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Dissertações |
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MARCELO BRUNO DE OLIVEIRA SILVA
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CRIOGEL DE QUITOSANA COM MICROCELULOSE PARA REMOÇÃO DE ÍONS METÁLICOS POTENCIALMENTE TÓXICOS EM ÁGUAS RESIDUAIS
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Orientador : DERVAL DOS SANTOS ROSA
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Data: 20/01/2023
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Dentre os contaminantes emergentes encontrados em ambientes aquáticos, os íons metálicos potencialmente tóxicos são de grande preocupação, devido ao potencial efeito devastador no meio ambiente. Neste sentido, este trabalho teve como objetivo o desenvolvimento de criogéis de quitosana sem e com estruturas de celulose, utilizando quitosana residual de exoesqueleto de crustáceos, visando à produção desses criogéis ambientalmente amigáveis e economicamente atrativos, para a remoção de íons Cr6+ e Zn2+ de água residual. O desenvolvimento do criogel foi realizado em três etapas. Inicialmente obteve-se a quitosana a partir do exoesqueleto de camarão, por meio de método químico. Na segunda etapa, foi obtida microcelulose a partir de resíduo de eucalipto. Por fim, foram desenvolvidos criogéis compósitos de quitosana sem e com microcelulose por reticulação com glutaraldeído, seguido de secagem por meio de liofilização. A quitosana obtida apresentou elevado grau de desacetilação. Além disso, o processo de desacetilação por micro-ondas apresentou economia de tempo e energia comparado ao método convencional, possibilitando menor impacto ambiental no isolamento do polissacarídeo. O tratamento do resíduo de eucalipto permitiu a remoção da lignina e hemicelulose. A ação de cisalhamento combinado de liquidificador e ultrassonificação de alta intensidade permitiram a obtenção de microcelulose com boa estabilidade em suspensão. Os criogéis desenvolvidos apresentaram poros irregulares e interconectados, favorecendo alta área superficial. Destaca-se que a incorporação de microcelulose possibilitou maior estabilidade térmica e mecânica aos aerogéis. A investigação de sorção indica boa indica maior afinidade dos criogéis com íons Cr6+, com capacidade máxima de sorção acima de 60 mg.g-1, mas baixa afinidade com Zn2+.
[DR1]Marcelo check se é isso?
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Dentre os contaminantes emergentes encontrados em ambientes aquáticos, os íons metálicos potencialmente tóxicos são de grande preocupação, devido ao potencial efeito devastador no meio ambiente. Neste sentido, este trabalho teve como objetivo o desenvolvimento de criogéis de quitosana sem e com estruturas de celulose, utilizando quitosana residual de exoesqueleto de crustáceos, visando à produção desses criogéis ambientalmente amigáveis e economicamente atrativos, para a remoção de íons Cr6+ e Zn2+ de água residual. O desenvolvimento do criogel foi realizado em três etapas. Inicialmente obteve-se a quitosana a partir do exoesqueleto de camarão, por meio de método químico. Na segunda etapa, foi obtida microcelulose a partir de resíduo de eucalipto. Por fim, foram desenvolvidos criogéis compósitos de quitosana sem e com microcelulose por reticulação com glutaraldeído, seguido de secagem por meio de liofilização. A quitosana obtida apresentou elevado grau de desacetilação. Além disso, o processo de desacetilação por micro-ondas apresentou economia de tempo e energia comparado ao método convencional, possibilitando menor impacto ambiental no isolamento do polissacarídeo. O tratamento do resíduo de eucalipto permitiu a remoção da lignina e hemicelulose. A ação de cisalhamento combinado de liquidificador e ultrassonificação de alta intensidade permitiram a obtenção de microcelulose com boa estabilidade em suspensão. Os criogéis desenvolvidos apresentaram poros irregulares e interconectados, favorecendo alta área superficial. Destaca-se que a incorporação de microcelulose possibilitou maior estabilidade térmica e mecânica aos aerogéis. A investigação de sorção indica boa indica maior afinidade dos criogéis com íons Cr6+, com capacidade máxima de sorção acima de 60 mg.g-1, mas baixa afinidade com Zn2+.
[DR1]Marcelo check se é isso?
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AGATHA MARIA PELOSINE
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Desenvolvimento de compósito multifuncional injetável a base de poloxamer 407, vidro bioativo dopado com hólmio, nanopartícula magnética e ácido zoledrônico: prospecção em tratamento de câncer ósseo
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Orientador : JULIANA MARCHI
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Data: 16/02/2023
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O tratamento de câncer ósseo em geral envolve procedimentos de cirurgia de ressecção, seguidos por possíveis quimioterapia e radioterapia, com a finalidade de remover o tumor e destruir as células cancerígenas remanescentes. O sucesso do tratamento se deve ao diagnóstico precoce, extensão da área afetada, como também à escolha assertiva da terapêutica, sendo frequente a combinação de terapias. Diversos tipos de cânceres pode atingir o tecido ósseo, seja tumor ósseo ou metástases esqueléticas, causando dores, fraturas e dificuldades no tratamento. Esse estudo visa desenvolver compósitos multifuncionais injetáveis, como possíveis candidatos em tratamento de câncer ósseo, por meio de quimioterapia, hipertermia e braquiterapia. Os compósitos injetáveis foram constituídos por uma matriz carreadora, a base de Poloxamer 407, associada ao vidro bioativo dopado com hólmio, nanopartículas de magnetita (Fe3O4) e/ou ao fármaco ácido zoledrônico. O vidro bioativo contendo hólmio visa auxiliar na regeneração óssea e a aplicação em braquiterapia, pela emissão de partículas-β após a futura ativação neutrônica. As nanopartículas de magnetita visam a utilização em hipertermia magnética. O fármaco, ácido zoledrônico, a partir de sua ação in situ e liberação controlada, tem atuação antitumoral. O foco deste estudo é compreender a influência dos elementos adicionados aos compósitos na estrutura supramolecular e automontagem da matriz carreadora e avaliar o processo de liberação controlada destes materiais. Por meio de ensaios de calorimetria exploratória diferencial (DSC) e reologia foi possível analisar o processo de micelização e gelificação dos sistemas propostos. Ensaios de dissolução e liberação controlada de fármaco foram propostos para estudar fenômenos de liberação. A característica micelar dos sistemas foi caracterizada por meio de espalhamento dinâmico de luz (DLS). As propriedades de hipertermia do material serão avaliadas sob efeito de campo magnético externo. A citotoxicidade será analisada por meio de bioluminescência, sendo as células das linhagens MG63 (osteossarcoma) e MC3T3-E1 (pré-osteoblástica) previamente modificadas geneticamente para expressão da proteína que produz luminescência. Os resultados evidenciaram que as diferentes formulações não alteraram a temperatura de micelização, contudo incorporações de vidro e nanopartículas aumentam a viscosidade do material, como também os módulos elástico (G’) e viscoso (G”) em função da frequência. A presença de fármaco promove ligeiro aumento da dissolução, inibido pela vidro, mesmo na presença do fármaco.
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O tratamento de câncer ósseo em geral envolve procedimentos de cirurgia de ressecção, seguidos por possíveis quimioterapia e radioterapia, com a finalidade de remover o tumor e destruir as células cancerígenas remanescentes. O sucesso do tratamento se deve ao diagnóstico precoce, extensão da área afetada, como também à escolha assertiva da terapêutica, sendo frequente a combinação de terapias. Diversos tipos de cânceres pode atingir o tecido ósseo, seja tumor ósseo ou metástases esqueléticas, causando dores, fraturas e dificuldades no tratamento. Esse estudo visa desenvolver compósitos multifuncionais injetáveis, como possíveis candidatos em tratamento de câncer ósseo, por meio de quimioterapia, hipertermia e braquiterapia. Os compósitos injetáveis foram constituídos por uma matriz carreadora, a base de Poloxamer 407, associada ao vidro bioativo dopado com hólmio, nanopartículas de magnetita (Fe3O4) e/ou ao fármaco ácido zoledrônico. O vidro bioativo contendo hólmio visa auxiliar na regeneração óssea e a aplicação em braquiterapia, pela emissão de partículas-β após a futura ativação neutrônica. As nanopartículas de magnetita visam a utilização em hipertermia magnética. O fármaco, ácido zoledrônico, a partir de sua ação in situ e liberação controlada, tem atuação antitumoral. O foco deste estudo é compreender a influência dos elementos adicionados aos compósitos na estrutura supramolecular e automontagem da matriz carreadora e avaliar o processo de liberação controlada destes materiais. Por meio de ensaios de calorimetria exploratória diferencial (DSC) e reologia foi possível analisar o processo de micelização e gelificação dos sistemas propostos. Ensaios de dissolução e liberação controlada de fármaco foram propostos para estudar fenômenos de liberação. A característica micelar dos sistemas foi caracterizada por meio de espalhamento dinâmico de luz (DLS). As propriedades de hipertermia do material serão avaliadas sob efeito de campo magnético externo. A citotoxicidade será analisada por meio de bioluminescência, sendo as células das linhagens MG63 (osteossarcoma) e MC3T3-E1 (pré-osteoblástica) previamente modificadas geneticamente para expressão da proteína que produz luminescência. Os resultados evidenciaram que as diferentes formulações não alteraram a temperatura de micelização, contudo incorporações de vidro e nanopartículas aumentam a viscosidade do material, como também os módulos elástico (G’) e viscoso (G”) em função da frequência. A presença de fármaco promove ligeiro aumento da dissolução, inibido pela vidro, mesmo na presença do fármaco.
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LUCAS POLIMANTE SOUTO
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Investigação de processos de recombinação de cargas em células solares de perovskitas
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Orientador : ANDRE SARTO POLO
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Data: 23/02/2023
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A crescente busca global por tecnologias capazes de gerarem energia de forma limpa, renovável e sustentável passou a direcionar o foco de pesquisas para materiais e dispositivos capazes de atender estas necessidades. As células solares de perovskitas têm atraído muita atenção devido a sua alta eficiência de conversão de luz em eletricidade, chegando atualmente a 25,7%, e baixo custo. Entretanto, processos eletrônicos e eletroquímicos como recombinação, movimentação e acúmulo de portadores de cargas nas interfaces das células solares, afetam diretamente sua eficiência e estabilidade a longo prazo. Para a compreensão destes processos, a Espectroscopia de Impedância Eletroquímica (EIE) mostra-se como uma ferramenta importante. Este trabalho insere-se neste contexto ao preparar células solares de perovskita que apresentam resultados fotovoltaicos reprodutíveis. Os parâmetros fotovoltaicos determinados ao longo do tempo foram compilados e observou-se uma tendência de aumento da eficiência e da reprodutibilidade dos resultados. Foi possível obter uma célula solar com o maior valor de eficiência registrado no laboratório (PCE = 18,6%). Experimentos de EIE no escuro e sem polarização determinaram uma região pseudo-linear com potencial de perturbação de 10 mV, como permitiram identificar processos de difusão de íons. As PSCs modificadas de MAPI e MAFAPI foram analisadas pela EIE sob iluminação e polarizadas pelo potencial de VOC. Com os diagramas de Nyquist foram propostos circuitos equivalentes que forneceram informações dos processos físicos que ocorrem nas regiões de altas e baixas frequências. Com as resistências e capacitâncias, calculou-se as constantes de tempo dos processos referentes a estas regiões. Tais PSCs apresentam constantes de tempo na região de alta frequência de 17,7 e 12,8 μs, respectivamente. Estes resultados representam processos de recombinação e transporte de cargas nas interfaces das PSCs. A região de baixa frequência apresenta constantes de tempo de 107,5 e 301,3 ms, relacionados a processos de movimentação de íons, gerando defeitos e regiões de recombinação de cargas.
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A crescente busca global por tecnologias capazes de gerarem energia de forma limpa, renovável e sustentável passou a direcionar o foco de pesquisas para materiais e dispositivos capazes de atender estas necessidades. As células solares de perovskitas têm atraído muita atenção devido a sua alta eficiência de conversão de luz em eletricidade, chegando atualmente a 25,7%, e baixo custo. Entretanto, processos eletrônicos e eletroquímicos como recombinação, movimentação e acúmulo de portadores de cargas nas interfaces das células solares, afetam diretamente sua eficiência e estabilidade a longo prazo. Para a compreensão destes processos, a Espectroscopia de Impedância Eletroquímica (EIE) mostra-se como uma ferramenta importante. Este trabalho insere-se neste contexto ao preparar células solares de perovskita que apresentam resultados fotovoltaicos reprodutíveis. Os parâmetros fotovoltaicos determinados ao longo do tempo foram compilados e observou-se uma tendência de aumento da eficiência e da reprodutibilidade dos resultados. Foi possível obter uma célula solar com o maior valor de eficiência registrado no laboratório (PCE = 18,6%). Experimentos de EIE no escuro e sem polarização determinaram uma região pseudo-linear com potencial de perturbação de 10 mV, como permitiram identificar processos de difusão de íons. As PSCs modificadas de MAPI e MAFAPI foram analisadas pela EIE sob iluminação e polarizadas pelo potencial de VOC. Com os diagramas de Nyquist foram propostos circuitos equivalentes que forneceram informações dos processos físicos que ocorrem nas regiões de altas e baixas frequências. Com as resistências e capacitâncias, calculou-se as constantes de tempo dos processos referentes a estas regiões. Tais PSCs apresentam constantes de tempo na região de alta frequência de 17,7 e 12,8 μs, respectivamente. Estes resultados representam processos de recombinação e transporte de cargas nas interfaces das PSCs. A região de baixa frequência apresenta constantes de tempo de 107,5 e 301,3 ms, relacionados a processos de movimentação de íons, gerando defeitos e regiões de recombinação de cargas.
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GRACIELE MARTINS ARVELOS
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Simulações ab initio de interfaces água/metal
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Orientador : LUANA SUCUPIRA PEDROZA
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Data: 27/02/2023
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Novas maneiras de geração de energia limpa estão relacionadas à reações que ocorrem em interfaces água/metal, por exemplo via processos eletroquímicos e de catálise heterogênea. Assim, a caracterização em nível atômico desses processos é fundamental para o aprimoramento das atuais e o desenvolvimento de novas fontes de energia renováveis. Para isso, é necessário compreender a estrutura e as propriedades eletrônicas de interfaces água/metal, bem como as respostas do sistema à aplicação de uma diferença de potencial externa. Para tanto, neste trabalho utilizou-se a Teoria do Funcional da Densidade (DFT) para caracterizar as interações de água (monômenro e camada) em superfícies metálicas (Paládio e Ouro). Também utilizou-se o formalismo de Funções de Green Fora do Equilíbrio (NEGF) acoplado ao DFT para investigar o efeito da aplicação de um potencial externo sobre a interface água/metal e investigar como as propriedades estruturais, eletrônicas e vibracionais são alteradas. Assim, observamos que as moléculas tendem a se aproximarem do metal quando esse está carregado negativamente e se afastarem ao carregar positivamente. Essas alterações afetam as propriedades vibracionais e dependem fortemente da reatividade do metal.
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Novas maneiras de geração de energia limpa estão relacionadas à reações que ocorrem em interfaces água/metal, por exemplo via processos eletroquímicos e de catálise heterogênea. Assim, a caracterização em nível atômico desses processos é fundamental para o aprimoramento das atuais e o desenvolvimento de novas fontes de energia renováveis. Para isso, é necessário compreender a estrutura e as propriedades eletrônicas de interfaces água/metal, bem como as respostas do sistema à aplicação de uma diferença de potencial externa. Para tanto, neste trabalho utilizou-se a Teoria do Funcional da Densidade (DFT) para caracterizar as interações de água (monômenro e camada) em superfícies metálicas (Paládio e Ouro). Também utilizou-se o formalismo de Funções de Green Fora do Equilíbrio (NEGF) acoplado ao DFT para investigar o efeito da aplicação de um potencial externo sobre a interface água/metal e investigar como as propriedades estruturais, eletrônicas e vibracionais são alteradas. Assim, observamos que as moléculas tendem a se aproximarem do metal quando esse está carregado negativamente e se afastarem ao carregar positivamente. Essas alterações afetam as propriedades vibracionais e dependem fortemente da reatividade do metal.
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ÉDER RAMIN DE OLIVEIRA
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NOVA METODOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO DE AGENTES DE CONTROLE BIOLÓGICO BIODEGRADÁVEIS COM APLICAÇÃO NA AGRICULTURA
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Orientador : DERVAL DOS SANTOS ROSA
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Data: 25/05/2023
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A aplicação de óleos essenciais e rizobactérias no controle biológico de patógenos alternativas sustentáveis ao uso de praguicidas químicos têm sido um grande desafio. Desta forma, o presente trabalho tem como objetivo final o desenvolvimento de cápsulas contendo óleo essencial e rizobatérias, como alternativa sustentável aos pesticidas químicos já amplamente difundidos, como spray chilling e jet. A metodologia empregada é um misto das técnicas de Spray Chilling e Jet, onde as cápsulas produzidas deverão possuir diâmetros inferiores a 150,0 µm. Inicialmente, diversos óleos essenciais foram testados contra os fungos patogênicos Botrytis cinerea, Colletotrichum gloeosporioides e Corynespora cassiicola e a rizobactéria Bacillus amyloliquefaciens 1304. O óleo essencial de canela cássia, cujo principal composto identificado por GC-MS é o trans-cinamaldeído (82,2%), apresentou resultados significativos devido ao seu poder fungicida, eliminando todos os fungos patogênicos em concentrações de até 0,05% (v/v). Já contra B. amyloliquefaciens 1304, a inibição ocorreu em valores de 12,5% (v/v). B. amyloliquefaciens exerce efeito antagônico contra os fungos patógenos B. cinerea (83,4%), C. gloeosporioides (59,2%), e C. cassiicola (56,1%). Para as cápsulas, o alginato de cálcio foi utilizado como material de parede, foram obtidos diâmetros médios (D90) entre 44,9 µm e entre 98,6 µm para cápsulas contendo óleo essencial de canela, e de 19,5 µm e 66,0 µm para cápsulas contendo a bactéria. A análise de FTIR-ATR foi capaz de revelar possíveis interações entre o alginato de cálcio e o óleo essencial, enquanto que as análises de TGA e seus DTGs registraram acréscimos nas temperaturas de início de degradação de cápsulas reticuladas carregadas com óleo essencial de canela em até 285,2 °C. Cápsulas contendo B. amyloliquefaciens obtiveram o mesmo evento térmico em 275,7 °C, sendo que todas as formulações foram mais resistentes a ação do aquecimento em relação ao alginato de sódio não reticulado. O encapsulamento permitiu a ação antimicrobiana, oferecendo controle sobre os patógenos B. cinerea, C. gloeosporioides e C. cassiicola em até 5 dias. Desta forma, o presente trabalho apresenta novas metodologias para a obtenção de cápsulas poliméricas contendo princípios ativos diferentes, por meio de gelificação externa do alginato de sódio. As metodologias foram capazes de produzir resultados comparáveis aos demais apresentados na literatura, com aparelhagem relativamente mais simples, reduzindo custos em nível de bancada, resistindo por 4 dias em testes de estabilidade acelerada sem oferecer fitotoxicidade.
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A aplicação de óleos essenciais e rizobactérias no controle biológico de patógenos alternativas sustentáveis ao uso de praguicidas químicos têm sido um grande desafio. Desta forma, o presente trabalho tem como objetivo final o desenvolvimento de cápsulas contendo óleo essencial e rizobatérias, como alternativa sustentável aos pesticidas químicos já amplamente difundidos, como spray chilling e jet. A metodologia empregada é um misto das técnicas de Spray Chilling e Jet, onde as cápsulas produzidas deverão possuir diâmetros inferiores a 150,0 µm. Inicialmente, diversos óleos essenciais foram testados contra os fungos patogênicos Botrytis cinerea, Colletotrichum gloeosporioides e Corynespora cassiicola e a rizobactéria Bacillus amyloliquefaciens 1304. O óleo essencial de canela cássia, cujo principal composto identificado por GC-MS é o trans-cinamaldeído (82,2%), apresentou resultados significativos devido ao seu poder fungicida, eliminando todos os fungos patogênicos em concentrações de até 0,05% (v/v). Já contra B. amyloliquefaciens 1304, a inibição ocorreu em valores de 12,5% (v/v). B. amyloliquefaciens exerce efeito antagônico contra os fungos patógenos B. cinerea (83,4%), C. gloeosporioides (59,2%), e C. cassiicola (56,1%). Para as cápsulas, o alginato de cálcio foi utilizado como material de parede, foram obtidos diâmetros médios (D90) entre 44,9 µm e entre 98,6 µm para cápsulas contendo óleo essencial de canela, e de 19,5 µm e 66,0 µm para cápsulas contendo a bactéria. A análise de FTIR-ATR foi capaz de revelar possíveis interações entre o alginato de cálcio e o óleo essencial, enquanto que as análises de TGA e seus DTGs registraram acréscimos nas temperaturas de início de degradação de cápsulas reticuladas carregadas com óleo essencial de canela em até 285,2 °C. Cápsulas contendo B. amyloliquefaciens obtiveram o mesmo evento térmico em 275,7 °C, sendo que todas as formulações foram mais resistentes a ação do aquecimento em relação ao alginato de sódio não reticulado. O encapsulamento permitiu a ação antimicrobiana, oferecendo controle sobre os patógenos B. cinerea, C. gloeosporioides e C. cassiicola em até 5 dias. Desta forma, o presente trabalho apresenta novas metodologias para a obtenção de cápsulas poliméricas contendo princípios ativos diferentes, por meio de gelificação externa do alginato de sódio. As metodologias foram capazes de produzir resultados comparáveis aos demais apresentados na literatura, com aparelhagem relativamente mais simples, reduzindo custos em nível de bancada, resistindo por 4 dias em testes de estabilidade acelerada sem oferecer fitotoxicidade.
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PAULA LINS DOS SANTOS
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Obtenção de scaffolds por impressão 3D visando a futura reparação de feridas epiteliais crônicas utilizando quitosana e óleo vegetal de semente de uva
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Orientador : JULIANA MARCHI
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Data: 02/06/2023
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A pele, além de fornecer proteção contra o ambiente externo, desempenha papel fundamental na manutenção da homeostase, que é a condição de relativa estabilidade da qual o organismo necessita para realizar suas funções para o equilíbrio do corpo. Quando a pele é danificada por lesões ou doenças traumáticas, em comparação com a maioria dos tecidos, ela tem uma capacidade de regeneração maior. Em algumas situações, a cascata de eventos que leva à cicatrização de feridas epiteliais é quebrada em algum ponto, fazendo com que a cicatrização leve muito mais tempo para ser completada ou mesmo que ela não aconteça. As feridas que se enquadram nessa situação são chamadas de feridas crônicas. Pessoas cujas feridas persistem ao longo do tempo têm sérios problemas de saúde e pouca qualidade de vida. A incidência de feridas crônicas vem crescendo à medida que a população mundial está envelhecendo e, como resultado, doenças como hipertensão e diabetes tem se tornado mais prevalente, o que agrava o quadro. Os tratamentos para lesões cutâneas graves amplamente utilizados em clínicas incluem autoenxerto, aloenxerto e xenoenxerto, o que significa substituir a pele danificada pela própria pele do paciente, pele do doador e pele de outra espécie, respectivamente. No entanto, devido a um número limitado de doadores, esses métodos podem ser limitados apenas a lesões cutâneas em pequena escala. As abordagens convencionais da engenharia de tecidos já desenvolveram vários produtos substitutos da pele, o quais devem ser trocados várias vezes durante o processo de cicatrização, o que também aumenta o custo e a complexidade do tratamento de feridas. Assim, o projeto tem como objetivo a obtenção de arcabouço por impressão 3D, também conhecida como manufatura aditiva, para a cicatrização de feridas epiteliais crônicas utilizando quitosana e óleo vegetal de semente de uva em diferentes concentracoes. Geis foram obtidos e caracterizados quanto a aspectos macroscópicos e reologia. Os arcabouços foram impressos utilizando metodologia de extrusão e caracterizados quanto a aspectos macroscópicos e citotoxicidade por contato indireto. Os materiais desenvolvidos possuem características que podem ajudar na aceleração do processo de cicatrização. Sao previstos ensaios de microscopia eletrônica de varredura (MEV), adesão e proliferação celular visando entendimento do material desenvolvido para a aplicação pretendida.
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A pele, além de fornecer proteção contra o ambiente externo, desempenha papel fundamental na manutenção da homeostase, que é a condição de relativa estabilidade da qual o organismo necessita para realizar suas funções para o equilíbrio do corpo. Quando a pele é danificada por lesões ou doenças traumáticas, em comparação com a maioria dos tecidos, ela tem uma capacidade de regeneração maior. Em algumas situações, a cascata de eventos que leva à cicatrização de feridas epiteliais é quebrada em algum ponto, fazendo com que a cicatrização leve muito mais tempo para ser completada ou mesmo que ela não aconteça. As feridas que se enquadram nessa situação são chamadas de feridas crônicas. Pessoas cujas feridas persistem ao longo do tempo têm sérios problemas de saúde e pouca qualidade de vida. A incidência de feridas crônicas vem crescendo à medida que a população mundial está envelhecendo e, como resultado, doenças como hipertensão e diabetes tem se tornado mais prevalente, o que agrava o quadro. Os tratamentos para lesões cutâneas graves amplamente utilizados em clínicas incluem autoenxerto, aloenxerto e xenoenxerto, o que significa substituir a pele danificada pela própria pele do paciente, pele do doador e pele de outra espécie, respectivamente. No entanto, devido a um número limitado de doadores, esses métodos podem ser limitados apenas a lesões cutâneas em pequena escala. As abordagens convencionais da engenharia de tecidos já desenvolveram vários produtos substitutos da pele, o quais devem ser trocados várias vezes durante o processo de cicatrização, o que também aumenta o custo e a complexidade do tratamento de feridas. Assim, o projeto tem como objetivo a obtenção de arcabouço por impressão 3D, também conhecida como manufatura aditiva, para a cicatrização de feridas epiteliais crônicas utilizando quitosana e óleo vegetal de semente de uva em diferentes concentracoes. Geis foram obtidos e caracterizados quanto a aspectos macroscópicos e reologia. Os arcabouços foram impressos utilizando metodologia de extrusão e caracterizados quanto a aspectos macroscópicos e citotoxicidade por contato indireto. Os materiais desenvolvidos possuem características que podem ajudar na aceleração do processo de cicatrização. Sao previstos ensaios de microscopia eletrônica de varredura (MEV), adesão e proliferação celular visando entendimento do material desenvolvido para a aplicação pretendida.
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CARLOS ALBERTO SOARES DOS SANTOS
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POLIHIDROXIBUTIRATO PLASTIFICADO COM OLIGÔMERO DE POLIÉSTER
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Orientador : DEMETRIO JACKSON DOS SANTOS
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Data: 05/06/2023
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Em 2021, a produção global de polímeros sintéticos à base de petróleo atingiu mais de 400 milhões de toneladas por ano. O acúmulo desses materiais não biodegradáveis, descartados indiscriminadamente no meio ambiente, tornou-se um problema global. O polihidroxibutirato (PHB) oferece muitas vantagens sobre os polímeros tradicionais à base de petróleo, pois é de origem biológica, totalmente biodegradável e não tóxico. O PHB pertence à classe dos polihidroxialcanoatos (PHAs) e é obtido por síntese de CO2 como reserva de energia na ausência de nutrientes no interior das células em inúmeras bactérias. Este polímero apresenta potencial em aplicações médicas e industriais, com propriedades comparáveis aos polímeros sintéticos. No entanto, a alta fragilidade, baixa estabilidade térmica e estreita janela de processamento no estado fundido limitam o uso do PHB. A utilização de plastificantes tem sido uma abordagem prática e de baixo custo para aumentar a tenacidade do PHB e melhorar suas propriedades térmicas. O presente trabalho propõe analisar o efeito de dois oligômeros de poliésteres alifáticos como plastificantes do PHB. As composições de PHBs plastificados foram obtidas por solução e caracterizadas por análises térmicas, testes mecânicos de tração, avaliação da estrutura cristalina e estabilidade à migração. Os resultados são discutidos em relação à interação e miscibilidade dos poliésteres na cadeia de PHB e suas influências no efeito plastificante. Ambos os plastificantes utilizados apresentaram potencial de uso como plastificantes para o PHB. O poliéster com maior razão de ligação do tipo C-O/C=O apresentou a melhor interação com o PHB e, consequentemente, o melhor efeito plastificante. Sua adição ocasionou a redução da cristalinidade e Tg do PHB. Além disso, proporcionou a redução do módulo elástico em até 72% e aumento no alongamento na ruptura em até 467%. Esses resultados foram observados na concentração de 20% de plastificante no PHB, definida como uma concentração otimizada para plastificação, uma vez que maiores concentrações de plastificante ocasionam a separação de fases entre o polímero e o plastificante, redução da estabilidade à migração e deterioração das propriedades mecânicas.
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Em 2021, a produção global de polímeros sintéticos à base de petróleo atingiu mais de 400 milhões de toneladas por ano. O acúmulo desses materiais não biodegradáveis, descartados indiscriminadamente no meio ambiente, tornou-se um problema global. O polihidroxibutirato (PHB) oferece muitas vantagens sobre os polímeros tradicionais à base de petróleo, pois é de origem biológica, totalmente biodegradável e não tóxico. O PHB pertence à classe dos polihidroxialcanoatos (PHAs) e é obtido por síntese de CO2 como reserva de energia na ausência de nutrientes no interior das células em inúmeras bactérias. Este polímero apresenta potencial em aplicações médicas e industriais, com propriedades comparáveis aos polímeros sintéticos. No entanto, a alta fragilidade, baixa estabilidade térmica e estreita janela de processamento no estado fundido limitam o uso do PHB. A utilização de plastificantes tem sido uma abordagem prática e de baixo custo para aumentar a tenacidade do PHB e melhorar suas propriedades térmicas. O presente trabalho propõe analisar o efeito de dois oligômeros de poliésteres alifáticos como plastificantes do PHB. As composições de PHBs plastificados foram obtidas por solução e caracterizadas por análises térmicas, testes mecânicos de tração, avaliação da estrutura cristalina e estabilidade à migração. Os resultados são discutidos em relação à interação e miscibilidade dos poliésteres na cadeia de PHB e suas influências no efeito plastificante. Ambos os plastificantes utilizados apresentaram potencial de uso como plastificantes para o PHB. O poliéster com maior razão de ligação do tipo C-O/C=O apresentou a melhor interação com o PHB e, consequentemente, o melhor efeito plastificante. Sua adição ocasionou a redução da cristalinidade e Tg do PHB. Além disso, proporcionou a redução do módulo elástico em até 72% e aumento no alongamento na ruptura em até 467%. Esses resultados foram observados na concentração de 20% de plastificante no PHB, definida como uma concentração otimizada para plastificação, uma vez que maiores concentrações de plastificante ocasionam a separação de fases entre o polímero e o plastificante, redução da estabilidade à migração e deterioração das propriedades mecânicas.
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JÉSSICA DE SOUSA MARCIANO
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MICROENCAPSULAMENTO DE BIOPESTICIDAS PARA APLICAÇÃO NA AGRICULTURA
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Orientador : DERVAL DOS SANTOS ROSA
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Data: 29/06/2023
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A sensibilidade as variações ambientais e alta volatilização de biopesticidas (óleos essenciais e bactérias), reduzem drasticamente suas vidas úteis e eficiência em campo. O método de microencapsulamento com materiais naturais, possibilita a formação de uma barreira física que protege e garante viabilidade, otimização das propriedades e aumento das vidas úteis desses produtos. Deste modo, tem-se como objetivo avaliar o efeito de encapsulamento de óleos essenciais e uma cepa de Bacillus amyloliquefaciens CBMAI 1301 para o controle de Botrytis cinerea, Colletotrichum glocosporioides e Corynespora cassiicola. Avaliou-se o efeito dos óleos de alecrim, canela cassia, cardamomo, cravo folha, eucalipto, ho wood, laranja doce, melaleuca, tomilho sobre os patógenos. As condições ideais de encapsulamento da bactéria (com alginato) e do óleo essencial (com alginato e quitosana), foi determinado por meio de um designer de experimento. Os óleos essenciais de canela, cravo e tomilho obtiveram a melhor atividade antimicrobiana com as menores concentrações (fungicida < 2 µL/mL e bactericida > 250 µL/mL). A velocidade de agitação, concentração de polímero e surfactante foram fatores significativos para ambos os processos de encapsulamento. Nessas condições, obteve-se microcarregadores esféricos, com paredes contínuas, de diâmetros inferiores a 150 µm e alta eficiência de encapsulamento (EE). Alcançou-se EE de até 93% e 94% para os microcarregadores de óleo essencial de cravo folha e B. amyloliquefaciens, respectivamente. Todas as quatro formulações de microcarregadores de óleo essencial apresentaram atividade fungicida para os três fungos. As duas formulações contendo quitosana, apresentaram maior compatibilidade com a cepa de B. amyloliquefaciens recuperando o crescimento celular após 24 h e contato, melhor estabilidade físico-química e menor fitotoxicidade se comparado ao óleo livre. Para os microcarregadores contendo B. amyloliquefaciens obteve-se inibição fungicida de 40, 38 e 56% para B. cinerea, C. glocosporioides e C. cassiicola, respectivamente, baixa estabilidade físico-química e não apresentou fitotoxicidade foliar. De modo que, é possível obter microcarregadores para aplicação como biopesticida pulverizável, mantendo eficiência, reduzindo a fitotoxicidade dos óleos e possibilitando a compatibilização entre óleo e bactéria.
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A sensibilidade as variações ambientais e alta volatilização de biopesticidas (óleos essenciais e bactérias), reduzem drasticamente suas vidas úteis e eficiência em campo. O método de microencapsulamento com materiais naturais, possibilita a formação de uma barreira física que protege e garante viabilidade, otimização das propriedades e aumento das vidas úteis desses produtos. Deste modo, tem-se como objetivo avaliar o efeito de encapsulamento de óleos essenciais e uma cepa de Bacillus amyloliquefaciens CBMAI 1301 para o controle de Botrytis cinerea, Colletotrichum glocosporioides e Corynespora cassiicola. Avaliou-se o efeito dos óleos de alecrim, canela cassia, cardamomo, cravo folha, eucalipto, ho wood, laranja doce, melaleuca, tomilho sobre os patógenos. As condições ideais de encapsulamento da bactéria (com alginato) e do óleo essencial (com alginato e quitosana), foi determinado por meio de um designer de experimento. Os óleos essenciais de canela, cravo e tomilho obtiveram a melhor atividade antimicrobiana com as menores concentrações (fungicida < 2 µL/mL e bactericida > 250 µL/mL). A velocidade de agitação, concentração de polímero e surfactante foram fatores significativos para ambos os processos de encapsulamento. Nessas condições, obteve-se microcarregadores esféricos, com paredes contínuas, de diâmetros inferiores a 150 µm e alta eficiência de encapsulamento (EE). Alcançou-se EE de até 93% e 94% para os microcarregadores de óleo essencial de cravo folha e B. amyloliquefaciens, respectivamente. Todas as quatro formulações de microcarregadores de óleo essencial apresentaram atividade fungicida para os três fungos. As duas formulações contendo quitosana, apresentaram maior compatibilidade com a cepa de B. amyloliquefaciens recuperando o crescimento celular após 24 h e contato, melhor estabilidade físico-química e menor fitotoxicidade se comparado ao óleo livre. Para os microcarregadores contendo B. amyloliquefaciens obteve-se inibição fungicida de 40, 38 e 56% para B. cinerea, C. glocosporioides e C. cassiicola, respectivamente, baixa estabilidade físico-química e não apresentou fitotoxicidade foliar. De modo que, é possível obter microcarregadores para aplicação como biopesticida pulverizável, mantendo eficiência, reduzindo a fitotoxicidade dos óleos e possibilitando a compatibilização entre óleo e bactéria.
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BARBARA CORRÊA FLORENCIO
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Estudo dos efeitos de filmes de Mg(OH)2/MgO obtidos por sputtering sobre o comportamento de corrosão da liga de magnésio ZK60A
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Orientador : ROOSEVELT DROPPA JUNIOR
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Data: 22/08/2023
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As ligas de magnésio são materiais de grande relevância para inúmeras aplicações na indústria devido ao baixo custo, propriedades mecânicas interessantes e boas características de processamento. Porém, há uma limitação em seu amplo uso em diversas aplicações de engenharia, em especial pelo motivo de sua intrínseca baixa resistência à corrosão. Revestimentos de filmes finos por processos de deposição física de vapor (PVD) podem ser utilizados como método de proteção contra a corrosão de ligas de magnésio. Neste trabalho, foram produzidos filmes de MgO/Mg(OH)2 por sputtering reativo, utilizando a liga de magnésio ZK60A como substrato. O objetivo foi aumentar a resistência à corrosão deste material. As fases cristalinas das amostras foram analisadas por difratometria de raios X (DRX). Além disso, a composição química superficial também foi analisada por espectroscopia de fotoelétrons excitados por raios X (XPS). A morfologia dos filmes obtidos foi examinada por microscopia eletrônica de varredura (MEV). O comportamento eletroquímico foi analisado em solução de NaCl 3,5% em massa a temperatura ambiente, utilizando espectroscopia de impedância eletroquímica e ensaios de polarização potenciodinâmica. Os resultados mostraram que a deposição dos filmes por sputtering foi bem-sucedida, apresentando uma mistura das fases MgO e Mg(OH)2. Em relação à liga ZK60A na condição como recebida houve um incremento da resistência à corrosão, o qual foi dependente das condições de deposição empregadas.
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As ligas de magnésio são materiais de grande relevância para inúmeras aplicações na indústria devido ao baixo custo, propriedades mecânicas interessantes e boas características de processamento. Porém, há uma limitação em seu amplo uso em diversas aplicações de engenharia, em especial pelo motivo de sua intrínseca baixa resistência à corrosão. Revestimentos de filmes finos por processos de deposição física de vapor (PVD) podem ser utilizados como método de proteção contra a corrosão de ligas de magnésio. Neste trabalho, foram produzidos filmes de MgO/Mg(OH)2 por sputtering reativo, utilizando a liga de magnésio ZK60A como substrato. O objetivo foi aumentar a resistência à corrosão deste material. As fases cristalinas das amostras foram analisadas por difratometria de raios X (DRX). Além disso, a composição química superficial também foi analisada por espectroscopia de fotoelétrons excitados por raios X (XPS). A morfologia dos filmes obtidos foi examinada por microscopia eletrônica de varredura (MEV). O comportamento eletroquímico foi analisado em solução de NaCl 3,5% em massa a temperatura ambiente, utilizando espectroscopia de impedância eletroquímica e ensaios de polarização potenciodinâmica. Os resultados mostraram que a deposição dos filmes por sputtering foi bem-sucedida, apresentando uma mistura das fases MgO e Mg(OH)2. Em relação à liga ZK60A na condição como recebida houve um incremento da resistência à corrosão, o qual foi dependente das condições de deposição empregadas.
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PRISCILA SABBAG FERREIRA
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ESTUDO DA INTERAÇÃO DE PROTEÍNAS RELACIONADAS AO SARS-COV-2 EM MODELOS DE BIOMEMBRANAS
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Orientador : WENDEL ANDRADE ALVES
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Data: 22/08/2023
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O colesterol é um esterol essencial presente nas membranas celulares que pode regular a organização e fluidez das membranas biológicas. Essa biomolécula tem sido identificada como um dos fatores essenciais no processo de internalização de diversos vírus no corpo humano. Portanto, o entendimento desses mecanismos virais é relevante para a compreensão mais aprofundada dessas patogenicidades virais na busca por abordagens terapêuticas eficazes contra doenças virais. Os processos bioquímicos e biofísicos relacionados a essas doenças são altamente complexos; assim, estudar sistemas modelo capazes de mimetizar a interação entre membranas lipídicas modeladas com colesterol e proteínas tem se mostrado fundamental. Estudos recentes mostram que pacientes infectados por SARS-CoV-2 apresentaram alto nível de colesterol em seus organismos (ZAKI; ALASHWAL; IBRAHIM, 2020). Neste trabalho, propomos estudar mudanças estruturais e elásticas em sistemas lipídicos, bi e tri-dimensionais, compostos por dipalmitoilfosfatidilcolina (DPPC) na presença de diferentes quantidades de colesterol (SUBCZYNSKI; PASENKIEWICZ-GIERULA; WIDOMSKA; MAINALI et al., 2017) na presença e ausência das proteínas Spike e o domínio de ligação ao receptor (RBD).
Para caracterizar esses sistemas, utilizamos as técnicas da cuba de Langmuir, microscopia de força atômica (AFM), espalhamento de raios-X a baixo ângulo (SAXS) e técnicas eletroquímicas. Observamos que a presença de colesterol nas monocamadas de DPPC promove alteração local, induzindo a formação de regiões de membrana mais rígidas. Todos os resultados obtidos neste trabalho nos levaram a concluir que membranas lipídicas ricas em colesterol promovem um aumento na investigação de proteínas na membrana, principalmente a proteína Spike. Com a interpretação de todos os resultados obtidos nesse trabalho, foi possível propor um modelo estrutural da membrana na presença de colesterol e a interação das proteínas Spike e RBD. O comportamento da isoterma de adsorção e os dados de SAXS demonstraram que a presença de colesterol na membrana desempenha um papel importante para que as proteínas SARS-CoV-2 possam se alocar nos sistemas lipídicos. Foi observado que ao aumentar a quantidade de colesterol nas membranas, contribui-se para uma melhor adesão das proteínas nas mono/bicamadas, indicando que essas proteínas têm uma preferência em se incorporar em tais sistemas nas regiões ricas em colesterol.
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O colesterol é um esterol essencial presente nas membranas celulares que pode regular a organização e fluidez das membranas biológicas. Essa biomolécula tem sido identificada como um dos fatores essenciais no processo de internalização de diversos vírus no corpo humano. Portanto, o entendimento desses mecanismos virais é relevante para a compreensão mais aprofundada dessas patogenicidades virais na busca por abordagens terapêuticas eficazes contra doenças virais. Os processos bioquímicos e biofísicos relacionados a essas doenças são altamente complexos; assim, estudar sistemas modelo capazes de mimetizar a interação entre membranas lipídicas modeladas com colesterol e proteínas tem se mostrado fundamental. Estudos recentes mostram que pacientes infectados por SARS-CoV-2 apresentaram alto nível de colesterol em seus organismos (ZAKI; ALASHWAL; IBRAHIM, 2020). Neste trabalho, propomos estudar mudanças estruturais e elásticas em sistemas lipídicos, bi e tri-dimensionais, compostos por dipalmitoilfosfatidilcolina (DPPC) na presença de diferentes quantidades de colesterol (SUBCZYNSKI; PASENKIEWICZ-GIERULA; WIDOMSKA; MAINALI et al., 2017) na presença e ausência das proteínas Spike e o domínio de ligação ao receptor (RBD).
Para caracterizar esses sistemas, utilizamos as técnicas da cuba de Langmuir, microscopia de força atômica (AFM), espalhamento de raios-X a baixo ângulo (SAXS) e técnicas eletroquímicas. Observamos que a presença de colesterol nas monocamadas de DPPC promove alteração local, induzindo a formação de regiões de membrana mais rígidas. Todos os resultados obtidos neste trabalho nos levaram a concluir que membranas lipídicas ricas em colesterol promovem um aumento na investigação de proteínas na membrana, principalmente a proteína Spike. Com a interpretação de todos os resultados obtidos nesse trabalho, foi possível propor um modelo estrutural da membrana na presença de colesterol e a interação das proteínas Spike e RBD. O comportamento da isoterma de adsorção e os dados de SAXS demonstraram que a presença de colesterol na membrana desempenha um papel importante para que as proteínas SARS-CoV-2 possam se alocar nos sistemas lipídicos. Foi observado que ao aumentar a quantidade de colesterol nas membranas, contribui-se para uma melhor adesão das proteínas nas mono/bicamadas, indicando que essas proteínas têm uma preferência em se incorporar em tais sistemas nas regiões ricas em colesterol.
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ANTONIO TEOFANES BERTOLLO DE OLIVEIRA
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Titanato de Lantânio e Estrôncio dopado com Cobre e Níquel: síntese, caracterização e exsolução de nanopartículas para eletrodos de célula de combustível de óxido sólido
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Orientador : DANIEL ZANETTI DE FLORIO
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Data: 06/09/2023
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A emergência climática tornou-se a preocupação mais significativa do século devido ao aumento de 1,5 oC na temperatura média atmosférica, resultando em uma profundo impacto sobre os eventos naturais. Nos últimos anos, esforços consideráveis têm tem sido direcionado para atingir emissões líquidas zero, principalmente por meio da substituição de combustíveis fósseis pela descarbonização. Células de combustível de óxido sólido (SOFCs) são dispositivos que convertem eficientemente energia química em energia elétrica, oferecendo flexibilidade de combustível e gerando baixas a zero emissões de CO2. Devido a essas características, As SOFCs são consideradas uma alternativa promissora. Os ânodos SOFC desempenham um papel crucial na catálise da oxidação do combustível. Entre os materiais utilizados para esse fim, a cerâmica
As perovskitas destacam-se como excelentes eletrodos devido à sua alta mistura iônica. condutividade eletrônica, estabilidades química e térmica e forte catalisador
propriedades. Neste estudo, nosso foco é a obtenção de ligas metálicas exsolvidas nanopartículas ancoradas em estruturas de perovskita, explorando uma forma mais promissora, material desafiador e pouco explorado na literatura existente. La0.8Sr0.2Ti0.7Ni0.3-xCuxO3-δ (x = 0,1, 0,15, 0,2) e La1.2Sr0.7Ni0.5Cu0.5O4 amostras foram obtidos pela rota de síntese Pechini e foram calcinados a 900 °C
por 5 horas. A produção de nanopartículas de NiCu decoradas envolveu aquecimento tratar os pós em uma atmosfera de 3% em volume de H2/N2 a 900 oC por 10 horas. O
amostras foram submetidas a várias técnicas de caracterização, incluindo termogravimetria (TG/DTA), dilatometria, microscopia eletrônica de varredura (SEM), microscopia eletrônica de transmissão (TEM), difração de raios-X (XRD), raios-X espectroscopia de fotoelétrons (XPS) e impedância eletroquímica espectroscopia (EIS). As análises de XRD e XPS confirmaram a formação bem-sucedida de partículas de liga de NiCu usando a rota de síntese escolhida e a redução tratamento. Parâmetros estruturais, como simetria do cristal, tamanho do cristalito e o conteúdo da fase foi determinado usando o refinamento de Rietveld. SEM revelou o presença de nanopartículas esféricas ancoradas na superfície da amostra, e TEM confirmou a composição de nanopartículas de liga de cobre-níquel. Por fim, EI revelou que La0.8Sr0.2Ti0.7Ni0.15Cu0.15O3-δ exibiu a maior condutividade de 8,06 x 10-3 P cm-1
em atmosfera de ar a 961 K.
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A emergência climática tornou-se a preocupação mais significativa do século devido ao aumento de 1,5 oC na temperatura média atmosférica, resultando em uma profundo impacto sobre os eventos naturais. Nos últimos anos, esforços consideráveis têm tem sido direcionado para atingir emissões líquidas zero, principalmente por meio da substituição de combustíveis fósseis pela descarbonização. Células de combustível de óxido sólido (SOFCs) são dispositivos que convertem eficientemente energia química em energia elétrica, oferecendo flexibilidade de combustível e gerando baixas a zero emissões de CO2. Devido a essas características, As SOFCs são consideradas uma alternativa promissora. Os ânodos SOFC desempenham um papel crucial na catálise da oxidação do combustível. Entre os materiais utilizados para esse fim, a cerâmica
As perovskitas destacam-se como excelentes eletrodos devido à sua alta mistura iônica. condutividade eletrônica, estabilidades química e térmica e forte catalisador
propriedades. Neste estudo, nosso foco é a obtenção de ligas metálicas exsolvidas nanopartículas ancoradas em estruturas de perovskita, explorando uma forma mais promissora, material desafiador e pouco explorado na literatura existente. La0.8Sr0.2Ti0.7Ni0.3-xCuxO3-δ (x = 0,1, 0,15, 0,2) e La1.2Sr0.7Ni0.5Cu0.5O4 amostras foram obtidos pela rota de síntese Pechini e foram calcinados a 900 °C
por 5 horas. A produção de nanopartículas de NiCu decoradas envolveu aquecimento tratar os pós em uma atmosfera de 3% em volume de H2/N2 a 900 oC por 10 horas. O
amostras foram submetidas a várias técnicas de caracterização, incluindo termogravimetria (TG/DTA), dilatometria, microscopia eletrônica de varredura (SEM), microscopia eletrônica de transmissão (TEM), difração de raios-X (XRD), raios-X espectroscopia de fotoelétrons (XPS) e impedância eletroquímica espectroscopia (EIS). As análises de XRD e XPS confirmaram a formação bem-sucedida de partículas de liga de NiCu usando a rota de síntese escolhida e a redução tratamento. Parâmetros estruturais, como simetria do cristal, tamanho do cristalito e o conteúdo da fase foi determinado usando o refinamento de Rietveld. SEM revelou o presença de nanopartículas esféricas ancoradas na superfície da amostra, e TEM confirmou a composição de nanopartículas de liga de cobre-níquel. Por fim, EI revelou que La0.8Sr0.2Ti0.7Ni0.15Cu0.15O3-δ exibiu a maior condutividade de 8,06 x 10-3 P cm-1
em atmosfera de ar a 961 K.
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LUCAS BANDEIRA
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Usando Processamento de Linguagem Natural para Extrair Dados sobre Reação de Redução de CO2 a partir da Literatura Científica
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Orientador : GUSTAVO MARTINI DALPIAN
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Data: 13/09/2023
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Nos últimos 70 anos, as emissões de CO2 na atmosfera terrestre aumentaram drasticamente, elevando a temperatura do planeta em 1ºC. Modelos climáticos projetam que essa elevação pode ainda atigir 2,1 à 2,5ºC até 2100. Uma alternativa para mitigar esse problema a conversão de dióxido de carbono em compostos que possam ser utilizados como matéria-prima química e combustíveis, criando um ciclo fechado de CO2 . No entanto, esse processo deve ser mediado por um catalisador que seja estável, seletivo, ativo e facilmente acessível para ser economicamente viável. É compreensível e desejável, portanto, que o tema reação de redução de CO2 (CO2 RR, do inglês (CO2 reduction reaction) venha sendo abordado por diversos grupos de pesquisa, com mais de 16.000 artigos já publicados. No entanto, toda essa literatura dificulta uma revisão manual e abrangente de estruturas e métodos utilizados. Baseado nisso, utilizamos processamento de linguagem natural (NLP, do inglês natural language processing) para analisar os dados já publicados sobre esse tema na literatura científica. Criamos um código próprio para processar e separar as frases de acordo com as seções de onde foram extraídas. Com essas amostras, criamos um modelo para classificar novas frases ou frases não identificadas em "resumo", "introdução", "metodologia", "resultados e discussão" e "conclusões". Em seguida, usamos o texto limpo para gerar modelos de \textit{word embeddings} e avaliamos sua qualidade com base em sua capacidade de agrupar termos comuns na literatura CO2RR. Finalmente, utiizaou-se expressões regulares para extrair informações dos documentos no nosso corpus. As analises realizadas revelaram a emegência de materiais como perovskitas de césio-chumbo-bromo e oxihaletos de bismuto, que recentemente vêm sendo empregados para CO2 RR, e identificou catalisadores a base de bismuto como os mateis seletivos para a produção de HCOOH-. Ademais, também foram coletadas informações sobre elementos em catalisadores para CO2 RR, relação entre eles e a distribuição de produtos, além dos principais elétrolitos empregados na redução eletroquímica de CO2 (CO2 ER), do inglês (CO2 electrochemical reduction). Nossas análises e descobertas podem servir como base para futuras investigações na área de reação de redução de CO2 , oferecendo insights para os materiais e condições mais promissores a serem utilizados em pesquisas futuras, além de ilustrar o poder de métodos de processamento de linguage natural na área de ciências de materiais e química.
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Nos últimos 70 anos, as emissões de CO2 na atmosfera terrestre aumentaram drasticamente, elevando a temperatura do planeta em 1ºC. Modelos climáticos projetam que essa elevação pode ainda atigir 2,1 à 2,5ºC até 2100. Uma alternativa para mitigar esse problema a conversão de dióxido de carbono em compostos que possam ser utilizados como matéria-prima química e combustíveis, criando um ciclo fechado de CO2 . No entanto, esse processo deve ser mediado por um catalisador que seja estável, seletivo, ativo e facilmente acessível para ser economicamente viável. É compreensível e desejável, portanto, que o tema reação de redução de CO2 (CO2 RR, do inglês (CO2 reduction reaction) venha sendo abordado por diversos grupos de pesquisa, com mais de 16.000 artigos já publicados. No entanto, toda essa literatura dificulta uma revisão manual e abrangente de estruturas e métodos utilizados. Baseado nisso, utilizamos processamento de linguagem natural (NLP, do inglês natural language processing) para analisar os dados já publicados sobre esse tema na literatura científica. Criamos um código próprio para processar e separar as frases de acordo com as seções de onde foram extraídas. Com essas amostras, criamos um modelo para classificar novas frases ou frases não identificadas em "resumo", "introdução", "metodologia", "resultados e discussão" e "conclusões". Em seguida, usamos o texto limpo para gerar modelos de \textit{word embeddings} e avaliamos sua qualidade com base em sua capacidade de agrupar termos comuns na literatura CO2RR. Finalmente, utiizaou-se expressões regulares para extrair informações dos documentos no nosso corpus. As analises realizadas revelaram a emegência de materiais como perovskitas de césio-chumbo-bromo e oxihaletos de bismuto, que recentemente vêm sendo empregados para CO2 RR, e identificou catalisadores a base de bismuto como os mateis seletivos para a produção de HCOOH-. Ademais, também foram coletadas informações sobre elementos em catalisadores para CO2 RR, relação entre eles e a distribuição de produtos, além dos principais elétrolitos empregados na redução eletroquímica de CO2 (CO2 ER), do inglês (CO2 electrochemical reduction). Nossas análises e descobertas podem servir como base para futuras investigações na área de reação de redução de CO2 , oferecendo insights para os materiais e condições mais promissores a serem utilizados em pesquisas futuras, além de ilustrar o poder de métodos de processamento de linguage natural na área de ciências de materiais e química.
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ANTONIO VINAGRE NETO
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Efeitos da incorporação de nanopartículas de alumina e sílica nos comportamentos mecânico e eletroquímico de verniz à base de copolímero acrílico e poliestireno
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Orientador : DEMETRIO JACKSON DOS SANTOS
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Data: 20/10/2023
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Revestimentos orgânicos aplicados como vernizes protetivos podem apresentar reduzida resistência mecânica quando comparados a tintas protetivas. A necessidade de transparência impossibilita a incorporação de micropartículas para reforço estrutural. Desta maneira, as propriedades dos vernizes estão fortemente relacionadas à base do polímero utilizado na formulação. Visando aumentar o módulo de Young de um verniz protetivo à base de copolímero acrílico metacrilato de metila (MMA) e 2-etilhexil acrilato (2-EHA), adicionou-se homopolímero poliestireno (PS) em diferentes concentrações (10, 20 e 30%). Com o objetivo de aumentar a característica de resistência contra corrosão do verniz à base da blenda de P(MMA/2EHA)/PS, nanopartículas de alumina (1%) e sílica (2 e 6%) foram adicionadas sobre a massa do polímero, com a possibilidade de atuarem como barreiras para os íons que promovem a corrosão em substratos metálicos. Estudos sobre as propriedades mecânicas de vernizes protetivos à base de PMMA e PS e sobre a influência da adição de nanopartículas de alumina e sílica no aumento da resistência contra corrosão de revestimentos protetivos são encontrados na literatura. Porém, encontra-se pouco sobre o comportamento mecânico de vernizes à base de copolímero acrílico (MMA/2EHA) e PS, assim como sobre a influência no módulo da impedância da adição de nanopartículas de alumina e sílica em vernizes à base de P(MMA/2EHA)/PS. A dispersão das nanopartículas foi executada por meio de agitação mecânica e posterior sonicação, visando evitar a aglomeração. Resultados iniciais apontam para melhores propriedades mecânicas e térmicas quando a incorporação das nanopartículas é realizada desta maneira. Quatro técnicas foram utilizadas para a caracterização do verniz formulado: ensaio de tração uniaxial; análise dinâmico-mecânico (DMA); microscopia óptica (MO); e a técnica de espectroscopia de impedância eletroquímica (EIE) do filme de verniz aplicado sobre uma liga de aço carbono. Foi possível quantificar o aumento do módulo de Young, do fator de perda e do módulo da impedância. Espera-se com este estudo contribuir com um verniz protetivo com maior estabilidade mecânica e resistência à corrosão para o mercado da construção.
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Revestimentos orgânicos aplicados como vernizes protetivos podem apresentar reduzida resistência mecânica quando comparados a tintas protetivas. A necessidade de transparência impossibilita a incorporação de micropartículas para reforço estrutural. Desta maneira, as propriedades dos vernizes estão fortemente relacionadas à base do polímero utilizado na formulação. Visando aumentar o módulo de Young de um verniz protetivo à base de copolímero acrílico metacrilato de metila (MMA) e 2-etilhexil acrilato (2-EHA), adicionou-se homopolímero poliestireno (PS) em diferentes concentrações (10, 20 e 30%). Com o objetivo de aumentar a característica de resistência contra corrosão do verniz à base da blenda de P(MMA/2EHA)/PS, nanopartículas de alumina (1%) e sílica (2 e 6%) foram adicionadas sobre a massa do polímero, com a possibilidade de atuarem como barreiras para os íons que promovem a corrosão em substratos metálicos. Estudos sobre as propriedades mecânicas de vernizes protetivos à base de PMMA e PS e sobre a influência da adição de nanopartículas de alumina e sílica no aumento da resistência contra corrosão de revestimentos protetivos são encontrados na literatura. Porém, encontra-se pouco sobre o comportamento mecânico de vernizes à base de copolímero acrílico (MMA/2EHA) e PS, assim como sobre a influência no módulo da impedância da adição de nanopartículas de alumina e sílica em vernizes à base de P(MMA/2EHA)/PS. A dispersão das nanopartículas foi executada por meio de agitação mecânica e posterior sonicação, visando evitar a aglomeração. Resultados iniciais apontam para melhores propriedades mecânicas e térmicas quando a incorporação das nanopartículas é realizada desta maneira. Quatro técnicas foram utilizadas para a caracterização do verniz formulado: ensaio de tração uniaxial; análise dinâmico-mecânico (DMA); microscopia óptica (MO); e a técnica de espectroscopia de impedância eletroquímica (EIE) do filme de verniz aplicado sobre uma liga de aço carbono. Foi possível quantificar o aumento do módulo de Young, do fator de perda e do módulo da impedância. Espera-se com este estudo contribuir com um verniz protetivo com maior estabilidade mecânica e resistência à corrosão para o mercado da construção.
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WENDEL MAGALHÃES WIERZBA
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Efeitos de grupos substituintes da 2,2’-bipiridina coordenada ao Re(I) para potencial aplicação de fotorredução de CO2
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Orientador : ANDRE SARTO POLO
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Data: 22/11/2023
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Mimetizar a natureza utilizando um conjunto fotosintético artificial adequado, que converta energia solar em outras formas de energia de maneira eficiente, é um dos principais caminhos para suprir a demanda energética mundial. Tomando como modelos os fotossistemas naturais, complexos de metais de transição são utilizados para atuar como fotocatalisadores, e compostos polipiridínicos de Re(I) podem ser utilizados como tais fotocatalisadores no armazenamento de energia solar em ligações químicas através da fotorredução de CO2 e modificações na estrutura desses compostos permitem alterar seletividade, estabilidade e eficiência. O presente projeto insere-se neste contexto e investigará complexos de Re(I), do tipo fac-[Re(NN)(CO)3Cl], em processos de conversão de energia solar em energia química através da fotorredução de CO2, variando o substituinte nas posições 4,4’ da 2,2’-bipiridina. As modificações sintéticas buscam a correlação entre a capacidade aceptora/doadora de cargas deste substituinte com as suas propriedades fotoquímicas, fotofísicas e em reações fotocatalíticas de redução de CO2. Estes processos e relações ainda não são totalmente compreendidos, e estas novas informações serão contribuições significativas para este campo de pesquisa, pois auxiliarão no desenvolvimento de sistemas mais eficientes de conversão de energia solar em química através da fotorredução de CO2. Os compostos fac-[Re(NN)(CO)3Cl], em que NN = bpy, Mebpy, (CH3O)bpy, Brbpy, (HO2C)bpy e (H3CO2C)bpy, foram preparados visando modular as propriedades espectroscópicas, eletroquímicas, fotoquímicas e fotofísicas dos compostos em função do caráter doador ou aceptor dos substituintes. A presença de substituintes com efeito retirador de cargas resultou em um deslocamento batocrômico das bandas de absorção em relação ao complexo sem substituintes (Rebpy), enquanto os substituintes doadores de carga resultaram no deslocamento hipsocrômico das bandas de absorção. A voltametrias cíclica e de pulso diferencial demonstraram que essa tendência com relação a capacidade aceptora/doadora de carga dos substituintes se mantém para com os potenciais redox dos compostos, de forma que o caráter aceptor de elétrons dos substituintes diminui a densidade eletrônica no centro metálico, tornando seus potenciais de oxidação mais positivos e seus potenciais de redução menos negativos, em relação ao complexo sem substituinte. Já os substituintes com caráter doador de cargas causaram o efeito contrário, nos quais seus potenciais de oxidação diminuíram e seus potenciais de redução ficaram mais negativos. Seus espectros de emissão apresentam bandas largas e não estruturadas, com perfis muito parecidos, diferenciando-se pelos comprimentos de onda de emissão máximos e intensidades de emissão, tipicamente observadas na fotoluminescência do estado excitado 3MLCT de compostos polipiridínicos carbonílicos de Re(I), com tendência similar observada nos espectros de absorção. Os experimentos de fotoquímica e fotofísica, utilizando um doador de sacrifício (TEOA), revelaram que os complexos apresentaram rápida supressão redutiva dos estados 3MLCT pelo TEOA, que revela informações importantes sobre a estabilidade do intermediário do ciclo fotocatalítico de redução de CO2. Os resultados fotofísicos revelaram uma tendência nos quais os complexos com substituintes retiradores de carga, Br , (HO2C) e (H3CO2C), acomodam de forma mais favorável a carga negativa na espécie reduzida em um elétron formada após a supressão redutiva, enquanto os substituintes doadores de carga têm um efeito negativo, em relação ao complexo sem substituinte. A formação e estabilidade da espécie reduzida em um elétron (OERS – one-electron-reduced species), presente no ciclo fotocatalítico de redução de CO2 também foi avaliada. Os resultados apresentaram tempos de vida de decaimento no escuro com a sequência Re-CH3Obpy-Cl; Re-Mebpy-Cl; Re-bpy-Cl; Re-(HO2C)bpy-Cl; Re-Brbpy-Cl, mostrando uma possível dependência com relação ao substituinte do ligante bipiridínico. Na presença de CO2, o decaimento da OERS demonstrou ser mais rápido em relação aos valores medidos sob atmosfera de argônio. Demonstra que as espécies reduzidas em um elétron dos complexos reagem com CO2. Os valores de τ1/2 seguem praticamente a mesma tendência observada na presença de argônio, de forma que os compostos com substituintes retiradores apresentam maiores tempo de vida em relação aos outros substituintes.
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Mimetizar a natureza utilizando um conjunto fotosintético artificial adequado, que converta energia solar em outras formas de energia de maneira eficiente, é um dos principais caminhos para suprir a demanda energética mundial. Tomando como modelos os fotossistemas naturais, complexos de metais de transição são utilizados para atuar como fotocatalisadores, e compostos polipiridínicos de Re(I) podem ser utilizados como tais fotocatalisadores no armazenamento de energia solar em ligações químicas através da fotorredução de CO2 e modificações na estrutura desses compostos permitem alterar seletividade, estabilidade e eficiência. O presente projeto insere-se neste contexto e investigará complexos de Re(I), do tipo fac-[Re(NN)(CO)3Cl], em processos de conversão de energia solar em energia química através da fotorredução de CO2, variando o substituinte nas posições 4,4’ da 2,2’-bipiridina. As modificações sintéticas buscam a correlação entre a capacidade aceptora/doadora de cargas deste substituinte com as suas propriedades fotoquímicas, fotofísicas e em reações fotocatalíticas de redução de CO2. Estes processos e relações ainda não são totalmente compreendidos, e estas novas informações serão contribuições significativas para este campo de pesquisa, pois auxiliarão no desenvolvimento de sistemas mais eficientes de conversão de energia solar em química através da fotorredução de CO2. Os compostos fac-[Re(NN)(CO)3Cl], em que NN = bpy, Mebpy, (CH3O)bpy, Brbpy, (HO2C)bpy e (H3CO2C)bpy, foram preparados visando modular as propriedades espectroscópicas, eletroquímicas, fotoquímicas e fotofísicas dos compostos em função do caráter doador ou aceptor dos substituintes. A presença de substituintes com efeito retirador de cargas resultou em um deslocamento batocrômico das bandas de absorção em relação ao complexo sem substituintes (Rebpy), enquanto os substituintes doadores de carga resultaram no deslocamento hipsocrômico das bandas de absorção. A voltametrias cíclica e de pulso diferencial demonstraram que essa tendência com relação a capacidade aceptora/doadora de carga dos substituintes se mantém para com os potenciais redox dos compostos, de forma que o caráter aceptor de elétrons dos substituintes diminui a densidade eletrônica no centro metálico, tornando seus potenciais de oxidação mais positivos e seus potenciais de redução menos negativos, em relação ao complexo sem substituinte. Já os substituintes com caráter doador de cargas causaram o efeito contrário, nos quais seus potenciais de oxidação diminuíram e seus potenciais de redução ficaram mais negativos. Seus espectros de emissão apresentam bandas largas e não estruturadas, com perfis muito parecidos, diferenciando-se pelos comprimentos de onda de emissão máximos e intensidades de emissão, tipicamente observadas na fotoluminescência do estado excitado 3MLCT de compostos polipiridínicos carbonílicos de Re(I), com tendência similar observada nos espectros de absorção. Os experimentos de fotoquímica e fotofísica, utilizando um doador de sacrifício (TEOA), revelaram que os complexos apresentaram rápida supressão redutiva dos estados 3MLCT pelo TEOA, que revela informações importantes sobre a estabilidade do intermediário do ciclo fotocatalítico de redução de CO2. Os resultados fotofísicos revelaram uma tendência nos quais os complexos com substituintes retiradores de carga, Br , (HO2C) e (H3CO2C), acomodam de forma mais favorável a carga negativa na espécie reduzida em um elétron formada após a supressão redutiva, enquanto os substituintes doadores de carga têm um efeito negativo, em relação ao complexo sem substituinte. A formação e estabilidade da espécie reduzida em um elétron (OERS – one-electron-reduced species), presente no ciclo fotocatalítico de redução de CO2 também foi avaliada. Os resultados apresentaram tempos de vida de decaimento no escuro com a sequência Re-CH3Obpy-Cl; Re-Mebpy-Cl; Re-bpy-Cl; Re-(HO2C)bpy-Cl; Re-Brbpy-Cl, mostrando uma possível dependência com relação ao substituinte do ligante bipiridínico. Na presença de CO2, o decaimento da OERS demonstrou ser mais rápido em relação aos valores medidos sob atmosfera de argônio. Demonstra que as espécies reduzidas em um elétron dos complexos reagem com CO2. Os valores de τ1/2 seguem praticamente a mesma tendência observada na presença de argônio, de forma que os compostos com substituintes retiradores apresentam maiores tempo de vida em relação aos outros substituintes.
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Teses |
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JULIA DELATORRE BRONZATO ZAZYKI
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Síntese e Interação de Nanoestruturas de Óxidos Metálicos com Biomoléculas
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Orientador : ISELI LOURENCO NANTES
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Data: 28/02/2023
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O óxido de cobalto (Co3O4) é um material com uma diversidade de aplicações, e as propriedades desejáveis são aprimoradas na estrutura nanocristalina. Diversas técnicas foram desenvolvidas para a síntese de Co3O4. Algumas rotas fazem uso de biomoléculas como co-adjuvantes usando proteínas purificadas, como ferritina, e extratos de plantas. No presente estudo, nitrato de cobalto (II) hexahidratado foi utilizado para a síntese de nanopartículas (NPs) de óxido de cobalto e quantum dots (QDs) em extrato de tomate sob agitação, e ferritina de cavalo. A ferritina está presente em espécies animais e vegetais e é uma fonte verde, barata e fácil de síntese de óxido de cobalto com importantes aplicações tecnológicas. A ferritina é uma proteína de armazenamento de ferro composta por 24 cadeias polipeptídicas ricas em α-hélice que também é usada por organismos vivos para produzir materiais magnéticos. A apoferritina (ferritina sem o ferro dentro) possui locais específicos com afinidade de ligação a metais como ouro e cobalto. Quantum dots de Co3O4 foram sintetizados com nitrato de cobalto II hexa-hidratado com extrato de semente de tomate (Solanum Lycopersicum L.), em temperatura ambiente. Os QDs foram caracterizados por espectrofotometria UV-visível, microscopia eletrônica de transmissão de alta resolução (HRTEM), espectrômetro de fotoelétrons excitados por raios X (XPS), espectrômetro infravermelho por transformada de Fourier (FTIR) e dispositivo de interferência quântica supercondutor (SQUID). Co3O4 QDs apresentaram quiralidade evidenciada por dicroísmo circular magnético. Consistente com os dados anteriores de Mössbauer, a ressonância paramagnética eletrônica (EPR) revelou a presença da ferritina de ferro como o sinal de íon de ferro dominante em sementes de tomate. A ferritina do baço de cavalo foi igualmente eficiente na produção de Co3O4 QDs.
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O óxido de cobalto (Co3O4) é um material com uma diversidade de aplicações, e as propriedades desejáveis são aprimoradas na estrutura nanocristalina. Diversas técnicas foram desenvolvidas para a síntese de Co3O4. Algumas rotas fazem uso de biomoléculas como co-adjuvantes usando proteínas purificadas, como ferritina, e extratos de plantas. No presente estudo, nitrato de cobalto (II) hexahidratado foi utilizado para a síntese de nanopartículas (NPs) de óxido de cobalto e quantum dots (QDs) em extrato de tomate sob agitação, e ferritina de cavalo. A ferritina está presente em espécies animais e vegetais e é uma fonte verde, barata e fácil de síntese de óxido de cobalto com importantes aplicações tecnológicas. A ferritina é uma proteína de armazenamento de ferro composta por 24 cadeias polipeptídicas ricas em α-hélice que também é usada por organismos vivos para produzir materiais magnéticos. A apoferritina (ferritina sem o ferro dentro) possui locais específicos com afinidade de ligação a metais como ouro e cobalto. Quantum dots de Co3O4 foram sintetizados com nitrato de cobalto II hexa-hidratado com extrato de semente de tomate (Solanum Lycopersicum L.), em temperatura ambiente. Os QDs foram caracterizados por espectrofotometria UV-visível, microscopia eletrônica de transmissão de alta resolução (HRTEM), espectrômetro de fotoelétrons excitados por raios X (XPS), espectrômetro infravermelho por transformada de Fourier (FTIR) e dispositivo de interferência quântica supercondutor (SQUID). Co3O4 QDs apresentaram quiralidade evidenciada por dicroísmo circular magnético. Consistente com os dados anteriores de Mössbauer, a ressonância paramagnética eletrônica (EPR) revelou a presença da ferritina de ferro como o sinal de íon de ferro dominante em sementes de tomate. A ferritina do baço de cavalo foi igualmente eficiente na produção de Co3O4 QDs.
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RENATA ROBERTI BENEVIDES
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Preparação e caracterização de suportes catalíticos de céria-zircônia por mecanosíntese
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Orientador : DANIEL ZANETTI DE FLORIO
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Data: 28/02/2023
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Os moinhos de bolas são utilizados pela indústria há muito tempo, porém recentes avanços técnicos nos equipamentos aumentaram o alcance de sua aplicação. Os moinhos de alta energia propiciam não apenas a redução de tamanhos de partículas e dispersão, como também a ocorrência de reações mecanoquímicas. Os moinhos de esferas planetários de alta energia pertencem a esta classe de equipamentos. A céria possui características importantes para várias aplicações, como propriedades redox, de transporte e alta razão de superfície por volume, quando comparada a outros óxidos. Apesar de muitas vantagens, possui limitação em estabilidade térmica, o que compromete sua utilização em algumas aplicações. A adição de zircônia melhora o desempenho em altas temperaturas e, em consequência, a capacidade de armazenamento de oxigênio. No presente trabalho, soluções sólidas de ZrxCe1-xO2- foram obtidas por reação mecanoquímica utilizando moinhos de esferas planetários de alta energia. Tais moinhos movimentam as esferas de zircônio estabilizadas com ítria, provocando colisões que podem ocorrer entre esferas e entre as esferas e as superfícies da câmara de moagem. A concentração de zircônio adicionada nas soluções foi de 0 x 50. As estruturas cristalinas resultantes foram caracterizadas por espectroscopia Raman e difração de RX. Os resultados mostraram que a energia de estresse obtidas pelas colisões das esferas reduziram a barreira de energia da banda da valência para a banda de condução, o que ocasionou a formação de defeitos estruturais, vacâncias de oxigênio e tensão na rede cristalina. A tensão gerada foi relaxada de duas formas: (1) por ativação mecânica demostrada pela obtenção de céria nanocristalina com vacâncias de oxigênio; ou (2) por reação mecanoquímica evidenciada pela substituição de zircônio na estrutura da céria.
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Os moinhos de bolas são utilizados pela indústria há muito tempo, porém recentes avanços técnicos nos equipamentos aumentaram o alcance de sua aplicação. Os moinhos de alta energia propiciam não apenas a redução de tamanhos de partículas e dispersão, como também a ocorrência de reações mecanoquímicas. Os moinhos de esferas planetários de alta energia pertencem a esta classe de equipamentos. A céria possui características importantes para várias aplicações, como propriedades redox, de transporte e alta razão de superfície por volume, quando comparada a outros óxidos. Apesar de muitas vantagens, possui limitação em estabilidade térmica, o que compromete sua utilização em algumas aplicações. A adição de zircônia melhora o desempenho em altas temperaturas e, em consequência, a capacidade de armazenamento de oxigênio. No presente trabalho, soluções sólidas de ZrxCe1-xO2- foram obtidas por reação mecanoquímica utilizando moinhos de esferas planetários de alta energia. Tais moinhos movimentam as esferas de zircônio estabilizadas com ítria, provocando colisões que podem ocorrer entre esferas e entre as esferas e as superfícies da câmara de moagem. A concentração de zircônio adicionada nas soluções foi de 0 x 50. As estruturas cristalinas resultantes foram caracterizadas por espectroscopia Raman e difração de RX. Os resultados mostraram que a energia de estresse obtidas pelas colisões das esferas reduziram a barreira de energia da banda da valência para a banda de condução, o que ocasionou a formação de defeitos estruturais, vacâncias de oxigênio e tensão na rede cristalina. A tensão gerada foi relaxada de duas formas: (1) por ativação mecânica demostrada pela obtenção de céria nanocristalina com vacâncias de oxigênio; ou (2) por reação mecanoquímica evidenciada pela substituição de zircônio na estrutura da céria.
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AMANDA NASCIMENTO BRAGA SANTOS
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MICROENCAPSULAMENTO DE ISOCIANATOS PARA APLICAÇÃO EM ADESIVOS À BASE DE POLIURETANO
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Orientador : DANILO JUSTINO CARASTAN
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Data: 20/04/2023
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A alta toxicidade apresentada pelo componente reativo isocianato (-NCO) vem estimulando a criação de regulamentação restritiva ao seu uso em diversas indústrias. Visando contornar essas restrições, a indústria de calçados busca soluções para aumentar o desempenho de colagem de seus adesivos à base de poliuretano sem que seja necessária a utilização do isocianato na sua forma livre. A solução encontrada a esta problemática foi o microencapsulamento desse componente. Desta forma, o reagente fica protegido por uma parede polimérica e, no momento adequado, deve ser ativado pela ação de temperatura e pressão, permitindo a ocorrência da reação de cura, o que garante a performance adequada ao adesivo. A proposta deste trabalho é obter microcápsulas de poli (metacrilato de metila) (PMMA) contendo grupamentos -NCO ativos no núcleo por meio da técnica de evaporação de solvente em emulsões óleo em água para a obtenção de adesivos monocomponentes à base de poliuretano para aplicação na indústria calçadista. Buscando moldar as propriedades finais das microcápsulas para a aplicação em questão, estudou-se a influência da concentração de surfactante, velocidade de agitação, volume inicial de isocianato, massa inicial de PMMA, e temperatura e tempo no sistema. Dentre os parâmetros estudados, apenas concentração de surfactante, velocidade de agitação e temperatura apresentaram influência estatisticamente significativa as variáveis de resposta. A depender da combinação de parâmetros aplicada (7 wt.% de surfactante, velocidade de 1920 rpm, 4 mL de isocianato, 1g de PMMA, a temperatura de 50°C por 2h), foram obtidas microcápsulas com formato esférico, apresentando morfologia core-shell, com aproximadamente 13 wt.% de isocianato ativo no núcleo, diâmetro médio de 50,3 µm, e estabilidade térmica superior ao componente puro. A análise do teor de grupamentos -NCO ao longo com tempo, indicou que as microcápsulas apresentam baixa estabilidade. Microcápsulas foram dispersas em matriz adesiva de poliuretano para a obtenção do adesivo monocomponente. Analises realizadas por reologia, TMOR e peeling indicam que as microcápsulas são eficientes na liberação do isocianato ativo e em promover a reação de reticulação. FTIR indicou baixa estabilidade do adesivo ao longo do tempo.
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A alta toxicidade apresentada pelo componente reativo isocianato (-NCO) vem estimulando a criação de regulamentação restritiva ao seu uso em diversas indústrias. Visando contornar essas restrições, a indústria de calçados busca soluções para aumentar o desempenho de colagem de seus adesivos à base de poliuretano sem que seja necessária a utilização do isocianato na sua forma livre. A solução encontrada a esta problemática foi o microencapsulamento desse componente. Desta forma, o reagente fica protegido por uma parede polimérica e, no momento adequado, deve ser ativado pela ação de temperatura e pressão, permitindo a ocorrência da reação de cura, o que garante a performance adequada ao adesivo. A proposta deste trabalho é obter microcápsulas de poli (metacrilato de metila) (PMMA) contendo grupamentos -NCO ativos no núcleo por meio da técnica de evaporação de solvente em emulsões óleo em água para a obtenção de adesivos monocomponentes à base de poliuretano para aplicação na indústria calçadista. Buscando moldar as propriedades finais das microcápsulas para a aplicação em questão, estudou-se a influência da concentração de surfactante, velocidade de agitação, volume inicial de isocianato, massa inicial de PMMA, e temperatura e tempo no sistema. Dentre os parâmetros estudados, apenas concentração de surfactante, velocidade de agitação e temperatura apresentaram influência estatisticamente significativa as variáveis de resposta. A depender da combinação de parâmetros aplicada (7 wt.% de surfactante, velocidade de 1920 rpm, 4 mL de isocianato, 1g de PMMA, a temperatura de 50°C por 2h), foram obtidas microcápsulas com formato esférico, apresentando morfologia core-shell, com aproximadamente 13 wt.% de isocianato ativo no núcleo, diâmetro médio de 50,3 µm, e estabilidade térmica superior ao componente puro. A análise do teor de grupamentos -NCO ao longo com tempo, indicou que as microcápsulas apresentam baixa estabilidade. Microcápsulas foram dispersas em matriz adesiva de poliuretano para a obtenção do adesivo monocomponente. Analises realizadas por reologia, TMOR e peeling indicam que as microcápsulas são eficientes na liberação do isocianato ativo e em promover a reação de reticulação. FTIR indicou baixa estabilidade do adesivo ao longo do tempo.
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CLOTILDE COPPINI PEREIRA
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SÍNTESE DE POLIURETANO EM DISPERSÃO AQUOSA A PARTIR DE POLIÁLCOOIS ALCOXILADOS PARA APLICAÇÃO NO MERCADO DE TINTAS
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Orientador : MARCIA APARECIDA DA SILVA SPINACE
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Data: 15/05/2023
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SOB SIGILO ABSOLUTO
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SOB SIGILO ABSOLUTO
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JOSÉ EDUARDO ULLOA ROJAS
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Plataformas tridimensionais com fibroína de seda para a entrega de fotossensibilizadores na terapia fotodinâmica. Three-dimensional platforms with silk fibroin for the delivery of photosensitizers in photodynamic therapy.
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Orientador : WENDEL ANDRADE ALVES
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Data: 18/05/2023
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A terapia fotodinâmica (PDT) é um tratamento médico em que a combinação de um medicamento fotossensibilizante e luz visível produz espécies reativas de oxigênio (ROS) altamente citotóxicas, levando à morte celular. Uma das principais desvantagens da PDT para tratamentos tópicos é a penetração limitada na pele de alguns fotossensibilizadores comumente usados nesta terapia. Nesta pesquisa, desenvolvemos hidrogéis preparados pela impressão 3D e microagulhas com concentrações variadas de fibroína de seda derivada de fibras de seda, utilizados como uma matriz para incorporar moléculas fotossensíveis com o objetivo de melhorar e facilitar a entrega para a terapia fotodinâmica. Foram empregadas técnicas de reologia, espectrofotometria e espalhamento para analisar as propriedades dos hidrogéis e das microagulhas resultantes, a fim de elucidar os fatores subjacentes envolvidos em sua formação, bem como investigar o comportamento da fibroína de seda após a incorporação da porfirina na matriz.
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A terapia fotodinâmica (PDT) é um tratamento médico em que a combinação de um medicamento fotossensibilizante e luz visível produz espécies reativas de oxigênio (ROS) altamente citotóxicas, levando à morte celular. Uma das principais desvantagens da PDT para tratamentos tópicos é a penetração limitada na pele de alguns fotossensibilizadores comumente usados nesta terapia. Nesta pesquisa, desenvolvemos hidrogéis preparados pela impressão 3D e microagulhas com concentrações variadas de fibroína de seda derivada de fibras de seda, utilizados como uma matriz para incorporar moléculas fotossensíveis com o objetivo de melhorar e facilitar a entrega para a terapia fotodinâmica. Foram empregadas técnicas de reologia, espectrofotometria e espalhamento para analisar as propriedades dos hidrogéis e das microagulhas resultantes, a fim de elucidar os fatores subjacentes envolvidos em sua formação, bem como investigar o comportamento da fibroína de seda após a incorporação da porfirina na matriz.
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KARINA AUXILIADORA BRENES ARGÜELLO
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INTERAÇÕES ENTRE NANOESTRUTURAS PEPTÍDICAS E SISTEMAS BIOLÓGICOS VISANDO APLICAÇÃO COMO AGENTES BIOATIVOS
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Orientador : WENDEL ANDRADE ALVES
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Data: 24/05/2023
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Este trabalho teve como objetivo estudar as interações em sistemas biológicos de duas classes de nanoestruturas peptídicas: lipopeptídeos (LPs) e peptídeos β-amilóides funcionalizados com porfirinas. Para o primeiro objetivo, investigamos as propriedades antitumorais dos lipopeptídeos PRWG-C18H37 (1) e PRWG-(C18H37)2 (2), contendo os aminoácidos L-prolina (P), L-arginina (R), L-triptofano (W) e L-glicina (G), e comparamos com os materiais PK(GCP)WG-C18H37 (3) e PK(GCP)WG-(C18H37)2 (4), que contêm o aminoácido sintético GCP (“Guanidiniocarbonyl pyrrole”) na sequência peptídica. Experimentos de dicroísmo circular revelaram estruturas do tipo folhas-β para todos os compostos da série, com carga positiva das partículas em pH 7. Os LPs apresentaram citotoxicidade dependente da composição química e concentração, com efeito deletério sobre as células HeLa em concentrações inferiores ao IC50 em células HEK293. Isso sugere que o efeito lesivo sobre as células HeLa é promovido pela morte apoptótica com perda do potencial de membrana mitocondrial (ΔΨm).
A segunda parte do trabalho envolveu estudos de viabilidade celular para as porfirinas monofuncionalizadas com L,L-difenilalanina (FF) inéditas, com diferentes substituintes na posição meso. Os espectros de fluorescência mostraram a presença de uma banda de emissão em 640-660 nm pertencente à banda Soret e bandas múltiplas entre 700-720 nm indicando a presença das bandas Q. Esses sistemas foram estudados em PBS, revelando um deslocamento espectral batocrômico na banda de absorção em 640 nm. As propriedades antitumorais das células HeLa expuseram uma citotoxicidade dependente da luz e da concentração, com menos de 5% de efeito hemolítico. Quando a eficiência de internalização foi analisada no escuro, as FF-porfirinas apresentaram altas porcentagens de captura em relação aos seus precursores. No entanto, uma vez que os compostos foram irradiados, promoveu-se um mecanismo de morte via necrose. Por meio de ensaios de citotoxicidade e mecanismo de morte celular, ambas as classes de sistemas nanoestruturados revelaram um efeito danoso nas células tumorais, em concentrações inferiores às utilizadas no quimioterápico Clorambucil (CB).
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Este trabalho teve como objetivo estudar as interações em sistemas biológicos de duas classes de nanoestruturas peptídicas: lipopeptídeos (LPs) e peptídeos β-amilóides funcionalizados com porfirinas. Para o primeiro objetivo, investigamos as propriedades antitumorais dos lipopeptídeos PRWG-C18H37 (1) e PRWG-(C18H37)2 (2), contendo os aminoácidos L-prolina (P), L-arginina (R), L-triptofano (W) e L-glicina (G), e comparamos com os materiais PK(GCP)WG-C18H37 (3) e PK(GCP)WG-(C18H37)2 (4), que contêm o aminoácido sintético GCP (“Guanidiniocarbonyl pyrrole”) na sequência peptídica. Experimentos de dicroísmo circular revelaram estruturas do tipo folhas-β para todos os compostos da série, com carga positiva das partículas em pH 7. Os LPs apresentaram citotoxicidade dependente da composição química e concentração, com efeito deletério sobre as células HeLa em concentrações inferiores ao IC50 em células HEK293. Isso sugere que o efeito lesivo sobre as células HeLa é promovido pela morte apoptótica com perda do potencial de membrana mitocondrial (ΔΨm).
A segunda parte do trabalho envolveu estudos de viabilidade celular para as porfirinas monofuncionalizadas com L,L-difenilalanina (FF) inéditas, com diferentes substituintes na posição meso. Os espectros de fluorescência mostraram a presença de uma banda de emissão em 640-660 nm pertencente à banda Soret e bandas múltiplas entre 700-720 nm indicando a presença das bandas Q. Esses sistemas foram estudados em PBS, revelando um deslocamento espectral batocrômico na banda de absorção em 640 nm. As propriedades antitumorais das células HeLa expuseram uma citotoxicidade dependente da luz e da concentração, com menos de 5% de efeito hemolítico. Quando a eficiência de internalização foi analisada no escuro, as FF-porfirinas apresentaram altas porcentagens de captura em relação aos seus precursores. No entanto, uma vez que os compostos foram irradiados, promoveu-se um mecanismo de morte via necrose. Por meio de ensaios de citotoxicidade e mecanismo de morte celular, ambas as classes de sistemas nanoestruturados revelaram um efeito danoso nas células tumorais, em concentrações inferiores às utilizadas no quimioterápico Clorambucil (CB).
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GUILHERME RIBEIRO PORTUGAL
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Heteroestruturas e filmes finos baseados em NaTaO3 para fotocatálise heterogênea
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Orientador : JEVERSON TEODORO ARANTES JUNIOR
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Data: 01/06/2023
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As reações fotocatalíticas heterogêneas são citadas como a solução mais promissora para os problemas ambientais atuais. Tais reações permitem a reforma de gases poluentes como CO2 e a obtenção ambientalmente amigável de H2, visando seu posterior redirecionamento tanto para armazenamento quanto para uso em determinada aplicação. No presente projeto, métodos teóricos ab initio baseados na Teoria do Funcional da Densidade (DFT) são usados para estudar como a formação de heteroestruturas e filmes finos baseados em NaTaO3 podem alterar as propriedades chave deste conhecido fotocatalisador. Nós primeiro exploramos monocamadas ortorrômbicas (100) de NaTaO3 busacando obter insights sobre o impacto do limite de uma camada em suas propriedades físicas. A monocamada é inicialmente metálica e magnética, em contraste com seu bulk semicondutor não-magnético. Tensão biaxial no plano induz um estado de desproporção de carga nos átomos de Ta da superfície, levando a monocamada a seu estado fundamental através de transições estruturais, eletrônicas e magnéticas. Uma monocamada monoclínica, semicondutora e não-magnética é então obtida. Cálculos com funcional híbrido revelam picos de absorção anisotrópica na região da luz visível. Comparações com filmes multicamadas revelam que tal comportamento é restrito ao sistema de monocamada. A bicamada, entretanto, é caracterizada como uma estrutura de transição entre a monocamada e o comportamento estável observado para filmes com três ou mais camadas. Tensão biaxial compressiva é capaz de desencadear tais transições. No que diz respeito a heteroestruturas, a substituição sequencial de cátions em super-redes cúbicas de NaNbO3-NaTaO3 resulta em uma redução inesperada do band gap, separação de carga, picos de absorção relacionados à interface mais próximos da espectro de luz visível, e um melhor alinhamento de seus limites de banda com os potenciais fotocatalíticos de separação da água e de CO2. Posteriormente, cálculos mostram que uma super-rede monoclínica de NaTaO3-BaBiO3 com 24 wt.% de BaBiO3 também apresenta a maioria das propriedades mencionadas acima. Além disso, uma transição semicondutor-metal acompanhada pela formação de um gás bidimensional de elétrons (2DEG) de alta mobilidade confinado na interface é alcançada se o número de camadas de BaBiO3 for aumentada. Finalmente, cálculos de DFT híbrido revelam que operadores tesoura baseados no bulk são de fato capazes de corrigir acuradamente o posicionamento dos limites de banda de diferentes estruturas de NaTaO3 ortorrômbico. podendo ser uma ferramenta poderosa para obter propriedades eletrônicas mais acuradas caso o correto tratamente físico-matemática seja considerado. Os resultados apresentados até agora não apenas ajudam a entender melhor a importância de materiais de baixa dimensão baseados em NaTaO3 para um aumento intrínseco da atividade fotocatalítica, mas também lançam luz para novas aplicações para esses óxidos de perovskita de poucas camadas no desenvolvimento da nanoeletrônica.
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As reações fotocatalíticas heterogêneas são citadas como a solução mais promissora para os problemas ambientais atuais. Tais reações permitem a reforma de gases poluentes como CO2 e a obtenção ambientalmente amigável de H2, visando seu posterior redirecionamento tanto para armazenamento quanto para uso em determinada aplicação. No presente projeto, métodos teóricos ab initio baseados na Teoria do Funcional da Densidade (DFT) são usados para estudar como a formação de heteroestruturas e filmes finos baseados em NaTaO3 podem alterar as propriedades chave deste conhecido fotocatalisador. Nós primeiro exploramos monocamadas ortorrômbicas (100) de NaTaO3 busacando obter insights sobre o impacto do limite de uma camada em suas propriedades físicas. A monocamada é inicialmente metálica e magnética, em contraste com seu bulk semicondutor não-magnético. Tensão biaxial no plano induz um estado de desproporção de carga nos átomos de Ta da superfície, levando a monocamada a seu estado fundamental através de transições estruturais, eletrônicas e magnéticas. Uma monocamada monoclínica, semicondutora e não-magnética é então obtida. Cálculos com funcional híbrido revelam picos de absorção anisotrópica na região da luz visível. Comparações com filmes multicamadas revelam que tal comportamento é restrito ao sistema de monocamada. A bicamada, entretanto, é caracterizada como uma estrutura de transição entre a monocamada e o comportamento estável observado para filmes com três ou mais camadas. Tensão biaxial compressiva é capaz de desencadear tais transições. No que diz respeito a heteroestruturas, a substituição sequencial de cátions em super-redes cúbicas de NaNbO3-NaTaO3 resulta em uma redução inesperada do band gap, separação de carga, picos de absorção relacionados à interface mais próximos da espectro de luz visível, e um melhor alinhamento de seus limites de banda com os potenciais fotocatalíticos de separação da água e de CO2. Posteriormente, cálculos mostram que uma super-rede monoclínica de NaTaO3-BaBiO3 com 24 wt.% de BaBiO3 também apresenta a maioria das propriedades mencionadas acima. Além disso, uma transição semicondutor-metal acompanhada pela formação de um gás bidimensional de elétrons (2DEG) de alta mobilidade confinado na interface é alcançada se o número de camadas de BaBiO3 for aumentada. Finalmente, cálculos de DFT híbrido revelam que operadores tesoura baseados no bulk são de fato capazes de corrigir acuradamente o posicionamento dos limites de banda de diferentes estruturas de NaTaO3 ortorrômbico. podendo ser uma ferramenta poderosa para obter propriedades eletrônicas mais acuradas caso o correto tratamente físico-matemática seja considerado. Os resultados apresentados até agora não apenas ajudam a entender melhor a importância de materiais de baixa dimensão baseados em NaTaO3 para um aumento intrínseco da atividade fotocatalítica, mas também lançam luz para novas aplicações para esses óxidos de perovskita de poucas camadas no desenvolvimento da nanoeletrônica.
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CAMILA BOLDRINI NASCIMENTO
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CARACTERIZAÇÃO DO COMPORTAMENTO FRENTE À CORROSÃO DE LIGAS DE ALTA ENTROPIA CoCrFeNi e CoCrFeNiAl
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Orientador : RENATO ALTOBELLI ANTUNES
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Data: 16/06/2023
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No presente trabalho ligas de alta entropia CoCrFeNi e CoCrFeNiAl foram produzidas em forno de fusão a arco sob atmosfera controlada de argônio. O objetivo foi investigar a correlação entre a microestrutura, composição química do filme de óxido superficial, propriedades eletrônicas do filme passivo e sua correlação com o comportamento de corrosão em solução de NaCl 3,5% em massa a temperatura ambiente. A estrutura cristalina das ligas foi analisada por difratometria de raios X. A microestrutura foi examinada por microscopia óptica e microscopia eletrônica de varredura. A composição química superficial foi analisada por espectroscopia de fotoelétrons excitados por raios X (XPS). O comportamento de corrosão foi analisado por espectroscopia de impedância eletroquímica e polarização potenciodinâmica. Foram analisados tempos de imersão de até 28 dias. As propriedades eletrônicas do filme passivo serão determinadas a partir de gráficos de Mott-Schottky, os quais serão obtidos na etapa seguinte do trabalho. Até o momento os resultados indicam que a liga CoCrFeNi apresenta uma fase cristalina de estrutura cúbica de face centrada (CFC). A adição de alumínio promoveu a formação de uma estrutura mista composta por duas fases, uma fase cúbica de corpo centrado (CCC) e uma fase CCC ordenada (B2). O filme passivo é composto por uma mistura complexa de vários óxidos e hidróxidos (de cromo, ferro, níquel, cobalto e, para a liga CoCrFeNiAl, também de alumínio). Para a liga CoCrFeNi os componentes majoritários no filme de óxido superficial são Cr2O3 e Cr(OH)3. A adição de alumínio modificou composição do filme passivo, sendo que as espécies majoritárias na superfície da liga CoCrFeNiAl são o Al2O3 e Al(OH)3. A susceptibilidade à corrosão por pite das ligas de alta entropia foi dependente de sua composição química. O alumínio promoveu a formação de um filme passivo mais espesso, porém menos protetor, reduzindo, assim, a resistência à corrosão em relação à liga CoCrFeNi.
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No presente trabalho ligas de alta entropia CoCrFeNi e CoCrFeNiAl foram produzidas em forno de fusão a arco sob atmosfera controlada de argônio. O objetivo foi investigar a correlação entre a microestrutura, composição química do filme de óxido superficial, propriedades eletrônicas do filme passivo e sua correlação com o comportamento de corrosão em solução de NaCl 3,5% em massa a temperatura ambiente. A estrutura cristalina das ligas foi analisada por difratometria de raios X. A microestrutura foi examinada por microscopia óptica e microscopia eletrônica de varredura. A composição química superficial foi analisada por espectroscopia de fotoelétrons excitados por raios X (XPS). O comportamento de corrosão foi analisado por espectroscopia de impedância eletroquímica e polarização potenciodinâmica. Foram analisados tempos de imersão de até 28 dias. As propriedades eletrônicas do filme passivo serão determinadas a partir de gráficos de Mott-Schottky, os quais serão obtidos na etapa seguinte do trabalho. Até o momento os resultados indicam que a liga CoCrFeNi apresenta uma fase cristalina de estrutura cúbica de face centrada (CFC). A adição de alumínio promoveu a formação de uma estrutura mista composta por duas fases, uma fase cúbica de corpo centrado (CCC) e uma fase CCC ordenada (B2). O filme passivo é composto por uma mistura complexa de vários óxidos e hidróxidos (de cromo, ferro, níquel, cobalto e, para a liga CoCrFeNiAl, também de alumínio). Para a liga CoCrFeNi os componentes majoritários no filme de óxido superficial são Cr2O3 e Cr(OH)3. A adição de alumínio modificou composição do filme passivo, sendo que as espécies majoritárias na superfície da liga CoCrFeNiAl são o Al2O3 e Al(OH)3. A susceptibilidade à corrosão por pite das ligas de alta entropia foi dependente de sua composição química. O alumínio promoveu a formação de um filme passivo mais espesso, porém menos protetor, reduzindo, assim, a resistência à corrosão em relação à liga CoCrFeNi.
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LARA MARQUES DAMINELLI
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O impacto da difusão de íons através de substratos condutores transparentes na atividade fotoeletrocatalítica
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Orientador : FLAVIO LEANDRO DE SOUZA
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Data: 03/08/2023
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Fotoeletrodos de alto desempenho têm um papel crucial no desenvolvimento da aplicação tecnológica de dispositivos fotoeletroquímicos (PEC, do inglês, photoelectrochemical cell) para a produção de hidrogênio verde. No geral, um fotoeletrodo é composto por dois componentes essenciais: o fotoabsorvedor e o substrato. O fotoabsorvedor costuma ser o protagonista enquanto o substrato costuma ser considerado um recurso de suporte. Temperaturas elevadas são predominantemente empregadas na fabricação dos fotoeletrodos para PEC como recurso para obtenção da fase desejada e/ou ativação da camada fotoabsorvedora. Contudo, o efeito deste processo no substrato, amplamente empregado vidro revestido com uma camada condutora de oxido de estanho dopado com flúor (FTO, do inglês, fluorine-doped tin oxide, formula química F:SnO2), costuma ser negligenciado na literatura ou relacionado exclusivamente à difusão de íon do FTO (Sn4+) para o fotoabsorvedor. Aqui, um estudo sistemático foi conduzido para avaliar o impacto potencial da difusão de íons provenientes de um substrato de vidro/FTO nas propriedades do fotoabsorvedor de hematita. Esta investigação explora os impactos benéficos e prejudiciais dos tratamentos térmicos na fabricação do fotoeletrodo, desvendando o fenômeno da difusão de íons e suas consequências. O método de síntese de precursores poliméricos (PPS, do inglês, polimeric precursor synthesis) de uso industrial foi escolhido como rota de fabricação. Para avaliação do substrato, dois tipos de substratos de vidro, aluminoborosilicato e quartzo, revestidos com FTO (ABS/FTO e QTZ/FTO respectivamente), foram submetidos a tratamentos térmicos seguindo o protocolo PPS. As descobertas relacionadas a dopagem iônica intencional e não intencional enfatizam a importância de entender o verdadeiro efeito dos tratamentos térmicos nas propriedades dos fotoeletrodos para liberar todo o seu potencial em aplicações fotoeletroquímicas.
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Fotoeletrodos de alto desempenho têm um papel crucial no desenvolvimento da aplicação tecnológica de dispositivos fotoeletroquímicos (PEC, do inglês, photoelectrochemical cell) para a produção de hidrogênio verde. No geral, um fotoeletrodo é composto por dois componentes essenciais: o fotoabsorvedor e o substrato. O fotoabsorvedor costuma ser o protagonista enquanto o substrato costuma ser considerado um recurso de suporte. Temperaturas elevadas são predominantemente empregadas na fabricação dos fotoeletrodos para PEC como recurso para obtenção da fase desejada e/ou ativação da camada fotoabsorvedora. Contudo, o efeito deste processo no substrato, amplamente empregado vidro revestido com uma camada condutora de oxido de estanho dopado com flúor (FTO, do inglês, fluorine-doped tin oxide, formula química F:SnO2), costuma ser negligenciado na literatura ou relacionado exclusivamente à difusão de íon do FTO (Sn4+) para o fotoabsorvedor. Aqui, um estudo sistemático foi conduzido para avaliar o impacto potencial da difusão de íons provenientes de um substrato de vidro/FTO nas propriedades do fotoabsorvedor de hematita. Esta investigação explora os impactos benéficos e prejudiciais dos tratamentos térmicos na fabricação do fotoeletrodo, desvendando o fenômeno da difusão de íons e suas consequências. O método de síntese de precursores poliméricos (PPS, do inglês, polimeric precursor synthesis) de uso industrial foi escolhido como rota de fabricação. Para avaliação do substrato, dois tipos de substratos de vidro, aluminoborosilicato e quartzo, revestidos com FTO (ABS/FTO e QTZ/FTO respectivamente), foram submetidos a tratamentos térmicos seguindo o protocolo PPS. As descobertas relacionadas a dopagem iônica intencional e não intencional enfatizam a importância de entender o verdadeiro efeito dos tratamentos térmicos nas propriedades dos fotoeletrodos para liberar todo o seu potencial em aplicações fotoeletroquímicas.
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PAULO HENRIQUE CAMANI
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AEROGÉIS DE AMIDO CONTENDO NANOCELULOSE MODIFICADA PARA REMOÇÃO DE METAIS PESADOS EM ÁGUAS RESIDUAIS ORIUNDAS DO SETOR INDUSTRIAL
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Orientador : DERVAL DOS SANTOS ROSA
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Data: 22/08/2023
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A contaminação dos recursos hídricos por elementos potencialmente tóxicos/metais pesados tem gerado uma crescente e constante preocupação na sociedade contemporânea. Íons metálicos bivalentes como cadmio, zinco, cobre e manganês são alguns destes contaminantes devido a sua persistência, bioacumulação e elevada toxicidade em elevadas concentrações. Logo, materiais adsorventes como os aerogéis vem sendo desenvolvidos e aplicados para mitigar este problema devido a sua elevada área superficial, baixa densidade e versatilidade de materiais precursores. Logo, esta tese de doutorado investiga o uso dos aerogéis de amido de milho contendo nanoestruturas de celulose, bem como somente aerogéis de amido ou de nanocelulose para remoção de íons metálicos bivalentes de águas contaminadas. A nanocelulose foi obtida por pré-tratamentos assistidos por micro-ondas e isolamento mecânico combinatório consistindo em homogeneização a altas taxas de cisalhamento e ultrassonificação de alta intensidade. Seu tamanho médio de partícula alcançou 581 nm, com 77 % de cristalinidade e rendimento mássico de 80 %. Por sua vez, o aerogel de amido de milho foi sintetizado por reticulação pela formação de citrato trissódico, seguido de secagem por liofilização, em que a concentração intermediária (proporção 1:1,5 de amido: agente reticulante) obteve menor densidade aparente, baixa taxa de encolhimento, elevada área superficial, desempenho mecânico satisfatório, e uma eficiência de remoção de 30 % de cádmio bivalente, não tendo nenhuma remoção de zinco bivalente. Já o cobre e o manganês alcançaram uma remoção de 74 e 50 %, respectivamente. Possivelmente, essa remoção dos íons pode ser devido a troca iônica dos íons Na+ do agente reticulante com o íon metálico; a ação das hidroxilas do amido, bem como a elevada área superficial. O aerogel de nanocelulose, obtido pela dispersão em solução de NaOH/ureia, seguido de reticulação com epicloridrina e secagem por liofilização alcançou uma baixa densidade, elevada porosidade, taxa de encolhimento adequada e resistência mecânica elevada. Quanto a remoção de cádmio e zinco, o cádmio obteve eficiência de remoção de 99 %, e alcançando menor eficiência para o zinco, de aproximadamente 20 %. Por fim, o aerogel compósito de amido contendo nanoestruturas de celulose dispersas em solução de NaOH/ureia, reticulado por citrato trissódico e seco por liofilização obteve um aumento de densidade aparente, menor taxa de encolhimento, elevada resistência mecânica, e uma satisfatória remoção dos íons cádmio, seguido de cobre, manganês, e por último com o zinco bivalentes. Portanto, o efeito sinérgico entre as nanoestruturas de celulose e a estrutura altamente porosa do aerogel de amido promoveram remoção dos íons cádmio, cobre, manganês e zinco, mantendo a estrutura leve, resistente e ambientalmente amigável.
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A contaminação dos recursos hídricos por elementos potencialmente tóxicos/metais pesados tem gerado uma crescente e constante preocupação na sociedade contemporânea. Íons metálicos bivalentes como cadmio, zinco, cobre e manganês são alguns destes contaminantes devido a sua persistência, bioacumulação e elevada toxicidade em elevadas concentrações. Logo, materiais adsorventes como os aerogéis vem sendo desenvolvidos e aplicados para mitigar este problema devido a sua elevada área superficial, baixa densidade e versatilidade de materiais precursores. Logo, esta tese de doutorado investiga o uso dos aerogéis de amido de milho contendo nanoestruturas de celulose, bem como somente aerogéis de amido ou de nanocelulose para remoção de íons metálicos bivalentes de águas contaminadas. A nanocelulose foi obtida por pré-tratamentos assistidos por micro-ondas e isolamento mecânico combinatório consistindo em homogeneização a altas taxas de cisalhamento e ultrassonificação de alta intensidade. Seu tamanho médio de partícula alcançou 581 nm, com 77 % de cristalinidade e rendimento mássico de 80 %. Por sua vez, o aerogel de amido de milho foi sintetizado por reticulação pela formação de citrato trissódico, seguido de secagem por liofilização, em que a concentração intermediária (proporção 1:1,5 de amido: agente reticulante) obteve menor densidade aparente, baixa taxa de encolhimento, elevada área superficial, desempenho mecânico satisfatório, e uma eficiência de remoção de 30 % de cádmio bivalente, não tendo nenhuma remoção de zinco bivalente. Já o cobre e o manganês alcançaram uma remoção de 74 e 50 %, respectivamente. Possivelmente, essa remoção dos íons pode ser devido a troca iônica dos íons Na+ do agente reticulante com o íon metálico; a ação das hidroxilas do amido, bem como a elevada área superficial. O aerogel de nanocelulose, obtido pela dispersão em solução de NaOH/ureia, seguido de reticulação com epicloridrina e secagem por liofilização alcançou uma baixa densidade, elevada porosidade, taxa de encolhimento adequada e resistência mecânica elevada. Quanto a remoção de cádmio e zinco, o cádmio obteve eficiência de remoção de 99 %, e alcançando menor eficiência para o zinco, de aproximadamente 20 %. Por fim, o aerogel compósito de amido contendo nanoestruturas de celulose dispersas em solução de NaOH/ureia, reticulado por citrato trissódico e seco por liofilização obteve um aumento de densidade aparente, menor taxa de encolhimento, elevada resistência mecânica, e uma satisfatória remoção dos íons cádmio, seguido de cobre, manganês, e por último com o zinco bivalentes. Portanto, o efeito sinérgico entre as nanoestruturas de celulose e a estrutura altamente porosa do aerogel de amido promoveram remoção dos íons cádmio, cobre, manganês e zinco, mantendo a estrutura leve, resistente e ambientalmente amigável.
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LEONARDO ZANATA
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Investigação do efeito nano óxido de ferro e seus híbridos de compostos celulósicos na biodegradação aeróbia de água contaminada com fenol
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Orientador : DERVAL DOS SANTOS ROSA
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Data: 13/09/2023
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Compostos fenólicos são contaminantes ambientais provenientes da utilização de pesticidas e desinfetantes dos setores agrícola e doméstico, respectivamente. Podem ser encontrados em águas servidas, mananciais de abastecimento de água e nos solos. Devido a toxicidade e a baixa biodegradabilidade destas substâncias, têm se buscado aprimorar estratégias de degradação biológica para remoção desses poluentes orgânicos persistentes (POPs) em sistemas de tratamento de biológico de águas servidas. Dentre as estratégias mais recentes destacam-se os estímulos às transferências eletrônicas extracelulares (TEEs). Dessa forma, esse trabalho tem por objetivo preparar um híbrido de celulose e nanopartículas superparamagnéticas de óxido de ferro (NSOF), como a magnetita (Fe3O4) buscando avaliar seus efeitos como estimulador das TEEs (enzimáticas) durante a degradação biológica de fenóis por meio de bioestimulação aeróbia. Os compostos obtidos foram caracterizados por espalhamento dinâmico de luz (EDL), microscopia eletrônica de varredura (MEV), espectroscopia na região do infravermelho com transformada de Fourier (FTIR), Espectroscopia Raman, e espectroscopia de fotoelétrons excitados por raios X (XPS). A degradação de fenóis foi acompanhada por espectrofotometria de complexação, aplicando-se os diversos materiais obtidos, em águas contaminadas com fenol (1000 mg L-1), acompanhando-se o tempo de aplicação. Avaliou-se a correlação entre as dosagens de materiais e a remoção, de forma a se verificar a influência e a correlação dos resultados com as diferentes cinéticas de degradação do poluente fenólico, procurando identificar a rota de ação de degradação proveniente de microrganismos degradadores de fenóis e nas nanoestruturas aplicadas.
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Compostos fenólicos são contaminantes ambientais provenientes da utilização de pesticidas e desinfetantes dos setores agrícola e doméstico, respectivamente. Podem ser encontrados em águas servidas, mananciais de abastecimento de água e nos solos. Devido a toxicidade e a baixa biodegradabilidade destas substâncias, têm se buscado aprimorar estratégias de degradação biológica para remoção desses poluentes orgânicos persistentes (POPs) em sistemas de tratamento de biológico de águas servidas. Dentre as estratégias mais recentes destacam-se os estímulos às transferências eletrônicas extracelulares (TEEs). Dessa forma, esse trabalho tem por objetivo preparar um híbrido de celulose e nanopartículas superparamagnéticas de óxido de ferro (NSOF), como a magnetita (Fe3O4) buscando avaliar seus efeitos como estimulador das TEEs (enzimáticas) durante a degradação biológica de fenóis por meio de bioestimulação aeróbia. Os compostos obtidos foram caracterizados por espalhamento dinâmico de luz (EDL), microscopia eletrônica de varredura (MEV), espectroscopia na região do infravermelho com transformada de Fourier (FTIR), Espectroscopia Raman, e espectroscopia de fotoelétrons excitados por raios X (XPS). A degradação de fenóis foi acompanhada por espectrofotometria de complexação, aplicando-se os diversos materiais obtidos, em águas contaminadas com fenol (1000 mg L-1), acompanhando-se o tempo de aplicação. Avaliou-se a correlação entre as dosagens de materiais e a remoção, de forma a se verificar a influência e a correlação dos resultados com as diferentes cinéticas de degradação do poluente fenólico, procurando identificar a rota de ação de degradação proveniente de microrganismos degradadores de fenóis e nas nanoestruturas aplicadas.
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ELTON OGOSHI DE MELO
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Design e Exploração Baseados em Dados: Avançando a Ciência dos Materiais Através de Metodologias Computacionais e Aprendizado de Máquina
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Orientador : GUSTAVO MARTINI DALPIAN
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Data: 21/09/2023
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Esta tese investiga a intersecção de entre a Ciência de Materiais Computacional e metodologias data-driven, concentrando-se na exploração, compreensão e design de materiais. Utilizando ferramentas como a Teoria Funcional da Densidade, Aprendizado de Máquina e otimização Bayesiana, a pesquisa se aprofunda em vários domínios da ciência dos materiais. Na busca por dispositivos spintrônicos, foi estabelecido um novo banco de dados de cálculos ab initio de divisão de spin em materiais 2D, marcando o primeiro do seu tipo no Brasil. A pesquisa também propôs um workflow inovador integrando design inverso com otimização por inferência Bayesiana para o design de materiais. Uma contribuição significativa foi feita para o entendimento do Rashba spin splitting em sólidos cristalinos, enfatizando o anti-crossing como um design principle. O estudo também explora a transformação dos métodos tradicionais de tentativa e erro para estratégias inteligentes e baseadas em dados no design de materiais funcionais, particularmente compostos 2D magnéticos. Utilizando bancos de dados, cálculos ab initio e algoritmos de aprendizado de máquina, a pesquisa forneceu insights-chave sobre a ordem magnética nesses materiais, expandindo as possibilidades para compostos estáveis e facilmente sintetizados. Além disso, a pesquisa utilizou dados da OQMD para construir um sistema de recomendação baseado em grafos, levando à proposta de novos compostos e ilustrando um novo método para a descoberta de materiais. Juntos, esses avanços contribuem significativamente para a comunidade científica, oferecendo novos insights e metodologias em ciência dos materiais. A tese serve como um guia para futuras pesquisas neste campo dinâmico, com o objetivo de inspirar uma exploração e inovação ainda maiores, e apresentando uma estrutura para nosso entendimento e domínio dos materiais que constituem as tecnologias ao nosso redor.
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Esta tese investiga a intersecção de entre a Ciência de Materiais Computacional e metodologias data-driven, concentrando-se na exploração, compreensão e design de materiais. Utilizando ferramentas como a Teoria Funcional da Densidade, Aprendizado de Máquina e otimização Bayesiana, a pesquisa se aprofunda em vários domínios da ciência dos materiais. Na busca por dispositivos spintrônicos, foi estabelecido um novo banco de dados de cálculos ab initio de divisão de spin em materiais 2D, marcando o primeiro do seu tipo no Brasil. A pesquisa também propôs um workflow inovador integrando design inverso com otimização por inferência Bayesiana para o design de materiais. Uma contribuição significativa foi feita para o entendimento do Rashba spin splitting em sólidos cristalinos, enfatizando o anti-crossing como um design principle. O estudo também explora a transformação dos métodos tradicionais de tentativa e erro para estratégias inteligentes e baseadas em dados no design de materiais funcionais, particularmente compostos 2D magnéticos. Utilizando bancos de dados, cálculos ab initio e algoritmos de aprendizado de máquina, a pesquisa forneceu insights-chave sobre a ordem magnética nesses materiais, expandindo as possibilidades para compostos estáveis e facilmente sintetizados. Além disso, a pesquisa utilizou dados da OQMD para construir um sistema de recomendação baseado em grafos, levando à proposta de novos compostos e ilustrando um novo método para a descoberta de materiais. Juntos, esses avanços contribuem significativamente para a comunidade científica, oferecendo novos insights e metodologias em ciência dos materiais. A tese serve como um guia para futuras pesquisas neste campo dinâmico, com o objetivo de inspirar uma exploração e inovação ainda maiores, e apresentando uma estrutura para nosso entendimento e domínio dos materiais que constituem as tecnologias ao nosso redor.
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ARIANY BONADIO
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Avanços em perovskitas híbridas de haleto: controle de fase estrutural, alterações na dimensionalidade/morfologia e integração de perovskita 2D para aplicações em células solares
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Orientador : JOSE ANTONIO SOUZA
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Data: 06/11/2023
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O iodeto de chumbo e metilamônio (MAPbI3) é um importante material semicondutor captador de luz com excelentes propriedades ópticas e eletrônicas para ser utilizado em diversos dispositivos optoeletrônicos. Trabalhamos em três aspectos científicos importantes envolvendo MAPbI3: (1) o estudo da transição de fase estrutural da perovskita MAPbI3 tridimensional (3D) e a estabilização da fase cúbica em temperatura ambiente; (2) o processo de dissolução-recristalização assistido por água de MAPbI3 envolvendo mudança na morfologia/dimensionalidade e também uma estratégia de dopagem magnética; e (3) o estudo de perovskitas bidimensionais (2D) e sua aplicação em dispositivos de células solares à base de perovskita. Primeiro, produzimos MAPbI3 utilizando um método de solução simples. Medidas de resistividade elétrica sugerem que o mecanismo de condução em perovskitas é governado por espécies eletrônicas e iônicas mistas, incluindo iodo intersticial ou impurezas de hidrogênio intersticial. Para abordar o desafio dos portadores de carga eletrônica-iônica mista que podem levar à degradação do material, sugeriu-se uma estratégia para deslocar a transição de fase estrutural e estabilizar a fase cúbica de alta simetria em temperatura ambiente por meio de um longo tratamento térmico. As moléculas orgânicas desordenadas de alta entropia são “congeladas” e se tornam cineticamente aprisionadas na fase cúbica até a temperatura ambiente. Nós propomos um novo diagrama de fases para esse sistema importante que combina diferentes fases estruturais em função da temperatura com o tempo de tratamento térmico para MAPbI3. Nossos resultados proporcionam uma oportunidade única para avaliar as propriedades físicas das fases cúbica e tetragonal do MAPbI3 à mesma temperatura, eliminando os efeitos dos fônons. Além da resistividade elétrica mais alta, a fase cúbica da perovskita apresenta um tempo de vida de portador de carga mais rápido do que a fase tetragonal e a fotoluminescência é parcialmente suprimida, apontando para um aumento na recombinação não radiativa assistida por armadilhas.
Em seguida, estudamos o processo de dissolução-recristalização do MAPbI3 que leva à conversão de uma morfologia em forma de cubo (3D) para uma morfologia em forma de microfio (1D). Microfios monohidratados 1D são formados primeiro durante esse processo e apresentam uma estrutura monoclínica com cadeias 1D de octaedros [PbI6]4-. É importante destacar que esses microfios podem ser revertidos para a estrutura cristalina MAPbI3 por meio de tratamento térmico ou em atmosfera evacuada. As cadeias 1D são formadas pelos íons iodeto compartilhados pelas arestas dos octaedros [PbI6]4- e são estabilizadas pela presença de água e MA (metilamônio), formando grandes canais entre as cadeias. Utilizamos esse processo inovador de automontagem como uma estratégia para introduzir íons magnéticos Fe3+/Fe2+ na estrutura da perovskita, gerando novas possibilidades para a dopagem e aplicações potenciais em dispositivos magnéticos/semicondutores. A partir de cálculos de primeiros princípios, determinamos que os íons Fe2+ estão localizados no sítio intersticial, enquanto os íons Fe3+ são substitucionais nos sítios de Pb. A alta mobilidade e a constante dielétrica estática alcançadas pelos portadores de carga fotogerados no MAPbI3 são suprimidas com a dopagem de Fe. Esses resultados são discutidos com base em um processo de recombinação não radiativa assistida por fônons que é ativado pela inclusão dos íons Fe, levando a uma diminuição do pico de emissão de fotoluminescência.
Por último, o estudo se estende à síntese de perovskitas bidimensionais (2D) altamente estáveis contendo ligantes π-conjugados e sua influência em heteroestruturas de perovskitas 2D/3D, especialmente para aplicações em células solares de perovskita. Uma nova perovskita 2D, (TP-TEA)2MAn-1PbnI3n+1, é sintetizada usando a molécula π-conjugada tieno-pirrol como ligante. Esse novo ligante melhora a estabilidade das perovskitas 2D, oferecendo proteção de longo prazo contra a mobilidade iônica e umidade. Também fabricamos heteroestruturas 2D/3D, demonstrando uma transferência de carga mais eficiente na interface e taxas reduzidas de recombinação não radiativa, podendo aumentar a estabilidade e o desempenho das células solares de perovskita.
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O iodeto de chumbo e metilamônio (MAPbI3) é um importante material semicondutor captador de luz com excelentes propriedades ópticas e eletrônicas para ser utilizado em diversos dispositivos optoeletrônicos. Trabalhamos em três aspectos científicos importantes envolvendo MAPbI3: (1) o estudo da transição de fase estrutural da perovskita MAPbI3 tridimensional (3D) e a estabilização da fase cúbica em temperatura ambiente; (2) o processo de dissolução-recristalização assistido por água de MAPbI3 envolvendo mudança na morfologia/dimensionalidade e também uma estratégia de dopagem magnética; e (3) o estudo de perovskitas bidimensionais (2D) e sua aplicação em dispositivos de células solares à base de perovskita. Primeiro, produzimos MAPbI3 utilizando um método de solução simples. Medidas de resistividade elétrica sugerem que o mecanismo de condução em perovskitas é governado por espécies eletrônicas e iônicas mistas, incluindo iodo intersticial ou impurezas de hidrogênio intersticial. Para abordar o desafio dos portadores de carga eletrônica-iônica mista que podem levar à degradação do material, sugeriu-se uma estratégia para deslocar a transição de fase estrutural e estabilizar a fase cúbica de alta simetria em temperatura ambiente por meio de um longo tratamento térmico. As moléculas orgânicas desordenadas de alta entropia são “congeladas” e se tornam cineticamente aprisionadas na fase cúbica até a temperatura ambiente. Nós propomos um novo diagrama de fases para esse sistema importante que combina diferentes fases estruturais em função da temperatura com o tempo de tratamento térmico para MAPbI3. Nossos resultados proporcionam uma oportunidade única para avaliar as propriedades físicas das fases cúbica e tetragonal do MAPbI3 à mesma temperatura, eliminando os efeitos dos fônons. Além da resistividade elétrica mais alta, a fase cúbica da perovskita apresenta um tempo de vida de portador de carga mais rápido do que a fase tetragonal e a fotoluminescência é parcialmente suprimida, apontando para um aumento na recombinação não radiativa assistida por armadilhas.
Em seguida, estudamos o processo de dissolução-recristalização do MAPbI3 que leva à conversão de uma morfologia em forma de cubo (3D) para uma morfologia em forma de microfio (1D). Microfios monohidratados 1D são formados primeiro durante esse processo e apresentam uma estrutura monoclínica com cadeias 1D de octaedros [PbI6]4-. É importante destacar que esses microfios podem ser revertidos para a estrutura cristalina MAPbI3 por meio de tratamento térmico ou em atmosfera evacuada. As cadeias 1D são formadas pelos íons iodeto compartilhados pelas arestas dos octaedros [PbI6]4- e são estabilizadas pela presença de água e MA (metilamônio), formando grandes canais entre as cadeias. Utilizamos esse processo inovador de automontagem como uma estratégia para introduzir íons magnéticos Fe3+/Fe2+ na estrutura da perovskita, gerando novas possibilidades para a dopagem e aplicações potenciais em dispositivos magnéticos/semicondutores. A partir de cálculos de primeiros princípios, determinamos que os íons Fe2+ estão localizados no sítio intersticial, enquanto os íons Fe3+ são substitucionais nos sítios de Pb. A alta mobilidade e a constante dielétrica estática alcançadas pelos portadores de carga fotogerados no MAPbI3 são suprimidas com a dopagem de Fe. Esses resultados são discutidos com base em um processo de recombinação não radiativa assistida por fônons que é ativado pela inclusão dos íons Fe, levando a uma diminuição do pico de emissão de fotoluminescência.
Por último, o estudo se estende à síntese de perovskitas bidimensionais (2D) altamente estáveis contendo ligantes π-conjugados e sua influência em heteroestruturas de perovskitas 2D/3D, especialmente para aplicações em células solares de perovskita. Uma nova perovskita 2D, (TP-TEA)2MAn-1PbnI3n+1, é sintetizada usando a molécula π-conjugada tieno-pirrol como ligante. Esse novo ligante melhora a estabilidade das perovskitas 2D, oferecendo proteção de longo prazo contra a mobilidade iônica e umidade. Também fabricamos heteroestruturas 2D/3D, demonstrando uma transferência de carga mais eficiente na interface e taxas reduzidas de recombinação não radiativa, podendo aumentar a estabilidade e o desempenho das células solares de perovskita.
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BRUNO FOCASSIO
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Fundamentals of Condensed Matter: Disorder, Interfaces, Topology and Discovery
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Data: 08/11/2023
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Nesta tese, enfrentamos o desafio de explorar fenômenos de matéria condensada observados não apenas na teória, mas também no experimento. Ao longo dessa jornada, unimos técnicas da teoria do functional da densidade (DFT), teoria de bandas topológicas e ciência de dados. Examinamos detalhadamente os efeitos da desordem na forma de defeitos e de fase amorfa em materiais topológicos. Nossa investigação sobre o Na3Bi bidimensional mostra que os defeitos an borda, ao preservar a simetria de reversão temporal (TRS), reduzem significativamente a transmissão eletrônica dos estados triviais que atravessam as bordas das bandas, ao mesmo tempo em que mantêm a transmissão para os estados topológicos sem dissipação. Esse achado possibilita experimentos controlados em estados topológicos. Demonstramos como é possível filtrar a resposta dos estados metálicos topológicos nas bordas e propusemos um dispositive controlado por um campo elétrico. Exploramos o efeito dos defeitos na profundidade de penetração dos estados topológicos nas bordas do bismuteno. Discutimos as condições nas quais esses estados nas bordas se hibridizam por todo o material, criando canais de espalhamento sem quebrar as simetrias que destruiriam a proteção topológica. Estudamos extensivamente a proteção topológica em bismuteno bidimensional amorfo e demonstramos como o transporte e a classificação topológica mudam com o aumento do grau de amorfização, da força do acoplamento spin-órbita (SOC) e até na presença de um campo magnético. Também mostramos que em três dimensões, o caráter topológico dos calcogenetos em camadas (Bi2Se3) parece ser mais fraco do que em duas dimensões para o bismuteno. Em seguida, visamos a descoberta de materiais por meio de métodos orientados por dados. Construímos um protocolo de aprendizado de máquina que permite a previsão e classificação de propriedades de modo geral. Primeiramente, aplicamos nosso protocolo para descobrir novos isolantes topológicos bidimensionais. Em seguida, a mesma técnica é usada para investigar a interface entre o óxido de grafeno e a nanocelulose. Além disso, criamos método de aprendizado de máquina para contornar o alto custo computacional dos cálculos de teoria do funcional da densidade de Kohn-Sham e permitir simulações ab initio mais rápidas. Finalmente, na última parte desta tese, aplicamos essas diferentes metodologias a problemas observados experimentalmente. Usamos DFT e dinâmica molecular ab initio (AIMD) para entender a estabilidade e ruptura de um fio iônico monoatômico feito de ZrO2, conforme observado por microscopia eletrônica de transmissão de alta resolução (HRTEM). Em seguida, aplicamos a aprendizagem de máquina para filtrar, agrupar e extrair informações da interface entre lignina e celulose microfibrilada usando dados de curvas de força-distância (F-d) obtidos por microscopia de força atômica (AFM).
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Nesta tese, enfrentamos o desafio de explorar fenômenos de matéria condensada observados não apenas na teória, mas também no experimento. Ao longo dessa jornada, unimos técnicas da teoria do functional da densidade (DFT), teoria de bandas topológicas e ciência de dados. Examinamos detalhadamente os efeitos da desordem na forma de defeitos e de fase amorfa em materiais topológicos. Nossa investigação sobre o Na3Bi bidimensional mostra que os defeitos an borda, ao preservar a simetria de reversão temporal (TRS), reduzem significativamente a transmissão eletrônica dos estados triviais que atravessam as bordas das bandas, ao mesmo tempo em que mantêm a transmissão para os estados topológicos sem dissipação. Esse achado possibilita experimentos controlados em estados topológicos. Demonstramos como é possível filtrar a resposta dos estados metálicos topológicos nas bordas e propusemos um dispositive controlado por um campo elétrico. Exploramos o efeito dos defeitos na profundidade de penetração dos estados topológicos nas bordas do bismuteno. Discutimos as condições nas quais esses estados nas bordas se hibridizam por todo o material, criando canais de espalhamento sem quebrar as simetrias que destruiriam a proteção topológica. Estudamos extensivamente a proteção topológica em bismuteno bidimensional amorfo e demonstramos como o transporte e a classificação topológica mudam com o aumento do grau de amorfização, da força do acoplamento spin-órbita (SOC) e até na presença de um campo magnético. Também mostramos que em três dimensões, o caráter topológico dos calcogenetos em camadas (Bi2Se3) parece ser mais fraco do que em duas dimensões para o bismuteno. Em seguida, visamos a descoberta de materiais por meio de métodos orientados por dados. Construímos um protocolo de aprendizado de máquina que permite a previsão e classificação de propriedades de modo geral. Primeiramente, aplicamos nosso protocolo para descobrir novos isolantes topológicos bidimensionais. Em seguida, a mesma técnica é usada para investigar a interface entre o óxido de grafeno e a nanocelulose. Além disso, criamos método de aprendizado de máquina para contornar o alto custo computacional dos cálculos de teoria do funcional da densidade de Kohn-Sham e permitir simulações ab initio mais rápidas. Finalmente, na última parte desta tese, aplicamos essas diferentes metodologias a problemas observados experimentalmente. Usamos DFT e dinâmica molecular ab initio (AIMD) para entender a estabilidade e ruptura de um fio iônico monoatômico feito de ZrO2, conforme observado por microscopia eletrônica de transmissão de alta resolução (HRTEM). Em seguida, aplicamos a aprendizagem de máquina para filtrar, agrupar e extrair informações da interface entre lignina e celulose microfibrilada usando dados de curvas de força-distância (F-d) obtidos por microscopia de força atômica (AFM).
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BRENDA RAFFAELA DE LIMA
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Induzindo o aumento na atividade catalítica de fotoeletrodos de hematita via adição de dopantes
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Orientador : FLAVIO LEANDRO DE SOUZA
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Data: 23/11/2023
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Células fotoeletroquímicas (PEC) têm sido amplamente exploradas como a forma mais direta e sustentável de produzir combustível limpo, convertendo luz solar em energia química (H2). A hematita (α-Fe2O3) tem sido amplamente investigada como um fotoeletrodo promissor devido à sua ampla faixa de absorção de luz solar, estreito band gap (2,1 eV) e boa estabilidade química. Este trabalho empregou um processo de síntese hidrotérmica assistido por micro-ondas, no qual os filmes foram crescidos diretamente sobre os substratos transparentes condutores. O alto controle dos parâmetros de reação levou a fotoeletrodos altamente reprodutíveis. Modificações in situ foram realizadas com íons trivalentes (Al3+, Cr3+ e Y3+) adicionados diretamente na solução precursora de síntese, enquanto íons tetra (Hf4+) e pentavalentes (Nb5+) foram incorporados ex situ por spin coating nos filmes obtidos após a síntese, seguido de tratamento térmico. A análise de difração de raios-X (DRX) confirmou a formação da fase α-Fe2O3 para todos os fotoeletrodos após o tratamento térmico. Investigações fotoeletroquímicas mostraram uma melhora geral na eficiência global (ηglobal) dos fotoeletrodos modificados em comparação à hematita pura (14%), sendo de ~30% para modificação in situ, ~40% para ex situ e ~42% para duplas modificações. A dinâmica de cargas foi investigada por espectroscopia de fotocorrente de intensidade modulada (IMPS), que revelou que a incorporação dos modificantes aumentou a eficiência de separação de cargas (CSE) em altos potenciais (> 1,2 VRHE) para todos os fotoeletrodos, independente da forma de modificação, favorecendo o transporte eletrônico através da nanoestrutura. A modificação superficial com NiFeOx como co-catalisador mostrou um melhora expressiva em ηglobal para os fotoeletrodos duplamente modificados Cr-Hem-Hf e Y-Hem-Nb, atingindo 57% e 69%, respectivamente. Além disso, NiFeOxatuou sinergicamente com os modificantes, promovendo melhor CSE, alta eficiência de transferência de buracos (ηtransf), maior eficiência quântica externa (EQE) e menores taxas de recombinação de superfície desde mais baixos potenciais (~1,0 VRHE e ~0,8 VRHE para Cr-Hem-Hf/NiFeOx e Y-Hem-Nb/NiFeOx, respectivamente). Este estudo não apenas esclarece a dinâmica de cargas de fotoeletrodos de hematita modificados, mas também amplia a compreensão sobre os aspectos fundamentais relacionados à eficiência dos dispositivos PEC.
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Células fotoeletroquímicas (PEC) têm sido amplamente exploradas como a forma mais direta e sustentável de produzir combustível limpo, convertendo luz solar em energia química (H2). A hematita (α-Fe2O3) tem sido amplamente investigada como um fotoeletrodo promissor devido à sua ampla faixa de absorção de luz solar, estreito band gap (2,1 eV) e boa estabilidade química. Este trabalho empregou um processo de síntese hidrotérmica assistido por micro-ondas, no qual os filmes foram crescidos diretamente sobre os substratos transparentes condutores. O alto controle dos parâmetros de reação levou a fotoeletrodos altamente reprodutíveis. Modificações in situ foram realizadas com íons trivalentes (Al3+, Cr3+ e Y3+) adicionados diretamente na solução precursora de síntese, enquanto íons tetra (Hf4+) e pentavalentes (Nb5+) foram incorporados ex situ por spin coating nos filmes obtidos após a síntese, seguido de tratamento térmico. A análise de difração de raios-X (DRX) confirmou a formação da fase α-Fe2O3 para todos os fotoeletrodos após o tratamento térmico. Investigações fotoeletroquímicas mostraram uma melhora geral na eficiência global (ηglobal) dos fotoeletrodos modificados em comparação à hematita pura (14%), sendo de ~30% para modificação in situ, ~40% para ex situ e ~42% para duplas modificações. A dinâmica de cargas foi investigada por espectroscopia de fotocorrente de intensidade modulada (IMPS), que revelou que a incorporação dos modificantes aumentou a eficiência de separação de cargas (CSE) em altos potenciais (> 1,2 VRHE) para todos os fotoeletrodos, independente da forma de modificação, favorecendo o transporte eletrônico através da nanoestrutura. A modificação superficial com NiFeOx como co-catalisador mostrou um melhora expressiva em ηglobal para os fotoeletrodos duplamente modificados Cr-Hem-Hf e Y-Hem-Nb, atingindo 57% e 69%, respectivamente. Além disso, NiFeOxatuou sinergicamente com os modificantes, promovendo melhor CSE, alta eficiência de transferência de buracos (ηtransf), maior eficiência quântica externa (EQE) e menores taxas de recombinação de superfície desde mais baixos potenciais (~1,0 VRHE e ~0,8 VRHE para Cr-Hem-Hf/NiFeOx e Y-Hem-Nb/NiFeOx, respectivamente). Este estudo não apenas esclarece a dinâmica de cargas de fotoeletrodos de hematita modificados, mas também amplia a compreensão sobre os aspectos fundamentais relacionados à eficiência dos dispositivos PEC.
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ELISÂNGELA BELLETI
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MICROBICIDAL ACTIVITY OF ESSENTIAL OILS IN NANOEMULSIONS
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Orientador : ISELI LOURENCO NANTES
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Data: 08/12/2023
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Em 2023, a pandemia de Covid-19 continua sendo uma grande crise de saúde global, com novos casos e mortes relatados diariamente. Apesar do lançamento de vacinas, o surgimento de novas variantes tornou o controle da propagação do vírus cada vez mais difícil. Em resposta, muitos países impuseram novas restrições e medidas, como bloqueios e proibições de viagens, para conter a propagação do vírus.
A Organização Mundial da Saúde relatou uma estatística sombria, com um número global de mortos pela pandemia de Covid-19 potencialmente ultrapassando 15 milhões de indivíduos. Nos últimos três anos, as comunidades médica e científica enfrentaram um grande desafio para compreender os vários meios de transmissão do SARS-CoV-2. De 2020 a 2022, o surgimento de novas variantes do vírus representou uma ameaça significativa, não só para a saúde pública, mas também para a economia devido aos elevados níveis de infecciosidade e transmissibilidade que possuem.
É importante observar que pesquisas foram realizadas sobre o potencial uso de nanoemulsões contendo óleos essenciais no combate à disseminação de vírus como o SARS-CoV-2. As nanoemulsões são nano-gotículas de óleo dispersas em água e podem aumentar a estabilidade e a biodisponibilidade dos óleos essenciais. Essas substâncias demonstraram ter propriedades antimicrobianas, fungicidas e antivirais, e estudadas como uma ferramenta potencial no combate à pandemia .
Todas as formulações foram caracterizadas por UV-Vis, FTIR, FESEM, Crio-TEM, NTA, DLS e Potencial Zeta, Reologia, MTT, PCR quantitativo (qPCR) e Ensaio de Atividade Antimicrobiana.
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Em 2023, a pandemia de Covid-19 continua sendo uma grande crise de saúde global, com novos casos e mortes relatados diariamente. Apesar do lançamento de vacinas, o surgimento de novas variantes tornou o controle da propagação do vírus cada vez mais difícil. Em resposta, muitos países impuseram novas restrições e medidas, como bloqueios e proibições de viagens, para conter a propagação do vírus.
A Organização Mundial da Saúde relatou uma estatística sombria, com um número global de mortos pela pandemia de Covid-19 potencialmente ultrapassando 15 milhões de indivíduos. Nos últimos três anos, as comunidades médica e científica enfrentaram um grande desafio para compreender os vários meios de transmissão do SARS-CoV-2. De 2020 a 2022, o surgimento de novas variantes do vírus representou uma ameaça significativa, não só para a saúde pública, mas também para a economia devido aos elevados níveis de infecciosidade e transmissibilidade que possuem.
É importante observar que pesquisas foram realizadas sobre o potencial uso de nanoemulsões contendo óleos essenciais no combate à disseminação de vírus como o SARS-CoV-2. As nanoemulsões são nano-gotículas de óleo dispersas em água e podem aumentar a estabilidade e a biodisponibilidade dos óleos essenciais. Essas substâncias demonstraram ter propriedades antimicrobianas, fungicidas e antivirais, e estudadas como uma ferramenta potencial no combate à pandemia .
Todas as formulações foram caracterizadas por UV-Vis, FTIR, FESEM, Crio-TEM, NTA, DLS e Potencial Zeta, Reologia, MTT, PCR quantitativo (qPCR) e Ensaio de Atividade Antimicrobiana.
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JAQUELINE FALCHI DA ROCHA
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FABRICAÇÃO DE DISPOSITIVOS ELETROQUÍMICOS FLEXÍVEIS À BASE DE PAPEL PIROLISADO MODIFICADOS COM POLIDOPAMINA
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Data: 19/12/2023
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Os dispositivos analíticos de papel são uma boa alternativa entre os sensores usados na indústria farmacêutica, alimentar e agrícola por serem a base de um material simples, de baixo custo e biodegradável. Dentre as técnicas de produção destes dispositivos, a pirólise do papel, é a que vem ganhando destaque por tornar o próprio material condutor, porém frágil e hidrofóbico. Logo, neste trabalho será explorado a pirólise do papel para o desenvolvimento de dispositivos eletroquímicos, além de flexíveis ao incorporar polímeros no material pirolisado aproveitando da porosidade do substrato de celulose. Após a pirólise, é interessante que ele seja funcionalizado, então neste sentido aqui o substrato será modificado com polidopamina. Após o processo de funcionalização foi observado que a presença do filme de polidopamina introduz funcionalidades químicas ricas em oxigênio (O-C=O) e nitrogênio (R-NH2, R2-NH, =N-R) os quais diminuem o ângulo de contato de 114° para 0°. Em uma segunda etapa de pirólise, o tratamento térmico da polidopamina em diferentes temperaturas traz para o papel mudanças na composição química da superfície e as razões desses compostos são possíveis de serem controladas pelas temperaturas. Tais modificações químicas foram acompanhadas por meio de medidas de MEV, XPS, microscopia confocal, Raman, ângulo de contato, TEM, voltametria cíclica e medidas elétricas. A funcionalização traz superhidrofilicidade ao papel, o tratamento térmico da polidopamina varia a composição química do revestimento, logo altera a molhabilidade (0 para 89°), melhora a resistividade (75 para 62 mΩ cm-1) e colabora na redução dos valores de ∆Ep (240 mV para 68 mV) quando a temperatura atinge 1000°C. Adicionalmente, ao preparar nanopartículas de ouro sobre este substrato, as diferentes temperaturas aplicadas no tratamento térmico da polidopamina possibilitam o controle da concentração, distribuição e tamanho das nanopartículas ao longo das fibras, inclusive em regiões mais internas do papel. Portanto, a manipulação desses parâmetros torna-se altamente benéfico para avanços na criação de sensores e biossensores, visando aumentar a sensibilidade e possibilitando futuros processos de funcionalização para a imobilização de agentes de reconhecimento biológicos.
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Os dispositivos analíticos de papel são uma boa alternativa entre os sensores usados na indústria farmacêutica, alimentar e agrícola por serem a base de um material simples, de baixo custo e biodegradável. Dentre as técnicas de produção destes dispositivos, a pirólise do papel, é a que vem ganhando destaque por tornar o próprio material condutor, porém frágil e hidrofóbico. Logo, neste trabalho será explorado a pirólise do papel para o desenvolvimento de dispositivos eletroquímicos, além de flexíveis ao incorporar polímeros no material pirolisado aproveitando da porosidade do substrato de celulose. Após a pirólise, é interessante que ele seja funcionalizado, então neste sentido aqui o substrato será modificado com polidopamina. Após o processo de funcionalização foi observado que a presença do filme de polidopamina introduz funcionalidades químicas ricas em oxigênio (O-C=O) e nitrogênio (R-NH2, R2-NH, =N-R) os quais diminuem o ângulo de contato de 114° para 0°. Em uma segunda etapa de pirólise, o tratamento térmico da polidopamina em diferentes temperaturas traz para o papel mudanças na composição química da superfície e as razões desses compostos são possíveis de serem controladas pelas temperaturas. Tais modificações químicas foram acompanhadas por meio de medidas de MEV, XPS, microscopia confocal, Raman, ângulo de contato, TEM, voltametria cíclica e medidas elétricas. A funcionalização traz superhidrofilicidade ao papel, o tratamento térmico da polidopamina varia a composição química do revestimento, logo altera a molhabilidade (0 para 89°), melhora a resistividade (75 para 62 mΩ cm-1) e colabora na redução dos valores de ∆Ep (240 mV para 68 mV) quando a temperatura atinge 1000°C. Adicionalmente, ao preparar nanopartículas de ouro sobre este substrato, as diferentes temperaturas aplicadas no tratamento térmico da polidopamina possibilitam o controle da concentração, distribuição e tamanho das nanopartículas ao longo das fibras, inclusive em regiões mais internas do papel. Portanto, a manipulação desses parâmetros torna-se altamente benéfico para avanços na criação de sensores e biossensores, visando aumentar a sensibilidade e possibilitando futuros processos de funcionalização para a imobilização de agentes de reconhecimento biológicos.
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