Efeitos da incorporação de celulose microfibrilada (CMF) e nanofibrilada (CNF) nas propriedades de adesivos de TPU dispersos em água
A busca por alternativas menos poluentes aos solventes orgânicos presentes em adesivos de poliuretano (PU) impulsionou a utilização de dispersões aquosas desse polímero. Porém, o principal desafio no desenvolvimento de adesivos de PU dispersos em água é manter as propriedades térmicas, mecânicas, reológicas e adesivas semelhantes às obtidas pelos adesivos à base de solventes, como tolueno e hexano. Uma forma possível de manutenção dessas propriedades é a adição de reforços, principalmente nanométricos. Neste trabalho propõe-se a utilização de celulose fibrilada (CF) para o aperfeiçoamento desses adesivos, com o objetivo de demonstrar que a incorporação da CF (microfibrilada e nanofibrilada) aumenta a resistência mecânica do filme adesivo e o poder de adesão dos compósitos formados quando comparados ao polímero puro e relacionar o grau de desfibrilação da CF com o seu poder de reforço nos adesivos aquosos de PU. A matriz utilizada é uma dispersão aquosa de poliuretano termoplástico (TPU) e como reforço a CF com graus diferentes de desfibrilação. As CFs foram incorporadas à dispersão de TPU nas concentrações de 1%, 2% e 3% em massa. A caracterização das CFs foi realizada pelos ensaios de MEV, FTIR e TGA. A cinética de cristalização da matriz e dos compósitos foi avaliada pela calorimetria exploratória diferencial (DSC). Para a avaliação da coesão e adesão do adesivo foram realizados testes dinâmicos-mecânicos sob tração dos filmes produzidos e o teste de descascamento (T-Peel test). A caracterização das CFs mostrou as diferenças na morfologia, estabilidade térmica e composição das fibras e ajudou na avaliação dos compósitos produzidos com elas. Os resultados da avaliação dos compósitos mostraram que a CF tem potencial para ser utilizada como reforço para o adesivo de TPU.