimento legal, a formação docente e o reconhecimento dos diferentes atores escolares, entre outros. Essas diferentes dimensões, reconhecendo a ES como parte integrante do currículo escolar e a necessidade de se abordar as temáticas de sexualidade e gênero na escola, principalmente no nível de ensino dos AIEF, podem contribuir para a percepção de legitimidade dos docentes no trabalho dessas temáticas.
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MÁRCIA DE OLIVEIRA LUPIA
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O SUJEITO-PROFESSOR EM FORMAÇÃO: UM ESTUDO SOBRE A IDENTIDADE DOCENTE NO ENSINO SUPERIOR
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Orientador : MARIA CANDIDA VARONE DE MORAIS
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Data: 20/09/2023
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Este trabalho tem por objetivo compreender aspectos do processo de constituição da identidade docente dos professores de Ensino Superior que não possuem em sua profissionalização a formação inicial nas Licenciaturas ou na Pedagogia. As bases teóricas desta pesquisa encontram-se alicerçadas em estudos sobre o sujeito e a identidade (Hall, 2000, 2006; Dubar, 1997, 2009; Candau, 2014), a formação docente, em especial estudos sobre o Ensino Superior, (Nóvoa, 2000, 2017; Pimenta; Anastasiou, 2005; Soares; Cunha, 2010), a profissionalidade e a profissionalização (Roldão, 2005, 2008), os saberes docentes (Tardif, 2002) e o professor enquanto profissional crítico-reflexivo (Schön,1983; Zeichner; Liston, 2014). A coleta de dados foi realizada com um grupo de sete professores de uma instituição de Ensino Superior pública federal do estado de São Paulo. O corpus de estudo é composto por recortes discursivos extraídos de três tipos de dados coletados: questionários com casos da prática docente, memoriais acadêmicos e entrevistas semiestruturadas, sendo a Análise de Discurso (AD) o dispositivo teórico-metodológico utilizado para as análises. Por meio destas, foi possível depreender alguns aspectos constitutivos dos sujeitos desta pesquisa, dentre os quais: a influência de familiares e professores, principalmente os orientadores, nas escolhas pela e na profissão; a constante busca por uma aceitação dentro da carreira, permeada pela assombração do mito do professor “sabe-tudo”; a falta de amparo institucional no início de carreira enquanto marca do trabalho solitário; e a ressignificação dos sentidos dos processos avaliativos como mola propulsora para reflexões e mudanças enquanto professor.
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Este trabalho tem por objetivo compreender aspectos do processo de constituição da identidade docente dos professores de Ensino Superior que não possuem em sua profissionalização a formação inicial nas Licenciaturas ou na Pedagogia. As bases teóricas desta pesquisa encontram-se alicerçadas em estudos sobre o sujeito e a identidade (Hall, 2000, 2006; Dubar, 1997, 2009; Candau, 2014), a formação docente, em especial estudos sobre o Ensino Superior, (Nóvoa, 2000, 2017; Pimenta; Anastasiou, 2005; Soares; Cunha, 2010), a profissionalidade e a profissionalização (Roldão, 2005, 2008), os saberes docentes (Tardif, 2002) e o professor enquanto profissional crítico-reflexivo (Schön,1983; Zeichner; Liston, 2014). A coleta de dados foi realizada com um grupo de sete professores de uma instituição de Ensino Superior pública federal do estado de São Paulo. O corpus de estudo é composto por recortes discursivos extraídos de três tipos de dados coletados: questionários com casos da prática docente, memoriais acadêmicos e entrevistas semiestruturadas, sendo a Análise de Discurso (AD) o dispositivo teórico-metodológico utilizado para as análises. Por meio destas, foi possível depreender alguns aspectos constitutivos dos sujeitos desta pesquisa, dentre os quais: a influência de familiares e professores, principalmente os orientadores, nas escolhas pela e na profissão; a constante busca por uma aceitação dentro da carreira, permeada pela assombração do mito do professor “sabe-tudo”; a falta de amparo institucional no início de carreira enquanto marca do trabalho solitário; e a ressignificação dos sentidos dos processos avaliativos como mola propulsora para reflexões e mudanças enquanto professor.
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RENAN SIQUEIRA DA SILVA
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O cinema como fonte para a história da ciência: uma análise da ficção científica brasileira produzida durante a Ditadura Militar (1964-1985)
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Orientador : BRENO ARSIOLI MOURA
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Data: 16/10/2023
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A discussão sobre a necessidade de se expandir o conceito de fonte histórica englobando qualquer manifestação humana no tempo remonta às primeiras décadas do século XX, quando se defendia a superação da concepção de que apenas documentos oficiais tinham valor histórico e, consequentemente, se privilegiava a vertente da histórica política. A partir da premissa da história problema, estre trabalho propõe a utilização do cinema como fonte para a história das ciências brasileiras. Em nosso trabalho analisamos as imagens científicas veiculadas em obras fílmicas brasileiras de ficção científicas lançadas no período objetivando contribuir com o debate historiográfico dedicado ao estudo das relações entre ciência, política, economia e questões sociais durante o regime ditatorial. Para tanto, foram utilizadas as bases de dados da Cinemateca Nacional, os pareceres de censura dos filmes, documentos de operações de espionagen militares Arquivo Nacional, além da consulta de jornais e outras fontes de informação do período. Nos apoiamos nos pressupostos teóricos da análise de conteúdo categorial propostos por Bardin (2011) para propormos uma organização temáticas dos filmes, bem como elementos da análise fílmica propostos por Vanoye e Goliot-Lété (2013) para realizar a análise dos filmes. O recorte temporal abarcado se refere ao período da ditadura militar brasileira (1964-1985), que foi caracterizada pela violação de inúmeros direitos humanos, sendo responsável pela censura, perseguição, tortura e morte de pessoas oriundas de diferentes grupos sociais. A comunidade acadêmica e científica também sofreu os impactos deste período obscuro de nossa história. No caso das ciências, a relação dos militares com este campo do conhecimento foi marcada por contradições, sendo caracterizada por um duplo comportamento. Por um lado, o Estado Brasileiro financiou diversos projetos de pesquisa, promovendo o crescimento da atividade científica no país e possibilitando a criação e o crescimento de instituições no período, além de reorganizar a estrutura organizativa das instituições de ensino superior do país, vislumbrando a área de ciência e tecnologia como setor estratégico para impulsionar o crescimento econômico do país. Por outro lado, sob a alegação da constante ameaça da disseminação da agenda anticomunista, o mesmo Estado atuou de modo coercitivo, alterando drasticamente o destino de diversos cientistas e das instituições das quais eles faziam parte. Este período também foi marcado pela consolidação da organização política da comunidade científica, no sentido de se comprometer com a defesa dos valores democráticos e de atuar de forma mais engajada para sua preservação. A esfera cinematográfica também foi influenciada pela conjuntura do período. No contexto internacional, filmes de Ficção Científica com tramas distópicas cresceram consideravelmente. Estas obras passaram a questionar o projeto de desenvolvimento científico, abordando possíveis consequências da exploração irrestrita dos recursos naturais e do aumento do poderio bélico dos países. Este crescimento também se manifestou no Brasil. Alguns cineastas oriundos do Cinema Novo passaram a utilizar obras de Ficção Científica para, de forma alegórica, criticarem o regime instalado no país. Outros movimentos também se aventuraram no gênero como foi o caso das chanchadas, pornochanchadas, cinema marginal, entre outros. Os resultados apontam que as contradições que caracterizam a as relações entre Estado, cientistas e atividades científica também foram expressas no cinema. Por um lado, parte da produção fílmica retrata a ciência como um caminho frutífero para a desenvolvimento econômico e social, tal qual os militares advogavam. Por outro, alguns filmes adotaram tom crítico frente as atividades científicas, defendendo a necessidade de se repensar a concepção de progresso, visto que durante o século XX, o desenvolvimento científico não implicou necessariamente na promoção de uma sociedade mais igualitária. A análise das obras Brasil Ano 2000 (Lima Junior, 1968) e Abrigo Nuclear (Pires, 1981) acompanha o movimento experenciado pela história das ciências brasileiras no período, o qual consiste na mudança gradual e lenta de posicionamento frente ao contexto político caótico inaugurado com golpe de 1964. Já a análise da obra Manhã Cinzenta (São Paulo, 1968) joga luz nas contradições provenientes sobre a reforma universitária desenvolvida durante a ditadura militar. Ao passo que estas instituições poderiam representar um caminho importante para solidificação econômica do país, elas também representavam, aos olhos dos militares, uma ameaça política, na medida em que o movimento estudantil representava um dos principais grupos de oposição direta ao governo. Além disso, a organização temática das obras aponta a existência de um rico material fílmico pouco explorado sob a perspectiva da história das ciências.
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A discussão sobre a necessidade de se expandir o conceito de fonte histórica englobando qualquer manifestação humana no tempo remonta às primeiras décadas do século XX, quando se defendia a superação da concepção de que apenas documentos oficiais tinham valor histórico e, consequentemente, se privilegiava a vertente da histórica política. A partir da premissa da história problema, estre trabalho propõe a utilização do cinema como fonte para a história das ciências brasileiras. Em nosso trabalho analisamos as imagens científicas veiculadas em obras fílmicas brasileiras de ficção científicas lançadas no período objetivando contribuir com o debate historiográfico dedicado ao estudo das relações entre ciência, política, economia e questões sociais durante o regime ditatorial. Para tanto, foram utilizadas as bases de dados da Cinemateca Nacional, os pareceres de censura dos filmes, documentos de operações de espionagen militares Arquivo Nacional, além da consulta de jornais e outras fontes de informação do período. Nos apoiamos nos pressupostos teóricos da análise de conteúdo categorial propostos por Bardin (2011) para propormos uma organização temáticas dos filmes, bem como elementos da análise fílmica propostos por Vanoye e Goliot-Lété (2013) para realizar a análise dos filmes. O recorte temporal abarcado se refere ao período da ditadura militar brasileira (1964-1985), que foi caracterizada pela violação de inúmeros direitos humanos, sendo responsável pela censura, perseguição, tortura e morte de pessoas oriundas de diferentes grupos sociais. A comunidade acadêmica e científica também sofreu os impactos deste período obscuro de nossa história. No caso das ciências, a relação dos militares com este campo do conhecimento foi marcada por contradições, sendo caracterizada por um duplo comportamento. Por um lado, o Estado Brasileiro financiou diversos projetos de pesquisa, promovendo o crescimento da atividade científica no país e possibilitando a criação e o crescimento de instituições no período, além de reorganizar a estrutura organizativa das instituições de ensino superior do país, vislumbrando a área de ciência e tecnologia como setor estratégico para impulsionar o crescimento econômico do país. Por outro lado, sob a alegação da constante ameaça da disseminação da agenda anticomunista, o mesmo Estado atuou de modo coercitivo, alterando drasticamente o destino de diversos cientistas e das instituições das quais eles faziam parte. Este período também foi marcado pela consolidação da organização política da comunidade científica, no sentido de se comprometer com a defesa dos valores democráticos e de atuar de forma mais engajada para sua preservação. A esfera cinematográfica também foi influenciada pela conjuntura do período. No contexto internacional, filmes de Ficção Científica com tramas distópicas cresceram consideravelmente. Estas obras passaram a questionar o projeto de desenvolvimento científico, abordando possíveis consequências da exploração irrestrita dos recursos naturais e do aumento do poderio bélico dos países. Este crescimento também se manifestou no Brasil. Alguns cineastas oriundos do Cinema Novo passaram a utilizar obras de Ficção Científica para, de forma alegórica, criticarem o regime instalado no país. Outros movimentos também se aventuraram no gênero como foi o caso das chanchadas, pornochanchadas, cinema marginal, entre outros. Os resultados apontam que as contradições que caracterizam a as relações entre Estado, cientistas e atividades científica também foram expressas no cinema. Por um lado, parte da produção fílmica retrata a ciência como um caminho frutífero para a desenvolvimento econômico e social, tal qual os militares advogavam. Por outro, alguns filmes adotaram tom crítico frente as atividades científicas, defendendo a necessidade de se repensar a concepção de progresso, visto que durante o século XX, o desenvolvimento científico não implicou necessariamente na promoção de uma sociedade mais igualitária. A análise das obras Brasil Ano 2000 (Lima Junior, 1968) e Abrigo Nuclear (Pires, 1981) acompanha o movimento experenciado pela história das ciências brasileiras no período, o qual consiste na mudança gradual e lenta de posicionamento frente ao contexto político caótico inaugurado com golpe de 1964. Já a análise da obra Manhã Cinzenta (São Paulo, 1968) joga luz nas contradições provenientes sobre a reforma universitária desenvolvida durante a ditadura militar. Ao passo que estas instituições poderiam representar um caminho importante para solidificação econômica do país, elas também representavam, aos olhos dos militares, uma ameaça política, na medida em que o movimento estudantil representava um dos principais grupos de oposição direta ao governo. Além disso, a organização temática das obras aponta a existência de um rico material fílmico pouco explorado sob a perspectiva da história das ciências.
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NILCEIA DATORI BARBOSA
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Probabilidade em Ação com um jogo pedagógico e as relações com os processos de ensino e de aprendizagem nos anos iniciais do ensino fundamental
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Orientador : AILTON PAULO DE OLIVEIRA JUNIOR
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Data: 20/10/2023
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O presente trabalho tem como objetivo investigar e validar a contribuição do jogo pedagógico “Probabilidade em ação” em seus formatos manipulável e digital para os processos de ensino e aprendizagem da probabilidade de alunos dos anos iniciais do ensino fundamental. Concebemos que construir e criar converge para trilhar o caminho da concepção do jogo pedagógico. Consideramos que os jogos, além de serem atrativos, são um exercício de aprendizagem ativa que possibilita simulações de tarefas que provocam e exigem soluções imediatas. Entendemos também que a resolução de problemas em contexto de jogos pode ser utilizada para o ensino de probabilidade, entretanto, ainda é escassa a disponibilidade desse recurso como material pedagógico para o trabalho com o ensino e a aprendizagem destes conceitos. Tomando como referência a Base Nacional Comum Curricular – BNCC, no que diz respeito aos conteúdos e habilidades a serem trabalhados na unidade temática “Estatística e Probabilidade” para os anos iniciais do Ensino Fundamental, elaboramos dois tipos de cartas para o jogo: Perguntas (?) e Saiba Mais (!). As cartas “perguntas (?)” são tarefas baseadas em situações problemas cujo objetivo é favorecer a apreensão dos conteúdos e o desenvolvimento do conhecimento probabilístico. Para a elaboração dessas cartas, junto à BNCC conectamos o Programa de Ensino sobre probabilidade e risco desenvolvido por Peter Bryant e Terezinha Nunes na Inglaterra e o documento norte-americano GAISE II. As cartas “saiba mais (!)”, trazem informações relevantes para a formação da criança cujo objetivo é propiciar um trabalho interdisciplinar, mostrando que a probabilidade está associada à diversas áreas do conhecimento. As tarefas buscam contemplar aspectos da BNCC, como leitura de mundo natural e social, pensamento crítico, sociabilidade e solidariedade. O desafio da pesquisa é mostrar a possibilidade de desenvolver um trabalho pedagógico para os anos iniciais do Ensino Fundamental, baseado em jogos e resolução de problemas que envolva conteúdos probabilísticos, criando um recurso fundamentado que favoreça o repensar sobre os métodos estratégicos, redimensionando-os a fim de minimizar o hiato existente entre as atividades lúdicas cotidianas realizadas pelos alunos, espontaneamente, e o trabalho desencadeado em sala de aula.
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O presente trabalho tem como objetivo investigar e validar a contribuição do jogo pedagógico “Probabilidade em ação” em seus formatos manipulável e digital para os processos de ensino e aprendizagem da probabilidade de alunos dos anos iniciais do ensino fundamental. Concebemos que construir e criar converge para trilhar o caminho da concepção do jogo pedagógico. Consideramos que os jogos, além de serem atrativos, são um exercício de aprendizagem ativa que possibilita simulações de tarefas que provocam e exigem soluções imediatas. Entendemos também que a resolução de problemas em contexto de jogos pode ser utilizada para o ensino de probabilidade, entretanto, ainda é escassa a disponibilidade desse recurso como material pedagógico para o trabalho com o ensino e a aprendizagem destes conceitos. Tomando como referência a Base Nacional Comum Curricular – BNCC, no que diz respeito aos conteúdos e habilidades a serem trabalhados na unidade temática “Estatística e Probabilidade” para os anos iniciais do Ensino Fundamental, elaboramos dois tipos de cartas para o jogo: Perguntas (?) e Saiba Mais (!). As cartas “perguntas (?)” são tarefas baseadas em situações problemas cujo objetivo é favorecer a apreensão dos conteúdos e o desenvolvimento do conhecimento probabilístico. Para a elaboração dessas cartas, junto à BNCC conectamos o Programa de Ensino sobre probabilidade e risco desenvolvido por Peter Bryant e Terezinha Nunes na Inglaterra e o documento norte-americano GAISE II. As cartas “saiba mais (!)”, trazem informações relevantes para a formação da criança cujo objetivo é propiciar um trabalho interdisciplinar, mostrando que a probabilidade está associada à diversas áreas do conhecimento. As tarefas buscam contemplar aspectos da BNCC, como leitura de mundo natural e social, pensamento crítico, sociabilidade e solidariedade. O desafio da pesquisa é mostrar a possibilidade de desenvolver um trabalho pedagógico para os anos iniciais do Ensino Fundamental, baseado em jogos e resolução de problemas que envolva conteúdos probabilísticos, criando um recurso fundamentado que favoreça o repensar sobre os métodos estratégicos, redimensionando-os a fim de minimizar o hiato existente entre as atividades lúdicas cotidianas realizadas pelos alunos, espontaneamente, e o trabalho desencadeado em sala de aula.
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ZENILDO SANTOS
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Cultura Escolar e Ensino de Matemática: o Ginásio Municipal Américo Souto, Aiquara-BA (1970-1980)
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Orientador : LUCIO CAMPOS COSTA
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Data: 14/12/2023
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As transformações sociais, políticas, econômicas e culturais ocorridas no Brasil nos anos de 1960, as quais até hoje sentimos a presença, marcaram sobremaneira a sociedade brasileira da década seguinte, a de 1970. No campo educacional, tais transformações tiveram como um de seus desdobramentos a reforma da Lei de Diretrizes e Bases da Educação que passou a vigorar em 1971. Entender os efeitos destas transformações, da nova legislação e das políticas que a acompanharam tem sido objeto de pesquisas e debates na área de História da Educação nas últimas décadas. Visando contribuir com tais debates, a presente tese busca identificar e articular algumas características relativas à cultura escolar e, em particular ao ensino de matemática, com o referido quadro de transformações desencadeado a partir do final dos anos de 1960. Partindo da hipótese de que os efeitos do contexto político, social, econômico e cultural tiveram reflexos na cultura escolar não apenas em grandes centros urbanos, como é conhecido, mas também em pequenas cidades do interior, consideramos o caso do Ginásio Municipal Américo Souto (GMAS), inaugurado em 1970 na pequena cidade de Aiquara, no interior do estado da Bahia. Tal escolha foi orientada à partir de pesquisas recentes que investigaram o ensino de matemática no nível primário em Aiquara e que apontaram para as potenciais contribuições que um aprofundamento e uma ampliação ao ensino ginasial poderiam oferecer para uma melhor compreensão da cultura escolar e do ensino de matemática no interior do país. Assim, partindo de referenciais teórico-metodológicos próprios aos estudos sobre a Cultura Escolar e sobre a História da Educação Matemática, consideramos um conjunto de fontes constituídas, entre outras, de documentos oficiais, livros didáticos, jornal estudantil, trabalhos artísticos e entrevistas com professores que atuaram no GMAS. A partir do tratamento e da análise das fontes e das reflexões desenvolvidas à luz dos referenciais teóricos, foi possível elaborarmos uma primeira caracterização da cultura escolar e do ensino de matemática presentes no GMAS. Foi também possível estabelecermos articulações entre tais características e o contexto das lutas políticas, sociais, culturais e educacionais no Brasil dos anos de 1970. Neste sentido, vale destacarmos a presença, no ambiente escolar do GMAS, de estímulos a ideais patrióticos conforme a perspectiva militar, a presença de iniciativas de difusão cultural por meio de festas e de jornal estudantil, assim como a circulação, sobretudo através de livros didáticos, de novas perspectivas para o ensino da Matemática, como as elaboradas pelo Movimento da Matemática Moderna.
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As transformações sociais, políticas, econômicas e culturais ocorridas no Brasil nos anos de 1960, as quais até hoje sentimos a presença, marcaram sobremaneira a sociedade brasileira da década seguinte, a de 1970. No campo educacional, tais transformações tiveram como um de seus desdobramentos a reforma da Lei de Diretrizes e Bases da Educação que passou a vigorar em 1971. Entender os efeitos destas transformações, da nova legislação e das políticas que a acompanharam tem sido objeto de pesquisas e debates na área de História da Educação nas últimas décadas. Visando contribuir com tais debates, a presente tese busca identificar e articular algumas características relativas à cultura escolar e, em particular ao ensino de matemática, com o referido quadro de transformações desencadeado a partir do final dos anos de 1960. Partindo da hipótese de que os efeitos do contexto político, social, econômico e cultural tiveram reflexos na cultura escolar não apenas em grandes centros urbanos, como é conhecido, mas também em pequenas cidades do interior, consideramos o caso do Ginásio Municipal Américo Souto (GMAS), inaugurado em 1970 na pequena cidade de Aiquara, no interior do estado da Bahia. Tal escolha foi orientada à partir de pesquisas recentes que investigaram o ensino de matemática no nível primário em Aiquara e que apontaram para as potenciais contribuições que um aprofundamento e uma ampliação ao ensino ginasial poderiam oferecer para uma melhor compreensão da cultura escolar e do ensino de matemática no interior do país. Assim, partindo de referenciais teórico-metodológicos próprios aos estudos sobre a Cultura Escolar e sobre a História da Educação Matemática, consideramos um conjunto de fontes constituídas, entre outras, de documentos oficiais, livros didáticos, jornal estudantil, trabalhos artísticos e entrevistas com professores que atuaram no GMAS. A partir do tratamento e da análise das fontes e das reflexões desenvolvidas à luz dos referenciais teóricos, foi possível elaborarmos uma primeira caracterização da cultura escolar e do ensino de matemática presentes no GMAS. Foi também possível estabelecermos articulações entre tais características e o contexto das lutas políticas, sociais, culturais e educacionais no Brasil dos anos de 1970. Neste sentido, vale destacarmos a presença, no ambiente escolar do GMAS, de estímulos a ideais patrióticos conforme a perspectiva militar, a presença de iniciativas de difusão cultural por meio de festas e de jornal estudantil, assim como a circulação, sobretudo através de livros didáticos, de novas perspectivas para o ensino da Matemática, como as elaboradas pelo Movimento da Matemática Moderna.
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