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Dissertações |
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GUILHERME DE LUCAS APARECIDO BARBOSA
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ADMIRÁVEL NOVA ATLÂNTIDA: O programa baconiano e a distopia contemporânea
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Orientador : LUCIANA ZATERKA
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Data: 04/02/2019
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SÉRGIO LIMA DOS SANTOS NASTASI
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Devir-secunda: ativismos das juventudes contemporâneas entre as imagens-clichê
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Orientador : ALEXANDER DE FREITAS
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Data: 27/02/2019
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PORFIRIO AMARILLA FILHO
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ESCÓLIO GERAL DOS PRINCIPIA: UM ESTUDO SOBRE A METAFÍSICA NEWTONIANA E O DIÁLOGO COM AS TESES CARTESIANAS
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Orientador : ANASTASIA GUIDI ITOKAZU
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Data: 28/02/2019
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ROBERT VAGNER SOARES DA PAIXÃO JUNIOR
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O relato de conversão no livro VIII das Confissões de Agostinho
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Orientador : CRISTIANE NEGREIROS ABBUD AYOUB
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Data: 09/05/2019
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GABRIEL GOMES MUNHOZ
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A DISTRAÇÃO NA CULTURA DE MASSA: uma análise a partir de Walter Benjamin e Siegfried Kracauer
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Orientador : MARILIA MELLO PISANI
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Data: 14/05/2019
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CATERINE ZAPATA ZILIO BARROS
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Como educar para a virtude na Idade das Paixões? Uma reflexão sobre a educação moral no Emílio ou Da Educação de Jean-Jacques Rousseau
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Orientador : PATRICIA DEL NERO VELASCO
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Data: 11/09/2019
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A presente pesquisa investiga as estratégias pedagógicas empregadas pelo preceptor para conduzir seu aluno à virtude na Idade das Paixões, conforme descrito no Livro IV da obra Emílio ou Da Educação de Jean-Jacques Rousseau. No primeiro capítulo nos dedicamos à contextualização deste tratado dentro do pensamento de Rousseau, posicionando-o em relação às demais produções do genebrino, especialmente o Primeiro e o Segundo Discurso. No segundo capítulo investigamos o alvo do projeto educacional estabelecido no Emílio, desenvolvendo conceitos como felicidade, força, liberdade e virtude, porque sem o esclarecimento relativo à questão dos fins, não seria possível compreender os meios empregados pelo preceptor. No terceiro e último capítulo analisamos cada uma das estratégias pedagógicas apresentadas pelo genebrino, dando destaque ao papel desempenhado pelas diferentes faculdades e paixões do aluno no processo de educação para a virtude. Dividimos a exposição em dois eixos: educação dos sentimentos e educação das luzes, passando pelo estudo dos homens, o estudo da religião e as lições sobre o amor, última instrução que prepara e antecede a introdução de Emílio na sociedade, momento em que observamos os resultados da aplicação do método.
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A presente pesquisa investiga as estratégias pedagógicas empregadas pelo preceptor para conduzir seu aluno à virtude na Idade das Paixões, conforme descrito no Livro IV da obra Emílio ou Da Educação de Jean-Jacques Rousseau. No primeiro capítulo nos dedicamos à contextualização deste tratado dentro do pensamento de Rousseau, posicionando-o em relação às demais produções do genebrino, especialmente o Primeiro e o Segundo Discurso. No segundo capítulo investigamos o alvo do projeto educacional estabelecido no Emílio, desenvolvendo conceitos como felicidade, força, liberdade e virtude, porque sem o esclarecimento relativo à questão dos fins, não seria possível compreender os meios empregados pelo preceptor. No terceiro e último capítulo analisamos cada uma das estratégias pedagógicas apresentadas pelo genebrino, dando destaque ao papel desempenhado pelas diferentes faculdades e paixões do aluno no processo de educação para a virtude. Dividimos a exposição em dois eixos: educação dos sentimentos e educação das luzes, passando pelo estudo dos homens, o estudo da religião e as lições sobre o amor, última instrução que prepara e antecede a introdução de Emílio na sociedade, momento em que observamos os resultados da aplicação do método.
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ROBÉRIO HONORATO DOS SANTOS
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Acerca da racionalidade totalitária em Hannah Arendt: da experiência totalitária ao repensar os sentidos da política
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Orientador : SUZE DE OLIVEIRA PIZA
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Data: 13/09/2019
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RESUMO
Essa pesquisa tem como ponto de partida a denúncia efetuada por Hannah Arendt acerca da presença de elementos totalitários nas sociedades não totalitárias. Defendemos com Arendt que esses elementos não somente são fruto de uma racionalidade totalitária que os cristalizaram nos movimentos, regimes e governos totalitários, mas que, a despeito do término dessa tríade, fortalecida por ela, a racionalidade totalitária continua intencionalmente arquitetando rupturas aos sentidos da experiência político-existencial na atualidade. Nesse sentido, o problema do presente trabalho pode assim ser posto através das seguintes questões: Quais são os traços da racionalidade totalitária apresentados por Hannah Arendt em sua obra? Pode a política tal como a compreende Hannah Arendt exercer uma ação de resistência e oposição aos traços da racionalidade totalitária? Qual o papel da política em Hannah Arendt para repensar novas experiências políticas e existenciais do ser humano nas sociedades atuais? Visamos problematizar alguns dos traços da racionalidade totalitária, sobremaneira àqueles que consideramos mais marcantes, destacando suas implicações sobre a experiência político-existencial do ser humano no presente. Em um contexto de crescente ultraconservadorismo no qual nos encontramos buscar resistir, se opor e repensar a política tal qual se afigura na atualidade é de extrema relevância, razão pela qual a tese desse trabalho é justificada. Nosso objetivo a partir daí é defender a tese de que os sentidos da política, notadamente a liberdade, a ação e a natalidade, não somente conferem dignidade à política em Hannah Arendt, mas que neles há elementos de resistência e oposição à racionalidade totalitária, além de oferecer pistas para repensarmos a política no presente, em vista de sua dignidade, portanto, de novos formatos nos quais a política possa aparecer autenticamente. Enfim, são as características inerentes aos próprios sentidos da política em Hannah Arendt, como a pluralidade, a imprevisibilidade e irreversibilidade da ação, a novidade que a liberdade e a natalidade podem ensejar no mundo, a improbabilidade da natalidade que, assim como a ação e a liberdade em conjunto, trazem o potencial de inscrever no mundo o novo, reatualizando-o. Dessa forma, os sentidos da política certamente se colocam como fatores de resistência e oposição à racionalidade totalitária, e ao dignificarem a política na filosofia de Hannah Arendt, portam elementos imprescindíveis para repensarmos o que estamos fazendo com aquilo que se chama de política na atualidade.
Palavras-chave: Racionalidade totalitária, sentidos da política, dignidade da política, Hannah Arendt.
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RESUMO
Essa pesquisa tem como ponto de partida a denúncia efetuada por Hannah Arendt acerca da presença de elementos totalitários nas sociedades não totalitárias. Defendemos com Arendt que esses elementos não somente são fruto de uma racionalidade totalitária que os cristalizaram nos movimentos, regimes e governos totalitários, mas que, a despeito do término dessa tríade, fortalecida por ela, a racionalidade totalitária continua intencionalmente arquitetando rupturas aos sentidos da experiência político-existencial na atualidade. Nesse sentido, o problema do presente trabalho pode assim ser posto através das seguintes questões: Quais são os traços da racionalidade totalitária apresentados por Hannah Arendt em sua obra? Pode a política tal como a compreende Hannah Arendt exercer uma ação de resistência e oposição aos traços da racionalidade totalitária? Qual o papel da política em Hannah Arendt para repensar novas experiências políticas e existenciais do ser humano nas sociedades atuais? Visamos problematizar alguns dos traços da racionalidade totalitária, sobremaneira àqueles que consideramos mais marcantes, destacando suas implicações sobre a experiência político-existencial do ser humano no presente. Em um contexto de crescente ultraconservadorismo no qual nos encontramos buscar resistir, se opor e repensar a política tal qual se afigura na atualidade é de extrema relevância, razão pela qual a tese desse trabalho é justificada. Nosso objetivo a partir daí é defender a tese de que os sentidos da política, notadamente a liberdade, a ação e a natalidade, não somente conferem dignidade à política em Hannah Arendt, mas que neles há elementos de resistência e oposição à racionalidade totalitária, além de oferecer pistas para repensarmos a política no presente, em vista de sua dignidade, portanto, de novos formatos nos quais a política possa aparecer autenticamente. Enfim, são as características inerentes aos próprios sentidos da política em Hannah Arendt, como a pluralidade, a imprevisibilidade e irreversibilidade da ação, a novidade que a liberdade e a natalidade podem ensejar no mundo, a improbabilidade da natalidade que, assim como a ação e a liberdade em conjunto, trazem o potencial de inscrever no mundo o novo, reatualizando-o. Dessa forma, os sentidos da política certamente se colocam como fatores de resistência e oposição à racionalidade totalitária, e ao dignificarem a política na filosofia de Hannah Arendt, portam elementos imprescindíveis para repensarmos o que estamos fazendo com aquilo que se chama de política na atualidade.
Palavras-chave: Racionalidade totalitária, sentidos da política, dignidade da política, Hannah Arendt.
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FELIPE RIBEIRO
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Consciência histórica, hermenêutica e crítica da ideologia: um estudo sobre o debate Habermas-Gadamer
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Orientador : FERNANDO COSTA MATTOS
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Data: 16/09/2019
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Esta dissertação busca reconstruir o debate Habermas-Gadamer tendo por fio condutor a noção hermenêutica de consciência histórica. Partindo de uma sugestão de Habermas, mostraremos como a consciência histórica gadameriana tem uma intenção crítica, em dois sentidos: por um lado, ela refere-se a uma autocrítica do sujeito da interpretação, pela qual ele aprende a historicizar suas concepções prévias, rompendo com a autocompreensão objetivista do processo de conhecimento; por outro, ela refere-se à capacidade que todo intérprete, ao refletir sobre a tradição em que se insere, tem de revisar criticamente os esquemas herdados e modificá-los com vistas a interesses práticos contemporâneos. A partir daí, retomaremos o interesse de Habermas pela hermenêutica, focando no combate contra o positivismo e em sua teoria dos interesses do conhecimento. Veremos como, para Habermas, embora Dilthey seja uma figura central para a consolidação do interesse prático do conhecimento, ele permaneceu todavia atrelado ao positivismo, de forma que é apenas em Gadamer que encontramos o aprofundamento de uma autorreflexão crítica. Isto posto, passaremos às críticas de Habermas: para este, apesar de suas vantagens, Gadamer absolutizou a historicidade e a dependência do conhecimento a contextos, pondo em risco seus próprio ganhos críticos. Daí que Habermas busque conduzir o interesse crítico da hermenêutica para além dela, estabelecendo limites para a noção hermenêutica de consciência histórica. Essa passagem se dá em dois momentos: por um lado, Habermas quer ampliar a consciência do presente na forma de uma sociologia da atualidade capaz de dar conta do nexo entre tradição, dominação e trabalho; por outro, é necessário legitimar uma reconstrução racional da competência comunicativa, que explicitaria a racionalidade inerente à comunicação e que não é puramente dependente de um contexto histórico. Esse seria o programa geral de uma passagem da hermenêutica à crítica da ideologia, que busca ser uma crítica sistemática da tradição. Passagem problemática, porém, pois veremos, com Gadamer, que a proposta de uma reconstrução teórica da linguagem corre o risco de certo objetivismo e, no limite, de ideologia: se ela se furta à reflexão histórica, ela já pode ser um pressuposto dogmático e aistórico usado para criticar comunicações “distorcidas”. É nessa linha que Gadamer cobrará uma reflexão hermenêutica sobre a crítica da ideologia que a re-situalize. Essa volta a Gadamer nos permitirá defender, nas “Considerações finais”, a posição de que o interesse do debate está justamente nos constantes pontos de tensão entre ambos autores, e não na opção por um outro, preferindo portanto mantê-los naquilo que Bernstein chamará de uma “constelação tensa”.
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Esta dissertação busca reconstruir o debate Habermas-Gadamer tendo por fio condutor a noção hermenêutica de consciência histórica. Partindo de uma sugestão de Habermas, mostraremos como a consciência histórica gadameriana tem uma intenção crítica, em dois sentidos: por um lado, ela refere-se a uma autocrítica do sujeito da interpretação, pela qual ele aprende a historicizar suas concepções prévias, rompendo com a autocompreensão objetivista do processo de conhecimento; por outro, ela refere-se à capacidade que todo intérprete, ao refletir sobre a tradição em que se insere, tem de revisar criticamente os esquemas herdados e modificá-los com vistas a interesses práticos contemporâneos. A partir daí, retomaremos o interesse de Habermas pela hermenêutica, focando no combate contra o positivismo e em sua teoria dos interesses do conhecimento. Veremos como, para Habermas, embora Dilthey seja uma figura central para a consolidação do interesse prático do conhecimento, ele permaneceu todavia atrelado ao positivismo, de forma que é apenas em Gadamer que encontramos o aprofundamento de uma autorreflexão crítica. Isto posto, passaremos às críticas de Habermas: para este, apesar de suas vantagens, Gadamer absolutizou a historicidade e a dependência do conhecimento a contextos, pondo em risco seus próprio ganhos críticos. Daí que Habermas busque conduzir o interesse crítico da hermenêutica para além dela, estabelecendo limites para a noção hermenêutica de consciência histórica. Essa passagem se dá em dois momentos: por um lado, Habermas quer ampliar a consciência do presente na forma de uma sociologia da atualidade capaz de dar conta do nexo entre tradição, dominação e trabalho; por outro, é necessário legitimar uma reconstrução racional da competência comunicativa, que explicitaria a racionalidade inerente à comunicação e que não é puramente dependente de um contexto histórico. Esse seria o programa geral de uma passagem da hermenêutica à crítica da ideologia, que busca ser uma crítica sistemática da tradição. Passagem problemática, porém, pois veremos, com Gadamer, que a proposta de uma reconstrução teórica da linguagem corre o risco de certo objetivismo e, no limite, de ideologia: se ela se furta à reflexão histórica, ela já pode ser um pressuposto dogmático e aistórico usado para criticar comunicações “distorcidas”. É nessa linha que Gadamer cobrará uma reflexão hermenêutica sobre a crítica da ideologia que a re-situalize. Essa volta a Gadamer nos permitirá defender, nas “Considerações finais”, a posição de que o interesse do debate está justamente nos constantes pontos de tensão entre ambos autores, e não na opção por um outro, preferindo portanto mantê-los naquilo que Bernstein chamará de uma “constelação tensa”.
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MATEUS SOARES DE SOUZA
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Método e Totalidade em Georg Lukács: de História e Consciência de Classe à Ontologia do Ser Social
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Orientador : BRUNO NADAI
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Data: 17/09/2019
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Nosso texto pretende abordar a relação entre a noção de método e a categoria de totalidade na obra de Georg Lukács. Propomos investigar como esta categoria opera na engrenagem argumentativa de História e Consciência de Classe e como ela se transforma e passa a operar na Ontologia do Ser Social. Em História e Consciência de Classe a categoria de totalidade é tomada em dois sentidos metodológicos, entendidos aqui como a operação específica que a categoria realiza na engenharia argumentativa do autor, a saber: a soma das diversas esferas de vida para compor a ‘totalidade social’ e o processo de identidade entre sujeito e objeto. No Prefácio à Segunda Edição esta categoria sofre severa crítica e, por fim, na Ontologia do Ser Social ela se apresenta de maneira reformulada. O autor indica, no Prefácio, que a formulação inicial em História e Consciência de Classe, na perspectiva da identidade entre sujeito e objeto, apresentava uma preponderância do aspecto lógico em detrimento do aspecto ontológico. Já na Ontologia essa categoria passa a atuar metodologicamente como a articuladora das categorias de teleologia e causalidade para entendermos a categoria trabalho, em sua atividade de “pôr teleológico”, apresentada como “princípio ontológico fundamental”. A totalidade também se faz presente na argumentação da categoria de reprodução social, entendida como um ‘complexo de complexos’. Apresentamos a hipótese de que há semelhança na operação metodológica que a totalidade realiza na engenharia argumentativa luckcsiana, seja como soma das diversas esferas de vida em História e Consciência de Classe seja como articuladora dos diversos complexos categoriais no entendimento da sociedade como um complexo de complexos, na Ontologia do Ser Social, o que sustenta a perspectiva de leitura a partir da idéia de uma ‘continuidade transformada’ da categoria nas obras em tela.
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Nosso texto pretende abordar a relação entre a noção de método e a categoria de totalidade na obra de Georg Lukács. Propomos investigar como esta categoria opera na engrenagem argumentativa de História e Consciência de Classe e como ela se transforma e passa a operar na Ontologia do Ser Social. Em História e Consciência de Classe a categoria de totalidade é tomada em dois sentidos metodológicos, entendidos aqui como a operação específica que a categoria realiza na engenharia argumentativa do autor, a saber: a soma das diversas esferas de vida para compor a ‘totalidade social’ e o processo de identidade entre sujeito e objeto. No Prefácio à Segunda Edição esta categoria sofre severa crítica e, por fim, na Ontologia do Ser Social ela se apresenta de maneira reformulada. O autor indica, no Prefácio, que a formulação inicial em História e Consciência de Classe, na perspectiva da identidade entre sujeito e objeto, apresentava uma preponderância do aspecto lógico em detrimento do aspecto ontológico. Já na Ontologia essa categoria passa a atuar metodologicamente como a articuladora das categorias de teleologia e causalidade para entendermos a categoria trabalho, em sua atividade de “pôr teleológico”, apresentada como “princípio ontológico fundamental”. A totalidade também se faz presente na argumentação da categoria de reprodução social, entendida como um ‘complexo de complexos’. Apresentamos a hipótese de que há semelhança na operação metodológica que a totalidade realiza na engenharia argumentativa luckcsiana, seja como soma das diversas esferas de vida em História e Consciência de Classe seja como articuladora dos diversos complexos categoriais no entendimento da sociedade como um complexo de complexos, na Ontologia do Ser Social, o que sustenta a perspectiva de leitura a partir da idéia de uma ‘continuidade transformada’ da categoria nas obras em tela.
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RENATO RODRIGUES DOS SANTOS
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As concupiscências e a cisão da vontade nas Confissões de Agostinho
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Orientador : CRISTIANE NEGREIROS ABBUD AYOUB
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Data: 17/09/2019
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A vontade é um conceito central na filosofia agostiniana. Ela é o motor da busca humana pela vida feliz que é possível somente junto a Deus. Entretanto, dotada de livre-arbítrio, a vontade humana pode optar por não se direcionar a Deus, assumindo uma condição decaída. Neste cenário, o ser humano é constituído por uma dupla inclinação: a vontade de felicidade, que tende ao amor a Deus, e a concupiscência, que não tende ao amor a Deus, mas às criaturas (mundo e ser humano). Essas duas vontades, opostas, cindem a alma humana e estabelecem um conflito interno. O objetivo desta dissertação é examinar as concupiscências e a cisão da vontade. Para isso, analisaremos os livro VIII e X das Confissões.
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A vontade é um conceito central na filosofia agostiniana. Ela é o motor da busca humana pela vida feliz que é possível somente junto a Deus. Entretanto, dotada de livre-arbítrio, a vontade humana pode optar por não se direcionar a Deus, assumindo uma condição decaída. Neste cenário, o ser humano é constituído por uma dupla inclinação: a vontade de felicidade, que tende ao amor a Deus, e a concupiscência, que não tende ao amor a Deus, mas às criaturas (mundo e ser humano). Essas duas vontades, opostas, cindem a alma humana e estabelecem um conflito interno. O objetivo desta dissertação é examinar as concupiscências e a cisão da vontade. Para isso, analisaremos os livro VIII e X das Confissões.
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VAGNER NUNES PEREIRA
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Ação ética: A contribuição de Leopoldo Zea para uma filosofia da ação
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Orientador : DANIEL PANSARELLI
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Data: 17/09/2019
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O objetivo deste trabalho é, com a apropriação da filosofia de Leopoldo Zea, buscar elementos que possam contribuir para a ação e pensamento éticos. Para tanto dividimos a pesquisa em dois momentos, que se tornaram os capítulos. No primeiro o filósofo mexicano, que está na base da Filosofia da Libertação e tem suas reflexões construídas partindo da circunstância mexicana e latino-americana, foi estudado sistematicamente, buscando em sua obra a compreensão das categorias chaves em seu pensamento: circunstância, mestiçagem, tomada de consciência, responsabilidade, que foram apresentadas e discutidas, já de forma a serem trazidas à baila para a reflexão que se seguirá. Com a apropriação dessas categorias, no momento seguinte, capítulo dois, passamos ao objeto central de nossa pesquisa, refletir a construção de uma ética hipócrita e cínica ao largo da história, que baliza as relações pautadas no modelo de relação senhor-escravo, verticalizando a convivência humana desse continente. A discussão caminha para a defesa da necessidade de tomada de consciência desta circunstância, o que culminaria com uma Ação Ética e sua reflexão, uma Filosofia da ação. Importante destacar que, muito mais que dar uma resposta, o trabalho tem caráter de provocação à reflexão e ação, em que o caminho permanece aberto para discussão, melhoramento e reconstrução.
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O objetivo deste trabalho é, com a apropriação da filosofia de Leopoldo Zea, buscar elementos que possam contribuir para a ação e pensamento éticos. Para tanto dividimos a pesquisa em dois momentos, que se tornaram os capítulos. No primeiro o filósofo mexicano, que está na base da Filosofia da Libertação e tem suas reflexões construídas partindo da circunstância mexicana e latino-americana, foi estudado sistematicamente, buscando em sua obra a compreensão das categorias chaves em seu pensamento: circunstância, mestiçagem, tomada de consciência, responsabilidade, que foram apresentadas e discutidas, já de forma a serem trazidas à baila para a reflexão que se seguirá. Com a apropriação dessas categorias, no momento seguinte, capítulo dois, passamos ao objeto central de nossa pesquisa, refletir a construção de uma ética hipócrita e cínica ao largo da história, que baliza as relações pautadas no modelo de relação senhor-escravo, verticalizando a convivência humana desse continente. A discussão caminha para a defesa da necessidade de tomada de consciência desta circunstância, o que culminaria com uma Ação Ética e sua reflexão, uma Filosofia da ação. Importante destacar que, muito mais que dar uma resposta, o trabalho tem caráter de provocação à reflexão e ação, em que o caminho permanece aberto para discussão, melhoramento e reconstrução.
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GUSTAVO PENHA LEMES DA SILVA
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DO VÍNCULO ESPACIAL DAS TONALIDADES AFETIVAS DO MEDO E DA ANGÚSTIA EM SER E TEMPO DE MARTIN HEIDEGGER
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Orientador : FERNANDO COSTA MATTOS
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Data: 16/10/2019
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Pretende-se demonstrar a relação em geral entre disposição (Befindlichkeit)e espaço, e, de forma mais específica, uma possível ligação entre o espaço e o fenômeno da angústia no Dasein, pois esta, que tem papel decisivo no tratado, tradicionalmente compreende-se tradicionalmente como vinculada ao fenômeno do tempo. Além da angústia, Ser e tempo aborda também a afinação (Sstimmung) do medo, já que este tem afinidade com aquela e é analisado de forma anterior e preparatória para o fenômeno da angústia, em razão de sua conexão ontológica.
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Pretende-se demonstrar a relação em geral entre disposição (Befindlichkeit)e espaço, e, de forma mais específica, uma possível ligação entre o espaço e o fenômeno da angústia no Dasein, pois esta, que tem papel decisivo no tratado, tradicionalmente compreende-se tradicionalmente como vinculada ao fenômeno do tempo. Além da angústia, Ser e tempo aborda também a afinação (Sstimmung) do medo, já que este tem afinidade com aquela e é analisado de forma anterior e preparatória para o fenômeno da angústia, em razão de sua conexão ontológica.
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GUSTAVO MAZZARÃO RODRIGUES
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O teor político da educação em Jean-Jacques Rousseau
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Orientador : DANIEL PANSARELLI
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Data: 28/10/2019
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A presente pesquisa tem como objeto de estudos a conexão entre as concepções de natureza, política e educação de Jean-Jacques Rousseau. Mais precisamente investigo a maneira como essas três concepções se sustentam reciprocamente e, conjugadas, formam o que chamo de projeto político pedagógico de Rousseau. A composição da pesquisa tem por base, a princípio, a análise da própria obra de Rousseau e a identificação de elementos teóricos que constituem uma unidade em seu pensamento político e pedagógico. Identificados os conceitos básicos que sustentam o pensamento de Rousseau, passo a complementar a pesquisa com comentadores. A dissertação está organizada em dois capítulos, nos quais intento estabelecer um trajeto lógico e não necessariamente cronológico. No Capítulo I é discutida a concepção de natureza humana, tendo como objetivo apresentar ao leitor a concepção de Rousseau sobre as características essenciais da natureza humana, assim como as características mentais, morais, emocionais e materiais dessa condição de natureza. Trago, ao final desse capítulo, uma reflexão sobre o processo de degenerescência, isto é, de afastamento da condição natural e edificação do estado civil. O Capítulo II é dedicado à reflexão sobre o primeiro e segundo capítulos do Contrato Social (1762) e sobre a obra Emílio ou da Educação (1762). Discuto, portanto, sobre como há uma interconexão entre o indivíduo formado segundo a pedagogia descrita no Emílio ou da Educação e a substância moral formada no interior da hipotética sociedade descrita no Contrato Social. Unindo política e educação, esse capítulo encerra os objetivos desse trabalho, a saber: identificar o teor político da proposta pedagógica de Jean-Jacques Rousseau.
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A presente pesquisa tem como objeto de estudos a conexão entre as concepções de natureza, política e educação de Jean-Jacques Rousseau. Mais precisamente investigo a maneira como essas três concepções se sustentam reciprocamente e, conjugadas, formam o que chamo de projeto político pedagógico de Rousseau. A composição da pesquisa tem por base, a princípio, a análise da própria obra de Rousseau e a identificação de elementos teóricos que constituem uma unidade em seu pensamento político e pedagógico. Identificados os conceitos básicos que sustentam o pensamento de Rousseau, passo a complementar a pesquisa com comentadores. A dissertação está organizada em dois capítulos, nos quais intento estabelecer um trajeto lógico e não necessariamente cronológico. No Capítulo I é discutida a concepção de natureza humana, tendo como objetivo apresentar ao leitor a concepção de Rousseau sobre as características essenciais da natureza humana, assim como as características mentais, morais, emocionais e materiais dessa condição de natureza. Trago, ao final desse capítulo, uma reflexão sobre o processo de degenerescência, isto é, de afastamento da condição natural e edificação do estado civil. O Capítulo II é dedicado à reflexão sobre o primeiro e segundo capítulos do Contrato Social (1762) e sobre a obra Emílio ou da Educação (1762). Discuto, portanto, sobre como há uma interconexão entre o indivíduo formado segundo a pedagogia descrita no Emílio ou da Educação e a substância moral formada no interior da hipotética sociedade descrita no Contrato Social. Unindo política e educação, esse capítulo encerra os objetivos desse trabalho, a saber: identificar o teor político da proposta pedagógica de Jean-Jacques Rousseau.
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LEONARDO DE SERQUEIRA MAURO
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Da filosofia à astronomia: Johannes Kepler e a obtenção das leis dos movimentos planetários
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Orientador : MARILIA MELLO PISANI
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Data: 30/10/2019
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O presente trabalho visa abordar a importância que o pensamento apriorístico e metafísico traz para a formulação das teorias filosóficas e científicas. Na história da astronomia, estas formas de se abordar um problema têm sido combinadas de diversas maneiras com o empirismo, pois é necessário se confrontar a tese com a experimentação. Para entendermos como a teoria pode estar aliada à experimentação, vamos estudar a maneira como Johannes Kepler, astrônomo, matemático e filósofo, obteve as leis do movimento planetário conhecidas como as "três leis de Kepler", utilizando parte do que havia sido experimentado por outro grande cientista da época, Tycho Brahe, o heliocentrismo de Copérnico e expedientes matemáticos desenvolvidos por Ptolomeu. A teoria kepleriana estava fundamentada em seus estudos matemáticos e filosóficos, mas sua crença em um Criador geômetra não era suficiente para sustentar o modelo por ele proposto. Após coletar novos dados experimentais e rever seus métodos de abordagem, Kepler pôde, enfim, unir a teoria com a experimentação, a física com a astronomia, e esta nova abordagem deu origem à Astronomia moderna.
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O presente trabalho visa abordar a importância que o pensamento apriorístico e metafísico traz para a formulação das teorias filosóficas e científicas. Na história da astronomia, estas formas de se abordar um problema têm sido combinadas de diversas maneiras com o empirismo, pois é necessário se confrontar a tese com a experimentação. Para entendermos como a teoria pode estar aliada à experimentação, vamos estudar a maneira como Johannes Kepler, astrônomo, matemático e filósofo, obteve as leis do movimento planetário conhecidas como as "três leis de Kepler", utilizando parte do que havia sido experimentado por outro grande cientista da época, Tycho Brahe, o heliocentrismo de Copérnico e expedientes matemáticos desenvolvidos por Ptolomeu. A teoria kepleriana estava fundamentada em seus estudos matemáticos e filosóficos, mas sua crença em um Criador geômetra não era suficiente para sustentar o modelo por ele proposto. Após coletar novos dados experimentais e rever seus métodos de abordagem, Kepler pôde, enfim, unir a teoria com a experimentação, a física com a astronomia, e esta nova abordagem deu origem à Astronomia moderna.
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ZÓZIMO ADEODATO FERNANDES
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Devir professor - a experiência do acontecimento
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Orientador : ANDRE LUIS LA SALVIA
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Data: 09/12/2019
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Acontecimento é a palavra chave! Seguindo os passos de Deleuze e Guattari, o acontecimento é condição mesma sob a qual o pensamento pensa, a partir de um encontro com o fora que nos força a pensar, operando um corte no caos por um plano de imanência. Assim, os encontros/acontecimentos que recortam essa pesquisa e que nortearam nossas experimentações/singularizações, podem ser divididas em três linhas de força: O primeiro é o acontecimento estético, que surge a partir de uma linha de fuga e resistência ao modus operandida escola, com sua política disciplinar e de bloqueio/controle das forças criativas. O segundo é o acontecimento político, gerado no vórtice do movimento secundarista de ocupações das escolas como forma de resistência à macropolítica que, por sua vez, desencadeou o terceiro, que é o acontecimento ético-político, caracterizado pelo processo de experimentação micropolítica das práticas escolares e suas implicações para o processo de singularização das subjetividades e para as possibilidades de reexistência. Juntas, as três linhas de força traçam o plano de imanência onde, de acordo com o título deste trabalho, consiste o devir-professor.
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Acontecimento é a palavra chave! Seguindo os passos de Deleuze e Guattari, o acontecimento é condição mesma sob a qual o pensamento pensa, a partir de um encontro com o fora que nos força a pensar, operando um corte no caos por um plano de imanência. Assim, os encontros/acontecimentos que recortam essa pesquisa e que nortearam nossas experimentações/singularizações, podem ser divididas em três linhas de força: O primeiro é o acontecimento estético, que surge a partir de uma linha de fuga e resistência ao modus operandida escola, com sua política disciplinar e de bloqueio/controle das forças criativas. O segundo é o acontecimento político, gerado no vórtice do movimento secundarista de ocupações das escolas como forma de resistência à macropolítica que, por sua vez, desencadeou o terceiro, que é o acontecimento ético-político, caracterizado pelo processo de experimentação micropolítica das práticas escolares e suas implicações para o processo de singularização das subjetividades e para as possibilidades de reexistência. Juntas, as três linhas de força traçam o plano de imanência onde, de acordo com o título deste trabalho, consiste o devir-professor.
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RENAN ALVES DO NASCIMENTO
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O PROBLEMA DA PUNIÇÃO JURÍDICA NA FILOSOFIA DE SCHOPENHAUER
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Orientador : FLAMARION CALDEIRA RAMOS
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Data: 11/12/2019
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Esta Dissertação trata das questões correlatas ao problema da punição jurídica em Schopenhauer. Ao negar a liberdade das ações humanas, o filósofo não deixa espaço para fundamentar a responsabilidade jurídica. A lei penal, portanto, não tem a função de compensar o sujeito por suas faltas, mas de tão somente fazer evitar as ações injustas através da oferta de punições para cada ato socialmente mau. Uma vez que o mau seja praticado, a pena é executada sobre o indivíduo, o que o filósofo justifica como um aviso para que os outros cidadãos não façam o mesmo ao verem que a lei penal é cumprida. Nisso, o apenado figura apenas como um meio do qual o Estado tem um direito contratual de se servir. Tratamos do tema de se a punição não contradiz o objetivo prospectivo da lei penal de apenas fazer evitar as ações socialmente más, e buscamos a solução deste problema na doutrina do filósofo. Por fim, buscamos responder se em seu pensamento a função educativa da pena é ser admitida.
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Esta Dissertação trata das questões correlatas ao problema da punição jurídica em Schopenhauer. Ao negar a liberdade das ações humanas, o filósofo não deixa espaço para fundamentar a responsabilidade jurídica. A lei penal, portanto, não tem a função de compensar o sujeito por suas faltas, mas de tão somente fazer evitar as ações injustas através da oferta de punições para cada ato socialmente mau. Uma vez que o mau seja praticado, a pena é executada sobre o indivíduo, o que o filósofo justifica como um aviso para que os outros cidadãos não façam o mesmo ao verem que a lei penal é cumprida. Nisso, o apenado figura apenas como um meio do qual o Estado tem um direito contratual de se servir. Tratamos do tema de se a punição não contradiz o objetivo prospectivo da lei penal de apenas fazer evitar as ações socialmente más, e buscamos a solução deste problema na doutrina do filósofo. Por fim, buscamos responder se em seu pensamento a função educativa da pena é ser admitida.
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GIOVANNA RAMOS MÖLLER
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TAY, a robô feminizada fascista: um estudo de caso e a contribuição da crítica feminista à tecnologia.
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Orientador : MARILIA MELLO PISANI
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Data: 16/12/2019
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O objetivo desta dissertação de mestrado é refletir de maneira social e filosófica sobre o caso da robô feminizada fascista e colocar este caso como ponto de partida para discussões sobre a tecnologia e a sociedade. A expressão “robô feminizada fascista” refere-se a um software de simulação de diálogo chamado “TAY”, construído com persona feminizada pela empresa Microsoft em março de 2016. Em menos de um dia de atividade pública, o dispositivo saiu do controle corporativo e foi cooptado por grupos políticos que exploraram de forma estratégica as propriedades de aprendizado da máquina. Como resultado desses esforços específicos, o software disseminou conteúdos racistas, antissemitas, misóginos, eleitorais e de cunho sexual explícito na rede social Twitter. Para pensar sobre as implicações sociais da tecnologia, a dissertação se divide em três momentos: no primeiro, busco construir uma narrativa reflexiva dos fatos, informada por outros relatos e por materiais de imprensa da época; no segundo momento, coloco ideias que surgem desta interpretação do caso, centradas na hipótese filosófica e social da não neutralidade da tecnociência; no terceiro momento, desenvolvo essa hipótese a partir da sociologia da tecnologia e do tecnofeminismo tal como articulados nos trabalhos de Judy Wajcman. Enquanto a dissertação assume e aspira a um caráter interdisciplinar, ela também pretende exercitar o olhar crítico e historicamente informado com relação ao mundo contemporâneo. Assim, este trabalho pretende mostrar a importância da reflexão sobre os objetos tecnológicos concretos a partir das epistemologias feministas.
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O objetivo desta dissertação de mestrado é refletir de maneira social e filosófica sobre o caso da robô feminizada fascista e colocar este caso como ponto de partida para discussões sobre a tecnologia e a sociedade. A expressão “robô feminizada fascista” refere-se a um software de simulação de diálogo chamado “TAY”, construído com persona feminizada pela empresa Microsoft em março de 2016. Em menos de um dia de atividade pública, o dispositivo saiu do controle corporativo e foi cooptado por grupos políticos que exploraram de forma estratégica as propriedades de aprendizado da máquina. Como resultado desses esforços específicos, o software disseminou conteúdos racistas, antissemitas, misóginos, eleitorais e de cunho sexual explícito na rede social Twitter. Para pensar sobre as implicações sociais da tecnologia, a dissertação se divide em três momentos: no primeiro, busco construir uma narrativa reflexiva dos fatos, informada por outros relatos e por materiais de imprensa da época; no segundo momento, coloco ideias que surgem desta interpretação do caso, centradas na hipótese filosófica e social da não neutralidade da tecnociência; no terceiro momento, desenvolvo essa hipótese a partir da sociologia da tecnologia e do tecnofeminismo tal como articulados nos trabalhos de Judy Wajcman. Enquanto a dissertação assume e aspira a um caráter interdisciplinar, ela também pretende exercitar o olhar crítico e historicamente informado com relação ao mundo contemporâneo. Assim, este trabalho pretende mostrar a importância da reflexão sobre os objetos tecnológicos concretos a partir das epistemologias feministas.
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RAFAEL FERREIRA DE MELO BRITO DA SILVA
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A REABILITAÇÃO DA ÉTICA DAS VIRTUDES NA FILOSOFIA MORAL DE ALASDAIR MACINTYRE
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Orientador : FLAMARION CALDEIRA RAMOS
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Data: 16/12/2019
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Alasdair MacIntyre apresenta um diagnóstico da filosofia moral contemporânea bastante polêmico e catastrófico: ela se encontra numa grave desordem na sua linguagem e na sua prática. O desacordo insolúvel é consequência da mudança de paradigma moral, iniciada com a modernidade e protagonizada pelos filósofos iluministas. Tal mudança consiste na substituição do paradigma teleológico pré-moderno que tem como protagonista Aristóteles e sua obra moral de maior importância, a Ética a Nicômaco. Foi a rejeição da teleologia, também porque foi amplamente assimilada pela tradição cristã, tendo Tomás de Aquino como seu protagonista, que fez com que a moral moderna buscasse um paradigma universalista racional, mas que resultou no que aí está. A solução que MacIntyre propõe para tal situação é reabilitar a ética das virtudes pré-moderna, não em sua totalidade mas naquilo que pode ajudar a responder os desafios contemporâneos. É por isso que propõe um novo conceito de virtude, ao qual estão subordinados os conceitos de prática, unidade narrativa e tradição.
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Alasdair MacIntyre apresenta um diagnóstico da filosofia moral contemporânea bastante polêmico e catastrófico: ela se encontra numa grave desordem na sua linguagem e na sua prática. O desacordo insolúvel é consequência da mudança de paradigma moral, iniciada com a modernidade e protagonizada pelos filósofos iluministas. Tal mudança consiste na substituição do paradigma teleológico pré-moderno que tem como protagonista Aristóteles e sua obra moral de maior importância, a Ética a Nicômaco. Foi a rejeição da teleologia, também porque foi amplamente assimilada pela tradição cristã, tendo Tomás de Aquino como seu protagonista, que fez com que a moral moderna buscasse um paradigma universalista racional, mas que resultou no que aí está. A solução que MacIntyre propõe para tal situação é reabilitar a ética das virtudes pré-moderna, não em sua totalidade mas naquilo que pode ajudar a responder os desafios contemporâneos. É por isso que propõe um novo conceito de virtude, ao qual estão subordinados os conceitos de prática, unidade narrativa e tradição.
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JOSÉ ALEXANDRE THOMAZ FOGAÇA
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Representacionalismo versus realismo direto: o estatuto da espécie inteligível em Tomás de Aquino
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Orientador : MATTEO RASCHIETTI
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Data: 17/12/2019
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Esta dissertação procura mostrar que na teoria do conhecimento de S.Tomás o ato intelectivo dá-se segundo uma intencionalidade das próprias coisas, isto é, o ato intelectivo intenciona a quididade das coisas ou as coisas nas suas naturezas próprias, segundo um modelo realista direto. Com este objetivo buscamos refutar algumas interpretações representacionalistas da gnoseologia tomista, chamando a nosso favor algumas interpretações de certos autores, ainda que alguns deles não se posicionem explicitamente no debate entre representacionalismo e realismo direto. Recusamos a interpretação representacionalista, contemplada nessa dissertação, basicamente pelos motivos de que ela aparece-nos muito mais semelhante a um desenvolvimento em matéria de gnoseologia posterior a S.Tomás do que baseada nos próprios textos de Aquino, e de que interpreta erroneamente o conceito de similitude entre o conceito e a coisa extramental em S.Tomás. Desse modo, consideramos a interpretação realista direta menos forçosa com relação aos textos de Aquino, especialmente porque estes insistem que o conceito é aquilo por meio do qual se intelige a quididade das coisas e não tanto aquilo no qual, como num retrato, numa representação, se intenciona essa quididade, e porque S.Tomás se mostra fiel ao princípio aristotélico de que o intelecto em ato é o inteligido em ato.
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Esta dissertação procura mostrar que na teoria do conhecimento de S.Tomás o ato intelectivo dá-se segundo uma intencionalidade das próprias coisas, isto é, o ato intelectivo intenciona a quididade das coisas ou as coisas nas suas naturezas próprias, segundo um modelo realista direto. Com este objetivo buscamos refutar algumas interpretações representacionalistas da gnoseologia tomista, chamando a nosso favor algumas interpretações de certos autores, ainda que alguns deles não se posicionem explicitamente no debate entre representacionalismo e realismo direto. Recusamos a interpretação representacionalista, contemplada nessa dissertação, basicamente pelos motivos de que ela aparece-nos muito mais semelhante a um desenvolvimento em matéria de gnoseologia posterior a S.Tomás do que baseada nos próprios textos de Aquino, e de que interpreta erroneamente o conceito de similitude entre o conceito e a coisa extramental em S.Tomás. Desse modo, consideramos a interpretação realista direta menos forçosa com relação aos textos de Aquino, especialmente porque estes insistem que o conceito é aquilo por meio do qual se intelige a quididade das coisas e não tanto aquilo no qual, como num retrato, numa representação, se intenciona essa quididade, e porque S.Tomás se mostra fiel ao princípio aristotélico de que o intelecto em ato é o inteligido em ato.
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PEDRO HENRIQUE CARQUEJEIRO
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Perspectiva linear: percepção do espaço, percepção de si
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Orientador : PAULA PRISCILA BRAGA
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Data: 19/12/2019
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Por que a perspectiva linear, sistematizada no Renascimento Italiano, persiste como forma de representação hegemônica na cultura ocidental, ainda que as condições epistêmicas para seu desenvolvimento não estejam mais presentes? Para responder à pergunta buscaremos caracterizar, em primeiro lugar, a perspectiva linear como um sistema coeso, especialmente a partir das conclusões de Panofsky (2014) e Damisch (2012). Em seguida, argumentaremos, com Koyré e Panofsky, que esse sistema inclui como parte necessária a conexão da legitimidade artística com o conhecimento científico. Por fim, retomando o conceito de visão perspectiva, de Panofsky, apontaremos para a ruptura que a arte moderna sugere, ao colocar em suspensão tanto a necessidade da conexão entre legitimidade artística e legitimidade científica, como a ideia de que a perspectiva linear é a única capaz de prover uma visão (no sentido de Panofsky). Argumentamos, finalmente, que a consistência ótica e a autorreferência atuam como condição de possibilidade da perspectiva linear, a partir da reelaboração das teorias apresentadas face à hipótese de que mudanças metodologicamente relevantes ocorreram desde o início do século XX.
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Por que a perspectiva linear, sistematizada no Renascimento Italiano, persiste como forma de representação hegemônica na cultura ocidental, ainda que as condições epistêmicas para seu desenvolvimento não estejam mais presentes? Para responder à pergunta buscaremos caracterizar, em primeiro lugar, a perspectiva linear como um sistema coeso, especialmente a partir das conclusões de Panofsky (2014) e Damisch (2012). Em seguida, argumentaremos, com Koyré e Panofsky, que esse sistema inclui como parte necessária a conexão da legitimidade artística com o conhecimento científico. Por fim, retomando o conceito de visão perspectiva, de Panofsky, apontaremos para a ruptura que a arte moderna sugere, ao colocar em suspensão tanto a necessidade da conexão entre legitimidade artística e legitimidade científica, como a ideia de que a perspectiva linear é a única capaz de prover uma visão (no sentido de Panofsky). Argumentamos, finalmente, que a consistência ótica e a autorreferência atuam como condição de possibilidade da perspectiva linear, a partir da reelaboração das teorias apresentadas face à hipótese de que mudanças metodologicamente relevantes ocorreram desde o início do século XX.
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