ANÁLISE DE DESEMPENHO DE USINAS FOTOVOLTAICAS MONOFACIAIS E BIFACIAIS COM E SEM SEGUIMENTO SOLAR
Para melhorar o desempenho de sistemas fotovoltaicos, estruturas de seguimento solar vêm sendo amplamente empregadas em usinas fotovoltaicas, assim como os módulos bifaciais que são a nova aposta do mercado solar. Na tecnologia bifacial, o processo de conversão de energia é afetado por fatores como o albedo e a altura de instalação dos módulos. A falta de estudos relativos à influência desses fatores na produtividade das usinas fotovoltaicas é uma barreira significativa para a expansão desta tecnologia no país. Este trabalho apresenta e compara resultados de simulações para uma usina fotovoltaica de 30 MW com módulos monofaciais e bifaciais, com e sem estruturas de seguimento solar na região Nordeste do Brasil e realiza uma análise de sensibilidade para determinar o efeito desses fatores na produtividade da usina. Ganhos do rastreador, ganhos bifaciais e ganhos do rastreador bifacial foram calculados e comparados para cada configuração. O ganho médio anual do rastreador é 9% para sistemas monofaciais e 8% para sistemas bifaciais. O ganho médio anual bifacial é 6,3% para sistemas fixos e 5,5% para sistemas móveis e a associação das tecnologias pode gerar ganhos entre 7 e 22%. O sistema monofacial com um rastreador solar supera um sistema bifacial inclinado fixo em 3,4%. A análise de sensibilidade demonstrou que os módulos bifaciais devem ser instalados a uma altura grande o suficiente para reduzir os efeitos de auto sombreamento, além disso, o aumento anual na produtividade das usinas bifaciais é diretamente proporcional ao albedo da superfície. Para a região, a altura ótima de instalação está entre 2,5 e 3,00 metros. Elevar a altura de instalação dos módulos em condições de baixo albedo pode maximizar os ganhos bifaciais para 8,4%. Em condições de alto albedo este ganho é maximizado entre 19% e 24%. O potencial da combinação dessas tecnologias pode aumentar a viabilidade técnica das usinas fotovoltaicas no Brasil.