MICROPARTÍCULAS ANTIFÚNGICAS DE ALGINATO DE CÁLCIO CONTENDO Bacillus amyloliquefaciens PARA AGRICULTURA
Junto ao grande desenvolvimento da agricultura, a necessidade da utilização de agentes de controle de patógenos de plantas tornou-se essencial para atingir altas produções de alimentos demandadas pelo rápido crescimento populacional mundial do último século. Dentre as muitas tecnologias utilizadas para a redução dos problemas fitossanitários, as micropartículas contendo agentes de controle microbiológico destacam-se por ser uma alternativa ao controle químico. Dito isto, este trabalho teve como objetivo o desenvolvimento de micropartículas de alginato de cálcio adequadas para a pulverização (menores que 150 μm) e que contenham a bactéria Bacillus amyloliquefaciens. Dois planejamentos experimentais foram realizados a fim de estudar a relação de duas etapas do processo de emulsificação e otimizar o tamanho das partículas. Após escolha das formulações F1, F2, F3 e F4, o microrganismo escolhido foi microencapsulado nas mesmas. O processo de microencapsulação apresentou contagens de células viáveis finais coerentes com valores de produtos comerciais e a eficiência de encapsulação foi superior a 90% para todas as amostras. A avaliação morfológica mostrou que as micropartículas produzidas podem ser microcápsulas ou microesferas, e que os microrganismos ficam localizados na parte interna das partículas. O comportamento de liberação das amostras foi semelhante e apresentou o efeito “Burst” nas primeiras horas de liberação. A viabilidade dos microrganismos nas micropartículas foi avaliada por um período de 30 dias resultando de uma perda média de 18%. O teste de proteção UV mostrou que as micropartículas foram eficientes quanto proteção à radiação UVB por 60 minutos, resultando em concentrações finais maiores que o branco. No entanto, para a radiação UVC o resultado foi inferior ao branco. Por último, as formulações F2 e F4 foram eficientes no controle dos fitopatógenos inibindo completamente seu crescimento nas placas.