CRIOGEL DE QUITOSANA SEM E COM MICROCELULOSE PARA REMOÇÃO DE ÍONS METÁLICOS POTENCIALMENTE TÓXICOS EM ÁGUAS RESIDUAIS
Dentre os contaminantes emergentes encontrados em ambientes aquáticos, os íons metálicos potencialmente tóxicos são de grande preocupação, devido ao potencial efeito devastador no meio ambiente. Neste sentido, este trabalho teve como objetivo o desenvolvimento de criogéis de quitosana sem e com estruturas de celulose, utilizando quitosana residual de exoesqueleto de crustáceos, visando à produção desses criogéis ambientalmente amigáveis e economicamente atrativos, para a remoção de íons Cr6+ e Zn2+ de água residual. O desenvolvimento do criogel foi realizado em três etapas. Inicialmente obteve-se a quitosana a partir do exoesqueleto de camarão, por meio de método químico. Na segunda etapa, foi obtida microcelulose a partir de resíduo de eucalipto. Por fim, foram desenvolvidos criogéis compósitos de quitosana sem e com microcelulose por reticulação com glutaraldeído, seguido de secagem por meio de liofilização. A quitosana obtida apresentou elevado grau de desacetilação. Além disso, o processo de desacetilação por micro-ondas apresentou economia de tempo e energia comparado ao método convencional, possibilitando menor impacto ambiental no isolamento do polissacarídeo. O tratamento do resíduo de eucalipto permitiu a remoção da lignina e hemicelulose. A ação de cisalhamento combinado de liquidificador e ultrassonificação de alta intensidade permitiram a obtenção de microcelulose com boa estabilidade em suspensão. Os criogéis desenvolvidos apresentaram poros irregulares e interconectados, favorecendo alta área superficial. Destaca-se que a incorporação de microcelulose possibilitou maior estabilidade térmica e mecânica aos aerogéis. A investigação de sorção indica boa indica maior afinidade dos criogéis com íons Cr6+, com capacidade máxima de sorção acima de 60 mg.g-1, mas baixa afinidade com Zn2+.
[DR1]Marcelo check se é isso?