Cálculo vibracional e previsão sobre a atividade SERS do hormônio hepcidina
A busca por uma via rápida, acessível e barata de testar em massa a doença infecciosa COVID 19 originada pelo vírus SARS-Cov-2 é uma tarefa essencial. O padrão-ouro para a triagem de COVID-19 é o RT-PCR. No entanto, sua alta taxa de falsos negativos (29%) e limitada sensibilidade (71%) limitam a ação das unidades de atendimento médico, especialmente em casos de alta morbidade. Uma vez que exige preparação complexa e medições no local do laboratório em amostras, não é um método de teste no ponto de atendimento. Assim, novos métodos de diagnóstico precisam ser adaptados para superar as limitações da RT-PCT. Foram apresentadas evidências relacionando a mortalidade com COVID-19 à hiperinflamação viral. Deste modo, as dosagens de metabólitos à base de ferro foram recomendadas para sondar a taxa de mortalidade. A detecção do hormônio hepcidina
disponível na saliva é uma opção a ser considerada e a técnica de Surface-enhanced Raman Spectroscopy (SERS) é uma possibilidade interessante para resolver esse problema. O SERS tem grande potencial para aplicações no ponto de atendimento no diagnóstico e triagem de biofluidos como a saliva. Assim, uma questão emergente está relacionada à sensibilidade do SERS detectar a hepcidina. O presente projeto tem como objetivo calcular os modos vibracionais ativos de Raman bem como a malha de potencial eletrostático (MEP) da biomolécula de hepcidina usando cálculos baseado na Teoria do Funcional Densidade (DFT) e a atividade SERS correspondente sobre superfícies de Au e Boehmite.