Instrumentação eletroanalítica para aplicações em biossensores virais de Grafeno
Este trabalho detalha o processo de caracterização da resposta de um biossensor para a detecção
viral. O biossensor construído é baseado numa célula eletroquímica que possui três eletrodos,
um eletrodo de trabalho (ET), um eletrodo de referência (ER) e um contra-eletrodo (CE). O ET
foi fabricado utilizando óxido de grafeno reduzido (RGO) e os outros dois eletrodos metálicos
são de Au. Neste sistema, foi desenvolvido a instrumentação necessária para a execução dos
métodos eletroanalíticos, com a finalidade de poder detectar e quantificar RNA viral presentes
no microfluido da célula eletroquímica construída. Desenvolvemos e estudamos as ferramentas
de caracterização para obter a resposta do biossensor como: voltametria cíclica, varredura linear
e cronoamperometria; estudando a relação das mesmas na detecção e quantificação dos analitos
de interesse. Desta forma, a instrumentação desenvolvida consiste em um gerador de funções,
um potenciostato e um sistema de aquisição de dados. O potenciostato controla a tensão entre
o ET e o ER dentro da célula, e coleta a corrente entre o ET e o CE. A tensão elétrica é fornecida
pelo gerador de função e a corrente coletada é enviada para o sistema de aquisição. Com uma
arquitetura baseada em Op-Amps o potenciostato foi construído a partir do circuito Matos,
Angnes e Lagos. As modificações no circuito de base visam melhorar o controle de tensão,
aumentar a faixa de leitura de corrente e reduzir possíveis interferências e ruídos. Os resultados
obtidos com a instrumentação desenvolvida nesta tese apresentam resultados comparáveis com
equipamentos comerciais. Assim, as análises eletroquímicas segundo a resposta do biossensor
realizadas com o sistema apresentado neste trabalho mostram uma boa seletividade na detecção
do analito de interesse e um aumento da corrente com o aumento da concentração do analito.